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Dandara Leal, 2021. Semiologia e Semiotécnica Semiologia e Semiotécnica A enfermagem segundo Wanda Horta, é um serviço que se fundamenta nas necessidades humanas básicas. A expressão criada por Horta, nos anos sessenta, para definir o Ser-Enfermeiro: "gente que cuida de gente”, foi utilizado por uma empresa de medicina de grupo, que a emprega hoje, como “slogan” na mídia, identificando suas características humanitárias para o público. O Ser-cliente na concepção de Horta, tanto pode ser um indivíduo, uma família ou uma comunidade, que necessita de cuidados de outros seres humanos habilitados para este tipo de ação. O Ser-Enfermagem é um ser abstrato, que tem como objeto assistir as necessidades humanas básicas que, neste contexto, caracterizam-se como entes da enfermagem. Os entes da enfermagem, descritos, explicados, relacionados entre si e passíveis de serem submetidos a predições, formalizam nesta teoria a ciência de enfermagem, na concepção de Horta. Assim, resumidamente, devemos assistir o ser humano (paciente) conforme a necessidade individual e particular (singular) de cada um. Assistir de maneira holística. Na enfermagem, buscamos tornar o paciente independente da assistência; pelo ensino do autocuidado. Ciência Arte Ética “Assistir, em enfermagem, é fazer enfermagem, é fazer pelo ser humano tudo aquilo que ele não pode fazer por si mesmo (HORTA,1979). ” Nós ajudamos ou auxiliamos o paciente quando se encontra parcialmente debilitado de se auto cuidar, o supervisionando ou o encaminhando. Segundo o Manual de legislação dos profissionais de enfermagem do COREN-AM, de 2018: “A Enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico de Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, respeitados os respectivos graus de habilitação. A enfermagem é uma profissão que possui um corpo de conhecimentos próprios, voltados para o atendimento do ser humano nas áreas de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde. Assim sendo uma ciência. Objetivos da enfermagem São objetivos do cuidar de enfermagem: Promover a saúde Prevenir a doença Facilitar o enfrentamento da incapacidade e da doença Restaurar a saúde Campo de atuação Hospitais e Clínicas Particulares. Unidades de saúde do estado e município sendo estes: UBS, Policlínicas, SPAs, Hospitais e Pronto-socorros, transportes aéreos, navios e atenção domiciliar etc. O modelo de organização brasileiro de saúde pública segue a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que define três diferentes níveis de atenção à saúde: o primário, o secundário e o terciário. Eles focam no atendimento ao paciente de acordo com a complexidade necessária para cada ação. Por exemplo: os Pronto-socorro estão na atenção terciário. O SAMU está no nível de atenção secundário assim como as UPAs e SPAs. E as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ditas “portas do sistema de saúde público/porta de entrada para o SUS” estão no nível de atenção primário. Função do (a) Enfermeiro (a) Teoria Holística A Terapia Holística tem um olhar para o indivíduo como um todo, levando em consideração seus aspectos: físicos, psicológicos, emocionais, espirituais e energéticos, como disse Aristóteles, “o todo é maior do que a simples soma de suas partes”, assim, na Terapia Holística, o indivíduo é tratado como um ser integral. Dandara Leal, 2021. Específica Cuidador, assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades humanas básicas e ensinar o autocuidado. Social Ensino, pesquisa, liderança, administração, responsabilidade legal, participação na associação de Classe. Interdependência Manter, promover e recuperar a saúde. Unidades de saúde Unidade de saúde É todo estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência sanitária a uma população em área geográfica definida, executando basicamente ações programadas. Tem caráter dinâmico por desenvolver atividades junto à comunidade (exemplo: visita domiciliar) (M. S., 1987). Sua complexidade e dimensões físicas variam em função das características da população a ser atendida, dos problemas de saúde a serem resolvidos e de acordo com o seu tamanho e capacidade resolutiva. Serviços de atenção primária: UBS; P. Saúde da Família; CAIC. Serviço de atenção secundários: CAIMI; SPA; UPA; SAMU; Policlínicas. Serviços de atenção terciários: Serviços Ambulatoriais; Serviços Hospitalares especializados; Hospitais Gerais. Unidades Básicas de Saúde São a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo desses postos é atender até 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para hospitais. Responsáveis pelos atendimentos de rotina e consultas com o clínico geral e outras especialidades. Vacinação, atendimento odontológicos, encaminhamentos etc. Unidades de Pronto-Atendimento (UPA 24h) São estruturas de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e as portas de urgência hospitalares, onde em conjunto com estas compõe uma rede organizada de Atenção às Urgências. Ter acolhimento e classificação de risco, em conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências. São integrantes do componente pré-hospitalar fixo. Devem ser implantadas em locais/unidades estratégicos para a configuração das redes de atenção à urgência. O paciente é estabilizado. Em Manaus: UPA José Rodrigues Av. Camapuã - Nossa Senhora De Fátima UPA 24H CAMPOS SALES Av. Dona Otília – Tarumã Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Semelhante as UPAS, são unidades de urgência de baixa e média complexibilidade, e emergência que funcionam 24 horas. Hospital Pronto-socorro Atendem os que correm risco eminente de vida, como acidentados, suspeita de infartos, derrames, apendicite, pneumonia, fraturas, entre outras complicações. Atendimentos em clínicas especializadas, além de qualquer tratamento ou assistência de média ou alta complexibilidade. Pode ser de nível terciário ou quaternário. Exemplos: Hospital de clínicas básicas, hospital geral, hospital especializado e hospital universitário. A palavra Hospital origina-se do latim hospita: "local onde se hospedam pessoas". Os hospitais foram criados (historicamente) com finalidades para prover cuidados a doentes e oferecer abrigo a viajantes e peregrinos. O surgimento do Hospital no Brasil: possui relação com a criação das Santas Casas administrada pela Igreja Católica que atendiam órfãos, mães solteiras, velhos, pobres e doentes. Posteriormente, o Exército, principal representante do Estado português, criou em 1727 um hospital em que começava a funcionar o primeiro serviço hospitalar militar. Atualmente, entende-se que o Hospital vai além dos limites físicos de um grande prédio destinado aos cuidados com os enfermos. Pode ser conceituado como sendo parte de todo um sistema de saúde. Assim sendo o seu conceito estabelecimento próprio para internação e tratamento de doentes ou de feridos, deve agir com hospitalidade e benevolência (HOUAISS, 2004). Segundo o Ministério de Saúde (1977), é parte integrante de uma organização médica e social, cuja função básica consiste em proporcionar à população assistência médica integral, curativa e preventiva, sob quaisquer regimes de atendimento, inclusive o domiciliar. médico e social cuja função é assegurar assistência médica completa, curativa e preventiva à população. Dandara Leal, 2021. Objetivos do Hospital: - Proporcionar à comunidade, assistência total em termos de tratamento e prevenção; - Tratamento e cura das doenças; - Incentivar pesquisas. Função do Hospital: Prevenção; Educação; Pesquisa; Curativa. Reabilitação. Estrutura organizacional É complexa, envolve grande variedade de atividades. Umhospital geral pode ter a seguinte estrutura: Direção Corpo clínico Serviço de apoio clínico: diagnóstico e tratamento; Serviços técnicos: enfermagem, nutrição e dietética, Serviço social, farmácia, SAME e estatística; Serviço de Apoio Administrativo: finanças, contabilidade, setor de pessoal, manutenção hospitalar, lavanderia etc. Estrutura do hospital Centro Cirúrgico; Clínica pediátrica; Clínica geral; Clínica para doenças transmissíveis; Berçários; Centro obstétrico; Pronto-socorro; CTI; UTI CME. • Lavanderia; • Refeitório; • Administração; • Almoxarifado; • Manutenção; • Departamento pessoal; • CCIH; • Recepção; Classificação dos hospitais Quanto a natureza assistencial: Geral: atende portadores de doenças das várias especialidades médicas. (Poderá ser restrito a um grupo etário. (Hosp. Infantil, Hosp. Militar ou como Hosp. de Ensino). Especializado: atende determinada especialidade médica (Hosp. do Câncer) Quanto ao controle administrativo: Hospitais Filantrópicos: 20% da renda destinado ao atendimento gratuito as pessoas carentes; 60% de seus leitos destinados ao SUS; Membros da diretoria sem gratificação; Hospitais Públicos: Mantidos por verbas federais, estadual e/ou municipal; Hospitais Beneficentes: Finalidade não lucrativa; mantido por contribuições e doações particulares; Membros da diretoria sem gratificação. Hospitais com finalidades lucrativas: Empresa privada; mantido por convênios e particulares; os serviços prestados são pagos. Hospital privado: financiados por médicos e indivíduos; Hospital escola: mantidos por uma universidade à qual estejam vinculados. (Hosp. Universitário); conforme: Os serviços de que dispõem (especialidades); seu porte; sua resolutividade; suas finalidades (missão). Tipos de Unidades - Quanto a especialidade - Número de leitos porte - Resolutividade (atenção primária, secundária ou terciária) - Propriedades (público, privado, beneficente ou filantrópico) Dandara Leal, 2021. Ambiente Hospitalar É o conjunto de condições humanas, técnicas, físicas, químicas, biológicas, econômicas e sociais que influenciam a saúde do indivíduo. - Condições de ar - Controle de ruídos - Temperatura - Alimentos - Água - Efeitos visuais - Odores etc. Enfermarias e ambulatórios são áreas semicríticas. Paciente Elemento principal de qualquer instituição de saúde, abrangendo todos os indivíduos submetidos a tratamentos, controles especiais, exames ou observações médicas. Considera-se paciente hospitalizado aquele que, admitido no hospital, ocupa um leito por um período superior a 24 horas e que será submetido a tratamentos clínicos, cirúrgicos ou outros tratamentos específicos. Tipos de pacientes Convencionado e Particular Criança; adolescente; jovem; adultos e idoso Pelo nível de atenção: Cuidados Mínimos até 17 pontos; Cuidados Intermediários de 18 a 28 pontos Cuidados Semi-Intensivos de 29 a 39 pontos, Cuidados Intensivos de 40 a 50 pontos; (Resolução Cofen 293/2004). - Atenção mínima, intermediário, semi-intensivo, intensivo. Unidade de internação É o conjunto de elementos destinados a acomodações do paciente internado e que englobam facilidades adequadas a prestação de cuidados necessários a um bom atendimento (Ministério da Saúde, 1977). É o espaço físico hospitalar onde o paciente permanecerá a maior parte do tempo durante seu período de internação. Finalidade Proporcionar ao paciente um ambiente propicio a sua rápida recuperação. Oferecer a enfermagem condições para um bom desempenho de suas funções. Componentes Posto de enfermagem; Sala de serviços; Sala de utilidade; Copa Enfermarias ou quartos; Rouparia; Banheiro de paciente (com chuveiro, 1 sanitário) Banheiro de funcionários. Tipos de unidades de internação Médicas, Cirúrgicas, Pediátricas, Isolamento, Tratamento intensivo etc. Unidade do paciente Conjunto de espaços e móveis destinados a cada paciente. Ambiente próprio para recuperação. É o espaço físico hospitalar onde o paciente permanece a maior parte do tempo durante seu período de internação. O paciente acamado deve ter sempre à disposição uma campainha para chamar o profissional de enfermagem, caso necessite. Diferem de hospital para hospital, mas basicamente, consta de: Cama com colchão; Mesa de cabeceira equipada com os pertences do paciente; Uma cadeira ou poltrona; Campainha; Mesa de refeições (mesa auxiliar); Escadinha; Ponto de Oxigênio e vácuo; Armário para roupas e pertences; Suporte para soro; Cesto com tampa; Obs:A disposição dos moveis deverão ser de maneira que permita boa circulação ao redor. Dandara Leal, 2021. A influência do ambiente e dos fatores estéticos sobre o estado emocional e o humor das pessoas. Termos utilizados para o censo hospitalar Leito hospitalar de internação: cama numerada e identificada destinada à internação de um paciente dentro de um hospital, localizada em um quarto ou enfermaria, que se constitui no endereço exclusivo de um paciente durante sua estada no hospital e que está vinculada a uma unidade de internação ou serviço. Leito hospitalar de observação ou auxiliar: são leitos destinados a pacientes sob supervisão médica e/ou de enfermagem, para fins diagnósticos ou terapêuticos, por período inferior a 24 horas. Os leitos de observação ou auxiliares não devem ser considerados leitos hospitalares de internação, exceto quando eles estiverem sendo utilizados como leitos extras para internação ou quando os pacientes permanecerem nesses leitos por mais de 24 horas por qualquer razão. Dia hospitalar É o período de 24 horas compreendido entre dois censos hospitalares consecutivos, em geral das sete horas da manhã de um dia até as sete horas da manhã do dia seguinte. Leito-dia Unidade de medida que representa a disponibilidade de um leito hospitalar de internação por um dia. Leito-hora Unidade de medida que representa a disponibilidade de um leito hospitalar de observação ou auxiliar por uma hora. Paciente-dia Unidade de medida que representa a assistência prestada a um paciente internado durante um dia. O dia da alta só será computado se a alta ocorrer no mesmo dia da internação. Todos os casos de óbito ocorridos dentro do hospital devem ser considerados internações hospitalares, mesmo que a duração da internação tenha sido menor do que 24 horas. Saída É a saída do paciente da unidade de internação por alta ,evasão, desistência do tratamento, transferência interna, transferência externa ou óbito. Alta Ato médico que determina a finalização da modalidade de assistência que vinha sendo prestada ao paciente, ou seja, da internação hospitalar. Evasão É a saída do paciente do hospital sem autorização médica e sem comunicação da saída ao setor em que o paciente estava internado. Transferência interna Mudança de um paciente de uma unidade de internação para outra dentro do mesmo hospital. Transferência externa Mudança de um paciente de um hospital para outro. Óbito hospitalar Ocorre após o paciente ter dado entrada no hospital, independente do fato dos procedimentos administrativos relacionados à internação já terem sido realizados ou não. Óbito institucional É aquele que ocorre após 48 horas da admissão hospitalar do paciente. Leitos desativados ou desinstalados Leitos que nunca foram ativados ou que deixam de fazer parte da capacidade instalada do hospital por alguma razão de caráter mais permanente, como, por ex: o fechamento de uma unidade do hospital.
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