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Fisiologia da Termorregulação Metabolismo e Temperatura: Vida de um organismo Depende das reações pelas quais a energia química é transformada em calor Velocidade das reações químicas do organismo 🡪dependem da temperatura Produção de energia celular aumenta 2 ou 3 vezes se a TºC aumentar em 10ºC Temperaturas constantes 🡪funcionamento eficiente do cérebro complexo (aves e mamíferos). Homeotermia: Aves e mamíferos São animais homeotérmicos Possuem sistema de termorregulação Capacidade de manter temperatura corporal profunda constante, desde que estejam em condições normais Realizam atividade metabólica independente da temperatura do meio externo Temperatura corporal varia de 36 a 41⁰C Demanda maior de energia para manutenção da temperatura durante períodos de frio Exotermia Peixes, repteis e anfíbios Animais que não possuem mecanismos termorreguladores Poiquilotérmicos = animais de sangue frio Temperatura corporal dependente do meio ambiente No Frio = inativos – semelhante ao sono No Calor = abrigam-se em buracos na lama para evitar superaquecimento Hibernação Pequenos mamíferos e ursos São animais homeotérmicos🡪 renunciam a homeotermia no inverno Durante o sono no inverno a temperatura cai se mantendo pouco acima da ambiental Baixo metabolismo 🡪menor FC e FR Temperatura próxima do congelamento desperta e rapidamente se reaquecem Maioria desperta de maneira Rítmica Cada leve despertar requer gasto de energia Para satisfazer a demanda de energia Aumento depósito de gordura antes Armazena alimentos e aumenta consumo de água até a hibernação Ursos não despertam por 3 a 5 meses (até 7 meses) TºC corporal diminui apenas ligeiramente + ou – 6ºC Grande massa corporal precisaria de diversos dias para reaquecer Desvantagem em uma emergência Ursos Gordura parda: Cor e propriedades metabólicas diferentes – sistemas enzimáticos metabolizadores de gordura Tecido altamente vascularizado – distribuição rápida de calor Condições capazes de alterar a temperatura dos homeotérmicos Idade Sexo Temperatura ambiental Exercício Alimentação (Digestão) Ingestão de água Existe diferença de temperatura nas diversas partes do corpo Gradiente de temperatura do sangue, tecidos e reto Temperaturas mais baixas nas partes mais externas do corpo Órgãos mais vascularizados com fígado e cérebro mantêm temperatura mais elevada Membros temperaturas mais baixas Nos ruminantes: Temperatura intra-ruminal é maior que a retal Calor extra produzido pelos microorganismos ruminais Ambiente frio: Temperatura periférica (membros) pode ser 10ºC a menos que a temperatura central ou profunda Temperatura retal Indicador de temperatura corporal profunda Média da temperatura corporal profunda Melhor local para mensuração Variações Diurnas: Mecanismos termorreguladores ligados aos mecanismos que controlam o sono e o despertar Animais ativos durante o dia (TºC máximas no início da tarde e TºC mínimas nas primeiras horas da manhã) Animais de hábitos noturnos: (Ritmo inverso de temperatura) Equilíbrio térmico Temperatura constante taxa de ganho calórico é igual a taxa de perda calórica Fígado e Coração produzem calor constantemente (alto metabolismo) O músculos esqueléticos contribuem pouco quando em atividade podem produzir até 80% do calor corporal Meio externo Calor produzido por atividade metabólica e podem ter origem pelo meio externo por radiação. Perda de calor corporal ocorrem por radiação, condução e evaporação da água através da pele e vias respiratórias e ainda pela excreção de fezes e urina Mecanismos termorreguladores Promovem ajustes fisiológicos com finalidade de manter a temperatura estacionária Ação dos mecanismos termorreguladores dependem da temperatura ambiente Temperaturas abaixo ou acima da zona de conforto térmico demandam energia para manutenção da temperatura Resposta fisiológica ao calor Vasodilatação cutânea ou periférica: Aumenta a temperatura cutânea o que facilita a perda de calor para o ambiente Mecanismos para que ocorra vasodilatação: Termoreceptores de calor (inibição do Tônus vasoconstritor simpático) Aquecimento dos vasos sanguíneos Bradicininas na pele liberadas pelas glândulas sudoríparas ativas Evaporação é o meio mais efetivo de resfriar o corpo Cerca de 25% do calor produzido pelos mamíferos em repouso são perdidos por evaporação Pele Respiração Perda de água invisível constante em condições basais Sudorese: Há dois tipos de glândulas sudoríparas: Glândulas écrinas Supridas por fibras nervosas simpáticas Seres humanos únicas responsáveis pelo suor Glândulas apócrinas Folículo piloso Sensíveis a epinefrina carreada pela corrente sanguínea Nos animais domésticos são importantes para a perda evaporativa de calor Mecanismos estimuladores da sudorese: Termorreceptores cutâneos Aumento da temperatura no SNC (centro termorregulador) Sudorese no cão é um mecanismo insignificante para perda de calor Equinos tem maior importância Aves não tem gls. Sudoríparas Evaporação pela polipnéia e por um mecanismo chamado tremulação da garganta Resposta fisiológica ao calor Polipnéia: Aumenta mecanismo evaporativo resfriador nas vias aéreas Acompanhada pelo aumento da salivação Algumas espécies apresentam polipnéia térmica Respiração rápida e com a boca aberta Quando a temperatura ambiente é baixa mecanismos termorregularores são ativados 2 tipos Diminuição da perda de calor (regulação física) Aumento da produção de calor (regulação química) Primeira resposta Minimizar exposição de áreas superficiais ao frio – “enrolar” Alteração postural e piloereção Crescimento do pelo e deposição de gordura no subcutâneo Vasoconstricção Mediada pelos nervos vasoconstrictores simpáticos Tônus vasoconstrictor aumentado 🡪ativa os termorreceptores de frio e diminui a temperatura sanguínea no SNC Diminui o fluxo de sangue periférico diminuição da temperatura da pele 🡪 menor gradiente de temperatura entre ambiente e corpo Aumento da produção de calor Mecanismos de retenção de calor insuficientes Aumento na produção de calor temperatura crítica inferior A principal forma de produção de calor é através dos músculos Termogênese - Calafrio Atividade muscular involuntária caracterizada por tremores Mais eficiente na produção de calor que a atividade muscular voluntária Induzido pela diminuição da temperatura periférica e central ( motoneurônios gama, fusos musculares e fibras musculares aferentes) Termogênese - sem calafrio Animais aclimatados ao frio Ação conjunta de adrenalina, noradrenalina e tiroxina 🡪 potencial termogênico Gordura parda ( tecido termogênico) pode ser encontrado em recém nascidos e hibernadores Exposição ao frio pode levar o deposito de gordura parda que facilita a aclimatação Percepção e regulação térmica Ocorre através de: Termorreceptores na pele 🡪 calor e frio Unidades termossensíveis no SNC Hipotálamo (centro termorregulador hipotalâmico) e medula espinhal Centro termorregulador controla a secreção de hormônios termogênicos Tolerância ao calor Bovinos , ovinos, caprinos e equinos são mais resistentes ao calor Suínos pouco tolerante (subdesenvolvimentode glândulas sudoríparas e ausência de mecanismo de polipnéia e Cães e gatos tolerância moderada (polipnéia) Hipotermia Redução da temperatura corporal profunda abaixo do normal em homeotérmicos Exaustão dos mecanismos metabólicos de defesa contra o frio Perda das reservas de glicogênio musculares e hepáticos Diminuição da frequência cardíaca Hemoconcentração Insuficiência cardíaca Depressão respiratória Perda de consciência Febre Aumento da temperatura corporal Redução da perda e aumento na produção de calor Microrganismos produzem pirogenios exógenos e estimula a produção de pirogenios endógenos produzidos por monócitos (interleucina 1) Agem no SNC na elevação do ponto de equilíbrio do termostato corporal Inicialmente são ativados mecanismos termorreguladores de ganho calórico Posteriormente são ativados mecanismos termorreguladores de perda calórica Temperatura corporal retorna ao seu nível normal Efeitos fisiológicos benéficos da febre Estimula produção de interferons e proteínas com propriedades antivirais e antibacterianas Proliferação de linfócitos T Interleucina -1: Ativação de linfócitos T Hipertermia Quando a produção excede a capacidade de dissipação do calor Mecanismos termorreguladores ineficientes ou ineficazes Drogas podem alterar os mecanismos termorreguladores (Hipertermia maligna) O que é hipertermia maligna? A hipertermia maligna (HM) é uma desordem farmacogenética potencialmente fatal. Anestésicos inalatórios, relaxantes musculares despolarizantes (succinilcolina) ou uma atividade física extrema em ambientes quentes são os gatilhos para desencadear um imenso acúmulo de cálcio (Ca2+)no mioplasma. Que leva a uma aceleração do metabolismo e atividade contrátil do músculo esquelético. Esse estado hipermetabólico gera calor e leva à hipoxemia, acidose metabólica, rabdomiólise e um rápido aumento da temperatura corporal, que pode ser fatal.
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