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Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire 3.4- Ensinar exige liberdade e autoridade Paulo Freire já começa esse tópico, destacando a importância de quebrarmos esse pensamento de autoridade em sala de aula, “ Inclinados a superar a tradição autoridade, tão presentes entre nós” (FREIRE, 1996, p.40), no qual, Freire faz uma crítica a esse tipo de comportamento, que alguns professores têm em sala de aula. Freire pontua bastante nesse tópico, sobre a liberdade “A liberdade amadurece no confronto com outras liberdades, na defesa de seus direitos em face da autoridade dos pais, de professor e do estado.” (FREIRE, 1996, p.41). Nesse contexto, ele cita o relacionamento dos pais com seus filhos, que é de suma importância para o desenvolvimento daquele indivíduo, e continua: "Não podem nem devem omitir-se mais precisam saber e assumir que o futuro é de seus filhos e não seu.” (FREIRE, 1996, p.41), dessa forma, Freire faz questionamento sobre os pais que querem que seus filhos sigam as decisões seguidas pelos pais, não as decisões tomadas por eles mesmo, infelizmente ainda esse tipo de atitude persiste em nossa sociedade. Para Freire, “A autonomia, enquanto amadurecimento do ser para si, é processo, é vir a ser. Não ocorre em data marcada.” (FREIRE, 1996, p.41). Desse modo, para que essa pessoa possa adquirir essa autonomia, é necessário que os pais deem essa liberdade os seus filhos tomarem essas decisões, trabalhando com eles sempre as consequências dos seus atos e auxiliando com sua experiência de vida já adquirida. 3.5- Ensinar exige tomada consciente de decisões Neste tópico, Paulo Freire já nos demonstra a importância que a educação tem para o mundo “a educação, especificidade humana, com um ato de intervenção no mundo. (...) Quando falo em educação como intervenção me refiro tanto à que aspira a mudanças radicais na sociedade” (FREIRE, 1996, p.42). Dessa forma, ele inspira os professores a buscar essa intervenção na sociedade. No segundo parágrafo, Freire menciona “(...) que desgaste um professor que se diz progressista do que sua prática racista, por exemplo. (...). Dificilmente, um deles ou uma delas respeita e estimula a curiosidade crítica nos educandos.” (FREIRE, 1996, p.41). Nos demonstra, que lamentavelmente possui professores “progressistas” como Paulo Freire se refere, mas não contribuem para a mudança na visão dos seus alunos, transmitindo assim esse modelo autoritário, de ensinar. Na questão da neutralidade, Freire argumenta sobre “ O que devo pretender não é a neutralidade da educação mas o respeito, a toda prova, aos educandos, aos educadores e às educadoras.”(FREIRE, 1996, p.42) , ele discorre sobre a luta que tem para manter os direitos e mudar essa visão de aprendizado autoritário está enraizado na sociedade, independente em que instituição você frequente. Freire, nos presenteia com uma mensagem reflexiva, que finaliza perfeitamente esse tópico. “A professora democrática, coerente, competente, que testemunha seu gosto de vida, sua esperança no mundo melhor, que atesta sua capacidade de luta , seu respeito às diferenças, sabe cada vez mais o valor que tem para a modificação da realidade, a maneira consistente com que vive sua presença no mundo, de que sua experiência na escola é apenas um momento, mas um momento importante que precisa de ser autenticamente vivido.”(FREIRE, 1996, p.43).
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