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Priscilla Prado – turma 22 B 1 Ciclo cardíaco Nó sinusal : estimula átrio D e depois o átrio E ↦ contração do miocárdio atrial D ↦ aumenta a pressão intracavitária = Pa > Pv ↦ abre valva tricúspide ↦ ejeta o sangue para o ventrículo D em duas etapas : 1. Enchimento ventricular passivo (75% do volume) 2. Contração atrial (25% do volume) Ventrículo D cheio ↦ contração do miocárdio ↦ fechamento da valva tricúspide (AV) = 1ª bulha Ritmo sinusal = há contração atrial Nó AV: estímulo do miocárdio ventricular D ↦ aumenta a pressão intracavitária ↦ Pv > Partéria = abre valva pulmonar (semilunar) ↦ ejeta o sangue para a artéria ↦ equilíbrio das pressões ventricular e pulmonar ↦ fechamento da valva pulmonar (semilunar) = 2ª bulha ↦ relaxamento isovolúmico (↓P) ↦ pressão atrial ultrapassa a ventricular ↦ abertura da valva tricúspide (AV) RUÍDOS ANORMAIS Click da válvula aórtica: decorre da inversão da cúpula da válvula aórtica (semilunar), na protossístole (pós 1ªbulha – início da abertura da válvula aórtica). Ocorre na válvula aórtica bicúspide e na estenose aórtica. No início da sístole, a pressão é tão grande que a parte côncava torna-se convexa e depois retorna para côncava. A concavicidade é sempre virada para a cavidade que ejeta o sangue. Na válvula aórtica existem os seios de valsalva, por onde as coronárias passam. Click da válvula mitral: decorre da pressão exercida nos folhetos da válvula mitral anormal, durante a mesossístole, mas sem permitir a regurgitação sanguínea -> PROLAPSO COMPETENTE Priscilla Prado – turma 22 B 2 PROLAPSO INCOMPETENTE DA VÁLVULA MITRAL: quando o ventrículo está se contraindo e a mitral não consegue ficar fechada, permitindo a regurgitação de sangue para o átrio E. Estalido de abertura das valvas atrioventriculares: ocorre durante a abertura das válvulas AV durante a protodiástole. Está associado à estenose valvar, pois o sangue tenta sair com grande velocidade do átrio, mas encontra um espaço reduzido. BULHAS CARDÍACAS Primeira bulha: som produzido pelo choque entre o sangue do ventrículo contra os folhetos, durante o fechamento abrupto das valvas atrioventriculares, no início da sístole ventricular. É composta por dois componentes, o mitral e o tricúspide, sendo o folheto anterior da mitral mais audível devido a maior pressão do VE. Ausculta mais nítida no foco MITRAL. Desdobramento : bloqueio completo de ramo direito ↦ retarda a contração do lado D do coração, atrasando o componente fonético, pois a valva tricúspide demorará mais tempo para fechar ↦ TULUM TA. Varia com FA, extrassístoles, tamponamento cardíaco e bloqueio de ramos. Hiperfonética : tórax fino, pneumotórax, estenose mitral/tricúspide, taquicardia. Hipofonética : DPOC, obesidade, derrame pericárdico, insuficiência mitral/tricúspide, estenose aórtica. A intensidade depende da mobilidade dos folhetos (se calcificadas, é baixa) e da elevação da pressão ventricular. Segunda bulha: som produzido pelo choque entre o sangue das artérias contra os folhetos, durante o fechamento abrupto das valvas semilunares, no início da diástole ventricular. É composta por dois componentes, o pulmonar e o aórtico, que fecha mais rápido devido a maior pressão da aorta. O componente pulmonar já é fisiologicamente atrasado devido a menor Pressão pulmonar. Ausculta mais nítida no foco AÓRTICO. Priscilla Prado – turma 22 B 3 Desdobramento fisiológico É o retardo do componente pulmonar devido aumento do retorno venoso no lado D. Inspiração ↦ aumenta retorno venoso ↦ maior volume sg nas cavidades D ↦ mais tempo gasto para ejetar todo o sangue ↦ valva pulmonar retardada Desdobramento paradoxal É o retardo do componente aórtico presente apenas na ispiração. Inspiração ↦ atrasa componente tricúspide = componente aórtico Causa possível: bloqueio de ramo esquerdo Desdobramento patológico Largo e constante - semelhante ao desdobramento fisiológico, exceto por estar presente também na expiração. Ocorre no bloqueio de ramo D e na insuficiência mitral. Largo e fixo - ocorre nos casos de ICA, quando passa sangue do AD para o AE por meio da comunicação entre ambos. Não se altera conforme a fase da respiração, já que a comunicação interatrial não permite que a inspiração altere o enchimento do ventrículo direito. Terceira bulha: som fisiológico em crianças e jovens, mas patológico em adultos. É o som protodiastólico gerado a partir do choque entre o sangue já presente no ventrículo (volume residual da sístole anterior), o sangue ejetado do átrio e a parede ventricular, durante o enchimento ventricular passivo. Pode desencadear um ritmo de galope protodiastólico (de B3). Quarta bulha: som patológico, de origem telediastólica, gerado a partir do choque entre o sangue ejetado pela contração atrial final contra o sangue já presente no ventrículo, durante o enchimento ventricular ativo. Pode desencadear um ritmo de galope telediastólico (de B4). Pacientes com FA não podem ter 4ªbulha, já que não realização a contração atrial final. Priscilla Prado – turma 22 B 4 Sopros cardíacos É o som decorrente do turbilhamento sanguíneo por conta das seguintes causas: mudança da viscosidade sanguínea (aumento: febre e exercício severo. diminuição: anemia), cardiomiopatia, ou problema valvar (febre reumática). AVALIAÇÃO DOS SOPROS • Fase no ciclo: sistólico (B1 -> B2), diastólico (B2 -> B1). O sopro sistólico coincide com o pulso arterial periférico. • Duração: proto, meso, tele, holo. Sopros contínuos decorrem de PCA (persistência do tronco arteriopulmonar) . • Frequência: alta ou baixa • Timbre • Intensidade Intensidade III : audível e com irradiação Intensidade IV : audível com frêmito Intensidade V : audível sem estetoscópio • Foco localizado • Irradiação • Manobras / ausculta dinâmica : agachamento, valsalva (fechamento da glote), hand grip (fechar as mãos várias vezes), Rivero Carvalho (inspiração) e expiração. A inspiração aumenta os sopros do lado direito, pois aumenta o retorno venoso, devido o aumento da negatividade torácica. Só não aumenta o click da artéria pulmonar. A expiração aumenta sorpos do lado esquerdo, pois aumenta o fluxo sanguíneo no lado esquerdo. Priscilla Prado – turma 22 B 5 Sopros sistólicos Þ Entre B1 e B2 ESTENOSE AÓRTICA É um desdobramento paradoxal : ocorre pois o tempo de ejeção do VE durante a sístole aumenta, logo a B2 atrasa. É um sopro holossistólico de característica diamante, pois o sopro aumenta conforme o fluxo sanguíneo aumenta. Pode acometer os idosos por conta do entupimento da valva, sendo uma estenose degenerativa. Pode irradiar para pescoço e axila. Pulso parvus tardus : lento e superficial, por conta do baixo DC. Manobras: aumenta com o agachamento, reduz com Valsalva, diminui com Rivera Carvalho, Ea -> hipertrofia ventricular = baixa complacência ventricular + isquemia do miocárdio -> angina e reduzido DC INSUFICIÊNCIA MITRAL É um prolapso incompetente, pois permite a regurgitação sanguínea, uma vez que inverte a cúpula para o lado do VE. O prolapso competente (click da valva mitral) inverte a cúpula mas não permite a regurgitação de sangue. O sopro pode irradiar para a axila. Causas diferentes: infarto do músculo papilar, rutura das cordas tendíneas ou deposição de imunocomplexos nas válvulas. Manobras: aumenta com o agachamento, reduz com Valsalva, aumenta com Rivera Carvalho, Im -> dilatação do AE -> fibrilação atrial = sai do ritmo sinusal (futuramente pode gerar hipertensão pulmonar e dispneia). ESTENOSE PULMONAR Sopro com menor intensidade já que o VD há menor pressão interna. INSUFICIÊNCIA TRICÚSPIDE Permite o retorno sg do VD para o AD, já que inverte a cúpula para o lado do VD. Priscilla Prado – turma 22 B 6 Soprosdiastólicos Þ Entre B2 e B1 ESTENOSE MITRAL Quanto mais grave a estenose, maior a pressão exercida e mais rápido passa o sangue pela valva. Logo, o sopro será mais próximo de B2. Manobras: aumenta com agachamento, reduz com Valsalva, aumenta com Hand grip. Em -> aumenta Pa -> aumenta P capilar pulmonar -> congestão pulmonar -> dispneia Em -> aumenta tempo de ejeção atrial -> dilatação atrial -> fibrilação atrial INSUFICIÊNCIA AÓRTICA Sopro aumenta quando posiciona o tronco para frente. Manobras: aumenta com agachamento, reduz com Valsalva, aumenta com Hand grip. Ia -> reduz Paórtica -> reduz perfusão coronariana -> angina + dilatação do VE por regurgitação sg INSUFICIÊNCIA PULMONAR Sopro de Graham Steel -> insuficiência pulmonar por hipertensão pulmonar
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