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Características morfológicas Os Cyclophyllidea em sua Escólex têm rosto retrátil, armado com quatro a sete coroas de acúleos em forma de espinhos de roseira; Seus proglotes têm movimentos próprios e formato de semente de pepino ou grão de arroz; Os adultos medem de 20 a 60cm de comprimento por 2 a 4 mm de largura; Apresentam também, poros genitais duplos e, produzem cápsulas ovígeras. Proglote maduro de Dipylidium caninum. Testículos (1); poro genital (2); ovário (3). Hospedeiros Dipylidium caninum são heteroxenos, seus hospedeiros definitivos encontram-se em cães e, eventualmente, crianças. Seus hospedeiros intermediários são os Pullex irritans (pulgas), Ctenocephalides canis (pulgas), Trichodectes canis (piolhos mastigadores). Em forma adulta localiza-se no intestino delgado de cães e humanos, em forma cisticercoide (doença ocasionada no hospedeiro intermediário, que tem a forma larval do cestódeos), na cavidade celomática dos insetos. Importância em Medicina Veterinária e Saúde Pública Produz a doença chamada dipilidiose. Ocorre mais em animais jovens e crianças e, geralmente, cursa de modo assintomático. Podem ocorrer cólicas, diarreia mucosa e ataques epileptiformes @rany.summariesvet Subfamília Dilepidinae Gênero Dipylidium Anoplocephala perfoliata Ciclo evolutivo Os proglotes saem com as fezes ou ativamente pelo ânus e liberam as cápsulas ovígeras. As pulgas adultas, por serem hematófagas, não têm capacidade de ingerir ovos, mas, no estágio larval, assim como o piolho mastigador Trichodectes canis, podem ingerir os ovos, que, na cavidade geral, transformam-se em larvas cisticercoide. O hospedeiro definitivo (cão, gato ou ser humano) ingere os hospedeiros intermediários (pulga e piolho), que são digeridos e liberam a forma larval cisticercoide; esta, em 20 a 30 dias, torna-se um cestódeos adulto. Características morfológicas Suas principais características desses parasitos são encontradas equídeos e ruminantes, sua escólex apresentam musculoso, desprovidos de rostelo e acúleos, sendo que sua forma são cubicas, não se destacando do colo. Apresentam ventosas espessas, as quais são laterais com quatro apêndices, dois dorsais, e dois ventrais posteriores. Os proglotes empilhados com 3 a 6cm de comprimento 1 a 2cm de largura. Útero tubular e transversal e ovos com aparelho piriforme bem desenvolvidos. Anoplocephala perfoliata: escólex com apêndices (1) e proglotes empilhadas (2). Hospedeiros Os Anoplocephala perfoliata são heteroxenos, seus hospedeiros definitivos são equídeos, e hospedeiros intermediários são ácaros oribatídeos de vida livre (Cryptostigmata). Sua localização em forma larval é encontra em cisticercoide (doença ocasionada no hospedeiro intermediário, que tem a forma larval do cestódeos), e sua forma adulta localiza-se na válvula ileocecal, raramente no cólon de quinos e a forma larval, na hemocele dos ácaros. Importância em Medicina Veterinária e Saúde Pública O quadro clínico da teníase por A. perfoliata, geralmente em infecções intensas e crônicas, produz a formação de membranas diftéricas, hipertrofia e estenose da válvula ileocecal, causando cólicas de difícil diagnóstico. Não há transmissão para humanos @rany.summariesvet Subfamília Anoplocephalinae Moniezia expansa Ciclo evolutivo Os proglotes maduros são eliminados em cadeia ou isolados e dissolvem-se durante o trajeto intestinal. Liberam no meio exterior, com as fezes, ovos com aparelho piriforme, que são ingeridos por ácaros oribatídeos (Cryptostigmata), localizando-se na hemocele, onde se transformam em larvas cisticercoide em 2 a 4 meses. Os equinos ingerem os hospedeiros intermediários com as larvas infectantes e a ação dos sucos digestivos rompe a membrana da larva, liberando o embrião, que se fixa na mucosa intestinal, no nível da válvula ileocecal, e chega à forma adulta em cerca de 1 a 2 meses. Características morfológicas Os Moniezia são parasitos de ruminantes, suas escólex são globosos, com ventosas bem visíveis, seu colo fino e longo, os adultos medem entre 1 a 5m de comprimento x 1,5cm de largura. Suas glândulas interproglotidianas de função desconhecidas, distribuídas em todas a largura do proglote. Adulto de Moniezia sp. de intestino delgado de ruminantes. Escólex (1). Seu útero é persistente, os ovos apresentam aparelho piriforme, com formato irregularmente triangular, ao redor de 57 a 67 µm. Hospedeiro Moniezia são heteroxenos, seus hospedeiros definitivos são os ovinos e caprinos, e seus hospedeiros intermediários são os ácaros oribatídeos dos gêneros Oribatula, Ceratozetes e Galumna. Sua localização em forma larval encontra-se em cisticercoide, e em forma adulta localiza-se no intestino delgados de ovinos e caprinos, e o cisticercoide, na hemocele dos ácaros. @rany.summariesvet Família Anoplocephalinae Subfamília Tainoidea Gênero Taenia Importância em Medicina Veterinária e Saúde Pública A prevalência do parasitismo é maior em cordeiros, nos quais provoca diarreia. Atualmente, no Rio Grande do Sul, não têm sido observados prejuízos elevados em decorrência dessa parasitose. Não há envolvimento em humanos. Ciclo evolutivo Os ovos ingeridos por ácaros oribatídeos ou insetos da ordem Psocoptera liberam o embrião, que passa para a hemocele, originando a larva cisticercoide. O hospedeiro intermediário, depois de deglutido, libera o embrião, que se fixa na mucosa intestinal e inicia o desenvolvimento dos proglotes. Característica morfológica Ordem de Cyclophyllidea, apresentam as principais características de cestódeos com quatro ventosas, com mais ou sem acúleos, não possuem tocóstomo (orifício genital externo) e realiza apólise (desprendimento) dos proglotes. As oncosferas (ovos) não operculados contêm embrião hexacanto ou embrião com aparelho piriforme. Parasitam o intestino delgado dos mamíferos, incluindo humanos, e das aves. As principais características do Gênero Taenia, suas escólex armado (menos a T. saginata), com quatro ventosas circulares. O estróbilo (corpo) tem centenas de proglotes, sua forma larval do tipo cisticerco. Principais espécies, hospedeiros, tipos e localização das formas larvais dos principais Taeniidae de humanos e animais. Espécie HD HI Nome da larva localização Taenia solium Humanos Suínos C. celullosae Muscula- tura cardíaca e esqueléti- ca T. saginata Humanos Bovinos C. bovis Muscula- tura cardíaca e esqueléti- ca T. hydatige- na Cães Ruminan- tes e suínos C. tenuicollis Serosas T. taenifor- mis Felinos Roedores C. fasciolaris Fígado e cavidade abdominal T. serialis Cães Coelhos Coenurus serialis Tecido conjuntivo e serosas T. pisiformis Cães Coelhos Cysticer- cus pisiformis Serosas e cavidade peritoneal T. multiceps Carnívo- ros Herbívo- ros Coenurus cerebralis Cérebro Hospedeiros As Taenia são heteroxenos, as quais possuem dois hospedeiros, os definitivos que são os seres humanos, e os intermediários que são os suínos. A localização em forma larval tanto em humanos como em suínos, localiza-se no tecido interfascicular dos músculos lisos e estriados com maior oxigenação, como masseteres e pterigoideos e miocárdio, seguidos pelo diafragma, subcutâneo e alguns órgãos, como fígado, cérebro e olhos. E sua forma adulta vive no intestino do ser humano. Importância em Medicina Veterinária e Saúde Pública No ser humano, ocorre a teníase quando este é infectado pela tênia adulta, a cisticercose quando o hospedeiro for portador do cisticerco e a neurocisticercose quando o cisticerco estiver localizado no cérebro; em suínos, ocorrem a cisticercose e a neurocisticercose. A teníase geralmente é assintomática A neurocisticercose é a forma mais grave; pode provocar inúmeros sintomas, dependendo da localização e da quantidade de cisticercos. Os prejuízos nos animais são decorrentes da condenação parcial ou total das carcaças parasitadas durante a inspeção em matadouros e frigoríficos. Ciclo evolutivo Os proglotes, com cerca de 30 mil a 50 mil oncosferas, são eliminados em cadeias de três a seis elementos com asfezes humanas, que, quando depositadas no solo, sofrem dessecação ou compressão, liberando os ovos, que se espalham por ação da chuva, do vento e de insetos e contaminam o meio ambiente. Os ovos apresentam uma viabilidade de cerca de 12 meses e, ao serem ingeridos por humanos ou suínos, são atacados pelos sucos gástrico, pancreático e biliar e por enzimas (pepsina e tripsina), que digerem a membrana e ativam o embrião hexacanto, que é liberado cerca de 24 a 72 h após a ingestão. O embrião evaginado atravessa a parede da submucosa intestinal e chega à via sanguínea ou linfática; alcança a corrente circulatória e segue para o fígado, o coração e os pulmões, abandonando, então, o sangue e se fixando no tecido interfascicular da musculatura. Em 3 meses, o C. cellulosae está desenvolvido e, conforme a imunidade do hospedeiro, pode permanecer viável por vários anos ou sofrer degeneração com calcificação. O ciclo se completa quando o cisticerco do suíno ingerido pelo ser humano sofre ação dos sucos gástricos que ativam o embrião hexacanto, que desenvagina, fixa-se entre as vilosidades ou no interior das criptas de Lieberkühn do intestino delgado e inicia o desenvolvimento dos proglotes. O crescimento é rápido: cerca de 60 a 70 dias depois, o cestódeos já mede 2 m, com eliminação de proglotes. Ciclo evolutivo de Taenia solium e T. saginata Meios de infecção Ser humano: Ingestão de ovos causa a doença chamada cisticercose Ingestão da forma larval C cellulosae causa a doença chamada teníase Infecção indireta ou heteroinfecção ocorre por meio de ingestão acidental de ovos de T. solium nos alimentos e água contaminados ou práticas sexuais não convencionais Infecção direta ou autoinfecção decorrente da ingestão de ovos de tênias do próprio indivíduo, o que ocorre em duas situações: Autoinfecção externa o indivíduo portador da T. solium elimina proglotes e ovos, contaminando a região perianal, e, pela coprofagia ou falta de higiene, ingere os ovos. Autoinfecção interna em razão dos movimentos antiperistálticos do intestino delgado, proglotes ou ovos retornam ao estômago e liberam os embriões hexacantos, que, pelo elevado número de oncosferas, disseminam-se para vários órgãos Na espécie humana, a cisticercose pode ser adquirida de modo direto ou indireto, resultando na maior ou menor disseminação dos cisticercos no organismo Suínos: a ingestão de fezes humanas com ovos causa a cisticercose em suínos.
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