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Sistema Respiratório

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Sistem� Respiratóri�
Os dobramentos do corpo do embrião fazem o endoderma se dobrar sobre si mesmo formando um tubo chamado de
intestino primitivo. O intestino primitivo tem 3 partes: anterior, médio e posterior. O anterior originará as
principais estruturas do Sistema Respiratório
Na 4ª semana de desenvolvimento, surge uma evaginação na parede ventral do intestino anterior (na região da
faringe primitiva). Essa evaginação é o divertículo respiratório, ela é o primórdio do Sistema Respiratório.
A seguir, o divertículo respiratório se alonga cada vez mais e permanece envolvido por uma cobertura de
mesoderme lateral esplâncnico, ou mesênquima esplâncnico. Isso faz com que o revestimento da laringe, da traqueia,
dos brônquios e pulmões sejam de origem endodérmica. Já os tecidos cartilaginosos, muscular e conjuntivo que
formam o sistema digestório, são derivados do mesoderma lateral esplâncnico.
Inicialmente o intestino anterior (na região do futuro esôfago) comunica-se com o divertículo respiratório (a
traqueia em formação) por uma abertura laringotraqueal. Para que os sistemas respiratório e digestório não se
comuniquem, é preciso separar esse dois tubos. Para isso, surge entre eles um septo traqueoesofágico
Prega traqueoesofágica se desenvolve no divertículo
laringotraqueal aproximam-se uma da outra e se fundem
formando uma divisória Septo traqueoesofágico.
A - Inicialmente o intestino anterior (na região do
futuro esôfago) comunica-se com o divertículo
respiratório (a traqueia em formação) por uma
abertura laringotraqueal.
B – A seta preta indica a formação do septo
tranqueoesofágico.
C – o septo tranqueoesofágico cresce e só uma
pequena abertura de comunicação se mantém (o
canal laríngeo primitivo, onde se formará a epiglote
no futuro). D, E e F – mostram o crescimento do
septo, separando os tubos
Origem do folheto embrionário que a árvore brônquica e os
pulmões se originam:
Após a separação pelo septo traqueoesofágico, o divertículo
respiratório já está bem alongado e pode ser chamado de tubo
laringotraqueal. Sua extremidade caudal (distal) se dilata formando o
broto respiratório (ou broto pulmonar), que originará toda a árvore
brônquica se ramificando. O Broto respiratório (ou broto pulmonar)
se ramifica em dois brotos brônquicos primários, que se ramificarão
em secundários, depois em terciários.
Nomes e as principais características
morfológicas observadas em cada uma das
diferentes etapas de desenvolvimento da
árvore brônquica e dos pulmões:
Ainda na 4ª semana, o Broto respiratório (ou
broto pulmonar) se ramifica em dois brotos
brônquicos primários (direito e esquerdo), que se
ramificarão em secundáriosna semana seguinte.
Forma-se dois brônquios secundários direitos e
três esquerdos (primórdios dos lobos
pulmonares).
Os brotos secundários se ramificam em
terciários, originando brônquios e bronquíolos
pulmonares.
Cada broto brônquico é envolvido por mesoderme
esplâncnico (O mesoderma que cobre o exterior
dos pulmões torna-se o a pleura visceral; a
camada de mesoderma somático que cobre a
superfície interna da parede corporal torna-se a
pleura parietal e o espaço entre eles é a cavidade pleural).
No 5º mês são encontrados 17 gerações de ramos brônquicos, 7 gerações adicionais se desenvolvem após o
nascimento.
Maturação pulmonar:
Período Pseudoglandular (5ª a 17ª semana): Pulmão se desenvolve assemelha-se a uma glândula exócrina. 17ª
semana todos elementos principais do pulmão já se formaram – exceto os envolvidos com as trocas gasosas.
Respiração não é possível - os fetos que nascem durante este período são incapazes de sobreviver.
Período Canalicular (18ª a 25ª semanas): Segmentos cefálicos dos pulmões amadurecem mais rápido que os
caudais; Luz dos brônquios e bronquíolos terminais tornam-se maior e o tecido pulmonar fica altamente
vascularizado; 24ª semana cada bronquíolo terminal deu origem a 2 ou mais bronquíolos respiratórios cada um dos
quais se divide em 3 a 6 passagens tubulares – os ductos alveolares. Respiração é possivel – ao final deste período –
porque alguns sacos terminais de paredes delgadas – alvéolos primitivos se desenvolveram nas extremidades dos
bronquíolos respiratórios e tecido pulmonar é bem vascularizado. Fetos nascidos final deste período pode
sobreviver se receber cuidados intensivos.
Período Saco Terminal (26ª semana ao nascimento): Formam-se muitos sacos terminais e epitélio se torna
delgado; Capilares começam fazer saliência dentro dos alvéolos; Contato direto entre células epiteliais e endoteliais
estabelece a barreira hematoaérea – que permite a troca adequada de gases para a sobrevivência do feto se for
imaturo. Sacos terminais são revestidos por céls epiteliais - células alveolares do tipo I ou pneumócitos I através
dos quais ocorrem as trocas gasosas – desenvolvimento da rede capilar e dos capilares linfáticos; Sacos terminais
possuem céls epiteliais secretoras – células alveolares do tipo II ou pneumócitos II que secretam o surfactante
pulmonar –mistura complexa de fosfolipídeos. Pneumócito II – secreta surfactante. Este forma uma película sobre
as paredes internas dos sacos terminais baixando a tensão superficial na interface alvéolo-ar; Maturação das
células alveolares e produção surfactante variam nos fetos; Produção surfactante aumenta nos estágios finais da
gravidez – principalmente nas últimas semana; Pulmões são incapazes de permitir trocas gasosas adequadas, em
parte porque a área da superfície alveolar é insuficiente e a vascularização subdesenvolvida.
Período Alveolar (final do período fetal até infância): Alvéolos são estruturas que estão presentes na 32ª
semana; Revestimento dos sacos terminais se adelgaça tornando a camada epitelial delgada; Final do período fetal
os pulmões são capazes de realizar respiração porque a membrana alveolocapilar é fina para permitir a troca de
gases.
Fases da maturação pulmonar:
1.Período Pseudoglandular: Pulmão se desenvolve e se assemelha a uma glândula exócrina.
Respiração não é possível - os fetos que nascem durante este período são incapazes de sobreviver.
2. Período Canalicular: Respiração ainda não é possível apesar da presença de alguns sacos terminais de paredes
delgadas – alvéolos primitivos se desenvolveram nas extremidades dos bronquíolos respiratórios e tecido pulmonar
torna-se bem vascularizado. Fetos nascidos final deste período podem sobreviver se receber cuidados intensivos.
3. Período Sacular Terminal (26ª semana ao nascimento): Contato direto entre células epiteliais e endoteliais
estabelece a barreira hematoaérea – que permite a troca adequada de gases e assim pode permitir a sobrevivência
do feto, desde que sob cuidados intensivos.
Sacos terminais são revestidos por pneumócitos tipo I (através dos quais ocorrem as trocas gasosas) e pneumócitos
tipo II (que secretam o surfactante pulmonar –mistura complexa de fosfolipídeos - forma uma película sobre as
paredes internas dos sacos terminais baixando a tensão superficial na interface alvéolo-ar)
Produção de surfactante aumenta nos estágios finais da gravidez – principalmente nas últimas semanas
4. Período Alveolar (final do período fetal até infância): Quantidade adequada de surfactante, boa circulação
pulmonar, capacidade de realizar trocas gasosas. Após o nascimento: aumento do número de bronquíolos e alvéolos:
responsável pelo crescimento pulmonar
Caso clínico:
Malformação adenomatóide cística
A malformação adenomatóide cística (MAC) é uma causa infreqüente de insuficiência respiratória nos
recém-nascidos. É uma alteração congênita caracterizada por múltiplos cistos de diversos tamanhos ocupando o
parênquima pulmonar.
A patogênese da MAC ocorre entre a 7ª e a 10ª semana de vida embrionária, quando há um estímulo anormal para o
supercrescimento dos bronquíolos em detrimento do subdesenvolvimento dos alvéolos, dando origem às alterações
anatômicas observadas.
Atualmente divide-se a MAC em três tipos histológicos. O tipo I é a forma mais comum(75% dos casos) e é
composto por cistos de tamanhos variados, sendo um dominante (> 2 cm de diâmetro). O tipo II, menos freqüente
que o anterior (10-15% dos casos), apresenta cistos menores (< 1 cm de diâmetro) e uniformes, sendo comumente
relacionado a outras malformações como agenesia renal, seqüestro pulmonar e anomalias cardíacas. O tipo III
(cerca de 10% dos casos) é o de pior prognóstico, freqüentemente associado à morte nas primeiras horas de vida,
com envolvimento comum de um lobo pulmonar por microcistos com menos de 5 mm de diâmetro.
Os achados ultrassonográficos fetais compreendem desde o diagnóstico incidental localizado até a hidropisia e o
polidrâmnio. A manifestação clínica da MAC é variada e depende principalmente da extensão do acometimento.
Quando o diagnóstico é realizado após o parto, o quadro típico é de insuficiência respiratória, sendo comum as
infecções pulmonares de repetição com o avanço da idade.
Em relação aos achados de imagem no período pós-natal, os tipos I e II normalmente se mostram como múltiplos
cistos normalmente unilaterais e unilobares. Nas apresentações extensas podemos encontrar desvio do mediastino
contralateral e depressão/inversão da cúpula diafragmática ipsilateral. Radiografias realizadas nas primeiras horas
de vida podem evidenciar cistos parcialmente preenchidos por conteúdo líquido, com nível ou aparência sólida.
Quando o ar ocupa o espaço do líquido, os múltiplos cistos podem se expandir e mimetizar alças intestinais em
localização intratorácica, típicas da hérnia diafragmática congênita..No tipo III a lesão tem aspecto sólido à
radiografia.

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