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PROCESSAMENTO HISTOLÓGICO Introdução: A histologia é a ciência que estuda as células no contexto da estrutura tecidual e a inter- relação delas com os constituintes da matriz extracelular. Os procedimentos técnicos aplicados na histotecnologia incluem técnicas citoquímicas, histoquímicas, imuno-histoquímicas, voltadas para a pesquisa científica e para o diagnóstico patológico, além de análises em nível de microscopia eletrônica. Os procedimentos utilizados para se obterem amostras de tecido ou preparados histológicos retirados de um organismo para exame microscópico incluem: coleta do material, fixação, clivagem, processamento, incluso, microtomia (corte) e coloração. Objetivos: Estudar as etapas do processamento histológico, observando a importância e a função de todas as etapas e como esse procedimento pode ser importante para o estudo de tecidos e células específicas. Desenvolvimento: COLETA: Consiste em remover pequenas amostras de tecido de um determinado órgão que pretende ser analisado. Essa coleta pode ser feita quando o organismo ainda está vivo, por meio de biópsia ou durante uma cirurgia, ou mesmo após a morte, durante a realização de necropsia de animais após a eutanásia. FIXAÇÃO: A fixação é uma das etapas mais importantes da técnica histológica, pois visa interromper o metabolismo celular, estabilizando as estruturas e os componentes bioquímicos intra e extracelulares, preservando e conservando os elementos teciduais, além de permitir a penetração de outras substâncias subsequentes à fixação. Basicamente, existem dois tipos de fixação: a física e a química. De fato, sempre se utiliza uma associação dos dois tipos de fixação, pois mesmo a fixação química sempre pode sofrer a influência de um fator físico ambiental, como a temperatura. -Fixação física: É a forma de fixação mais simples, onde se consiste em congelar o tecido no criostato, onde a própria maquina já faz o corte do tecido em espessura de micrômetro. Esse processo é mais ideal para tecido gorduroso, pois o xilol é um desengordurante. -Fixação química: A fixação química é uma fixação envolvendo processos químicos. *Desidratação: Após a coleta, a mostra passa pelo processo de desidratação, pois a água não se mistura com a parafina. A amostra é mergulhada em álcool 70% por 24 ~ 72h, depois passa 1h em álcool 80%, 90%, absoluto 1(álcool 100%) e absoluto 2 (álcool 100%). O volume do álcool deve ser de aproximadamente 15 vezes o volume da peça. *Clarificação Após a desidratação a peça passa pelo processo de clarificação, que consiste na infiltração dos tecidos por um solvente da parafina, que seja ao mesmo tempo desalcolizante. O solvente mais usado é o xilol, e destina-se à completa retirada de água, álcool e também da gordura existente no material. O material deve ficar durante 2 períodos de 1hora imersos em xilol 100% *Impregnação da parafina: A finalidade da impregnação é eliminar completamente o xilol e a penetração da parafina nos espaços vazios no tecido. O cassete é mergulhado em um recipiente com parafina líquida dentro da estufa a 60°C durante 1h e 30min, após isso, o cassete é transferido para outro recipiente com parafina líquida, onde passará mais 1h e 30min. *Inclusão da parafina: Essa etapa consiste em adicionar parafina líquida, que esteja em uma temperatura de 60°C, no cassete que tenha acabado de sair do segundo processo de impregnação da parafina até preencher o espaço livre do cassete. Após algum tempo, a parafina endurecerá e ficará um bloco de parafina com o tecido. Microtomia: Para preparar a lâmina, deve ser realizado o corte do tecido com o auxílio de um equipamento, o micrótomo. Antes de colocar o tecido no micrótomo, o cassete deve ficar no congelador por 1 ou 2 horas. Os cortes devem ser realizados em uma espessura de 3 a 5 micrômetros. Banho maria: Após a realização do corte, os folhetos cortados devem ficar em banho maria em uma temperatura de 48 a 52°C. Para a preparação da lâmina, deve ser colocado albumina na lâmina parar fazer a pesca do órgão que estava em banho maria, após isso, a lâmina deve ser colocada na estufa a 60°C durante 24horas. Desparafinização: Essa etapa deve ser feita dentro da capela por conta do xilol. O material deve ser colocado em xilol 100% durante 10min e depois em ficar mais 10min em outro xilol 100% Hidratação: O material deve ser colocado em: Álcool 100% (absoluto 1) durante 3min Álcool 100% (absoluto 2) durante 3min Álcool 90% durante 3min Álcool 80% durante 3min Coloração: A lâmina deve ser mergulhada em hematoxilina (corante de teor básico) durante 6 min, para corar as partes acidófilas do tecido. Após isso, a lâmina deve ser lavada em água corrente durante 10min e depois em água destilada. A segunda etapa da coloração o tecido deve ser mergulhado em eosina (corante ácido) durante 30 segundos, para corar as partes basófilas do tecido. Desidratação: O material deve ser colocado em: Álcool 70% durante menos de 1 min Álcool 90% durante menos de 1 min Álcool 100 % (absoluto 1) durante menos de 1 min Álcool 100% (absoluto 2) durante menos de 1 min Clareamento: O tecido deve ser colocado em: Xilol 100% durante 3 min Xilol 100% durante mais 3 min Montagem: Deve ser adicionado na lâmina, 1 ou 2 gotas de Bálsamo do Canadá, 1 gota de xilol e por fim, colocar a lamínula. Conclusão: Conclui-se que o processamento histológico é indispensável para o estudo de tecidos, pois é através do estudo histológico que se identifica a diferenciação das células de diversos órgãos e reconhece diversos problemas presentes nos tecidos de certos corpos, assim, sendo possível identificar e resolver o problema. Referencias Bibliográficas: Disponível em: <http://w3.ufsm.br/labhisto/trabalhos/t%DAcnica%20de%20histologia.pdf> Disponível em: <http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/capitulo_3_vol2.pdf> http://w3.ufsm.br/labhisto/trabalhos/t%DAcnica%20de%20histologia.pdf http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/capitulo_3_vol2.pdf
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