Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE GRAJAÚ – CESGRA DISCIPLINA PSICOLOGIA NA SAÚDE RESENHA FILME “UMA MENTE BRILHANTE” LUZIA FERNANDA GOMES DE ARAUJO GRAJAÚ – MA 2020 RESENHA FILME “UMA MENTE BRILHANTE” O filme “Uma mente brilhante” baseia-se em fatos reais da história do matemático John Nash, e nos mostra a sua luta contra a doença psíquica que lhe afeta, a esquizofrenia. O filme retrata que o personagem principal, Nash, como é conhecido, vive entre a realidade e a fantasia. Nash é extremamente duro consigo mesmo, autocrítico e busca sempre pela perfeição nos estudos e nos trabalhos que exerce após a universidade. As pressões do ambiente universitário e quando não consegue impressionar seu professor e seus colegas, é possível perceber que isso desencadeou um surto em Nash. Na Universidade ele não era de muitos colegas, já que os do seu círculo social zombavam de sua autoconfiança sempre muito elevada. No filme podemos notar características neuróticas em Nash quando ele fixa a ideia de ser o melhor matemático, tanto que achava uma perda de tempo assistir as aulas e a partir daí, ele se concentra muito nos cálculos, tendo sempre em mente o pensamento: ‘’ eu não posso falhar’’. E então, quando ele se frustra por não conseguir, como nos é mostrado no momento que Nash joga com outro matemático e perde. Logo em seguida tem uma crise esquizofrênica e a partir desse momento começa os traços psicóticos, em que ele perde o senso da realidade, começa a fantasiar, criando alucinações; como pessoas imaginárias. É nesse momento que aparece seu colega de quarto Charles, que era totalmente diferente de Nash. Charles sempre foi o que realmente entendeu seus julgamentos e que o ajudava sempre que necessário durante suas crises, e é com ele que Nash mais se sente bem de conversar sobre qualquer coisa. Ao se passarem cinco anos, John consegue o desejado cargo de Professor. Mas foi em Alicia na aula de matemática ministrada por ele que o chamou atenção, pela forma singela e simples como ela torna as coisas e até os problemas ou equações matemáticas mais fáceis. Mais tarde eles se apaixonam e se casam, em seguida tem um filho. Tudo aparentemente estava bem, Nash trabalha muito, até que se descobre que havia algo fora do comum. Como sofria de esquizofrenia Nash vivia histórias paralelas, a vida real e as histórias criadas pela sua mente. Em seus delírios imaginava que fazia parte de uma operação secreta de Estado e que foi contratado por um importante militar do serviço secreto de seu país, para decifrar códigos. Acreditava conversar com esse agente e a receber missões para realizar. Com o passar do tempo Nash fica cada vez mais paranoico e agitado achando que estava sendo perseguido. Esse comportamento deixa sua esposa Alicia muito preocupada. Certo dia ao ministrar uma palestra, Nash teve um ataque paranoico de perseguição e Alicia resolve interná-lo num hospital psiquiátrico. Ele é diagnosticado como esquizofrênico. A partir daí descobre que seu amigo de quarto e sua sobrinha, o agente e as missões não eram reais, eram alucinações causadas pela esquizofrenia. A esquizofrenia trata-se de uma doença mental grave e crônica, e quando não há o tratamento adequado a pessoa esquizofrênica torna-se impossibilitada de trabalhar e conviver com as outras pessoas, por conta de seus sintomas. Sintomas esses que incluem as alucinações de vozes e situações, delírios e também falsas crenças de teor patológicas e que se tornam incorrigíveis pela razão, pensamentos totalmente desorganizados, alterações de afetos e emoções e também do juízo crítico, e da vontade do paciente. No entanto, nada o impediu na hora de perseguir seus sonhos. Depois de anos de tratamentos que tentavam ajudá-lo a superar sua doença mental, Nash se “cura” na medida em que foi capaz de discernir entre o real e a alucinação, quando ele percebeu que a “menininha” (visível só na imaginação dele) não crescia. Passo a passo, dia a dia ele aprendeu a conviver com vozes e com suas alucinações. Nash não deixou de ver seus “fantasmas” ou seus amigos imaginários, apenas aprendeu como enfrentar essas fases de sua vida. Todos esses anos de luta contra a doença e suas implicações, o levaram a uma das maiores superações já vistas, ele conseguiu ganhar um Prêmio Nobel. John Nash desenvolveu um teorema matemático que mostrou a todos sua genialidade, mesmo com sua doença.
Compartilhar