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transtornos somatoformes

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TRANSTORNOS SOMATORFORMES: 
A somatização é a comunicação do sofrimento psicológico em forma de sintomas 
físicos. O transtorno de sintomas somáticos se caracteriza pela existência de um ou mais 
sintomas somáticos que causam alterações no âmbito cognitivo, afetivo e/ou comportamental, 
podendo haver ou não explicação médica para a queixa. Se houver explicação médica, as 
reações cognitiva, afetiva e/ou comportamental em resposta a ela são excessivas e 
desproporcionais. É possível, ainda, observar associação entre sintomas somáticos e 
problemas ou estressores psicológicos. 
Além disso, na somatização o indivíduo é bastante preocupado com a sua condição 
de saúde e dá importância significativa para qualquer desconforto que sinta, além de 
possuírem um limiar menor de dor. Geralmente, apresentam história clínica de várias 
investigações, internações e terapias, muitas vezes, invasivas e desnecessárias. 
Traumas em fases iniciais da vida são fatores de grande influência na gênese da 
somatização. Dessa forma, podemos entender esse transtorno como um pulo da mente para 
o corpo, ou seja, a pessoa não suporta um sofrimento a ponto de leva-lo para o resto do corpo, 
não intencionalmente. 
Os critérios diagnósticos podem ser encontrados no anexo 1. Vale lembrar que é 
imprescindível excluir causas orgânicas antes de atribuir o diagnóstico. A abordagem do 
paciente deve ser feita com empatia, sem julgamento e cuidadosamente para que o paciente 
não se sinta desconfortável e busque outro médico. O tratamento é feito, sobretudo, com 
psicoterapia (anexo 2). A medicação é indicada quando temos outros problemas psiquiátricos 
que necessitem medicação. 
Dentro desse leque de dissociação, temos o transtorno de ansiedade de doença, o 
qual é caracterizado por preocupação excessiva e persistente de ter ou adquirir alguma 
doença grave. É o que nós conhecemos comumente como “hipocondria”. Imagino que o 
sofrimento dessa pessoa é bastante intenso. 
O transtorno conversivo, por sua vez, significa a passagem de uma energia do domínio 
psíquico para somático, ou seja, o problema psíquico é convertido numa linguagem corporal. 
Novamente, como todos os transtornos psiquiátricos, devemos excluir causas orgânicas e 
seguir os critérios do DSM-5 (anexo 3). Em geral, os pacientes pouco se importam com as 
alterações que ocorrem (como no caso da ATP, o paciente estava cego e parecia não se 
importar com isso), diferentemente da somatização, na qual a preocupação é extrema. 
Temos, ainda, a dissociação, que se trata de uma cisão na mente da pessoa que tem 
em seu eu a coexistência de duas atitudes contraditórias: uma que consiste em recusar a 
realidade e a outra em aceitá-la. Conversamos sobre isso na tutoria, mas não entramos em 
detalhes, pois além de ser bastante raro, é bem complexo. O transtorno dissociativo de 
 
 
personalidade é o mais interessante, a meu ver. Nele, a pessoa se reinventa para lidar melhor 
com o trauma, criando, assim, alter egos. 
Outra possibilidade de manifestação é a amnésia e fuga dissociativas, nas quais a 
pessoa não lembra de alguns acontecimentos significativos e recentes da vida dela. É 
caracterizada por ser parcial (fatos de um período) ou seletiva (parte de fatos), ou seja, a 
perda da memória se relaciona com o evento estressante ou traumático, não abrangendo toda 
a consciência. 
É extremamente difícil diferenciar esses transtornos, por isso, falamos muito sobre as 
diferenças de cada um (anexo 4). Além disso, devemos nos atentar para a possibilidade de 
um transtorno factício, no qual o paciente, diferentemente dos demais, finge ou causa os 
sintomas intencionalmente, mas por uma motivação inconsciente. Já quando o paciente faz 
em troca de algum benefício, é chamado de “simulação”. 
A Síndrome de Munchausen (SM) é um transtorno factício em que o paciente se 
mostra dramaticamente doente, com a habilidade de mimetizar sinais e sintomas de forma a 
necessitar de internações prolongadas, procedimentos de diagnósticos invasivos, longo 
tempo de terapia com as mais variadas classes de drogas e cirurgias. Quando a pessoa faz 
isso em terceiros, é chamado de Síndrome de Munchausen (SM) por procuração. 
 Outra síndrome comentada em tutoria foi a de Ganser, na qual presidiários inicialmente 
simulam quadros psicóticos que posteriormente se tornam alterações reais. 
Em geral, todos esses transtornos são de difícil tratamento e sempre há indicação de 
psicoterapia. Alguns casos pode ser necessário tratamento com medicação serotoninérgica, 
como os ISRS, uma vez que, normalmente, esses pacientes são ansiosos. 
 
REFERÊNCIAS: 
MELEIRA, Alexandrina. Psiquiatria : estudos fundamentais / Alexandrina Maria Augusto da 
Silva Meleiro. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2018. 
SADOCK, Benjamin J.; SADOCK, Virginia A.; RUIZ, Pedro. Compêndio de Psiquiatria. Porto 
Alegre: Grupo A, 2017. 9788582713792. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582713792/. Acesso em: 21 Jan 2021. 
 
ANEXOS: 
ANEXO 1: 
 
 
 
ANEXO 2: 
 
ANEXO 3: 
 
 
 
 
ANEXO 4:

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