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Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 1 Estabilidade de Taludes TALUDES Superfície inclinada que delimita um maciço terroso, rochoso ou misto Obs: Processo de instabilização do talude: tensões atuantes > tensões resistentes Tipos de taludes: Naturais: encostas (não alterados pelo homem) Pode ser revestido por grama Condição natural de talude Obras estáveis: propriedade natural do solo Artificiais: taludes de corte e de aterros Escavadeira hidráulica Talude forçado: garante estabilização TALUDES DE CORTE Processo de corte: escavação TALUDES DE ATERRO Processo de aterro: trazer material de outro local, esse material é lançado, espalhado, tratado, e posteriormente compactado INCLINAÇÃO i: normalmente é informada a relação da medida horizontal com a vertical 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙: 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 Exemplos: Obs: Sempre indicar a relação horizontal e vertical nas obras. ABNT NBR 11682:2009 Tipos básicos de movimento de massas: Queda/ rolamento Escorregamento Tombamento Escoamento Taludes íngremes ou “em pé”: estáveis por um tempo e depois entra em processo de colapso cai i = 90° problemas i = 0° (terreno plano) Onde o solo deve romper Aterro Corte Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 2 QUEDA OU ROLAMENTO Desprendimento de fragmentos do terreno: de qualquer tamanho Os fragmentos caem de certa altura em queda livre ou com qualquer trajetória e tipo de movimento Se depositam nas valas Comum: regiões com muitas rochas fragmentadas ou locais com muito material pétreo e solo Cuidados que minimizam os impactos: tela retêm o material TOMBAMENTO Movimento de massa em forma de báscula com eixo na base Caminham em grandes peças de solo ou rocha ESCOAMENTO Movimento de massa com propriedades de fluído: água eleva a saturação Lento ou rápido (corrida) Corrida: Solo se movimenta junto com a água Comportamento de lama Muito perigoso: muito rápido Épocas de chuva Movimentos muito rápidos de solo argiloso mole: se move como se fosse um fluído viscoso Obs.: Movimentos de “fluxo” também podem acontecer com outros materiais areia seca Movimento da direita para esquerda Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 3 Rastejo: É o fluxo lento de solo Ocorrem com o tempo Perceptível com pontos de referência (postes) Camada fina de solo (poucos metros) sobre camada impermeável inclinada: chove saturação do solo movimento do solo Sinais: trincas e “postes inclinados ou árvores inclinadas” Movimento vagaroso, imperceptível e contínuo Para baixo do solo: formação do talude ESCORREGAMENTO Mais típico Ruptura do solo: tensões solicitantes > tensões resistentes criação da cunha circular Causas: saturação ou excesso de carga Movimento de massa por deslocamento sobre uma ou mais superfícies Terminologia de um escorregamento: Crista: região não escorregada adjacente à parte mais alta do início do movimento Escarpa: superfície íngreme do terreno intacto, correspondente à parte visível da superfície de ruptura Material escorregado: material que ficou sobre a superfície de ruptura Base: porção de massa escorregada situada além da superfície de ruptura Pé: linha geralmente curva de limite mais distante da massa escorregada Superfície de ruptura: superfície do terreno natural onde houve a ruptura curva Topo: ponto mais alto da massa escorregada Rodovia Talude muito íngreme Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 4 Flanco: transição para o material não atingido pela movimentação situado nas laterais da massa escorregada (direta ou esquerda) Dado em função da crista Obs: Corte ou aterro rodou: movimento de rotação do solo Obs: Deve ser utilizada nos relatórios Terminologia das dimensões: Largura da massa escorregada: largura máxima da massa escorregada medida perpendicular ao comprimento Comprimento da massa escorregada: comprimento máximo da massa escorregada medida ao longo do terreno Extensão horizontal: comprimento máximo da massa escorregada medida na horizontal Altura do escorregamento: medida vertical entre a crista e o pé Inclinação média: ângulo medido entre a horizontal e a linha que une o pé e o topo do escorregamento Cunha de solo: Superfície de ruptura bem definida REDUÇÃO DA RESISTÊNCIA INTERNA DO SOLO 𝑟 ≥ 𝑎 → 𝐸𝑄𝑈𝐼𝐿Í𝐵𝑅𝐼𝑂 Ações externas levam ao desequilíbrio CAUSAS DE ESCORREGAMENTOS A ação da água Causas externas Causas internas A AÇÃO DA ÁGUA Força de percolação no sentido do escorregamento Perda de resistência do solo: diminuição das propriedades físicas do solo devido a saturação Aumento do peso específico do solo: aumento da componente da força da gravidade que atua na direção do escorregamento Vazios dos solos preenchidos com água (saturação): aumento de massa Diminuição da tensão efetiva do solo pelo desenvolvimento de pressões neutras Normalmente Movimentação em círculo Nas laterais em movimento de curva A ruptura acompanha a base impermeável 2 tipos de curva Segmentada pela superfície impermeável Superfícies curvas Não é o equilíbrio previsto por norma Peso específico seco < peso natural < peso saturado < peso do sólido Sarah Valente Tavares Ceatec – Engenharia Civil 5 CAUSAS EXTERNAS Mudança da geometria do talude (inclinação e/ ou altura): Devido a cortes ou aterros no talude ou em terrenos adjacentes Aumento da carga atuante: sobrecargas na superfície Atividades sísmicas: baixa probabilidade de ocorrer no Brasil CAUSAS INTERNAS Variação do nível de água (N.A) que pode gerar: Alteração do peso específico do solo Alteração da pressão neutra (poropressão): Consequente impacto na tensão efetiva Fluxo da água percolação: Evitar que ocorra o carreamento do material fino IMPACTOS Região Serrana – Rio de Janeiro (2011) Morro do Bumba – Niterói (2010) Aterro Pajoan - Itaquaquecetuba (2011) Pontos críticos: pé e crista Cortar as águas Perda de coesão do solo gerada pelas raízes das árvores (queimada) Depósito de material no ponto alto Aterro de contenção de resíduos
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