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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS BIO 427 – BIOFÍSICA I CURSO DE ENFERMAGEM DOCENTE: José Hilberto de Oliveira DISCENTES: Alberto Bispo, Bruna Cardoso, Caroline Olveira, Eunice Araújo, Gésia Alves, Ivana Andrade, Joseane Santos, Maryana Ferreira, Paulo Weber, Stelman Moreira, Tauany Campos Thaís Mercês, Wanderson Santos Relatório de Prática Feira de Santana 2020 ALBERTO BISPO BRUNA CARDOSO CAROLINE OLIVEIRA EUNICE ARAÚJO GÉSIA ALVES IVANA ANDRADE JOSEANE SANTOS MARYANA FERREIRA PAULO WEBER STELMAN MOREIRA TAUANY CAMPOS THAIS MERCÊS WANDERSON SANTOS Relatório de Prática Trabalho solicitado pelo docente Jose Hilberto De Oliveira, da componente curricular Biofísica I do curso de graduação em Enfermagem, da Universidade Estadual de feira de Santana, como parte da avaliação desta disciplina. Feira de Santana 2020 1.Centrifugação 1.1 Principio A centrifugação é o princípio na qual se utiliza a força centrifuga que é até 600.000 vezes superior à força da gravidade para separar com mais rapidez componentes químicos que apresentam densidades diferentes. Quando uma amostra é colocada em uma centrífuga e a força é aplicada, elementos de maior densidade se movem em direção ao fundo do recipiente, enquanto os de menor densidade ficam próximos a superfície. O procedimento é muito utilizado para o fracionamento sanguíneo, onde a centrífuga é utilizada para separar plasma e soro livre das hemácias, sedimento de líquidos biológicos, dentre outros. Posteriormente, com ajuda de micropipetas, faz-se a separação do material desejado permitindo a análise. 1.2 VHS O exame VHS é a Velocidade de Hemossedimentação, é um exame de sangue muito utilizado para detectar alguma inflamação ou infecção no organismo, podendo indicar desde um simples resfriado, infecções por bactérias, até doenças inflamatórias como uma artrite ou uma pancreatite aguda, por exemplo. Este exame mede a velocidade da separação entre os glóbulos vermelhos e o plasma, que é a parte líquida do sangue, pela ação da gravidade. Assim, quando há um processo inflamatório na corrente sanguínea, são formadas proteínas que diminuem a viscosidade do sangue e aceleram a velocidade de hemossedimentação, provocando como resultado um VHS alto. Para realizar o exame VHS, o laboratório irá coletar uma amostra de sangue, que é colocada em um recipiente fechado e, em seguida, será avaliado quanto tempo leva para os glóbulos vermelhos se separarem do plasma e se depositarem no fundo do recipiente. Assim, após 1 hora ou 2 horas, esta deposição será medida, em milímetro, por isso o resultado é dado em mm/h. Os valores normais do VHS são diferentes para homens e mulheres. Para homens o normal é que após uma hora seja de até 8 mm e a pós duas horas seja até 20 mm; paramulheres é considerado normal após uma hora que seja até 10 mm e após duas horas de até 25 mm Algumas doenças podem aumentar o VHS como: mieloma múltiplo, doenças autoimunes, Artrite Reumatoide, Tuberculose, câncer, anemia severa, inflamações e infecções em geral, insuficiência cardíaca, insuficiência renal. Outras podem atuar promovendo a diminuição do VHS como: policitemia, leucocitose severa, anemia hemolítica, esferocitose hereditária, uso de corticosteroides, hipofibrinogemia. 1.3 OBJETIVO: Descrever como se dá o processo de centrifugação de amostras biológicas e uso da centrífuga, através do sangue periférico do organismo humano para o fracionamento sanguíneo. 1.4 MATERIAIS: ● Centrífuga ● Tubos para balanceamento ● Suporte para Amostras ● Ferramenta para abertura manual ● Amostras de sangue total periférico Cartão de leitura de hematócrito 1.5 MÉTODOS: As amostras devem ser centrifugadas, no máximo 30 minutos após a coleta, em temperatura ambiente; Centrifugar os tubos tampados por 15 minutos, a 2.000 ou 3.000 rpm (centrífuga com 18cm de raio); Retirar todo o volume de plasma com auxílio de uma micropipeta; Nos tubos de gel separador-PPT, após retirar todo o plasma, com auxílio da ponteira utilizada para esse procedimento, retirar o gel separador, enfiando-se a ponteira no gel e girando-a até o gel soltar-se do tubo e ficar aderido à ponteira; Vortexar o tubo para homogeneizar bem as hemácias retirar todos o volume de hemácias com auxílio de pipeta Pasteur, transferindo 1000μL de hemácias para cada tubo de criopreservação, com etiquetas de código de barras correspondentes ao tubo primário. Estocar as alíquotas de hemácias em freezer -20ºC em caixas de armazenagem. 1.6 RESULTADOS: Após o procedimento é possível fracionar o sangue, onde são obtidos os seus principais componentes, que são: concentrado de hemácias (parte do sangue que contém os glóbulos vermelhos), concentrado de plaquetas (parte sólida do sangue) e plasma (parte líquida do sangue). 2. Microscopia 2.1 Princípio: A microscopia consiste na ampliação de substâncias minúsculas que não podem ser observadas a olho nu, apresentando grande importância na observação dos sistemas biológicos. O microscópio é um instrumento que é composto por lentes de cristal que atravessadas pela imagem do objeto permite uma ampliação, os diferentes tipos, são projetados para esses diferentes usos e, portanto, variam com base em sua resolução, ampliação, profundidade de campo, campo de visão, método de iluminação, grau de automação e tipo de imagem que produzem. A forma mais comum é a lupa ou microscópio estereoscópico, seguida do microscópio óptico, que ilumina o objeto com luz visível ou ainda luz ultravioleta. A imagem microscópica é caracterizada por três parâmetros: aumento, resolução e contraste. O aumento se dá através das curvaturas das lentes e distâncias entre o sistema de objetivas e o sistema de oculares maior será o aumento total. A resolução de um microscópio ou lente é a menor distância na qual dois pontos podem estar separados e ainda ser distinguidos como objetos distintos. Quanto menor for este valor, maior o poder de resolução do microscópio e melhor a clareza e detalhe da imagem.O limite máximo de resolução dos microscópios ópticos é estabelecido pelos efeitos de difração devido ao comprimento de onda da radiação incidente. Mas, em geral, os microscópios ópticos convencionais ficam, então, limitados a um aumento máximo de 2000 vezes. O princípio da microscopia é ser suficiente colocar a objetiva de modo que o objeto fique colocado um pouco além do foco principal da lente, mas o mais próximo possível dele, para que a imagem formada seja real e a maior possível. Dispondo a ocular de maneira que a imagem real obtida pela objetiva fique situada entre o vértice e o foco da ocular, será obtida uma imagem virtual e aumentada. É importante que o objeto a ser visto esteja bem iluminado. Pode-se iluminar o material por cima ou por baixo. Quando o objeto é transparente, usa-se a luz vinda de baixo (luz transmitida). No caso de objetos opacos, é mais aconselhável usar uma luz vinda de cima (luz refletida). O sistema de lentes condensadoras e de diafragmas permite concentrar mais ou menos o feixe incidente para obter a melhor iluminação do material. O foco pode ser ajustado para diferentes níveis. Apenas a parte do objeto que está em um certo plano é vista nitidamente. Além disso, para observar as imagens com nitidez, é preciso estar ajustando o foco, que se torna cada vez mais necessária conforme o objeto for mais espesso. Para a melhor utilização do microscópio, diversas técnicas foram formalizadas e inovações foram feitas. Corantes, fixadores, micrótomo, esfregaço, esmagamento. 2.2 Objetivos: Observar efeitos de contrastes em sistemas a fresco e em sistemas fixados e corados. Observar o poder de resolução nos diferentes sistemas:a fresco e corados. 2.3 Técnicas: 2..4 Materiais: ● Microscópio óptico; ● Lâminas; ● Laminulas; ● Sangue total; ● Solução corante Wright; ● Luvas; ● Galeria de coloração; ● Papel toalha; ● Vasilhame para desprezar material. 2.5 Métodos ● A fresco: Colocar uma gota de sangue/urina na lâmina e fazer um esfregaço conforme observação. Deixar secar e observar ao microscópio com as diferentes objetivas, a partir de 10x. ● Corado: Fazer outro esfregaço de sangue e corar com o corante Wright: Colocar o corante sobre o esfregaço e aguardar 5min. Adicionar água destilada e aguardar 3min. Lavar em água corrente, secar e observar ao microscópio em diferentes objetivas a partir de10x. 2.6 Discussão: O exame de urina de rotina é um teste simples, não invasivo e de reduzido custo, que permite identificar diferentes elementos com relevância diagnóstica. Neste exame, a análise do sedimento urinário é o mais solicitado pelo clínico, uma vez que as avaliações física e química podem gerar resultados falso-negativos, em vista disso, é necessário que as amostras sejam bem homogeneizadas antes da centrifugação para permitir uma melhor análise das células presentes por meio do microscópio. Ao avaliar uma lâmina a fresco de sedimento urinário podemos observar células presentes, como, cellEp, bactérias, leucócitos, hemácias, cristais tanto de urato quanto de fosfato, dentre outras células que vai permitir diagnosticar possíveis doenças e infecções. Um leve aumento do número de eritrócitos e leucócitos é esperado e considerado normal quando a amostra é colhida através de micção natural ou por cateterização. Além disso, o sedimento também é afetado pela densidade urinária e fatores físicos e químicos que afetam a morfologia dos elementos do sedimento urinário. No que se refere a metodologia fixada/corada/morta, discutimos sobre a sedimentação sanguínea, onde é um teste realizado em hematologia para a contagem e a identificação de anormalidades nas células do sangue, e para permitir uma melhor análise as células mortas são coradas. Seu objetivo principal é analisar a morfologia das células, fornecer informações sobre a estimativa do número de leucócitos e plaquetas, investigar problemas hematológicos, distúrbios encontrados no sangue e eventualmente parasitas, e dessa forma fornecendo informações sobre o paciente e auxiliando para diagnóstico de causas patológicas. Sedimento urinário a fresco 3.SEDIMENTAÇÃO SANGUÍNEA 3.1 Princípio: O esfregaço de sangue, também conhecido como sedimentação sanguínea, é um teste realizado em hematologia para a contagem e a identificação de anormalidades nas células do sangue. O teste consiste na extensão de uma fina camada de sangue sobre uma lâmina de microscopia que, após corada, é analisada em microscópio. O esfregaço sanguíneo geralmente é feito quando solicitado o hemograma ao paciente. Seu objetivo principal é analisar a morfologia das células, fornecer informações sobre a estimativa do número de leucócitos e plaquetas, investigar problemas hematológicos, distúrbios encontrados no sangue e eventualmente parasitas. Essas informações são importantes pois auxilia no diagnóstico de doenças relacionadas ao sangue, por exemplo as anemias, e outras condições médicas, tais como infecções. O primeiro passo para se obter resultados confiáveis é a confecção de um bom esfregaço de sangue e, para tanto, é necessário empregar as técnicas corretas. Técnica de esfregaço de sangue: O método consiste em aplicar uma gota de sangue diretamente sobre uma lâmina de vidro e espalhar em uma camada fina pela sua superfície. Isso é obtido espalhando- se a gota de sangue com a borda de uma lâmina histológica ao longo de outra lâmina, com o objetivo de produzir uma monocamada de células. 3.2 Método: 1. Apoiar a lâmina de microscopia, já com a identificação do paciente, sobre uma superfície limpa. Certificar-se de que a lâmina tem boa qualidade e não está suja ou possui vestígios de gordura, o que pode prejudicar o teste. 2. Colocar uma pequena gota de sangue próxima a uma das extremidades da lâmina. 3. Com o auxílio de outra lâmina, colocar a gota de sangue em contato com sua borda. Para isso a lâmina extensora deve fazer um movimento para trás tocando a gota com o dorso em um ângulo 45°. Distensão sanguínea pelo método fixado, corado e morto. 4. O sangue da gota irá se espalhar pela borda da lâmina extensora por capilaridade. 5. A lâmina deve então deslizar suave e uniformemente sobre a outra, em direção oposta a extremidade em que está a gota de sangue. O sangue será “puxado” pela lâmina. 6. Depois de completamente estendido, o sangue forma uma película sobre a lâmina de vidro. 7. Deve-se deixar que o esfregaço seque sem nenhuma interferência. 8. Seguir para o passo de coloração. 3.3: Discussão Na maioria das vezes é possível realizar um diagnóstico definitivo a partir de um esfregaço de sangue. Contudo, rotineiramente ele serve como uma base para que sejam realizados outros testes confirmatórios. O teste de esfregaço pode indicar uma série de deficiências, apontando alterações e anormalidades nessas células sanguíneas. Várias doenças podem ser identificadas como os diversos tipos de anemia, por exemplo. 4. HISTOLOGIA VAGINAL 4.1 Princípio A citopatologia é a ciência que estuda as doenças através das modificações celulares, considerando as suas características citoplasmáticas e nucleares. Essa ciência desenvolveu-se através da aquisição de inúmeros conhecimentos científicos e à introdução de novas tecnologias, desde a invenção do microscópio óptico convencional às técnicas de processamento e coloração dos espécimes, propiciando melhor detalhamento e estudo das estruturas celulares. Tipos de descamação celular A descamação celular pode ser de dois tipos: espontânea ou natural e artificial. Como exemplos de descamação natural, temos a urina e o escarro. Na descamação artificial, as células são removidas com a utilização de algum instrumento. É o que acontece no teste de Papanicolaou, em que as amostras citológicas são obtidas através do raspado da ectocérvice e do escovado da endocérvice, utilizando-se a espátula de Ayre e a “escovinha”, respectivamente. As células viáveis que são traumaticamente esfoliadas, são menores e com menor grau de maturação que as células descamadas naturalmente. 4.2 Materiais a; b - Espátula e “escovinha”, respectivamente, utilizadas na colheita das amostras citológicas do colo uterino. c - Lâminas de vidro onde as amostras são espalhadas (esfregaços). d - Recipiente de plástico contendo etanol a 95% para a fixação. Posteriormente o esfregaço é corado e encaminhado para o exame microscópico. 4.3 Objetivos e limitações do exame citpatológico Os objetivos do exame citopatológico incluem: • Identificação de doenças não suspeitadas clinicamente. • Confirmação de doenças clinicamente suspeitas. • Acompanhamento da evolução ou resposta ao tratamento de determinada doença. Por se tratar de um procedimento diagnóstico não invasivo sem complicações para a paciente, além do seu baixo custo e eficácia diagnóstica, a citopatologia é considerada o método de eleição no rastreamento do câncer cervical. Contudo, limitações são comuns a todos os métodos diagnósticos. Com relação à citopatologia, os seus aspectos negativos compreendem o tempo excessivamente longo na interpretação das amostras, a natureza algo subjetiva da interpretação e a impossibilidade de assegurar a invasão ou extensão da invasão no caso de lesão maligna. Deve ser realçado que a avaliação histopatológica é essencial no diagnóstico definitivo das lesões pré-cancerosas e malignas do colo uterino, detectadas pelo exame citológico. Exames de citologia podem ser utilizados de duas formas: para o diagnóstico e parao rastreamento. Um exame diagnóstico só é utilizado em pacientes que apresentam sinais, sintomas ou alguma outra razão para suspeitar que uma determinada doença (como o câncer) possa estar presente. Um exame de diagnóstico classifica a doença (se presente) de forma precisa. Um exame de rastreamento é utilizado para encontrar pessoas que possam ter uma determinada doença, mesmo antes de desenvolver quaisquer sintomas. Espera- se que um exame de rastreamento possa encontrar quase todas as pessoas que tem predisposição a alguma doença, mas nem sempre serve para provar que a doença está presente. Alguns exames de citologia, como o exame de Papanicolaou são usados principalmente para a seleção de pacientes em risco, enquanto outros podem identificar com precisão os cânceres. Quando a citologia mostra câncer, uma biópsia é também realizada para se ter certeza de qualquer achado anormal antes do tratamento ser iniciado. 5.REFRATOMETRIA 5.1 Princípio Refratometria é um método analítico para medir o índice de refração de um material sólido ou líquido. Esse índice é a razão entre a velocidade de uma onda eletromagnética no vácuo em relação à sua velocidade no material de interesse, logo, é uma propriedade física importante de substâncias sólidas, líquidas e gases. A medida de índice de refração pode ser usada para determinar a concentração de uma solução, pois varia com a concentração. Em geral, quando a densidade de um meio aumenta, o seu índice de refração também aumenta. Como variações de temperatura e pressão alteram a densidade, conclui-se que essas alterações também alteram o índice de refração. No caso dos sólidos, essa alteração é pequena, mas para os líquidos, as variações de temperatura são importantes, e no caso dos gases tanto as variações de temperatura como as de pressão devem ser consideradas. 5.2 Objetivo Pode ser utilizado para determinar a identidade de um material desconhecido a partir da medida de seu índice de refração, para determinar a concentração de uma substância dissolvida em outra ou ainda determinar a pureza de uma determinada substância. O uso mais comum é na determinação da concentração de açúcar, também conhecido por índice de Brix em frutas. Na área de saúde, o refratômetro pode ser usado para medir a concentração de proteínas ou a salinidade no sangue. 5.3 Materiais utilizados: ● Refratômetro de ABBÉ; ● Lenços de papel. Reagentes e soluções utilizadas: ● Água destilada; ● Amostra : Soro fisiológico ● Amostra 2: Soro glicosado 4.4 Métodos Inicialmente, abriu-se o conjunto de prismas e efetuou -sde a li mpeza as superfícies de vidro com água e lenços de papel, evitando-se tocar as superfícies com outros objetos. Das soluções utilizadas (água destilada, soro fisiologico e glicosado) foram pegues, separademente, algumas gotas com a pipeta de paster, transferindo assim essas gotas para o prisma inferior e fechando-se os prismas, em seguida, foi travado o aparelho e efetuada a leitura que saiu automaticamente no aparelho Focalizou-se o espelho de maneira que a janela mais próxima do conjunto fosse bem iluminada. Adaptou-se o telescópio até que as linhas cruzadas estivessem em foco. Giraram -se os prismas com o botão giratório até a fronteira luz-escuro coincidir com a interseção das linhas cruzadas. Melhorou-se a imagem da fronteira luz -escuro e eliminaram-se as cores girando o compensador. FInalizando com leitura do índice de refração diretamente na escala. 5.5 Resultados Com base nos reslutados, a água destilada não apresentou porcentagem Brix, isso ocorreu pelo fato de essa substância não apresentar sólidos dissolvidos , por ser pura, diferente das outras amostras analisadas (soro glicosado e fisiológico) que vão apresentar glicose ou sacarose em sua composição, consequentemente alterando sua porcentagem. A partir dos experimentos realizados em laboratorio foi possivel perceber que a refratometria é uma tecnica de simples utilizaçao sem necessitar de grandes recursos. É bastante empregada para descobrir propriedades de substâncias e sua concentração, quanto mais concentrada se encontra uma solução, maior é o índice de refração do mesmo. 5.6 Anexos 6. ESPECTROFOTOMETRIA 6.1 Princípio Baseado no comportamento da luz monocromática e de sua especificidade diante das diferentes soluções biológicas, permitindo a construção de diferentes curvas de absorção(Princípio Qualitativo). Observação da Leis de Beer e Lambert (Princípio Quantitativo). Espectrometria e os métodos espectrométricos: referem-se às medidas das intensidades das radiações usando transdutores fotoelétricos ou outros tipos de dispositivos eletrônicos. A espectrometria é um conjunto de recursos que nos permite identificar a estrutura das partículas que constituem as substâncias. Atualmente existem tecnologias tão avançadas que se torna possível descrever com precisão a estrutura exata de uma molécula. Os equipamentos modernos permitem detectar os tipos de elementos presentes no composto, a quantidade de cada um deles, a posição tridimensional de cada átomo e muito mais. Esses aparelhos funcionam basicamente a partir de feixes de onda eletromagnética incidentes sobre uma amostra do composto, que então, absorve energia em determinados comprimentos de onda. Os valores da energia e dos comprimentos de onda absorvidos são detectados no aparelho e transformados em um gráfico no computador. É então pela análise desse gráfico que se determina a estrutura da molécula. Um espectrofotômetro é um aparelho que faz passar um feixe de luz monocromática através de uma solução, e mede a quantidade de luz que foi absorvida por essa solução. Usando um prisma o aparelho separa a luz em feixes com diferentes comprimentos de onda. Pode-se assim fazer passar através da amostra um feixe de luz monocromática (de um único comprimento de onda, ou quase). O espectrofotômetro permite-nos saber que quantidade de luz é absorvida a cada comprimento de onda. Os principais componentes do espectrofotômetro de feixe simples são: Radiação Comprimento de onda Energia (kcal/mol) Efeito causado nas partículas Raio Gama < 120 nm > 286 ----- UV no vácuo 100 - 200 nm 286 - 83 Transição eletrônica UV próximo 200 - 380 nm 83 - 36 Transição eletrônica Luz visível 380 - 800 nm 83 - 36 Transição eletrônica Infravermelho 8 - 300 mm 36 - 01 Vibração e deformação Microondas 1 cm 10-4 Rotação Radiofrequência metros 10-6 Acoplamentos de spins Lâmpada de intensidade constante, radiação contínua e intensa. Para região visível usa-se lâmpada de tungstênio e para U.V., lâmpada de hidrogênio, com emissão de radiação de 100 a 350um; Filtros são lâminas de vidro corado que isolam faixas amplas de y; Monocromadores isolam faixas estreitas de comprimento de onda; Cubetas de absorção podem ser de vidro ou de quartzo, com comprimentos de 1,5 e 10 cm de trajeto óptico; Detectores convertem energia radiante para sinal elétrico; Mediadores apresentam escalas de T% e A. Diferentes substâncias tem diferentes padrões de absorção, a espectrofotometria permite-nos, por exemplo, identificar substâncias com base no seu espectro. Permite também quantifica-las, uma vez que a quantidade de luz absorvida está relacionada com a concentração da substância. A espectrofotometria é baseada pela lei de Lambert-Beer que estabelece que a absorbância é diretamente proporcional a concentração da solução da amostra. O termo absorbância é utilizado para designar a quantidade de luz absorvida. Quando se trata de substâncias muito concentradas esta linearidade deixa de existir, sendo então adequado diluir a solução em estudo, anteriormente a sua análise. Pode-se também analisar a absorbância controlandoo comprimento de onda que será incidido na amostra, que será indicado pela transmitância, que representa fração da luz incidente com um comprimento de onda especifico, que atravessa uma amostra da matéria. É utilizada uma solução-padrão com diferentes concentrações (pontos), que tem sua absorbância determinada. Esses pontos são preparados diluindo-se a solução padrão na proporção necessária para a obtenção das concentrações desejadas. Com os valores de absorbância e de concentração conhecidos, pode-se traçar um gráfico cujo perfil é conhecido como “curva-padrão”. 6.2 Objetivo Descrição das funções do espectrofotômetro; descrever o processo de determinação da curva de absorção espectral; enunciar a lei de Beer e Lambert e o princípio básico de absorção da luz; saber usar a equação: A= E.C. 6.3 Materiais • Espectrofotômetro (calorímetro); • corantes: verde malaquita, azul de cresil brilhante, auramina e vermelho neutro; • tubos de ensaio; • água destilada; • micropipetas automáticas. 6.4 Método Distribuiu 10ul de corantes em diferentes tubos de ensaio contendo 10 ml de água destilada. A solução que foi colorida percorreu todos os comprimentos de ondas disponíveis no espectrofotômetro. Após, zerou-se o espectrofotômetro a cada comprimento de ondas com destilada antes de aferir a absorbâncias das soluções coloridas. Foi construído gráficos e tabelas anotando os respectivos valores das absorbâncias nas respectivas passagens pela luz monocromática. 6.5 Resultados Diante dos processos físicos realizados pelo aparelho de espectrofotometria, podemos analisar as propriedades das soluções, por exemplo: as concentrações. E com a utilização de cálculos juntamente com os resultados obtidos, pela aparelhagem, é possível definir a concentração, em margens muito aproximadas, de soluções de concentrações desconhecidas. Para a leitura de absorbância de uma espécie na curva, um valor para a concentração é encontrado, estando mais evidente a frequência de absorção máxima. 6.6 Anexos 7. Eletroforese 7.1 Princípios A eletroforese é uma técnica laboratorial realizada com o objetivo de separar moléculas de acordo com o seu tamanho e carga elétrica para que se possa ser realizado o diagnóstico de doenças, seja verificada a expressão de proteínas ou se possa identificar microrganismos. A eletroforese é um procedimento simples e de baixo custo, sendo utilizado na rotina laboratorial e em projetos de investigação. De acordo com a finalidade da eletroforese, pode ser necessária a realização de outros testes e exames para que se possa chegar a um diagnóstico, por exemplo. ⮚ Para que serve A eletroforese pode ser realizada com diversas finalidades, tanto em projetos de investigação quanto no diagnóstico, já que se trata de uma técnica simples e de baixo custo. Dessa forma, a eletroforese pode ser realizada para: ● Identificar vírus, fungos, bactérias e parasitas, sendo mais comum essa aplicação em projetos de investigação; ● Teste de paternidade; ● Verificar a expressão de proteínas; ● Identificar mutações, sendo útil no diagnóstico de leucemias, por exemplo; ● Analisar os tipos de hemoglobina circulantes, sendo útil no diagnóstico da anemia falciforme; ● Avaliar a quantidade de proteínas presentes no sangue. De acordo com a finalidade da eletroforese, pode ser necessária a realização de outros exames complementares para o médico possa concluir o diagnóstico. 7.2 Materiais Agarose: extraída a partir de algas marinhas é extremamente fácil de preparar, basta misturar o pó de agarose com solução tampão e derreter por aquecimento, ao resfriar transforma-se no gel de agarose. Tampão de eletroforese: geralmente Tris-acetato-EDTA (TAE) ou Tris-borato- EDTA (TBE). Marcador de peso molecular:1kb. Frasco com 500µ: estabelece o padrão de peso molecular que serve como ponto de referência e monitoramento para a eletroforese. Corante: para visualizar o resultado da corrida sob a luz ultravioleta, utilizava-se o brometo de etídeo no gel, porém esta é uma substância cancerígena e pode interferir no padrão de migração. A melhor opção em sua substituição é o corante safer, pois além de mais sensível não é mutagênico. Cuba de eletroforese e fonte de eletroforese: possibilita o preparo do gel e fornece a corrente necessária para uma corrida uniforme. Transiluminador: fonte de luz UV ou LED usada para visualizar o resultado da corrida de eletroforese. Após preparação do gel, deve ser colocado um objeto específico para que sejam feitos os poços no gel, chamado popularmente de pente, e deixar o gel firmar. Quando o gel estiver pronto, basta aplicar as substâncias nos poços. Para isso, deve-se colocar um marcador de peso molecular em um dos poços, um controle positivo, que é a substância que se sabe o que é, um controle negativo, que garante a validade da reação, e as amostras a serem analisadas. Todas as amostras devem ser misturadas com um corante fluorescente, pois dessa forma é possível visualizar as bandas no transiluminador. O gel com as amostras deve ser colocado na cuba de eletroforese, que contém a solução tampão específica, e, em seguida, é ligado o aparelho para que haja corrente elétrica e, consequentemente, diferença de potencial, que é importante para que haja a separação das partículas de acordo com a sua carga e tamanho. O tempo da corrida eletroforética varia de acordo com o objetivo do procedimento, podendo durar até 1 hora. Após o tempo determinado, é possível visualizar o resultado da corrida eletroforética por meio do transiluminador. Quando o gel é colocado sob luz UV ou LED, é possível visualizar o padrão de bandas: quanto maior a molécula, menor é a sua migração, ficando mais próximo do poço, enquanto que quanto mais leve for a molécula, maior é o potencial migratório. Para que a reação seja validada, é preciso que sejam visualizadas as bandas do controle positivo e que no controle negativo não seja visualizado nada, pois caso contrário é indicativo de que houve contaminação, devendo todo o processo ser repetido. ⮚ Tipos de eletroforese A eletroforese pode ser realizada com diversas finalidades e, de acordo com o seu objetivo, pode ser utilizados vários tipos de gel, sendo os mais comuns o de poliacrilamida e o de agarose. A eletroforese para identificar microrganismos é mais comum de ser realizada em laboratórios de investigação, no entanto, para fins diagnósticos, a eletroforese pode ser utilizada para identificar doenças hematológicas e doenças que evoluam com o aumento da quantidade de proteínas, sendo os principais tipos de eletroforese: 1. Eletroforese de hemoglobina A eletroforese de hemoglobina é uma técnica laboratorial realizada para identificar os diferentes tipos de hemoglobina circulantes no sangue, sendo possível identificar a presença de doenças relacionadas à síntese de hemoglobina. O tipo de hemoglobina é identificado por meio da eletroforese em pH específico, idealmente entre 8,0 e 9,0, sendo verificado um padrão de bandas que pode ser comparado ao padrão normal, permitindo identificar a presença de hemoglobinas anormais. Para que é feita: A eletroforese de hemoglobina é feita para investigar e diagnosticar doenças relacionadas à síntese de hemoglobina, como anemia falciforme e doença da hemoglobina C, além de ser útil na diferenciação das talassemias. Saiba como interpretar a eletroforese de hemoglobina. 2. Eletroforese de proteínas A eletroforese de proteínas é um exame solicitado pelo médico para avaliar a quantidade de proteínas circulantes no sangue e, assim, identificar doenças. Esse exame é feito a partir de uma amostra de sangue, que é centrifugada para que se obtenha o plasma, que a parte do sangue constituída, dentre outras substâncias, porproteínas. Após eletroforese, pode ser visualizado um padrão de bandas e, posteriormente, um gráfico em que é indicada a quantidade de cada fração de proteínas, sendo fundamental para o diagnóstico. Para que é feita: A eletroforese de proteínas permite que o médico investigue a ocorrência de mieloma múltiplo, desidratação, cirrose, inflamações, doenças do fígado, pancreatite, lúpus e hipertensão de acordo com o padrão de bandas e o gráfico apresentado no laudo do exame. 8. CROMATOGRAFIA 8.1 Princípio É uma metodologia que visa separar substancias baseadas em substâncias físicas e químicas. É realizada por meio de uma técnica quantitativa, a qual tem por finalidade https://www.tuasaude.com/eletroforese-de-hemoglobina/ geral duas utilizações, a de identificação de substâncias e de separação-purificação de misturas. Usando propriedades como solubilidade, tamanho e massa. Desse modo, é vista também como o movimento que os sistemas biológicos em condições consideradas dentro do padrão de normalidade apropriadas e com propriedades que se vincule com os processos bifásicos, com a finalidade de separar os vários tipos de componentes presentes neste sistema, a fim de que cada elemento tenha seu devido trajeto. O comportamento da mobilidade do componente deve obedecer as diferentes propriedades que intervenham no processo: adsorção, solubilidade, peso molecular, carga elétrica e afinidade. Trata-se de um método com bases técnicas simples e muito importante para a separação rápida e qualitativa de pequenas quantidades de material. A técnica é baseada na migração dos compostos da mistura, os quais apresentam diferentes interações através de duas fases: a fase móvel a qual os componentes a serem isolados "correm" por um solvente fluido, podendo ser eles líquido ou gasoso e a fase estacionária que é considerada como a fase fixa em que o componente que está sendo separado ou identificado irá se fixar na superfície de outro material líquido ou sólido. Entretanto, a classificação da cromatografia, segundo o modo de separação, leva em conta os princípios físicos e químicos subjacentes na partição dos solutos entre as 2 fases distintas: Cromatografia de adsorção: nesta as separações ocorrem através de interações eletrostáticas e forças de Van Der Waals entre a fase estacionária (sólido) e os componentes a separar da fase móvel (líquido ou gás). A fase estacionária pode ser muito diversa, nomeadamente sílica gel, alumina ou celulose. O fraccionamento por cromatografia de interação hidrofóbica em coluna, sobretudo de misturas contendo espécies não iónicas solúveis em solventes orgânicos, é essencialmente determinado por diferenças de polaridade dos componentes na mistura a resolver. Cromatografia de partição: é baseada nas diferenças de solubilidade dos componentes na fase estacionária (líquido) e na fase móvel (líquido). Cromatografia de troca iônica: a separação ocorre devido diferentes tendências de os componentes iônicos ou ionizados permutarem com íons da fase estacionária, que, a partir daí são deslocados para a fase móvel. Assim, a afinidade entre os íons da fase móvel e o suporte pode ser controlada por alteração do pH e da força iônica do eluente. Cromatografia de filtração em gel: é denominada também como exclusão molecular ou separação por peneiros moleculares. Esta separa os componentes segundo o tamanho efetivo das moléculas, isto é, macromoléculas que não penetram no interior do suporte (partículas porosas de gel) e movem-se de forma mais rápida ao longo da coluna de onde emergem primeiro, enquanto as micromoléculas vêm a sua velocidade de deslocamento retardada porque penetram no gel, portanto, emergem da coluna mais tardiamente. Cromatografia de afinidade: esta ocorre a partir de uma ligação molecular específica e reversível entre o soluto e um ligante imobilizado na fase estacionária. Esta técnica é utiliza especificamente para separar produtos biológicos, e como exemplos podemos: ligações enzimáticas e substratos, anticorpos e substratos e receptores de hormonais. Cromatografia em placas: Consiste na separação de uma mistura através da migração de seus componentes sobre uma camada delgada de adsorvente (fase estacionária) retido sobre uma superfície plana, geralmente placas de vidro. Isso acontece devido a processos de adsorção. Após ocorrido o processo, a placa passa a se chamar cromatograma. Cromatografia em colunas: ocorre em uma coluna de vidro ou metal, geralmente, com uma torneira na parte inferior. A coluna é preenchida com um adsorvente adequado que irá permitir o fluxo do solvente. 8.2 Objetivos Enunciar o princípio da separação cromatográfica, descrever as fases da cromatografia e suas funções, saber construir um modelo cromatográfico simples de separação e identificação pela cromatografia, idealizar uma aplicação quantitativa na pratica cromatográfica, utilizando o Rf (Relação à frente) = distância percorrida da substância/distância percorrida eluente. 8.3 Materiais Corantes: verde malaquita, azul de metileno, vermelho neutro, solução eluente, álcool absoluto, éter, acetona; papel filtro, tesoura, régua, Becker, pipetas de 10 ml, micropipetas de 10μl; vidro de relógio. 8.4 Métodos Teve como método construir sistemas bifásicos em placas com fase fixa e fase móvel, respectivamente usando álcool, água destilada, éter e acetona. Dessa forma, a mistura do substrato teve afinidade pelos eluentes do sistema os quais se movem e arrastam os componentes da mistura apresentando velocidade de corrida, tempo de corrida ou distância percorrida que deverão ser tomadas e normatizadas. Assim, construiu um sistema suporte devidamente mensurado onde deveremos observar as distâncias percorridas para aplicação da Rf e para serem relacionados com padrões conhecidos. 8.5 Resultados Nota-se que foi observada a cromatografia de camada delgada, uma técnica que consiste em preparar uma superfície de material absorvente, como papel, ou até mesmo sílica alumina. Sendo que nesta superfície que colocamos a amostra e em seguida, mergulhamos o extremo contendo a amostra em um solvente. O solvente sobe na placa arrastando a amostra. Se existir produtos diferentes na amostra, eles tendem a se separar. Os componentes da mistura são identificados pela cor. Pode-se perceber que depois de um tempo o eluente percorrer o papel filtro de modo que o corante vermelho se juntou a acetona, o azul apresentou afinidade com a água e o álcool e o verde com o éter. Sendo que o caráter fixador é do éter.Sendo que após a separação na coluna, o papel de filtro foi recortado, e os corantes foram retirados do papel de filtro com o solvente que possuía afinidade sendo recolhido no vidro de relógio.