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2∘ � 3∘ Seman� d� Desenvolviment� Embrionári� Fases da Fertilização: 1- Passagem pela Corona Radiata: Ocorre a ação da enzima hialuronidase, a qual é liberada pelo acrossomo. 2- Passagem pela Zona Pelúcida: O acrossomo libera a enzima acrosina, que por sua vez, auxilia os espermatozóides a penetrarem a zona, entrando em contato com a membrana plasmática do oócito. 3- Fusão das Membranas Plasmáticas: Ao acontecer a adesão entre a membrana do espermatozóide e do Ovócito II, inicialmente ocorrerá a interação entre as integrinas do oócito e seus ligantes, desintegrinas, no espermatozóide. Com isso, as membranas se fundem e posteriormente haverá a entrada no núcleo do espermatozóide no ovócito. Bloqueio de Poliespermia: - Outros espermatozoides podem realizar a reação acrossômica e ultrapassar a zona pelúcida, posicionando-se na espaço perivitelino, no entanto, a reação de bloqueio de membrana evitará a fusão de membrana com novos espermatozoides. Processo pouco entendido, mas provavelmente devido a uma mudança do potencial de membrana do ovócito (esse bloqueio dura em torno de 60 segundos, tempo suficiente para entrar em ação o bloqueio da zona pelúcida.) - A fusão da membrana do espermatozóide com a do ovócito desencadeia a liberação dos grânulos corticais do ovócito II, liberando uma protease que modifica a zp3 e hidrolisa a zp2. Essas são alterações definitivas que levam ao bloqueio permanente da interação com outros espermatozóides. - Falhas nessa bloqueio levam a poliploidia do zigoto (entrada de mais de um material genético) o que é incompatível com o desenvolvimento do mesmo. Principais eventos observados no embrião entre a segunda e a terceira semanas de seu desenvolvimento: Na segunda semana pós fertilização, o trofoblasto está em processo de nidação/implantação e para isso ele se diferencia novamente em outras duas estruturas: citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto. O citotrofoblasto é responsável por manter a nutrição e a proteção do embrioblasto que também está em processo de divisão. O sinciciotrofoblasto é o responsável pela invasão no endométrio através do epitélio uterino. Eles formam como projeções que estão em busca de vascularização para manter a nutrição e fixar a gestação. O sangramento que ocorre neste primeiro momento de invasão, que ocorre próximo ao final do ciclo ovariano, é conhecido como sangramento da implantação. O sinciciotrofoblasto é o responsável pela produção do hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG) e é essa expressão que é responsável por manter a atividade endócrina no corpo lúteo e dessa maneira constitui a base do teste de Gestação. Ao mesmo tempo em que o trofoblasto se diferencia em em duas populações celulares, o embrioblasto também se diferencia em duas camadas: -epiblasto -hipoblasto Essas células permanecem nesse estágio até o final da segunda semana do desenvolvimento, e somente retornaram a atividade na terceira semana do desenvolvimento durante a gastrulação. Na terceira semana do desenvolvimento o evento mais característico dessa fase do desenvolvimento é a formação dos três folhetos embrionários em um processo chamado de Gastrulação – ectoderma, mesoderma e endoderma. Este processo inicia-se com a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto. No início da 3ª. Semana aparece a linha primitiva , resultante da proliferação e migração das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. O aparecimento da linha primitiva define os eixos do embrião: - O ponto de início da linha primitiva é a extremidade caudal e a oposta é a cranial. - O epiblasto constitui a superfície dorsal do embrião e o hipoblasto a ventral - A direita da linha será o lado direito do embrião e o lado oposto, o esquerdo. Enquanto a linha primitiva se alonga devido a adição de células em sua extremidade caudal, a extremidade cranial prolifera e forma o nó primitivo. O sulco e a fosseta resultam da invaginação (movimento para dentro) das células epiblásticas. Células do epiblasto migram através da linha primitiva em direção ao hipoblasto formando o terceiro folheto embrionário – Mesoderma e quando forma-se o terceiro folheto já aparece a denominação dos três folhetos: ectoderma, mesoderma, e endoderma. Células laterais do epiblasto na região do sulco primitivo passam a ingressar no nó primitivo. Essas células passam a se posicionar entre o epiblasto e o hipoblasto. A contínua migração levará a formação de um disco embrionário trilaminar. Algumas células que ingressaram pelo sulco primitivo se intercalam entre as células do hipoblasto até que elas sejam completamente substituídas por células do epiblasto, gerando assim o endoderma. Neste momento, todas as células que contém o disco embrionário são derivados do epiblasto Os principais eventos da gastrulação são: migração celular, substituição do hipoblasto e formação da terceira camada de células. Epiblasto - por meio do processo de gastrulação, é a fonte de todas as camadas germinativas, células dessa camada darão origem a todos os tecidos e órgãos do embrião. Começa a ocorrer o movimento de espalhamento lateral e cranial e estabelecem contato com o mesoderma extraembrionário (Somático e Esplâncnico). No sentido cefálico, essas células passam para cada lado da placa precordal e ela é formada pela ponta da notocorda com a membrana orofaríngea. Essa placa precordal será a responsável pela formação do prosencéfalo futuramente. A membrana orofaríngea consiste de células ectodérmicas e endodérmicas bem aderidas que representa a futura abertura da cavidade oral. Processo notocordal Simultaneamente à migração de células do epiblasto pelo sulco primitivo, células do epiblasto também ingressam através da fosseta primitiva em direção a região cefálica dando origem ao processo notocordal Formação da notocorda a partir da invaginação das células do epiblasto pela fosseta primitiva em direção cranial. Para que ocorra todo este processo são necessários inúmeros genes e fatores de crescimentos para que os eventos possam ocorrer de maneira coordenada. A sub ou super-expressão destes genes resulta em malformações graves da região da cabeça, incluindo duplicações, semelhante ao dos gêmeos xifópagos. Implantação embrionária: A implantação progride com a proliferação do citotrofoblasto e a invasão do sinciciotrofoblasto em direção ao endométrio. Conforme o sinciciotrofoblasto invade o endométrio, vai ocorrendo a decidualização, processo em que todos os fibroblastos se transdiferenciam em células deciduais, com reserva de glicogênio e lipídeos. A capacidade erosiva do sinciciotrofoblasto provoca a degeneração das células deciduais ao redor, que nutrem o embrião com suas reservas de glicogênio e lipídeos. Por volta do 8º. dia começa a ocorre infiltração de líquido entre o epiblasto e o citotrofoblasto adjacente, iniciando a formação de uma nova cavidade denominada de cavidade amniótica. Por volta do 9-10º. o embrião já está mais profundamente implantado e começam a aparecer as lacunas no sinciciotrofoblasto que são preenchidas com plasma materno. É nesta fase da implantação, onde ocorre a degeneração de vasos sanguíneos maternos que ocorre o sangramento de implantação, que pode ser confundido com uma menstruação adiantada e de pequeno fluxo menstrual. O sinciciotrofoblasto continua a invadir a decídua e a englobar os vasos sanguíneos maternos, estabelecendo a circulação uteroplacentária. As células do citotrofoblasto proliferam no sentido do sinciciotrofoblasto, formando as vilosidades coriônicas, com o objetivo de aumentar a superfície de contato com as lacunas do sinciciotrofoblasto, aumentando dessa forma a absorção de nutrientes a partir do ambiente materno e já estabelecendo o rearranjo anatômico necessário para as trocas fisiológicas entre a mãe e seu embrião pela futura placenta. O epitélio uterino encontra-se já restaurado e o embrião completamente implantado.A formação do mesoderma extraembrionário em torno do saco vitelino e da cavidade amniótica isola o embrioblasto do trofoblasto. Sinalização para que ocorra a implantação/ nidação embrionária: O blastocisto já em processo de diferenciação para embrioblasto e trofoblasto emite fatores de crescimento endotelial (EGF) e fator inibidor de leucemia (LIF – interleucina 6) que atuam no epitélio uterino favorecendo a sua adesão. Após a adesão ao epitélio ter sido completada, ocorre ativação de ciclooxigenases (COX-2) que são prostaglandinas. E ocorre regulação hormonal para aumentar a receptividade uterina para facilitar a implantação – inclusive aumentando a presença de glândulas endometriais e vascularização. Etapas da implantação embrionária: Após a penetração no endométrio uterino ocorre o fechamento deste epitélio com a formação de coágulo de rede de fibrina para proteção e assim evitar futuras infecções. Trofoblasto: Quando entra em contato com o epitélio uterino, inicia-se o processo de diferenciação em duas camadas: Citotrofoblasto e o Sinciciotrofoblasto. O Citotrofoblasto é o responsável pelo suporte do embrião que está em desenvolvimento; enquanto o sinciciotrofoblasto será o responsável pela invasão deste embrião há procura dos capilares materno através da secreção de fatores de crescimento e citocinas. Este ambiente neste momento gestacional é hipóxico e é essa condição que regula o crescimento, proliferação e diferenciação do trofoblasto. Também este sinciciotrofoblasto produz MMP-2 e MMP-9 (metaloproteinases) que são responsáveis pela degradação da matriz extracelular e assim facilitar a invasão aos capilares. Ao mesmo tempo, esse trofoblasto começa a produzir fatores de crescimento placentário (FLP-1 e FLP-3) que induzem a formação da futura placenta. Ao mesmo tempo, o embrioblasto está se diferenciando em duas camadas, o Epiblasto e o Hipoblasto formando o disco bilaminar. São essas duas camadas que irão formar os futuros órgãos. Neste momento, o embrião já encontra-se completamente implantado no ambiente uterino, ao redor do 14 dia de gestação (dg). O epitélio uterino já encontra-se íntegro novamente. Embrioblasto já está em pleno desenvolvimento e começa a ser formado o terceiro folheto. Trofoblasto: As células do sinciciotrofoblasto, do citotrofoblasto e do saco vitelínico se fusionam formando o córion. É o sinciciotrofoblasto o responsável pela produção de bHCG, que irá sinalizar para o corpo luteo continuar produzindo progesterona e é essa progesterona que ajudará a manter a tolerância materna contra o feto em desenvolvimento (pois o embrião, por ter MHC paterno pode ser reconhecido pelo ambiente materno e as células uNK podem induzir o aborto). Este pedúnculo irá ser responsável por formar o futuro cordão umbilical. O estroma endometrial está passando por processo de decidualização – transdiferenciação das células fibroblásticas presentes no tecido conjuntivo em células deciduais – com morfologia mais cubóide. A angiogênese está em franco desenvolvimento, com aumento de fatores de crescimento endotelial – VEGF. Caso Clínico: (1) Gestação ectópica: Uma gravidez ectópica tipicamente ocorre em uma das trompas de falópio, um tubo que conduz os óvulos dos ovários para o útero. Esse tipo de gravidez ectópica é conhecida como gravidez tubária. Em alguns casos, no entanto, uma gravidez ectópica ocorre na cavidade abdominal, do ovário ou no colo do útero. Uma gravidez ectópica não pode prosseguir normalmente. O ovo fertilizado não sobrevive, e o feto em crescimento pode destruir várias estruturas maternas. Se não for tratada, há o risco de hemorragias, que podem ser fatais. O tratamento precoce de uma gravidez ectópica pode ajudar a preservar a fertilidade. Danos nas trompas de Falópio é uma causa comum de gravidez ectópica. Um óvulo fertilizado pode ficar estacionado em uma área danificada de uma tuba e começar a crescer lá. As causas mais comuns de danos das trompas de Falópio que pode levar a uma gravidez ectópica incluem:tabagismo; doença inflamatória pélvica, que pode surgir a partir de infecção por clamídia ou gonorreia; inflamações e cicatrizes das trompas de falópio, decorrentes de uma condição médica ou cirurgia anterior; gravidez ectópica anterior em uma trompa de Falópio. https://www.minhavida.com.br/saude/temas/tabagismo https://www.minhavida.com.br/saude/temas/clamidia https://www.minhavida.com.br/saude/temas/gonorreia
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