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Determinantes sociais de saúde

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Abrangência das ações de saúde 
DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE 
O QUE SÃO OS DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE? 
® Fatores e mecanismos através dos quais as condições sociais, 
econômicas, culturais, étnico/raciais, psicológicas e 
comportamentais influenciam a ocorrência de problemas de 
saúde e seus fatores de risco na população. 
 
® A medicina é intrínseca e essencialmente uma ciência social, 
portanto as condições econômicas e sociais exercem um efeito 
importante sobre a saúde e a doença e tais relações devem ser 
submetidas à pesquisa cientifica (= epidemiologia). 
ESTUDOS SOBRE AS INIQUIDADES EM SAÚDE 
PRIMEIRA GERAÇÃO: descrever relação entre a pobreza e a saúde. 
SEGUNDA GERAÇÃO: descrever os gradientes de saúde de acordo 
com vários critérios de estratificação socioeconômica. 
TERCEIRA GERAÇÃO: estudo da influência dos mecanismos de 
produção das iniquidades no corpo humano. 
ABORDAGENS PARA ESTUDO DOS MECANISMOS 
ATRAVÉS DOS QUAIS OS DSS CAUSAM INIQUIDADES 
ASPECTOS FÍSICO-MATERIAIS: escassez de recursos dos indivíduos 
e falta de investimentos em infraestrutura. 
ASPECTOS PSICOSOCIAIS: percepções e experiências das pessoas 
em sociedades desiguais causam estresse. 
ASPECTOS ECOSSOCIAIS/MULTINÍVEIS: integração de abordagens 
individuais e grupais sob perspectiva dinâmica, histórica e 
ecológica. 
CAPITAL SOCIAL: relações de solidariedade e confiança entre 
pessoas e grupos, criando redes de apoio. 
DESAFIOS DOS ESTUDOS SOBRE OS DSS 
• Estabelecer uma hierarquia de determinantes entre os fatores 
mais gerais de natureza social, econômica, política e as 
mediações através das quais esses fatores incidem sobre a 
situação de saúde de grupos e pessoas, dado que a relação de 
determinação não é uma simples relação direta de causa-efeito. 
 
• Distinguir os determinantes de saúde dos indivíduos e de grupos 
ou populações, pois alguns fatores que explicam diferenças do 
estado de saúde dos indivíduos não explicam diferenças entre 
grupos, como maus hábitos, por exemplo. 
 
Obs.: Estudos relataram que fatores de risco individuais, como 
colesterol, hábito de fumar e hipertensão explicam 35-40% da 
diferença entre indicativos de risco relativo para diferentes grupos, 
enquanto os 60-65% restantes estavam relacionados aos DSS. 
INIQUIDADE X DESIGUALDADE 
INIQUIDADE: desigualdades de saúde evitáveis, injustas ou 
desnecessárias. 
DESIGUALDADE: diferenças sistemáticas na situação de saúde de 
grupos populacionais. 
CAUSAS SOCIAIS DE INIQUIDADES EM SAÚDE NO BRASIL 
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA: na década de 70, a urbanização 
acelerada, decorrente da oferta de serviços, promoveu a mudança 
da população para as cidades. Mas, sem acompanhamento de 
recursos de infraestrutura, houve o aumento da desigualdade no 
acesso a recursos básicos. Além disso, foi significativa a redução de 
fecundidade, que se comporta segundo a escolaridade das regiões. 
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA: o quadro antigo de tripla carga de 
doenças infectocontagiosas negligenciadas se alterou para doenças 
crônicas. E, com o tempo, causas externas foram aumentando, 
como acidentes e violências. 
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL: o avanço da tecnologia e a globalização 
com a influência de multinacionais na alimentação influenciaram 
negativamente as condições alimentares da população, o que 
impacta, de certa forma, no aumento das desigualdades e na 
incidência de doenças crônicas. 
MODELO DE DAHLGREN E WHITEHEAD 
 
MODELO DE DIDERICHSEN E HALLQVIST 
 
AS INTERVENÇÕES SOBRE OS DSS 
® Políticas macroeconômicas que visem um desenvolvimento 
social sustentável; 
® Políticas intersetoriais integradas, dado que todas as 
condições de vida devem ser contempladas; 
® Políticas que busquem fortalecer a organização e participação 
das pessoas e das comunidades, formando uma rede de apoio 
que vai além das unidades de saúde; 
® Políticas nacionais que promovam mudanças no 
comportamento, como políticas de promoção de espaços 
saudáveis ou políticas de taxação/subsídio de alimentos. 
Coordenação intersetorial 
Evidências científicas Participação social

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