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BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE • Os piolhos são insetos artrópodes, ápteros (ausência de asas), ectoparasitos permanentes (localizam-se na superfície externa) e altamente especializados, apresentando metamorfose incompleta (hemimetábolo) • Reino: Animalia • Filo: Arthropoda • Subfilo: Hexapoda • Classe: Infecta • Ordem: Phthiraptera o Subordem: Amblycera ▪ Família: Menoponidae ▪ Família: Boopidae o Subordem: Ischnocera ▪ Família: Philopteridae ▪ Família: Trichodectidae o Subordem: Anoplura ▪ Família: Haematopinidae ▪ Família: Linognathidae ▪ Família: Pediculidae ▪ Família: Pthiridae o Subordem: Rhynchophthirina • As ordens Amblycera, Ischnocera e Rhynchophthirina eram pertencentes à ordem Mallophaga, uma das subordens iniciais da Phthiraptera, junto a Anoplura • É encontrado em qualquer região climática do mundo e infesta pessoas de todas as raças ou nível social • O piolho humano (Pediculus) geralmente acomete crianças de 3 aos 12 anos • A transmissão entre os humanos é mais comum em crianças de idade escolar, podendo ocorrer em adolescentes, adultos ou idosos o Os humanos podem ser parasitados por 3 espécies, uma encontrada na cabeça (Pediculus capitis), outra sobre o corpo (Pediculus humanus) e outro na região genital (Pthirus púbis) o As meninas tem maior incidência de piolhos que os meninos, devido ao comprimento dos cabelos, compartilhamento de pentes e o convívio próximo durante a infância • Geralmente não está relacionado a condições sanitárias e/ou socioeconômicas, mas, no caso da pediculose do corpo e da pitiríase, podem estar associados não só às condições socioeconômicas baixas como também à falta de higiene • O piolho tem preferência por cabelos limpos, não gordurosos e finos; o comprimento do cabelo ou a frequência de escovação não influenciam a presença do parasito, assim como a limpeza do local (casa, escola...) • Animais domésticos não desempenham um papel na disseminação dos piolhos, deixando os seres humanos como sua única fonte de alimento, bem como seu único meio de transporte e difusão de novos hospedeiros BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE • São insetos pequenos • São ápteros (não possuem asas); sendo assim, não pulam e nem voam • Corpo alongado, achatado dorso-ventralmente (não tão habilidoso quanto as pulgas), dividido em cabeça (C), tórax (T) (3 segmentos) e abdômen (Ab) (7 – 9 segmentos; apresentam pelo menos 6 pares de estigmas respiratórios abdominais) • Pernas robustas com presença de garras (favorece a aderência ao hospedeiro) • Olhos pouco desenvolvidos ou ausentes • Palpo maxilar com função sensorial (auxilia a tatear e sentir vibrações do habitat em que o animal estiver inserido, fazendo com que se situe com mais facilidade) – ausente em Ischnocera, presente em Amblycera • Antenas filiformes ou clavadas de tamanho curto, algumas escondidas numa fossa antenal lateral • Esclerito esofagiano desenvolvidos • Tubo digestivo apresentando um papo representado por uma expansão esofagiana (Amblycera) ou constituída por um divertículo mais ou menos desenvolvido (Ischnocera) • Mesentério grande com um par de cecos gástricos, geralmente curtos e largos • Proctodeo curto, com 4 tubos de Malpighi • 2 pares de glândulas ou somente um par com reservatórios • Sistema traqueal representado por 2 troncos que se comunica através de 7 pares de estigmas (1 torácico, 6 abdominais) • Coloração variando de amarelo esbranquiçado a castanho, podendo tornar-se quase pretos após a alimentação • O aparelho bucal pode ser mastigador (parasitas de aves e mamíferos) e/ou sugador (hematófago) (parasitas exclusivamente de mamíferos) • As patas dos piolhos de mamíferos terminam em apenas 1 garra, ao passo que as dos piolhos das aves têm 2 garras o O conjunto garra (G) + processo tibial (Pt) forma uma pinça com a qual o inseto fica firmemente aderido ao pelo Características morfológicas específicas Subordem Amblycera BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE Heterodoxus spiniger; Menopon gallinae; Menacanthus stramineus Características gerais Família Características da família Espécies Apresentam 4 segmentos de antena (escondidas), palpos maxilares presentes e aparelho bucal mastigador Boopidae Todos os tarsos apresentam 2 garras, antenas captadas, presença de 2 processos espinhosos recurvados para trás, inseridos junto a base dos palpos maxilares Heterodoxus spiniger – piolho grande de coloração amarela, processos espinhosos recurvados para trás na cabeça, inseridos junto a base dos palpos maxilares com 4 artículos, 1 fileira de cerdas longas no abdômen; 2 garras nos tarsos; parasito do cão doméstico Menoponidae Tarso com duas garras, antenas clavadas, protórax e mesotórax nunca fundidos, cabeça largamente triangular e fortemente alargada nas têmporas São parasitos de aves Menopon gallinae – espécie pequena, desprovida de processos espinhosos, apresenta uma fileira de tufos de cerdas em cada segmento abdominal na face ventral; antenas com 4 segmentos, palpos pequenos; parasito de galinhas adultas (piolho da haste), localizando-se nas penas das asas e ao redor do ânus Menacanthus stramineus – apresenta 2 processos espinhosos na região anterior da cabeça; segmentos abdominais com 2 fileiras de cerdas no dorso; parasito de galinhas, perus, faisões e pombos (piolho amarelo) Subordem Ischnocera BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE Lipeurus caponis; Goniodes dissimilis; Columbicola columbae Trichodectes canis; Felicola subrostratus; Damalinia bovis Características gerais Família Características da família Espécies Palpos maxilares ausentes, antenas filiformes (3 – 5 segmentos visíveis) e livres, aparelho bucal mastigador Todos são parasitos de aves Philopteridae Antena com cinco segmentos, tarso com 2 garras Parasitos de aves Lipeurus caponis – apresenta corpo alongado, estreito, antenas dimórficas sexualmente nos machos (robustas) e nas fêmeas (filiforme); parasito da asa da galinha Goniodes dissimilis – cabeça mais larga do que longa, forma semicircular na região anterior, antenas com dimorfismo sexual, mais robusta nos machos, cada têmpora apresenta 2 longas cerdas; parasito de galinhas Goniodes gigas – piolho gigante das galinhas Goniocotes gallinae – coloração amarelo-palha, cabeça quase circular, apresentando 2 longas cerdas na margem posterior, margens laterais do protórax estendidas, antenas com 5 segmentos e semelhantes nos 2 sexos; menor piolho que parasita a BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE galinha, pombo e faisão (piolho da pena) Columbicola columbae – cabeça mais longa do que larga, com 2 cerdas espatuladas na extremidade anterior, corpo fusiforme, clípeo armado com 2 pares de espinhos; parasito de pombo Struthiolipeurus rheae – parasito de avestruz e ema Trichodectidae Antena com 3 segmentos, tarso com uma garra Parasito de mamíferos Trichodectes canis – cabeça mais larga do que longa (arredondada- hexagonal), sem palpos, 1 garra, 6 pares de espiráculos abdominais, antena com dimorfismo sexual com 3 segmentos; parasito de cães, cabeça e pescoço preferencialmente Pode servir de vetor de Dipylidium caninum para cães Podem levar o animal a óbito Felicola subrostratus – maxilas desenvolvidas, região pré-antenal com formato triangular, cabeça pentagonal, 3 pares de espiráculos abdominais, abdômen do macho com saliência posterior formada pelo último segmento – parasito de gatos Damalinia bovis – cabeça quadrangular, arredondado, estreitando-se anteriormente e com numerosas cerdas na superfície dorsal; parasito de bovinos, localizando-se geralmente na região lombar e caudal Damalinia ovis – parasito de ovinos,preferencialmente na região lombar Damalinia equi – parasito de equinos, por todo o corpo BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE Damilia caprae – parasito de caprinos Subordem Anoplura Haematopinus suis; Haematopinus tuberculatus; Linognathus setosus; Linognathus stenopsis Pediculus humanus; Phthirus pubis Características gerais Família Características da família Espécies Aparelho bucal sugador- pungitivo, cabeça mais estreita que o protórax São hematófagos nas fases imatura e adulta Haematopinidae Maiores espécies de piolhos Presença de pontos oculares na cabeça, placa esternal desenvolvida, placas paratergais esclerosadas em todos os segmentos, pernas e garras tarsais de tamanho igual Haematopinus suis – garras tarsais, do mesmo tamanho, margens laterais abdominais esclerotizadas; parasito de suínos, localizando-se geralmente nas dobras de pescoço, lados da cabeça, base das orelhas e entre as pernas; é maior espécie que infesta animais domésticos, medindo cerca de 5mm de comprimento BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE Metamorfose gradual – paurometábolos Parasitos exclusivos de mamíferos Espoliam e irritam os animais, levando a queda da produção Haematopinus eurysternus – parasito de bovinos, situam-se geralmente no pescoço, cabeça, dobras de pele e base dos chifres Haematopinus tuberculatus – pontos oculares proeminentes, sem olhos; geralmente associado a infestações pesadas, com anemia acentuada e perda de peso; é o piolho do búfalo, sendo a maior espécie que ocorre em ruminantes, medindo cerca de 5,5mm Haematopinus asini – parasito de equídeos, situando-se geralmente na base da crina e da cauda, flancos e porção inferior da mandíbula Haematopinus quadripertusus – parasito de bovinos, situando-se geralmente nos pelos da cauda Linognathidae Ausência de olhos e placas paratergais, pernas anteriores e garras tarsais são menores que as outras, subiguais em comprimento e largura Linognathus setosus – placa esternal ausente ou fracamente desenvolvida, região pré-antenal desenvolvida; parasito de cães Linognathus africanus – parasito de ovinos e caprinos, situando-se geralmente no flanco Linognathus pedalis – parasito de ovinos, situando-se geralmente nas pernas e pés Linognathus vitali – parasito de caprinos, situando-se geralmente no pescoço, barbelas, espádua e períneo Linognathus stenopsis – parasito de ruminantes, principalmente caprinos Pediculidae Pediculus humanus capitis (Piolho da cabeça) – infecta BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE Corpo aproximadamente 2 -3x mais longo que largo; Medem aproximadamente 2,4 (macho) – 2,7mm (fêmea) Olhos presentes, placas paratergais evidentes, cada qual separado lateralmente um par de espiráculos Placas pleurais quitinizadas A extremidade abdominal do macho é pontiaguda, enquanto a da fêmea é arredondada geralmente crianças e jovens em idade escolar Pediculus humanus capitis (Piolho da cabeça) – infecta geralmente crianças e jovens em idade escolar Pthiridae Apresentam o corpo achatado O corpo apresenta cabeça e tórax fundido com o abdome, sendo este conjunto mais largo ao nível do tórax Pernas robustas, sendo o 2° e o 3° pares maiores que o 1° Espiráculos 3, 4, e 5 linhas Na região posterior apresenta os metapódios, tubérculos salientes com cerdas Pthirus púbis (‘’chato’’) – infesta, geralmente, indivíduos com atividade sexual promíscua; instala- se no púbis, axila, sobrancelha e nos cílios • A subordem Rhynchophthirina é muito pequena, e inclui apenas duas espécies, que são parasitas de elefantes e javalis. • São chamados de lêndeas • São brancos, arredondados, medindo cerca de 1mm – 1,2mm • São encontrados fixados à raiz do cabelo ou das roupas • A maioria das lêndeas não sobrevivem até a idade adulta; apenas 1/5 lêndeas dão vida a um piolho • Quando o piolho sai da lêndea, deixa pra trás uma casca vazia que permanecem por um tempo devido à cola que adere as lêndeas ao fio do cabelo • A fêmea produz, em média, de 150 – 300 ovos ao longo da vida • Os piolhos vivem em cabeças limpas e/ou sujas, já que o xampu ou a água não interferem em sua vida BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE • A transmissão ocorre quando o parasito está na forma de ninfa ou adulto • Os piolhos parasitam hospedeiros de espécies específicas, ou seja, cada espécie de animal é parasitada por uma espécie de piolho, que vivem permanentemente sobre o corpo do hospedeiro, alguns apresentando até territórios específicos • A transmissão se dá através de contato direto prolongado com pessoas que tenham piolhos, ou através do compartilhamento de objetos como escovas, pentes, travesseiros, bonés, dentre outros objetos contaminados • O Pediculus humanus corporis faz sua ovoposição no tecido da roupa, e está muito relacionado à higiene, quando não há troca e lavagem constante das roupas, como em asilos, instituições de caridade e presídios o Eles se movem pelo corpo para se alimentarem, e retornam para as roupas após a hematofagia; movimentam-se principalmente na parte superior do dorso, ombros, axila, cintura, regiões glúteas e coxas • A transmissão do Pthirus púbis ocorre através do contato sexual, assentos de banheiros contaminados e roupas • A temperatura elevada pode favorecer a infestação de piolhos por acelerar a eclosão dos ovos e o ciclo de vida dos insetos • Os jovens, normalmente chamados ninfas, formam uma nova cutícula e liberam a cutícula antiga em intervalos durante o seu crescimento, tipicamente por quatro a cinco vezes, aumentando de tamanho antes de emergirem como adultos. Esse processo, com frequência, é descrito como um ciclo evolutivo simples com metamorfose incompleta ou parcial, conhecido como desenvolvimento hemimetábolo • O ciclo dura entre 20 – 31 dias, de acordo com a temperatura e a umidade • A fêmea, após ser fecundada pelo macho, coloca ovos de 4 a 10 ovos/dia a base dos fios do cabelo, junto com uma substância chamada de cimentante, o que impede a saída dos ovos com o shampoo, escovação e etc, e que eclodem após 7 – 10 dias, originando as ninfas, que passam por 3 estágios e, posteriormente, dentro de 9 – 12 dias depois, se desenvolvem em adultos o A cada fase ocorre ecdise (mudança do exoesqueleto, relacionado ao crescimento) o Enquanto se alimentam do sangue do seu hospedeiro eles defecam • As lêndeas podem viver até 10 dias fora do hospedeiro, enquanto os piolhos em si podem viver até 3 dias; na extremidade do hospedeiro, podem viver em torno de 30 – 45 dias • O ciclo de vida do Pthirus púbis é semelhante ao piolho da cabeça, porém na região pubiana (virilha, períneo e coxas) • Ao encontrar um vaso sanguíneo, o inseto injeta saliva no local. Uma enzima anestésica impede que o hospedeiro sinta dor no momento em que o aparelho bucal do inseto penetra no couro cabeludo. Durante a alimentação, outra enzima entra em ação, com a função anticoagulante, evitando que o sangue coagule no intestino do piolho. o A combinação dessas duas enzimas promove uma reação no corpo do hospedeiro, manifestando-se na forma de coceira intensa BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE • O pilho se alimenta a descamação do tecido epitelial, secreções sebáceas e sangue • Ação mecânica; sua picada dá origem a uma lesão, que forma o prurido • Ação espoliativa • Ação irritativa: devido as coceiras, podem surgir feridas na cabeça, favorecendo a entrada de fungos e bactérias o Os mastigadores, os quais se alimentam de pena e/ou pelos e também são responsáveis por causar irritação em seus hospedeiros, podem gerar estresse e perda de produtividade nos animais de produção, como aves e ruminantes – • Estima-se que em 40% dos casos não há sintomas, favorecendoa multiplicação ainda mais eficaz dos piolhos • Apesar de ser classificada como uma infecção de pele, devem ser chamadas de infestações, já que são ectoparasitos [infecção é a entrada do microrganismo no hospedeiro] • Os piolhos são hematófagos, por isso o Pediculus capitis gera coceira (comichão) na cabeça que pode demorar até 1 mês para aparecer, o tempo necessário para sua saliva causar a alergia (hipersensibilização), além de irritações na pele o As manchas vermelhas são pequenos pontos vermelhos, sinais de picadas cercadas por um halo rosa que é quase sempre saliente, podendo originar uma crosta o Às vezes, a pele do crânio pode passar a ter uma cor marrom-azulada (melanoderma), especialmente na ausência de tratamento o O ato de coçar pode gerar infecções bacterianas secundárias • O Pediculus humanus são causadores da ‘’doença do vagabundo’’, que acomete as escápulas e as nádegas, causando lesões cutâneas com descamação tecidual e até pápulas com infecções secundárias o Os piolhos da cabeça não transmitem doenças, já os do corpo (Pediculus humanus e Pthirus púbis) podem transmitir febre recorrente e tifo exantemático (doença bacteriana disseminada por piolhos OU pulgas, abrangendo dor abdominal, dor nas costas, diarreia, erupção vermelha e entorpecente, febre alta, tosse seca, dor de cabeça, dor articular e muscular, náuseas e vômitos), além de serem transmissoras da espiroqueta Borrelia recurrentis através das fezes, e também de rickéttsias, como Rickettsia quintana e Rickettsia prowazekii, que causam febre das trincheiras e febre tifoide, respectivamente • Em altas infestações, podem causar anemia • O Pthirus púbis são conhecidos como ‘’chato’’ porque, além de possuir o corpo achatado, causam a irritação cutânea; a patologia também é denominada pitiríase ou fitiríase • O teste laboratorial não está envolvido no diagnóstico, já que as lêndeas fluorescem sob a luz ultravioleta da Lâmpada de Wood, utilizada para a varredura dos cabelos dos indivíduos • O diagnóstico começa pela anamnese, colhendo informações como coceira, vermelhidão e na inspeção observa-se a presença de lêndeas, ninfas e/ou adultos o Achar somente lêndeas aumenta a suspeita, mas não ‘’fecha’’ a infestação, já que as mesmas podem ficar grudadas ainda por até 1 mês após o tratamento correto BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE • Se divide em duas etapas, a da eliminação do parasito adulto, e da retirada das lêndeas • Os medicamentos são ineficazes nos ovos, por resistência a medicamentos • Deve-se utilizar o pente fino para a retirada das lêndeas (ovos) e os adultos • Utiliza-se vinagre para soltar as lêndeas com presença de substância cimentante – NÃO se deve esmagar o piolho • Pode-se fazer uso de loções ou xampus na cabeça ou outros medicamentos sob prescrição médica o Medicações tópicas, como o benzoato de benzila e a permetrina o Plantas medicinais, como o Salgueiro, Alfazema e a Hena o Medicamentos sistêmicos, como a deltametrina (princípio ativo do Escabin), malation, dermetrine, permetrina e lidano; muitas vezes são reaplicados depois de alguns dias (8 – 10 dias) ▪ Deltametrina: substância ativa dos piretróides, um veneno para insetos como os piolhos; deve-se evitar contato com cavidades, como nariz, boca e olhos e não se deve ingerir em hipótese alguma; o shampoo deve ser usado durante 4 dias consecutivos ▪ Ivermectina: uso tópico (local); está disponível sem prescrição nos EUA para o tratamento da pediculose do couro cabeludo em crianças e adultos a partir dos 6 meses de idade, na forma de Loção Sklice; de 2012 – 2020 a Ivermectina só estava disponível por prescrição o Tratamentos com ação física; dimeticona, óleo mineral (óleo de parafina, óleo oligoceno), óleo de Neem, óleo de coco, octano-1,2-dio ▪ Dimeticona: substância semelhante ao silicone, é um tratamento que cobre o piolho com um filme oclusivo, perturbando seu equilíbrio hídrico, obstruindo os orifício ou aberturas respiratórias do piolho, levando à sua morte ▪ Octano-1,2-Diol: molécula de álcool que ataca e envolve os piolhos, secando-os por dentro, levando à sua morte ▪ Óleo de coco: bloqueia a respiração dos piolhos • Se os piolhos afetam gestantes, lactentes, bebês ou crianças pequenas, pessoas com lesões na cabeça, alérgicos à certos produtos químicos, asmáticos ou indivíduos epilépticos, os mesmos devem procurar um tratamento médico adequado ao caso • O tratamento do piolho da roupa é ideal através da retirada da roupa e lavagem da mesma • Não usar inseticidas de uso domiciliar ou produtos químicos tóxicos • As receitas caseiras para tratar os piolhos podem ser prejudiciais à saúde, pois, além de serem ineficazes, podem fazer mal à saúde, pois podem conter pesticidas, querosene ou outras substâncias tóxicas, por isso o melhor é evitar seu uso e fazer o tratamento com produtos recomendados pelo médico ou farmacêutico. • Não existem tratamentos preventivos para a pediculose, a única maneira é a catação manual e evitar estar em contato com pessoas infestadas • Mergulhar os pentes, escovas e presilhas (incluindo elásticas) de cabelo em água morna (60°) com sabão durante 10min BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE • Não ter preconceito, nem discriminar quem tem a parasitose • Amarrar os cabelos • Evitar secador de cabelo • Geralmente, não se deve mandar o filho para a escola – caso queiram, basta que os pais tenham o cuidado de passar o pente fino todos os dias • Evitar contato direto físico prolongado com pessoas infestadas ou objetos de pessoas parasitadas • Inspeção periódica das cabeças para procura de parasitos e também das cabeças das pessoas de contato próximo • Usar pente fino várias vezes ao dia para retirada dos adultos • Retirar as lêndeas utilizando algodão embebido em vinagre ou álcool • Divulgar informações sobre os piolhos, diminuindo o preconceito e possibilitando que o individuo coopere com os procedimentos de controle • O uso de medicamentos deve ser sob prescrição médica, já que os mesmos podem ser também tóxicos para o hospedeiro
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