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Clínica 1 COMPLICAÇÕES ANESTÉSICAS Como prevenir? 1. Boa anamnese 2. Boa técnica 3. Cálculo de dose Diferença entre complicação e acidente: • Acidente: intercorrência fortuita. Mais esperada e menos imprevisível. • A complicação é uma ocorrência mórbida pós operatória imprevisível ou mesmo presumível conforme a enfermidade ou o ato operatório realizado. • Melhor conduta: suspender a conduta, administrar oxigênio, fernegan. Classificação em relação ao estado físico do paciente: Superdosagem: quais fatores influenciam? o Peso o Doenças sistêmicas o Erro de concentração o Dose Pacientes com insuficiência hepática têm relação com os anestésicos do tipo amida? Qual seria a opção? 1. Amida é metabolizada no fígado, haverá uma sobrecarga hepática e exposição à toxicidade 2. O volume do anestésico pode se tornar tóxico 3. A articaína seria a solução para o caso (base do tipo éster) Quais os principais sinais e sintomas da superdosagem anestésica? (estimulação do SNC e depois depressão) ▪ Formigamento em lábio e língua ▪ Zumbidos ▪ Convulsões ▪ Coma ▪ Parada respiratória Metahemoglobinemia: relação com os anestésicos o A definição de meta-hemoglobina é a partir de um derivado da hemoglobina onde o ferro ferroso é oxidado, transformado de estado bivalente para trivalente e tornando a molécula incapaz de transportar qualquer oxigênio. A molécula de hemoglobina é incapacitada de transportar oxigênio. o Dentre os anestésicos locais, a prilocaína é a que com frequência gera quadros de meta-hemoglobinemia. É um quadro reversível, podendo ser convertido através da administração de azul de metileno. o Cuidado com gestantes (oxigênio para o feto) e pacientes diabéticos (oxigênio para os tecidos). o Principais bases que podem causar metahemoglobinemia: articaína e prilocaína Hipertemia maligna Origem genética e hereditária Desencadeada pelo uso de anestésicos inalatórios halogenados e/ou pelo agente bloqueador neuromuscular despolarizante succinilcolina, usados em anestesia geral, ou seja, é uma desordem farmacogenética potencialmente fatal que afeta indivíduos predispostos Não há predileção por gênero Os anestésicos mais seguros: tipo amida Quem tem predisposição genética, deve ser exposto aos inalatórios ou locais (tipo amida) Ter cautela com a anamnese (histórico familiar, experiências prévias) A síndrome tem como principais sinais e sintomas: taquicardia, taquipneia, hipercarbia, hipertermia, rigidez muscular, rabdomiólise, acidose, instabilidade hemodinâmica e insuficiência de múltiplos órgãos. Colinesterase Plasmática Atípica ✓ É rara ✓ Enzima produzida pelo fígado ✓ A hereditariedade pode alterar a enzima e sua produção ✓ Do tipo éster a produção é plasmática ✓ Se for alterada, pode causar problemas na superdosagem Cuidados com anestésicos locais e interações medicamentosas • Antidepressivos – estimula o SNC • Cocaína – alterações cardiovasculares (aumenta a chance de infarto do miocárdio) • Interações com antidepressivos tricíclicos • Interações Com β-Bloqueadores • Interações com Cocaína • Interações com Opióides • Interações por Adição entre Anestésicos Locais Alergias: associadas a quais compostos do anestésico? ➢ Antioxidantes ➢ Sal anestésico ➢ Conservantes (os principais – metilparabenos) ARTICAÍNA 1. Início de ação rápida 2. Duração curta 3. Boa penetração nos tecidos 4. Grupo amida e éster 5. Potencial de causar alergias à pacientes sensíveis 6. Localmente: costuma ser mais irritante (parestesia pós operatória) Quais são as causas das fraturas de agulhas mais comuns? como prevenir? como remediar? Causas das fraturas de agulhas mais comuns: falhas na fabricação da agulha, movimentação súbita do profissional ou do paciente durante a anestesia, ou mesmo erros de técnica do profissional, como a reutilização excessiva da agulha, a inserção de toda a agulha nos tecidos ou a angulação da haste da agulha antes de sua inserção. Como prevenir: manuseio da agulha com delicadeza e precisão pelo profissional, para evitar acidentes de fratura. Como remediar: o cirurgião-dentista deve inicialmente inspecionar o campo operatório para identificar a porção proximal da agulha, no intuito de observar se ela se encontra visível na cavidade bucal na região do ponto de punção. Caso a agulha esteja visível, o CD deve aprisionar a agulha com o uso de uma pinça hemostática e retira-la em seguida. Para fazer a retirada é necessário: Boa iluminação do campo operatório O paciente deve abrir bem a boca Um campo operatório com boa hemostasia ou um auxiliar aspirando a cavidade bucal do paciente. I. Em casos de não visualização da porção proximal da agulha, em que não é possível fazer a simples retirada, o profissional NÃO DEVE realizar uma dissecção às cegas da região. Muitas vezes, a agulha se desloca posteriormente, no momento da dissecção. O CD deve aguardar o período de 15 a 21 dias de complicação, acompanhando o paciente com retornos frequentes durante esse tempo. II. Uma fibrose irá se desenvolver ao redor da agulha fraturada, o que ajudará a estabilizar o fragmento para uma intervenção. Outro fator importante é a possibilidade de realização de exames complementares de imagem para auxiliar na localização da agulha. Exames de radiografias convencionais intra e extrabucais e tomografias computadorizadas (TCs) podem auxiliar o profissional a encontrar com precisão a localização do fragmento, orientando uma posterior dissecção dos tecidos para sua remoção. Como evitar dor ou queimação durante a injeção? As complicações oriundas da dor e queimação durante procedimento de anestesia, pode ocorrer por diversas causas, como: ▪ injeção rápida de anestésico; ▪ perda do fio da agulha gengival após várias reutilizações em múltiplos bloqueios; ▪ perfuração direta de um tronco nervoso, como no caso do nervo alveolar inferior ▪ durante seu bloqueio regional; ▪ laceração do periósteo durante o trajeto da agulha gengival; ▪ injeção do anestésico no interior de fibras musculares. Como evitar essas situações? 1) Realizando uma técnica anestésica apurada, com utilização de anestésico tópico previamente à anestesia 2) Realizar uma infiltração lenta do anestésico, com o uso de uma agulha descartável, evitando reutilizações da agulha em múltiplos bloqueios 3) Evitar a contaminação do tubete Instrução pós operatório relacionado ao uso dos anestésicos: Paciente ACG, sexo masculino, 8 anos, compareceu ao consultório para exodontia de um dente decíduo. Após o procedimento, o profissional deve se atentar sobre as seguintes questões: o Mordedura dos lábios – importante que o profissional oriente os pais das crianças para observar o comportamento no período pós tratamento, como prevenção de tramas. o Controle da mastigação (evitar alimentos mais resistentes) o Acompanhar sintomas e sinais dos pacientes, casos de superdosagem, há o risco de danos teciduais, como necrose. o Caso aconteça uma paralisia, orientar aos pacientes que é passageira, reversível e que o globo ocular deve ser protegido (utilizar lubrificantes oculares para evitar o ressecamento da córnea). o Em situação de prescrição, ter cuidado com a interação medicamentosa com fármacos já administrados pelos pacientes. Paralisia do nervo facial Perda da motrocidade do nervo facial Profissional deve tranquilizar o paciente Pode ser feito um curativo sobre o globo ocular para proteger e usar lubrificantes para evitar ressecamento da córnea Avaliar riscos de AVE (verificação da pupila, movimentos dos membros, fala)
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