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DISPLASIA COXOFEMORAL EM CÃES

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4 
 
Caracterizada por degeneração na 
articulação coxofemoral que acomete 
principalmente cães de raças grandes e 
gigantes e que normalmente leva a 
alterações irreversíveis. 
Os sinais clínicos podem variar entre 
claudicação até dor aguda e paresia 
voluntária. 
Como há um grande número de casos e 
junto a consequente influência no 
desempenho locomotor é importante 
que o(a) veterinário(a) esteja apto(a) 
para avaliar cada caso individualmente 
e poder estabelecer a terapêutica que 
pode variar de tratamento paliativo até 
tratamento cirúrgico. 
 
 
A doença ocorre em diversas raças, 
mas é mais frequente em raças de 
grande porte como Pastor-alemão, 
Rotweiller, Labrador, Fila brasileiro e 
São Bernardo, embora também possa 
ocorrer em cães de pequeno porte. 
Normalmente os cães nascem sem 
apresentar qualquer alteração 
displásica, porém, por volta dos doze 
meses de vida é possível obter 
evidências radiológicas e perto de dois 
anos é comum apresentar 
sintomatologia. 
Não apresenta predisposição sexual e 
sugere-se ocorrência em qualquer 
idade. 
Normalmente é bilateral e aumenta a 
predisposição para Doença Articular 
Degenerativa. 
 
 
 
 
 
A Displasia Coxofemoral é uma afecção 
ortopédica de causa multifatorial como 
hereditariedade, nutrição, influência 
hormonal e meio ambiente que pode 
englobar diferentes quadros que de 
modo geral apresentam dois pontos em 
comum: disparidade entre a massa 
muscular primária e o crescimento muito 
rápido do esqueleto. 
A articulação coxofemoral é composta 
pela cabeça e colo femoral, juntamente 
com o acetábulo e para que ocorra 
congruência entre esses componentes 
é necessário que haja auxílio dos 
tecidos moles que mantêm a 
estabilidade na região, quando a 
demanda musculoesquelética excede a 
capacidade dos tecidos moles resulta 
em frouxidão dos tecidos moles, má 
formação da cabeça femoral e do 
acetábulo, o que contribui para o 
desenvolvimento de diferentes graus de 
subluxação. 
 
A cartilagem é extremamente afetada 
pela pressão exercida com progressiva 
desintegração da cartilagem articular, 
podendo chegar até a exposição óssea. 
A inervação e a vascularização da 
cartilagem ficam prejudicadas. Os sinais 
clínicos variam de acordo com o grau 
em que se encontra a doença e 
@naaramedvet 
INTRODUÇÃO 
EPIDEMIOLOGIA 
ETIOLOGIA E 
CARACTERÍSTICAS 
normalmente os proprietários só 
percebem os sintomas quando a 
doença se encontra em estágios 
avançados. 
Sinais clínicos mais frequentes: dor, 
claudicação uni ou bilateral progressiva 
e crônica, marcha rígida, atrofia 
muscular e relutância durante a 
realização de exercícios constantes. 
 
 
O diagnóstico se baseia no histórico, no 
exame físico e na avaliação 
radiográfica, mas devido à alta 
variabilidade dos tipos de quadros que 
podem ocorrer, há baixa especificidade 
na confirmação diagnóstica e o uso de 
técnicas radiológicas específicas se 
mostra necessário para se chegar ao 
diagnóstico conclusivo. 
 
Com o histórico, obtêm-se informações 
quanto à observação na diminuição de 
atividade física e graus variáveis de dor 
articular. 
Ao exame físico deve-se avaliar se a 
claudicação ou desconforto tem origem 
na articulação coxofemoral, por meio de 
testes de manipulação da articulação 
específicos como teste de abdução e 
rotação externa, teste de subluxação da 
cabeça femoral, teste do iliopsoas. 
Radiograficamente caracteriza-se pelo 
arrasamento do acetábulo, 
achatamento da cabeça do fêmur, 
subluxação ou luxação coxofemoral e 
alterações secundárias. 
A radiografia deve ser feita em posição 
rigorosamente correta de modo que 
permita revelar as anormalidades 
articulares que não seriam facilmente 
vistas em outras posições. 
Por meio da técnica denominada Ângulo 
de Norberg, avalia-se o grau de luxação 
e subluxação dividindo a displasia 
coxofemoral em: 
 
 • Grau A – cabeça femoral 
e o acetábulo são congruentes; 
 • Grau B – cabeça femoral 
e o acetábulo são ligeiramente 
incongruentes; 
 • Grau C – cabeça femoral 
e acetábulo são incongruentes 
 • Grau D – incongruência 
evidente entre cabeça femoral e 
acetábulo com sinais de subluxação 
 • Grau E – evidentes 
alterações displásicas na articulação 
coxofemoral com sinal de luxação ou 
distinta subluxação. 
 
 
A escolha do tratamento adotado 
dependerá da idade do paciente, 
DIAGNÓSTICO 
TRATAMENTO 
gravidade da displasia e presença ou 
não de afecções concomitantes e deve 
objetivar diminuir a dor, melhorar a 
função do membro afetado e garantir a 
qualidade de vida do paciente. 
No manejo da dor podem ser utilizados 
anti-inflamatórios não esteroidais ou 
corticoides, mas sempre devem ser 
levados em consideração os efeitos 
adversos que o uso desses 
medicamentos apresenta. 
Outras medidas podem ser adotadas 
para auxiliar no tratamento como o 
controle de peso corporal, fisioterapia, 
evitar piso liso e acupuntura. 
O tratamento cirúrgico é bastante 
variável, sendo instituído de acordo com 
cada caso, nos casos de maior 
gravidade em cães maiores de 2 anos, 
utiliza-se implante de prótese total de 
quadril, em cães de até 12 meses sem 
ocorrência de artrite faz-se osteotomia 
tripla, e em cães jovens incapazes de 
serem submetidos a osteotomia tripla, 
faz-se dartroplastia e como último 
recurso faz-se osteotomia da cabeça do 
fêmur. 
 
Referências Bibliográficas 
LIMA, B. B. et al. Diagnóstico e 
tratamento conservador da displasia 
coxofemoral em cães. Revista 
Investigação Veterinária, São Paulo, v. 
14, n. 1, p. 78-82, 2015. 
MELO, D. G. Radiografia e 
ultrassonografia da displasia 
coxofemoral em cães: revisão da 
literatura. Revista Científica Eletrônica 
de Medicina Veterinária, Garça, v. 10, n. 
19, 2012. Disponível em: 
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquiv
os/arquivos_destaque/GIreYzS7Yxu3G
WF_2013-6-24-15-19-28.pdf. Acesso 
em: 12 dez. 2016. 
ROCHA, F.P.C. et al. Displasia 
coxofemoral em cães. Revista Científica 
Eletrônica de Medicina Veterinária, 
Garça, v. 6, n. 11, 2008. 
SONAGLIO, F. Etiopatogenia e 
diagnóstico da displasia coxofemoral 
canina: revisão da literatura. 2009. 52f. 
Dissertação (mestrado em clínica 
médica de pequenos animais). 
Universidade Federal do Semi-Árido, 
Angicos, 2009.

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