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ANTIPSICÓTICOS E TRATAMENTO DA MANIA Principais tópicos a serem abordados: − A hipótese dopaminérgica; − Farmacologia dos agentes antipsicóticos; − Outros usos terapêuticos; − Propriedades Farmacológicas dos Agentes para Mania. TRATAMENTO DA PSICOSE A psicose é um sintoma de doença mental - Senso distorcido da realidade; Transtornos de humor com características psicóticas; Psicose induzida por substâncias; Demência com características psicóticas; Delirium com características psicóticas; Transtorno psicótico breve; Transtorno delirante; Transtorno esquizoafetivo e esquizofrenia; Ambas têm o senso distorcido da realidade (psicose), pacientes não interpretam a realizade de forma correta. Pacientes podem desenvolver: − Alucinações (incluindo, auditivas, táteis e visuais); − Delírios (relacionado as crenças, paciente sente que está sendo perseguido); − Comportamento desorganizado e agitado; Os sintomas acima são tidos como positivos, uma vez que são passiveis de tratamento por fármacos. − Apatia (paciente não se importa com nada; sem emoção; sem motivação); − Avolição (começa e não termina, sem persistência para concluir um projeto); − Discurso desorganizado (paciente não consegue organizar as ideias) e Alogia (sem lógica); − Déficits cognitivos (dificilmente o paciente consegue aprender). Os sintomas acima são tidos como negativos. HIPÓTESE DOPAMINÉRGICA Pacientes que faziam uso de clorpromazina e haloperidol melhoram os sintomas tidos como positivos. A psicose tem envolvimento tanto em receptores de serotonina como de dopamina (5HT2A). Farmacos antipsicóticos incluem os: De primeira geração (atípicos): antagonistas de D2. Ex.: Clorpromazina e Haloperidol, esses são potenciais ao desenvolvimento de sintomas extrapiramidais; De segunda geração (típicos): atuam sobre receptores 5HT2A. ex.: clorzapina, esse diminue o desenvolvimento de sintomas extrapiramidais; Antagonistas parciais de D2, que atuam modulando a neurotransmissão dopaminérgica. O LSD mostrou que esse modelo dopaminérgico de ação antipsicóticos, será que todos os antipsicóticos têm que agir sobre os receptores dopaminérgicos? O LSD mostra que não, já que ele é um agonista de 5HT2A, levando a psicose muito intensas. Conclui-se que não só os receptores D2 estão envolvidos na psicose. COMO AGEM A DOPAMINA? Após liberação exocitótica, a DA interage com receptores pós-sinápticos (R) de tipos D1 e D2 e autorreceptores pré-sinápticos D2 e D3. O termino da ação de DA ocorre principalmente por transporte ativo de DA nos terminais pré- sinápticos por meio do DAT, com desanimação secundária pela MAO mitocondrial. A estimulação dos receptores D1 pós-sinápticos ativa a via Gs-adenililciclase-AMPc. Os receptores D2 acoplam-se através da Gi para inibir a adeniliciclase e através da Gq para ativar a via PLC-IP3-Ca2+. A ativação da via Gi também pode ativar canais de K+, levando à hiperpolarização. O Lítio inibe a degradação de IP e, portanto, aumenta o seu acumulo e as sequelas (mobilização de Ca2+, ativação de PKC, depleção de inositol celular. O lítio também pode alterar a liberação do neurotransmissor por uma variedade de mecanismos supostos. Os autorreceptores semelhantes a D2 suprime a síntese de DA diminuindo a fosforilação de TH limitante da velocidade e limitando a liberação de DA. Por outro lado, os A2R pré-sinápticos ativam a via adenililciclase-AMPc-PKA e, portanto, a atividade da TH. Todos os agentes antipsicóticos atuam em autorreceptores e receptores D2; alguns também bloqueiam os receptores D1. Os agentes estimulantes inibem a recaptação de DA pelo DAT, prolongando, assim, o tempo de permanência da DA na sinapse. Inicialmente no tratamento antipcicótico, os neurônios da DA liberam mais DA, mas, após tratamento repetido, entram em um estado de inativação da despolarização fisiológica, com redução da produção e liberação de DA, além de bloqueio continuado do receptor. Receptor D2 (metabotrópico, associado a proteína G inibitória, ou seja, quando o receptor é estimulado a dopamina ele leva a diminuição AMPc intracelular pós-sinápticos). REVISÃO DA FISIOPATOLOGIA RELEVANTE Nem toda psicose é esquizofrenia; Neurotransmissão dopaminérgica excessiva; DELIRIUM, DEMÊNCIA E PDP Delirium e demência (Alzheimer): deficiência na neurotransmissão colinérgica muscarínica; Infecção, desequilíbrio eletrolítico, comprometimento metabólico, medicamento anticolinérgico –> delirium; Primavanserina no tratamento da PDP à agonista inverso de 5-HT2A; Agonista inverso age semelhante a serotonina mais o efeito é totalmente contrario ao esperado. ESQUIZOFRENIA Fatores de risco: Pode ser decorrente de agressões infecciosas ou nutricionais do feto no 2º Trimestre; Complicações neonatais; Abuso de substâncias no final da adolescência e início da vida adulta (drogas, como: maconha, estases); Intensa variabilidade genética; Padrões epigenéticos. METAS GERAIS DA FARMACOTERAPIA Todo transtorno psicótico é tratado como se fosse esqueizofrenia? NÃO Tratamento antipsicótico de curto prazo (delirium, demência, TDM ou mania com características psicóticas, psicose induzida por substâncias); Tratamento antipsicótico de longo prazo (transtorno delirante, esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo e PDP) esses fármacos funcionam muito bem para sintomas positivos; Amplictil (clorpromazina) pode ser utilizado para tratamento de enxaqueca; O tratamento contínuo com antipsicóticos reduz as taxas de recidiva em 1 ano de 80%, entre pacientes não medicados, para cerca de 15%. PRINCIPAIS FÁRMACOS Clopormazina; Loxapina; Haloperidol; Aripiprazol; Rispiridona (crianças); Alguns antipsicóticos precisam de maior atenção médica, pois podem ter ganho de peso, aumento da concentração de lipídios e glicose. FARMACOLOGIA - QUÍMICA Antagonismo de 5-HT2A; Agonismo parcial de 5-HT1A; Aripiprazol (agonismo parcial de D2). Hoje sabe-se que a CLOZAPINA é um ótimo fármaco para se tratar esquizofrenia refratária, mas não se sabe como ela age. MECANISMO DE AÇÃO Antagonismo de D2; Agonismo parcial de D2; Quando esses fármacos ocupam mais de 78% de D2 nos núcleos da base o paciente acaba que apresentando os sintomas extrapiramidais; Quando esses fármacos ocupam de 60 a 75% se observa efeito antipsicótico. Para que se tenha uma melhora nos sintomas positivos é necessário a modulação de neurotransmissão de DOPAMINA. O aripiprazil a atividade dele é diferente dos fármacos de primeira classe, atuando como agonista parcial. Uma ocupação de mais de 78% dos receptores D2 nos núcleos da base está associada a um risco de SEP; Ocupações na faixa de 60 a 75% estão associadas à eficácia antipsicótica. TOLERÂNCIA E DEPENDÊNCIA FÍSICA Desconhece-se a perda de eficácia com tratamento prolongado com antipsicóticos. ADME São altamente lipofílicos e acumulam-se no cérebro e pulmões (São desenhados para adentrar facilmente o SNC e rapidamente); Não deslocam outros fármacos ligados a pré- albumina ou a albumina; Circulação fetal e leite materno (mães que utilizam esses fármacos devem ter muito cuidado). OUTROS FINS TERAPÊUTICOS Transtornos de ansiedade: − TOC – risperidona + antidepressivo; − TAG – monoterapia: quetiapina; adjuvante: risperidona; Síndrome de Tourette - aripiprazol é o único aprovado para diminuição dos sintomas; Autismo: risperidona e aripiprazol; Antieméticos (anti-vômitos, utilizações não convencionais). VER TABELAS EFEITOS ADVERSOS VER TABELA Actiasia – Prasil (metocompromida) O pacienteFica impertinência, inquietação e agitação) Quanto mais o antipsicótico for antagonista de D2 mais presente será esses efeitos. Os fármacos atuais são mais aceitáveis. TRATAMENTO DA MANIA Período de humor elevado: expansivo ou irritável e desafiadora (dona do mundo); Redução da necessidade de sono; Induzidapor medicamentos (agonistas de DA, antidepressivos e estimulantes); Induzida por substâncias de abuso (cocaína e anfetaminas); Transtorno bipolar do tipo I e tipo II (hipomania); Paciente passa do expansível à depressivo, caracterizando o transtorno bipolar. ANTICONVULSIVANTES Alguns anticonvulsivantes são utilizados para tratamento da mania aguda e manutenção; O valproato é muito utilizado para tratamento e profilaxia da mania. LÍTIO Carbonato de Lítio e Citrato de Lítio, são utilizados para tratamento da mania; O mecanismo de ação ainda não é definido; Atua no terminal pós-sináptico sobre o inositol monofosfatase alterando o metabolismo de trifosfato de inositol estabilizando o humor; Facilita a liberação de 5-HT; Estabilização do humor: − Valproato: mio-inositol-1-fosfato- sintase; − Carbamazepina: Depleção de inositol; − Lítio e valproato: redução da renovação do ácido araquidônico nos fosfolipídeos de membrana no cérebro; FARMACOTERAPIA DO TRANSTORNO BIPOLAR Primeiramente checa se ele tem alguma alteração da função renal e cardíaca; Redução de suicídio em pacientes bipolares (pacientes bipolares tem alto risco de suicídio, principalmente do TIPO-1); Eficaz em depressão que não responde a antidepressivos. FARMACOLOGIA PULMONAR Principais tópicos a serem abordados na presente aula: − Mecanismos da Asma; − Mecanismos da DPOC; − Vias de fornecimento de fármacos aos pulmões; − Broncodilatadores; − Corticosteróides. MECANISMOS DA ASMA A Asma é uma doença respiratória crônica, até hoje não se sabe o comportamento intrínseco do músculo liso das vias respiratórias na asma; Sabe-se que existe obstrução e esta relacionada a contração do ML, ou seja, como o ML se contrai há obstrução das vias respiratórias no paciente asmático, mas não se sabe se essa contração é algo intrínseco dos asmáticos; A asma tem participação de várias células do sistema imune, incluindo linfócitos, eosinófilos, mastócitos, alguns linfócitos inatos; A asma é inicialmente estimulada pela exposição a alérgenos, mas pode se tornar autônoma, sendo essencialmente incurável; Como as células dendríticas podem ser as principais responsáveis pela asma? Elas participam ativando efetivamente linfócitos, elas reconhecem tipos de alérgenos que provavelmente não fossem danosas. O próprio epitélio das vias respiratórias é agredido pela atuação das células, e obviamente vão sofrer tanto com essas reações. Diante disso as células do ML respondem a esses estímulos agressores produzindo maior quantidade de células, mudando as conformações estruturais das vias respiratórias, à reparação do dano causado pela inflamação; Hipertrofia e hiperplasia de células respiratórias (músculo liso, vasos sanguíneos e células secretoras de muco); Deposição de colágeno no epitélio das vias respiratórias sub-eptelial; A gravidade da asma, em geral, não muda no decorrer dos tempos. Paciente corre risco de asmas. Nessa imagem mostra o aumento das fibras de colágenos, o que reflete no entendimento do estimulo agressor, mostrando o quanto ela altera a estrutura conformacional do epitélio do ML. Hoje tem-se o entendimento de que a Asma é autônoma, assim pode ser gerada sem que haja a presença de um estimulo, como um alérgeno. Resulta em Hiperplasia, angiogênese, hipertrofia/hiperplasia do tecido ou pela deposição de colágeno, característico da fibrose sub-eptelial, todas essas são alterações conformacionais que o epitélio das vias respiratórias desenvolve com a asma. Assim como também extravasamento de plasma (edema), tampão mucoso desfeito, descamação epitelia. O mecanismo da asma é totalmente imune. MECANISMOS DA DPOC DPOC= Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Predomínio de neutrófilos, macrófagos, CTL e Th17 (células produtoras de mediadores inflamatórios); Diferente da ASMA o DPOC vai gerar estreitamento e fibrose (representando agressão crônica) das vias respiratórias mais pequenas, devido a células fagocíticas, além de destruição do parênquima pulmonar e destruição das paredes alveolares; Características clinicas: − Ao expirar apresenta aprisionamento e hiperinsuflação (pulmão inflado e o paciente demora muito a desinflar) melhora com broncodilatador; − Falta de ar ao esforço; Diferentemente da ASMA que já começa com obstrução significativa na DPOC é uma obstrução progressiva; Como não se tem tantos mediadores inflamatórios, os corticosteróides não possuem grande benefício; Nenhum tratamento anti-inflamatório efetivo. Até hoje não se sabe todos os constituintes do cigarro, o fato é que gera uma resposta inflamatória, ativação de enzimas que causam danos ao tecido, por ativação das proteases. Com a agressão continua das células epiteliais, têm-se ativação do mecanismo de reparo, e sabe-se que nem todo tecido tem capacidade de reparação, uma vez que, está dependerá das características das células presentes no tecido, ocorrendo deposição de colágeno em decorrência das vias áreas destruídas e nisso reflete nas funções normais do pulmão, haverá dificuldade para respirar. Haverá destruição dos alvéolos pulmonares pelo mecanismo inflamatório sustentando por células th17 e hipersecreção de muco, em resposta aos estímulos patológicos. VIAS DE FORNECIMENTO DE FÁRMACOS AOS PULMÕES VIA INALATÓRIA Via preferida para Asma e DPOC; Cromoglicato dissódico e fármacos anticolinérgicos; Agonistas BETA2 e corticosteroides (atuam inibindo a produção de citocinas próinflamatórias); Menor risco de efeitos colaterais sistêmicos (CSI=corticoide inalatório); Precisa-se analisar alguns critérios: Tamanho da partícula: 2 a 5 micrometros DAMM (diâmetro aerodinâmico médio da massa) para deposição nas vias respiratórias. De acordo com o diâmetro há direcionamento do fármaco para trato respiratório superior ou inferior, assim se depositando. Farmacocinética: 10 a 20% entra nas vias respiratórias inferiores com um IDMp (inalador dosimetrado e pressurizado). Quanto maiores forem as partículas menos absorção vai ter do fármaco e se for menor que 2 pode ser que essa partícula entre e saia sem deposição. Nem todo fármaco pode ser por via inalatória. O IDMp tem efeito direto sobre células-alvo ou absorção pela circulação brônquica: Dispositivos de administração: Inaladores dosimétricos pressurizados (IDMp): − Propulsor HidroFluoroAlcano (HFA) gás utilizado na pressurização; − Esses possuem de 50 a 200 doses; Principais fármacos: − Aerolin (sulfato de salbutamol) Agonista BETA2; − Clenil (corticoide, evita efeito sistêmico). Crianças pode fazer a utilização desses fármacos por meio de uma câmara expansora. A câmara expansora: − Redução da velocidade e do tamanho das partículas; − Melhora a evaporação do propulsor; − Aumenta a proporção de fármaco nas vias respiratórias inferiores; − Redução da deposição orofaríngea de CSI e redução dos efeitos colaterais; − Facilita a utilização para crianças pequenas. OBS.: Fármacos utilizados por essa via, após aplicação os pacientes devem realizar higiene da boca, alguns fármacos podem gerar candidíase, principalmente os corticoides e pela via IPS. INALADORES DE PÓ SECO (IPS) Pó seco disperso por turbulência de ar na inalação; Dificuldade de crianças com menos de 7 anos. NEBULIZADORES Nebulizadores de jato à Fluxo de ar ou oxigênio; Nebulizadores ultrassônicos (muito cuidado, pois pode alterar o fármaco); É preferido quando se quer liberação de doses mais elevadas de fármacos; Principalmente para Lactantes e crianças pequenas; VIA ORAL Doses muito maiores em comparação com via inalatória 20:1 (não viável para pulmão, devido a maior toxidade devido a maior concentração); VIA PARENTERAL Pacientes em estado crítico. BRONCODILATADORES Os broncodilatadores relaxam músculo liso contraído in vitro; Reversão imediata da obstrução das vias respiratórias in vivo (Para asmáticos é excelente,devido esse efeito imediato); São Agonistas BETA2 adrenérgicos, junto com teofilina e com agentes anticolinérgicos, ambos têm a capacidade de broncodilatar; Alguns fármacos como o cromoglicato dissódico (Cromolerg) impede a broncoconstrição (apenas por via inalatória); Anti-LT possuem pequeno efeito broncodilatador; Corticosteróides sem efeito sobre a contração do músculo liso, pacientes asmáticos que fazem uso de corticosteroides é devido ao processo inflamatório. Principal fármaco: Aerolin (sulfato de salbutamol). AGONISTAS BETA2 ADRENÉRGICOS Broncodilatadores MAIS EFICAZES com efeitos colaterais mínimos; QUÍMICA Não há diferenças clinicamente significativas na seletividade; Duração de ação semelhante entre os diferentes tipos de sais (3 a 6 horas); MODO DE AÇÃO Atuam promovendo a broncodilatação através da proteína Gs (estimulatoria) ligada a adenililciclase, a AMPc e PKA; Outra função importante é a atuação indiretamente: − Inibindo a liberação de mediadores broncoconstrictores das células inflamatórias; − Inibindo a neurotransmissão dos nervos das vias respiratórias, favorecendo o relaxamento. Agonista BETA2 age sobre o receptor BETA2 acoplado a proteína Gs, a subunidade alfa ativa a Adenililciclase, que tranforma o ATP (intracelular) em AMPc, esse será utilizado pela Proteina quinase A (PKA) pra fosforização várias proteínas. Em decorrência da fosforização da PKA vai ter relaxamento da musculatura lisa. EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIOS Além disso os BETA2 Adrenérgicos têm efeito claro também sobre a liberação de mediadores por mastócitos e prevenção do extravasamento microvascular após a exposição a mediadores; Efeito insignificante sobre a inflamação crônica. USO CLÍNICO AGONISTAS BETA2 DE AÇÃO CURTA (BAAC) Mais usados e mais efetivos no tratamento da ASMA em virtude de seu antagonismo funcional da broncoconstrição; Quando IDMp ou IPS, possuem pouco efeitos colaterais sistêmicos e ação rápida; Efetivos contra exercício, ar frio e alérgenos; A inalação é preferível à administração oral, mesmo que o paciente tenha esses gatilhos, eles vão ser bons para deflagração desses; Salbutamol deve ser usado “quando necessário” com base nos sintomas e não regularmente e seu uso aumentado indica necessidade de mais terapia antiinflamatória*; *Quando necessário associar a um corticoide, pois, o efeito anti-inflamatórios é muito pequeno desses fármacos; Os BAAC’s são degradados pela enzima catecol-O-metiltransferase e monoaminoxidase; Duração de 3-4 h; EXEMPLOS: Salbutamol, levossalbutamol, metaproterenol, terbutalina e pirbuterol; AGONISTAS BETA2 DE AÇÃO LONGA (BAAL) Mais famosos: Salmeterol, formoterol e aformoterol; Ação broncodilatadora por mais de 12 horas; Protegem da broncoconstrição por período semelhante; Melhoram o controle da asma (2x/dia) em comparação com os BAAC (4-6x/dia), assim, tornam-se preferível a utilização dos BAAL’s; Os fármacos, como o Indacaterol, vilanterol e olodaterol possuem ação de mais de 24 horas administrados 1x/dia; Na DPOC podem ser usados em combinação com corticosteroides inalatórios ou anticolinérgicos; BAAL NUNCA devem ser usados isoladamente na asma, pois ele dar um efeito de broncodilatação, porém o efeito anti- inflamatório é muito pequeno, e o paciente acredite que ele está bem, mas não tem efeito bom para crises retardadas, necessitando de um tratamento de corticoides afim de evitar uma crise mais grave; INALADORES COMBINADOS BAAL + CSI (fluticasona + salmeterol; budesonida + formoterol); Simplifica a terapia e melhora a adesão ao tratamento; Fornecimento às mesmas células da via respiratória; TOLERÂNCIA Tratamento contínuo com agonista pode levar a infrarregulação do receptor (o nº de receptor pode diminuir); Tolerância de repostas não respiratórias mediadas por beta2 é rapidamente induzida em indivíduos normais e asmáticos; Em asmáticos, nenhuma tolerância vista nos efeitos broncodilatadores, mas sim nos broncoprotetores; SEGURANÇA EM LONGO PRAZO Aumento de morte por asma na Nova Zelândia; Aumento de risco de morte com todos os inalatórios, com risco maior com o fenoterol (berotec); Dose alta do broncodilatador em associação a tratamento anti-inflamatório eficaz; Aumento da morbidade por asma com a utilização regular de agonistas BETA2, não sendo visto com salbutamol; Os BAAC somente devem ser utilizados mediante demanda para controle dos sintomas, e se forem necessários com frequência >3X/semana necessitam de CSI. METILXANTINAS Principal: Teofilina (principal metilxantina de uso clínico); Menos efetiva que os agonistas BETA2, porém utilizado para pacientes hipersensíveis aos BETA2. MECANISMO DE AÇÃO As metilxantinas agem bloqueando o AMPc 5’ (produto da degradação do AMPc) se inibe a degração vai ter mais ação do AMPc (ver anteriormente); Inibição das fosfodiesterases; Antagonismo dos receptores de adesonisa, a qual causa broncoconstrição; Estimulam a não liberação de IL-10 (respostas TH2-que envolve as asmas); Impede a translocação de NF-"B; Efeitos pró-apoptóticos sobre eosinófilos e neutrófilos; Ativação de histona-desacetilase; Efeitos anti-inflamatórios muitos discretor; Asma leve, o tratamento oral crônico com teofilina inibe a resposta tardia ao alérgeno inalado; Reduz a infiltração de eosinófilos e LTCD4+ nas vias respiratórias (bloqueia liberação de IL-10); DPOC, reduz o número total e a proporção de neutrófilos no escarro; A retirada de teofilina resulta no agravamento da DPOC. FARMACOCINÉTICA E METABOLISMO A dose de teofilina é de 5-15 mg/L; CYP1A2; Existem algumas restrições para utilização de teofilina. PREPARAÇÕES E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Aminofilina intravenosa: asma aguda grave; 6 mg/kg 20 a 30 min; Os agonistas BETA2 nebulizados são preferíveis a aminofilina intravenosa; EFEITOS COLATERAIS ANTAGONISTAS COLINÉRGICOS MUSCARÍNICOS Tem finalidade também de broncodilatação; Vinda do estudo das SOLANACEAE - Datura stramonium; Brugmansia suaveolens; Atropina, hiosciamina e escopolamina, fumados para alívio da asma; Compostos quaternários menos solúveis: brometo de ipratrópio; Antagonistas colinérgicos com efeitos via receptores M3; Agem antagonizando a Acetilcolina, essa leva a broncoconstrição e secreção de muco; Citocinas como TNF-alfa aumenta a expressão de colina acetiltransferase; Esses fármacos não tem nenhum efeito sobre mastócitos histamina e LTs; USO CLÍNICO Menos eficazes que os agonistas BETA2 na asma; Broncodilatador adicional em pacientes asmáticos não controlados com um BAAL; Podem ser considerados quando o controle com agonistas BETA2 não é eficaz; Excesso de tremor em idosos e quando teofilina causa problema; Na DPOC podem ser tão eficazes ou mesmo mais do que agonistas BETA2. ESCOLHAS TERAPÊUTICAS Os Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos de AÇÃO CURTA (AMAC), como o brometo de ipratrópio (Ipatrópio) está disponível como IDMp e preparação nebulizada; Início lento da broncodilatação (30 a 60 minutos); AMAL brometo de tiotrópio é administrado 1x/dia; Pode-se fazer a associação de: − BAAC/AMAC; − BAAL/AMAL. Pacientes que tem glaucoma de ângulo fechado não podem utilizar ACM, pois, piora. SULFATO DE MAGNÉSIO Muito efetivo quando adicionado a um agonista BETA2 nebulizados para adultos e crianças na asma aguda grave; ATIVADORES DE CANAIS DE K+ Cromacalim e levocromacalim com efeitos pequenos; Nebulização problemática; Melhor entre esses 3. ANÁLOGOS DO POLIPEPTÍDEO INTESTINAL VASOATIVO Não é mais tão utilizado; Rapidamente inativado (2 minutos). CORTICOSTERÓIDES Os CSI são terapias de primeira escolha para asma de todos os pacientes, exceto aqueles com doença mais leve; Pouco eficazes na DPOC; MECANISMO DE AÇÃO Aumento ou diminuição da transcrição gênica pelo complexo corticoide-GR por meio de sua ligação a elementosreguladores proximais; Podem interagir com fatores de transcrição e moléculas co-ativadoras no núcleo. Atua a nível nuclear alterando a expressão de vários genes associados a inflamação, atuam sobre a CBP HAT e HDAC2. Na HDAC2 ela atua diminuindo a produção de pró-inflamatório, e na GR atua aumentando a transcrição de genes repressores inflamatórios. Podem atuar também no NF-KB (um dos principais fatores de transcrição envolvido na transcrição genica desses genes pró- inflamatórios). EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIOS NA ASMA Aumento da transcrição de genes anti- inflamatórios e diminuição na transcrição de genes inflamatórios. EFEITO SOBRE A RESPONSIVIDADE BETA2 ADRENÉRGICA Potencializam os efeitos dos agonistas BETA2 nos músculos lisos dos brônquios e evitam ou revertem a dessensibilização dos receptores beta nas vias respiratórias; Evitam ou revertem o desacoplamento dos receptores BETA2 para Gs; Os agonistas BETA2 também intensificam a ação dos glicocorticoides; FARMACOCINÉTICA Parte do que é inalada atinge a circulação sistêmica; Parte dos corticoides ficam na orofaringe; Enxaguar a boca e descartar o enxague tem um efeito semelhante da utilização do espaçador, uma vez que os corticoides inibem a resposta imune na cavidade oral, assim tornam o ambiente suceptivel para patógenos, como a candida; O dipropionato de beclametasona e a ciclesonida são pro-fármacos que liberam o corticoide após as estearases pulmonares agirem; Ciclesonida como IDM e spray nasal; Budesonida e o propionato de fluticasona tem maior metabolismo de primeira passagem do que DPB. Nasonez, busonid e avamys, são os mais populares. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E DOSAGEM CORTICOSTERÓIDES INALADOS NA ASMA Terapia de primeira escolha para todos os pacientes com asma persistente; Se precisar usar um agonista BETA2 por mais de 2x/semana então usar CSI; Para a maioria dos pacientes os CSI devem ser usados 2x ao dia; A administração 1x/dia é efetiva quando as doses são menores que 400 ug; Doses acima de 800 ug/dia por IDMp necessitam de câmara expansora. CORTICOSTERÓIDES INALADOS NA DPOC CSI não tem nenhum efeito sobre a progressão da DPOC; ESTERÓIDES SISTÊMICOS Predinisona e predinisolona: 30 a 40 mg por dia; A redução gradual não é necessária após um curso curto de terapia; Primeiro escolha deve ser os inalados; Dose única pela manhã, pois coincide com o aumento diurno do cortisol no plasma e produz uma menor supressão suprarrenal. EFEITOS ADVERSOS Inibição de corticotropina e cortisol na hipófise; Supressão do eixo hipotálamo-hipófise- suprarrenal (HHSR) só ocorre com doses de predinisona acima de 7,5 a 10 mg/dia; Doses de esteroides após terapia oral prolongada devem ser reduzidas lentamente; Síndrome de abstinência: cansaço, dores musculoesqueléticas e, ocasionalmente, febre; Retenção de líquidos, aumento do apetite, ganho de peso, osteoporose, fragilidade capilar, úlcera péptica, hipertensão, diabetes, catarata e psicose; Rouquidão e fraqueza da voz em professores e cantores. FARMACOLOGIA DO SIST. DIGESTÓRIO FISIOLOGIA DA SECREÇÃO GÁSTRICA Nosso estomago tem a presença de grandes secreções de ácidos como o ácido gástrico (Ácido clorídrico-HCl) e enzimas capaz de degradar vários complexos como a pepsina. Esses são extremamente danosos, não sendo capaz de agredirem o estômago devido as mecanismo de defesa característico do estomago. Algumas alterações podem acarretar em perda desse mecanismo de defesa, uma vez desprotegido pode levar ao adoecimento. Os mecanismos de defesa de mucosa são derivados do estimulo do Ácido araquidônico. A farmacologia com anti-inflamatórios não esteroidais causam inibição na alguns derivados do ácido araquidônico, acarretando na perca da proteção do mecanismo protetores da mucosa. A secreção de H+ (ácidos) é regulada por fatores como Acetilcolina e Peptídeo liberador de gastrina - GRP (neuronais); histamina (H2) (a secreção pode ser parácrina) e gastrina (endócrino); Os receptores estão presentes nas células parietais do corpo e fundo do estômago e nas células ECL, na presença destes atuam regulando a liberação de histamina; Sinapse a partir das fibras vagais pós- ganglionares; A produção de ácido inicia-se com o estimulo visual ou por estimulo olfativo a partir de estímulos descendentes do núcleo dorsal do nervo vago, essa fase se caracteriza por “cefálica” da secreção ácida; Haverá também a liberação de uma molécula conhecida como Gastrina (indutor mais potente da secreção ácida): Produzida por: − Ativação do SNC; − Distensão local (presença de alimento no estomago); − Componentes químicos do conteúdo gástrico. No caso do nervo vago, existe uma sinalização por meio das fibras vagais, via liberação GRP e a sinalização dos receptores BB2 (alça de retroalimentação para produção de gastrina); Mucosa do corpo ou do antro do estomago. Nº 1, 2 e 3. No nº 1 mostra as sinapses colinérgicas a partir de fibras ganglionares descendentes do SNC e essa ACh é responsável pela ligação do receptor de ACh M3, regulação positiva (DOWN REGULATION) de via dependente de cálcio (proteína Gq) através do IPq que aumenta a atividade da bomba de prótons (AT Pase) essa coloca hidrogênio para fora ao passo em que ela coloca prótons de potássio para dentro da célula pariental, essa vai ter canais de Cloreto e potássio por meio do grandiente de concentração (equilíbrio osmótico). Fora da célula vai ter grande quantidade de hidrogênio o que caracteriza o meio ácido. Outra via é através da estimulação da célula ECL, através da ativação do receptor M2 através do neurônio (sinapse com liberação do peptídeo liberador de gastrina, que ativa receptor BB2) que irá estimular a produção de gastrina (produzidas pelas células G) que iná interagir com o receptor CCK, por meio desse a célula produz e libera Histamina, que se liga ao receptor H2 (dependente de AMPc: proteína Gs) que vai modular a liberação do Canal de H+ e K+, liberando H+ (ácido). A gastrina também pode agir diretamente via CCK2 presente na célula parental, estimulando a produção de íons H+. Uma via com regulação negativa é por meio da interação de prostaglandina E2 (PGE2) e prostaglandina I2 (PGI2) (ambas importantes pela citoproteção). A PGE2 atua no receptor EP3 presente na célula parenteral que ativa a proteína Gi inibindo a produção de AMPc intracelular assim não tendo liberação de ácido para o meio extracelular. A PGI2 atua sobre o receptor EP2 na célula epitelial superficial produtoras de muco e bicarbonato para citoproteção contra os ácidos produzidos. A mesma sinapse que estimula a produção de ácido possui uma contra regulação para produção de mecanismos citoprotetores. FARMACOLOGIA Fármacos que atuam antagonizando os receptores muscarínicos (presentes nas células ECL, epiteliais superficiais e nas células parietais) esses não impedem a neurotransmissão por meio do peptídeo liberador de gastrina, assim ainda teria produção de ácidos; AINES causam perda da citoproteção, uma vez que agem bloqueando a PGE2 e PGI2, que atuam na citoproteção; Fármacos que atuam antagonizando os receptores H2 (presentes nas células parietais) ex: fármacos de sufixo tidina; Fármacos antiácidos (atuam bloqueando H+); Inibidores da Bomba de prótons (atuam regulando o canal de H+ e K+ ATPase) esses utilizados para refluxo gastroesofágico. Células D antrais são as principais responsáveis pela citoproteção junto com as células epiteliais produtoras de muco. As células D produzem a somatostatina, principal inibidor de produção de ácido gástrico; Pacientes em infecção por Helicobacter pylori tem células D diminuídas, consequentemente diminuição da somatostatina e extença produção de ácido e consequentemente grandes teores de gastrina! DEFESA GÁSTRICA CONTRA O ÁCIDO (JUNÇÃO GASTROESOFÁGICA) Ângulo de HIS; Compressão do diafragma; Esfíncteresofágico inferior, que fecham evitando a regurgitação. Quem protege toda a mucosa interna da produção de ácido são a PGI2 e PGE2 através da secreção de muco e retenção do bicarbonato secretado; IBUPROFENO e ALCOOL: detonam a citoproteção. INIBIDORES DA BOMBA DE PROTONS (IBP) Exemplos: Omeprazol, esomeprazol, lansoprazol, dexlansoprazol, rabeprazol e pantoprazol; Eficácia similar em doses comparáveis; Essas drogas são profármacos, são ativados por meio dos canalículos da bomba e atuam causando a inativação irreversível das moléculas da bomba; Geralmente os IBPs são utilizados antes da primeira refeição, pois, a quantidade de H+ K+ aumenta após o jejum (principalmente, durante a noite); Hipersecreção de rebote (a célula entende que ta sendo inibida, assim ela produz mais enzimas para substituir as enzimas inativadas; ADME 30 min. antes refeição; 2 a 5 dias de tratamento com uma dose única ao dia para obter a inibição de 70% das bombas; Alguns pacientes podem relatar Hepatopatia grave: diminuição do efeito da esomeprazol e lansoprazol; USOS TERAPÊUTICOS Cicatrização de úlceras gástricas e duodenais; Utilizados para tratamento do Refluxo gastroesofágico (DRGE); Erradicação de H. pylori (associado ao câncer gástrico) tratamento é feito junto com antibióticos. EFEITOS ADVERSOS Náusea, dor abdominal, constipação, flatulência e diarreia; Miopatias subaguda (raras), artralgias, cefaleias, nefrite intersticial e exantemas cutâneos; Diminui absorção vitamina B12; Risco de fraturas ósseas (cuidado com idosos e pacientes com osteoporose); Sujeitos a infecções hospitalares; Hipergastrinemia e hiperplasia de ECL; Polipose de glândula fúndica e gastrite atrófica; Doença renal crônica e demência; ANTAGONISTA DOS RECEPTORES H2 Substituídos pelos IBPs; Fármacos de sufixo -tidina. MECANISMO DE AÇÃO E FARMACOLOGIA Atuam através da competição reversível com histamina; Menos potentes que os IBPs; Cicatrização de úlceras, podendo ser associados com o IBPs, atuando sobre a secreção de ácido noturna; ADME Pico de concentração de 1 a 3 horas; Excreção renal. USOS TERAPÊUTICOS E EFEITOS ADVERSOS Cicatrização de úlcera duodenal (UD) e úlcera gástrica (UG); Tratar DRGE; Baixa incidência de efeitos adversos; Distúrbios hematológicos; Maioria das interações ocorre com a cimetidina; Tolerância e rebote com medicações supressoras de ácido: Tolerância com os antagonistas de H2 3 dias após início do tratamento; FÁRMACOS QUE AUMENTAM AS DEFESAS DA MUCOSA GÁSTRICA MISOPROSTOL Análogo sintético da PGE1, fármaco utilizado para prevenção da lesão da mucosa por AINE; Liga a EP3, que estimula Gi; PGE2 estimula a secreção de mucina, bicarbonato e aumento do fluxo sanguíneo; Alcança efeito em 30 min e dura até 3 h; 200 ug 4x/dia profilaxia úlcera; Pacientes podem relatar diarreia e cólicas abdominais; Agravamento da doença inflamatória intestinal; EXTRAMAMENTE Contraindicado na gravidez; SUCRALFATO Muito utilizado; Esse fármaco é um polissacarídeo sulfatado; O sucralfato no estomago vira uma gosma que protege contra lesões por ácido, evitando a hidrólise das proteínas da mucosa mediada pela pepsina assim evitando a erosão e úlcera; pH < 4,0 tornam a ligação cruzada, tornando-se um polímero viscoso e pegajoso; 6 horas aderido; Estímulo a PG e EGF. USOS TERAPÊUTICOS E EFEITOS ADVERSOS Pneumonia hospitalar por IBP; Inflamação/ulceração da mucosa que não respondem a supressão do ácido (inibidor de ácido + sucralfato); Estômago vazio, 1 h antes das refeições; Evitar em insuficiência renal; Inibe absorção de fluoroquinolonas (Antibióticos). ANTIÁCIDOS Vantagens dos antiácidos: Preço, acessibilidade, rapidez e palatabilidade; Bicarbonato de sódio é muito hidrossolúvel e podem acarrentar em risco para cardiopatas e renais; O Carbonato de cálcio (CaCO3) neutraliza rápido, porém a liberação de CO2 pode causar eructação (peidos kk), náuseas, distensão abdominal e flatulência (arrotos); As combinações de hidróxido de Magnésio (Mg2+) e de Alumínio (Al3+) são preferidas pela maioria dos especialistas; Simeticona (luftal) é um surfactante que pode diminuir a formação de espuma (anti gases); Gastrol (indicado); USOS TERAPÊUTICOS E EFEITOS ADVERSOS VO 1 e 3h após refeição e ao deitar; 30 a 60 minutos refluxo grave; Eliminados do estômago vazio em cerca de 30 min; Alimentos elevem o pH e prolongam para 2 a 3 h; Al3+, Ca2+ e Mg2+ são menos absorvidos do que Bicarbonato de sódio (NaHCO3), sendo preferíveis os complexos de Alumínio, Cálcio e Magnésio; 15% do Ca2+ VO é absorvido, apresentando hipercalcemia transitória, pois esses pacientes fazem uso crônico de antiácidos, principalmente os que tem muito cálcio; 2 horas antes ou depois de outros fármacos (quelante); REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE) Erosão na mucosa; Estenose e metaplasia de Barret (controlar); Melhores para erradicação de H. pylore. VER TABELA 49-2 SINTOMAS GRAVES E SECREÇÃO NOTURNA DE ÁCIDO IBP pode ser ingerido 2x/dia, se o paciente a noite acorda tossindo seco, irritação na garganta por conta da regurgitação de ácido, então o paciente pode apresentar erosão nos dentes em decorrência do ácido; 2/3 dos pacientes ainda continuam produzindo ácido particularmente noite, assim faz-se necessário um tratamento combinado de inibidor de bomba de prótons e anti- histamínicos; TRATAMENTO DAS MANIFESTAÇÕES EXTRA- INTESTINAIS DA DRGE Dor torácica não-cardíaca, asma, laringite, tosse seca crônica, dentre outros; DRGE E GRAVIDEZ 30 a 50% das pacientes têm refluxo ácido; Desaparece pós-parto; Contribui para náuseas; 2/3 continuam produzindo ácido particularmente noite. Maioria categoria B (seguros); Para pacientes grávidas são indicados Anti- ácidos e sucralfato são primeira escolha; Sintomas os sintomas piorarem muda para ranitidina; Lansoprazol, pantoprazol e omeprazol são mais seguros. DRGE E PEDIÁTRICA Acima de 10 anos trata-se igual ao adulto para tratamento de refluxo; Abaixo de 10 anos precisa ter cuidado com os IBP, pois, piora a infecção do trato respiratório; Infecções do trato respiratório e gastrenterite, que devem ser cuidadosamente considerados; DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA Agressores: Pepsina e ácido. Controladores: Mucina, bicarbonato, prostaglandina, oxido nítrico, peptídeos e fatores de crescimento. A ulcera ocorrerá em pacientes com maior secreção basal de ácido, ou seja, secretores noturnos de ácido; 60% U Duodenal está associada a H. pylori, pois, diminui a produção de sulmatastantina. VER TABELA 49-3 Pacientes que tem ulcera e vai ser submetido a um procedimento que desencadeará um processo inflamatório, indica-se a utilização de Pantoprazol. É interessante a utilização desses inibidores, pois, pacientes que não receberam profilaxia para secreção de ácidos, a doença crônica com recidiva de 1 ano; Eliminação do H. pylori do estômago; É interessante o IBP para ulcera péptica por conta de coagulação, o inibidor melhora a coagulação porque ele inibe a dissolução do coagulo, o pH mais elevado aumenta a formação de coágulo e previne sua dissolução; Cuidado com os AINES senhores dentistas, minimizar o efeito de AINES principalmente em pacientes com ulceras. H. PYLORI Para o tratamento não se trata com claritromicina e metronidazol, pois apresentam resistência. A Gastrite, Ulcera Gástrica, Ulcera Duodenal, adenocarcinoma gástrico e linfoma gástrico de células B, são característicos da infecção; Associação de Antibióticos para evitar resistência; IBP aumenta a eficácia do Antibiótico (amoxicilina ou claritromicina, resistência a H.pylori); 10 a 14 dias de tratamento; Efeitos adversos em 50% dos pacientes; Resistência a claritromicina e metronidazol; O Vimovo (AINE + ezomeprazol). ANTINAUSEANTES E ANTIEMÉTICOS NÁUSEAS E VÔMITOS Reflexo protetores para livrar o estômago e intestinos de substânciastóxicas; A náusea serve como um estímulo aversivo não condicionado para aprendizado e memória; Vômito: Associado a atividade do centro de êmese na formação reticular lateral do mesencéfalo-tronco encefálico, próxima da Zona do Gatilho Quimiorreceptora (CTZ) na área postrema; A CTZ não possui Barreira Hematoencefálica, e isso facilita a monitoração ativa do sangue e do líquido cerebrospinal para transmitir ao centro de êmese, o qual provocará náuseas e vômitos (algo toxico); Existem núcleos que levam informações do intestino pelo nervo vago (via Núcleo do Trato Solitária) e nervos aferentes esplâncnicos via medula espinal, o qual provocará náuseas e vômitos (algo toxico); Córtex cerebral (náuseas) se fala de informações em camada e até mesmo do aparelho vestibular (cinetose), podem provocar enjoo; Náusea é diferente de êmese, a náusea pode ser decorrente do efeito colateral de medicações, distúrbios do SNC e GI, infecções; Náusea: controlada pelo córtex insular, cingulado anterior, orbitofrontal, somatossensorial e pré-frontal (pouco efeito); Ondansetrona = Vonal; não é indicado para gravidez. Escopolomina está presente no BUSCOPAN. Os 3 primeiros são indicados para sintomas mais leves; Aprepitanto são indicados para sintomais mais tardios; E os dois últimos para sintomas mais leves. A SS O C IA D O S ANTAGONISTAS DE 5-HT3 MECANISMO DE AÇÃO Mais eficazes para tratamento de náusea e vômito por Quimioterapia e pós-cirúrgico em criança e adultos; Ineficazes na redução de êmese e náusea tardias (24 h depois) e êmese e náuseas preemptivas; Principalmente o Ondansetrona e palonosetrona (alto custo); Serotonina é liberada pelas células do intestino delgado em resposta a quimioterápicos (não são seletivos, agredindo todas as células, incluindo intestino delgado) a toxicidade desse estimula aferentes vagais, com alta concentração nos receptores no NTS e CTZ; USOS TERAPÊUTICOS E EFEITOS ADVERSOS Náusea por QT e por irradiação do abdômen superior; Hiperêmese gestacional (vomal não é mais indicado); Poucos ineficazes na cinetose; Palonosetrona pode ser útil na êmese tardia; Associação entre Palonosetrona + netupitanto + dexametasona (Akynzeo), para tratamento de náusea e vômito agudo e tardio; 30 minutos antes da QT por IV por 15 minutos; O akynzeo é utilizado 1 h antes da QT por VO + Dexametasona. VER TABELA 50-6 ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES DA DOPAMINA MECANISMO DE AÇÃO Fenotiazinas: proclorperazina e clorpromazina, utilizados como antinauseantes e antieméticos para QT (sobretudo para os efeitos tardios), cinetose e GI; Efeitos extrapiramidais; Benzamidas: Distúrbios motores do GI e êmese tardia (metoclopramida, atua antagonizando receptores de Dopamina, conhecido popularmente por plasil, sendo muito bom para distúrbios motores do GI); Olanzapina: antagonista de D1 a D4 e 5-HT2; Esses fármacos são administrados para êmese tardia junto com 5-HT3 + corticoide; ANTI-HISTAMÍNICOS Cinetose e êmese pós-operatória; Atuam nos aferentes vestibulares e dentro do tronco encefálico; Ciclizina, meclizina, prometazina e difenidramina. Dimenidrinato (dramin) muito utilizado para êmese causada por movimento. ANTICOLINÉRGICOS Buscopan é um escopolamina utilizado na cinetose; Pouca atividade em náusea e vômito pós- operatório; Sem atividade nas náuseas por QT. ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES DE NEUROCININA (NK1) MECANISMO DE AÇÃO Náusea na QT: fase aguda e fase tardia; Os 5-HT3 bons na êmese aguda, porém, não são eficientes nos êmeses tardias, então se associa esses fármacos com os NK1, muito eficiente para pacientes que fazem QT; Antagonistas de NK1 tem efeito na náusea tardia; O Aprepitanto e rolapitanto, são os mais utilizados. CANABINOIDES - DRONABINOL MECANISMO DE AÇÃO São fármacos isolados da Cannabis sativa (maconha); Principais: Dronabinol e nabilona (derivado sintético); Esses fármacos agem através da estimulação de CB1 em CTZ e centro emético; O uso quando outros anti-eméticos não funcionam; Supervisão do paciente é necessária, pois o paciente pode apresentra: euforia, sonolência, afastamento, tontura, ansiedade, nervosismo, pânico etc, e reações paranoides e distúrbios do pensamento; GLICOCORTICÓIDES E ANTI-INFLAMATÓRIOS Dexametasona também é utilizado como antiemético, é provável que parte da emese seja decorrente da inflamação peritumoral e produção de prostaglandinas; Diminuição da inflamação e prostaglandina, assim aliviando a náusea e êmese. BZD Lorazepam e alprazolam; Utilizados na clinica para diminuição da êmese de pacientes, além de serem ansiolíticos. SOLUÇÕES DE CARBOIDRATOS FOSFORADAS Muito utilizados para crianças e adultos; Alívio de náusea por VO; Emetrol; SUCCINATO DE DOXILAMINA E PIRIDOXINA São antagonistas H1 + vitamina B6; Náusea leve e moderada na gestação. K
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