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Piolhos (Phthiraptera) - Pediculose

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BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
 
 
 
• Os piolhos são insetos artrópodes, ápteros (ausência de asas), ectoparasitos permanentes (localizam-se na 
superfície externa) e altamente especializados, apresentando metamorfose incompleta (hemimetábolo) 
 
• Reino: Animalia 
• Filo: Arthropoda 
• Subfilo: Hexapoda 
• Classe: Infecta 
• Ordem: Phthiraptera 
o Subordem: Amblycera 
▪ Família: Menoponidae 
▪ Família: Boopidae 
 
o Subordem: Ischnocera 
▪ Família: Philopteridae 
▪ Família: Trichodectidae 
 
o Subordem: Anoplura 
▪ Família: Haematopinidae 
▪ Família: Linognathidae 
▪ Família: Pediculidae 
▪ Família: Pthiridae 
 
o Subordem: Rhynchophthirina 
 
 
• As ordens Amblycera, Ischnocera e Rhynchophthirina eram pertencentes à ordem Mallophaga, uma das 
subordens iniciais da Phthiraptera, junto a Anoplura
• É encontrado em qualquer região climática do mundo e infesta pessoas de todas as raças ou nível social 
 
• O piolho humano (Pediculus) geralmente acomete crianças de 3 aos 12 anos 
 
• A transmissão entre os humanos é mais comum em crianças de idade escolar, podendo ocorrer em 
adolescentes, adultos ou idosos 
o Os humanos podem ser parasitados por 3 espécies, uma encontrada na cabeça (Pediculus capitis), outra 
sobre o corpo (Pediculus humanus) e outro na região genital (Pthirus púbis) 
 
o As meninas tem maior incidência de piolhos que os meninos, devido ao comprimento dos cabelos, 
compartilhamento de pentes e o convívio próximo durante a infância 
 
• Geralmente não está relacionado a condições sanitárias e/ou socioeconômicas, mas, no caso da pediculose do 
corpo e da pitiríase, podem estar associados não só às condições socioeconômicas baixas como também à 
falta de higiene 
 
• O piolho tem preferência por cabelos limpos, não gordurosos e finos; o comprimento do cabelo ou a frequência 
de escovação não influenciam a presença do parasito, assim como a limpeza do local (casa, escola...) 
 
• Animais domésticos não desempenham um papel na disseminação dos piolhos, deixando os seres humanos 
como sua única fonte de alimento, bem como seu único meio de transporte e difusão de novos hospedeiros 
 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
• São insetos pequenos 
 
• São ápteros (não possuem asas); sendo assim, não 
pulam e nem voam 
 
• Corpo alongado, achatado dorso-ventralmente (não 
tão habilidoso quanto as pulgas), dividido em cabeça 
(C), tórax (T) (3 segmentos) e abdômen (Ab) (7 – 9 
segmentos; apresentam pelo menos 6 pares de 
estigmas respiratórios abdominais) 
 
• Pernas robustas com presença de garras (favorece a 
aderência ao hospedeiro) 
 
• Olhos pouco desenvolvidos ou ausentes 
 
• Palpo maxilar com função sensorial (auxilia a tatear e 
sentir vibrações do habitat em que o animal estiver 
inserido, fazendo com que se situe com mais 
facilidade) – ausente em Ischnocera, presente em 
Amblycera 
 
• Antenas filiformes ou clavadas de tamanho curto, 
algumas escondidas numa fossa antenal lateral 
 
• Esclerito esofagiano desenvolvidos 
 
• Tubo digestivo apresentando um papo representado 
por uma expansão esofagiana (Amblycera) ou 
constituída por um divertículo mais ou menos 
desenvolvido (Ischnocera) 
 
• Mesentério grande com um par de cecos gástricos, 
geralmente curtos e largos 
 
• Proctodeo curto, com 4 tubos de Malpighi 
 
• 2 pares de glândulas ou somente um par com 
reservatórios 
 
• Sistema traqueal representado por 2 troncos que se 
comunica através de 7 pares de estigmas (1 torácico, 
6 abdominais) 
• Coloração variando de amarelo 
esbranquiçado a castanho, podendo 
tornar-se quase pretos após a 
alimentação 
 
• O aparelho bucal pode ser mastigador (parasitas 
de aves e mamíferos) e/ou sugador 
(hematófago) (parasitas exclusivamente de 
mamíferos) 
 
• As patas dos piolhos de mamíferos terminam em 
apenas 1 garra, ao passo que as dos piolhos das 
aves têm 2 garras 
o O conjunto garra (G) + processo tibial (Pt) forma 
uma pinça com a qual o inseto fica firmemente 
aderido ao pelo 
 
Características morfológicas específicas 
Subordem Amblycera 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
 
Heterodoxus spiniger; Menopon gallinae; Menacanthus stramineus 
Características 
gerais 
Família Características da 
família 
Espécies 
Apresentam 4 
segmentos de 
antena (escondidas), 
palpos maxilares 
presentes e aparelho 
bucal mastigador 
Boopidae Todos os tarsos 
apresentam 2 garras, 
antenas captadas, 
presença de 2 processos 
espinhosos recurvados 
para trás, inseridos junto 
a base dos palpos 
maxilares 
Heterodoxus spiniger – 
piolho grande de coloração 
amarela, processos 
espinhosos recurvados para 
trás na cabeça, inseridos 
junto a base dos palpos 
maxilares com 4 artículos, 1 
fileira de cerdas longas no 
abdômen; 2 garras nos 
tarsos; parasito do cão 
doméstico 
Menoponidae Tarso com duas garras, 
antenas clavadas, 
protórax e mesotórax 
nunca fundidos, cabeça 
largamente triangular e 
fortemente alargada nas 
têmporas 
São parasitos de aves 
Menopon gallinae – espécie 
pequena, desprovida de 
processos espinhosos, 
apresenta uma fileira de 
tufos de cerdas em cada 
segmento abdominal na 
face ventral; antenas com 4 
segmentos, palpos 
pequenos; parasito de 
galinhas adultas (piolho da 
haste), localizando-se nas 
penas das asas e ao redor 
do ânus 
 
Menacanthus stramineus – 
apresenta 2 processos 
espinhosos na região 
anterior da cabeça; 
segmentos abdominais 
com 2 fileiras de cerdas no 
dorso; parasito de galinhas, 
perus, faisões e pombos 
(piolho amarelo) 
Subordem Ischnocera 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
 
Lipeurus caponis; Goniodes dissimilis; Columbicola columbae 
 
Trichodectes canis; Felicola subrostratus; Damalinia bovis 
Características 
gerais 
Família Características da 
família 
Espécies 
Palpos maxilares 
ausentes, 
antenas 
filiformes (3 – 5 
segmentos 
visíveis) e livres, 
aparelho bucal 
mastigador 
Todos são 
parasitos de aves 
Philopteridae Antena com cinco 
segmentos, tarso com 2 
garras 
Parasitos de aves 
Lipeurus caponis – 
apresenta corpo alongado, 
estreito, antenas dimórficas 
sexualmente nos machos 
(robustas) e nas fêmeas 
(filiforme); parasito da asa 
da galinha 
Goniodes dissimilis – 
cabeça mais larga do que 
longa, forma semicircular 
na região anterior, antenas 
com dimorfismo sexual, 
mais robusta nos machos, 
cada têmpora apresenta 2 
longas cerdas; parasito de 
galinhas 
 
Goniodes gigas – piolho 
gigante das galinhas 
Goniocotes gallinae – 
coloração amarelo-palha, 
cabeça quase circular, 
apresentando 2 longas 
cerdas na margem 
posterior, margens laterais 
do protórax estendidas, 
antenas com 5 segmentos 
e semelhantes nos 2 sexos; 
menor piolho que parasita a 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
galinha, pombo e faisão 
(piolho da pena) 
Columbicola columbae – 
cabeça mais longa do que 
larga, com 2 cerdas 
espatuladas na 
extremidade anterior, corpo 
fusiforme, clípeo armado 
com 2 pares de espinhos; 
parasito de pombo 
Struthiolipeurus rheae – 
parasito de avestruz e ema 
Trichodectidae Antena com 3 
segmentos, tarso com 
uma garra 
Parasito de mamíferos 
Trichodectes canis – 
cabeça mais larga do que 
longa (arredondada-
hexagonal), sem palpos, 1 
garra, 6 pares de 
espiráculos abdominais, 
antena com dimorfismo 
sexual com 3 segmentos; 
parasito de cães, cabeça e 
pescoço preferencialmente 
Pode servir de vetor de 
Dipylidium caninum para 
cães 
Podem levar o animal a 
óbito 
Felicola subrostratus – 
maxilas desenvolvidas, 
região pré-antenal com 
formato triangular, cabeça 
pentagonal, 3 pares de 
espiráculos abdominais, 
abdômen do macho com 
saliência posterior formada 
pelo último segmento – 
parasito de gatos 
Damalinia bovis – cabeça 
quadrangular, arredondado, 
estreitando-se 
anteriormente e com 
numerosas cerdas na 
superfície dorsal; parasito 
de bovinos, localizando-se 
geralmente na região 
lombar e caudal 
Damalinia ovis – parasito 
de ovinos,preferencialmente na 
região lombar 
Damalinia equi – parasito 
de equinos, por todo o 
corpo 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
Damilia caprae – parasito 
de caprinos 
Subordem Anoplura 
 
Haematopinus suis; Haematopinus tuberculatus; 
 
Linognathus setosus; Linognathus stenopsis 
 
Pediculus humanus; Phthirus pubis 
Características 
gerais 
Família Características da 
família 
Espécies 
Aparelho bucal 
sugador-
pungitivo, 
cabeça mais 
estreita que o 
protórax 
 
São 
hematófagos nas 
fases imatura e 
adulta 
 
Haematopinidae Maiores espécies de 
piolhos 
 
Presença de pontos 
oculares na cabeça, 
placa esternal 
desenvolvida, placas 
paratergais 
esclerosadas em todos 
os segmentos, pernas e 
garras tarsais de 
tamanho igual 
Haematopinus suis – garras 
tarsais, do mesmo 
tamanho, margens laterais 
abdominais esclerotizadas; 
parasito de suínos, 
localizando-se geralmente 
nas dobras de pescoço, 
lados da cabeça, base das 
orelhas e entre as pernas; é 
maior espécie que infesta 
animais domésticos, 
medindo cerca de 5mm de 
comprimento 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
Metamorfose 
gradual – 
paurometábolos 
 
Parasitos 
exclusivos de 
mamíferos 
Espoliam e irritam os 
animais, levando a queda 
da produção 
Haematopinus eurysternus 
– parasito de bovinos, 
situam-se geralmente no 
pescoço, cabeça, dobras de 
pele e base dos chifres 
Haematopinus tuberculatus 
– pontos oculares 
proeminentes, sem olhos; 
geralmente associado a 
infestações pesadas, com 
anemia acentuada e perda 
de peso; é o piolho do 
búfalo, sendo a maior 
espécie que ocorre em 
ruminantes, medindo cerca 
de 5,5mm 
Haematopinus asini – 
parasito de equídeos, 
situando-se geralmente na 
base da crina e da cauda, 
flancos e porção inferior da 
mandíbula 
Haematopinus 
quadripertusus – parasito 
de bovinos, situando-se 
geralmente nos pelos da 
cauda 
Linognathidae Ausência de olhos e 
placas paratergais, 
pernas anteriores e 
garras tarsais são 
menores que as outras, 
subiguais em 
comprimento e largura 
Linognathus setosus – 
placa esternal ausente ou 
fracamente desenvolvida, 
região pré-antenal 
desenvolvida; parasito de 
cães 
Linognathus africanus – 
parasito de ovinos e 
caprinos, situando-se 
geralmente no flanco 
Linognathus pedalis – 
parasito de ovinos, 
situando-se geralmente nas 
pernas e pés 
Linognathus vitali – parasito 
de caprinos, situando-se 
geralmente no pescoço, 
barbelas, espádua e 
períneo 
Linognathus stenopsis – 
parasito de ruminantes, 
principalmente caprinos 
Pediculidae Pediculus humanus capitis 
(Piolho da cabeça) – infecta 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
Corpo 
aproximadamente 2 -3x 
mais longo que largo; 
Medem 
aproximadamente 2,4 
(macho) – 2,7mm 
(fêmea) 
Olhos presentes, placas 
paratergais evidentes, 
cada qual separado 
lateralmente um par de 
espiráculos 
Placas pleurais 
quitinizadas 
A extremidade 
abdominal do macho é 
pontiaguda, enquanto a 
da fêmea é 
arredondada 
geralmente crianças e 
jovens em idade escolar 
Pediculus humanus capitis 
(Piolho da cabeça) – infecta 
geralmente crianças e 
jovens em idade escolar 
Pthiridae Apresentam o corpo 
achatado 
O corpo apresenta 
cabeça e tórax fundido 
com o abdome, sendo 
este conjunto mais largo 
ao nível do tórax 
Pernas robustas, sendo o 
2° e o 3° pares maiores 
que o 1° 
Espiráculos 3, 4, e 5 
linhas 
Na região posterior 
apresenta os 
metapódios, tubérculos 
salientes com cerdas 
Pthirus púbis (‘’chato’’) – 
infesta, geralmente, 
indivíduos com atividade 
sexual promíscua; instala-
se no púbis, axila, 
sobrancelha e nos cílios 
• A subordem Rhynchophthirina é muito pequena, e inclui apenas duas espécies, que são parasitas de 
elefantes e javalis. 
 
• São chamados de lêndeas 
 
• São brancos, arredondados, medindo cerca de 1mm – 1,2mm 
 
• São encontrados fixados à raiz do cabelo ou das roupas 
 
• A maioria das lêndeas não sobrevivem até a idade adulta; apenas 1/5 lêndeas dão vida a um piolho 
 
• Quando o piolho sai da lêndea, deixa pra trás uma casca vazia que permanecem por um tempo devido à cola 
que adere as lêndeas ao fio do cabelo 
 
• A fêmea produz, em média, de 150 – 300 ovos ao longo da vida 
 
• Os piolhos vivem em cabeças limpas e/ou sujas, já que o xampu ou a água não interferem em sua vida 
 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
• A transmissão ocorre quando o parasito está na forma de ninfa ou adulto 
 
• Os piolhos parasitam hospedeiros de espécies específicas, ou seja, cada espécie de animal é parasitada por 
uma espécie de piolho, que vivem permanentemente sobre o corpo do hospedeiro, alguns apresentando até 
territórios específicos 
 
• A transmissão se dá através de contato direto prolongado com pessoas que tenham piolhos, ou através do 
compartilhamento de objetos como escovas, pentes, travesseiros, bonés, dentre outros objetos contaminados 
 
• O Pediculus humanus corporis faz sua ovoposição no tecido da roupa, e está muito relacionado à higiene, 
quando não há troca e lavagem constante das roupas, como em asilos, instituições de caridade e presídios 
o Eles se movem pelo corpo para se alimentarem, e retornam para as roupas após a hematofagia; 
movimentam-se principalmente na parte superior do dorso, ombros, axila, cintura, regiões glúteas e coxas 
 
• A transmissão do Pthirus púbis ocorre através do contato sexual, assentos de banheiros contaminados e roupas 
 
• A temperatura elevada pode favorecer a infestação de piolhos por acelerar a eclosão dos ovos e o ciclo de vida 
dos insetos 
 
• Os jovens, normalmente chamados ninfas, formam uma 
nova cutícula e liberam a cutícula antiga em intervalos durante o 
seu crescimento, tipicamente por quatro a cinco vezes, 
aumentando de tamanho antes de emergirem como adultos. Esse 
processo, com frequência, é descrito como um ciclo evolutivo 
simples com metamorfose incompleta ou parcial, conhecido 
como desenvolvimento hemimetábolo 
 
• O ciclo dura entre 20 – 31 dias, de acordo com a 
temperatura e a umidade 
 
• A fêmea, após ser fecundada pelo macho, coloca ovos de 4 
a 10 ovos/dia a base dos fios do cabelo, junto com uma substância 
chamada de cimentante, o que impede a saída dos ovos com o 
shampoo, escovação e etc, e que eclodem após 7 – 10 dias, 
originando as ninfas, que passam por 3 estágios e, 
posteriormente, dentro de 9 – 12 dias depois, se desenvolvem em 
adultos 
o A cada fase ocorre ecdise (mudança do exoesqueleto, relacionado ao crescimento) 
 
o Enquanto se alimentam do sangue do seu hospedeiro eles defecam 
 
• As lêndeas podem viver até 10 dias fora do hospedeiro, enquanto os piolhos em si podem viver até 3 dias; na 
extremidade do hospedeiro, podem viver em torno de 30 – 45 dias 
 
• O ciclo de vida do Pthirus púbis é semelhante ao piolho da cabeça, porém na região pubiana (virilha, períneo e 
coxas) 
 
• Ao encontrar um vaso sanguíneo, o inseto injeta saliva no local. Uma enzima anestésica impede que o 
hospedeiro sinta dor no momento em que o aparelho bucal do inseto penetra no couro cabeludo. Durante a 
alimentação, outra enzima entra em ação, com a função anticoagulante, evitando que o sangue coagule no 
intestino do piolho. 
o A combinação dessas duas enzimas promove uma reação no corpo do hospedeiro, manifestando-se na 
forma de coceira intensa 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
 
• O pilho se alimenta a descamação do tecido epitelial, secreções sebáceas e sangue 
• Ação mecânica; sua picada dá origem a uma lesão, que forma o prurido 
 
• Ação espoliativa 
 
• Ação irritativa: devido as coceiras, podem surgir feridas na cabeça, favorecendo a entrada de fungos e 
bactérias 
o Os mastigadores, os quais se alimentam de pena e/ou pelos e também são responsáveis por causar irritação 
em seus hospedeiros, podem gerar estresse e perda de produtividade nos animais de produção, como aves e 
ruminantes 
–
• Estima-se que em 40% dos casos não há sintomas, favorecendoa multiplicação ainda mais eficaz dos piolhos 
 
• Apesar de ser classificada como uma infecção de pele, devem ser chamadas de infestações, já que são 
ectoparasitos [infecção é a entrada do microrganismo no hospedeiro] 
 
• Os piolhos são hematófagos, por isso o Pediculus capitis gera coceira (comichão) na cabeça que pode 
demorar até 1 mês para aparecer, o tempo necessário para sua saliva causar a alergia (hipersensibilização), 
além de irritações na pele 
o As manchas vermelhas são pequenos pontos vermelhos, sinais de picadas cercadas por um halo rosa que é 
quase sempre saliente, podendo originar uma crosta 
 
o Às vezes, a pele do crânio pode passar a ter uma cor marrom-azulada (melanoderma), especialmente na 
ausência de tratamento 
 
o O ato de coçar pode gerar infecções bacterianas secundárias 
 
• O Pediculus humanus são causadores da ‘’doença do vagabundo’’, que acomete as escápulas e as nádegas, 
causando lesões cutâneas com descamação tecidual e até pápulas com infecções secundárias 
o Os piolhos da cabeça não transmitem doenças, já os do corpo (Pediculus humanus e Pthirus púbis) podem 
transmitir febre recorrente e tifo exantemático (doença bacteriana disseminada por piolhos OU pulgas, 
abrangendo dor abdominal, dor nas costas, diarreia, erupção vermelha e entorpecente, febre alta, tosse seca, 
dor de cabeça, dor articular e muscular, náuseas e vômitos), além de serem transmissoras da espiroqueta 
Borrelia recurrentis através das fezes, e também de rickéttsias, como Rickettsia quintana e Rickettsia 
prowazekii, que causam febre das trincheiras e febre tifoide, respectivamente 
 
• Em altas infestações, podem causar anemia 
 
• O Pthirus púbis são conhecidos como ‘’chato’’ porque, além de possuir o corpo achatado, causam a irritação 
cutânea; a patologia também é denominada pitiríase ou fitiríase 
 
• O teste laboratorial não está envolvido no diagnóstico, já que as lêndeas fluorescem sob a luz ultravioleta da 
Lâmpada de Wood, utilizada para a varredura dos cabelos dos indivíduos 
 
• O diagnóstico começa pela anamnese, colhendo informações como coceira, vermelhidão e na inspeção 
observa-se a presença de lêndeas, ninfas e/ou adultos 
 
o Achar somente lêndeas aumenta a suspeita, mas não ‘’fecha’’ a infestação, já que as mesmas podem ficar 
grudadas ainda por até 1 mês após o tratamento correto 
 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
• Se divide em duas etapas, a da eliminação do parasito adulto, e da retirada das lêndeas 
• Os medicamentos são ineficazes nos ovos, por resistência a medicamentos 
 
• Deve-se utilizar o pente fino para a retirada das lêndeas (ovos) e os adultos 
 
• Utiliza-se vinagre para soltar as lêndeas com presença de substância cimentante – NÃO se deve esmagar o 
piolho 
 
• Pode-se fazer uso de loções ou xampus na cabeça ou outros medicamentos sob prescrição médica 
o Medicações tópicas, como o benzoato de benzila e a permetrina 
 
o Plantas medicinais, como o Salgueiro, Alfazema e a Hena 
 
o Medicamentos sistêmicos, como a deltametrina (princípio ativo do Escabin), malation, dermetrine, permetrina 
e lidano; muitas vezes são reaplicados depois de alguns dias (8 – 10 dias) 
 
 
▪ Deltametrina: substância ativa dos piretróides, um veneno para insetos como os piolhos; deve-se evitar 
contato com cavidades, como nariz, boca e olhos e não se deve ingerir em hipótese alguma; o shampoo 
deve ser usado durante 4 dias consecutivos 
 
▪ Ivermectina: uso tópico (local); está disponível sem prescrição nos EUA para o tratamento da pediculose do 
couro cabeludo em crianças e adultos a partir dos 6 meses de idade, na forma de Loção Sklice; de 2012 – 
2020 a Ivermectina só estava disponível por prescrição 
 
o Tratamentos com ação física; dimeticona, óleo mineral (óleo de parafina, óleo oligoceno), óleo de Neem, óleo 
de coco, octano-1,2-dio 
▪ Dimeticona: substância semelhante ao silicone, é um tratamento que cobre o piolho com um filme oclusivo, 
perturbando seu equilíbrio hídrico, obstruindo os orifício ou aberturas respiratórias do piolho, levando à sua 
morte 
 
▪ Octano-1,2-Diol: molécula de álcool que ataca e envolve os piolhos, secando-os por dentro, levando à sua 
morte 
 
▪ Óleo de coco: bloqueia a respiração dos piolhos 
 
• Se os piolhos afetam gestantes, lactentes, bebês ou crianças pequenas, pessoas com lesões na cabeça, 
alérgicos à certos produtos químicos, asmáticos ou indivíduos epilépticos, os mesmos devem procurar um 
tratamento médico adequado ao caso 
 
• O tratamento do piolho da roupa é ideal através da retirada da roupa e lavagem da mesma 
 
• Não usar inseticidas de uso domiciliar ou produtos químicos tóxicos 
 
• As receitas caseiras para tratar os piolhos podem ser prejudiciais à saúde, pois, além de serem ineficazes, 
podem fazer mal à saúde, pois podem conter pesticidas, querosene ou outras substâncias tóxicas, por isso o 
melhor é evitar seu uso e fazer o tratamento com produtos recomendados pelo médico ou farmacêutico. 
 
• Não existem tratamentos preventivos para a pediculose, a única maneira é a catação manual e evitar estar em 
contato com pessoas infestadas 
 
• Mergulhar os pentes, escovas e presilhas (incluindo elásticas) de cabelo em água morna (60°) com sabão 
durante 10min 
 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
• Não ter preconceito, nem discriminar quem tem a parasitose 
 
• Amarrar os cabelos 
 
• Evitar secador de cabelo 
 
• Geralmente, não se deve mandar o filho para a escola – caso queiram, basta que os pais tenham o cuidado de 
passar o pente fino todos os dias 
 
• Evitar contato direto físico prolongado com pessoas infestadas ou objetos de pessoas parasitadas 
 
• Inspeção periódica das cabeças para procura de parasitos e também das cabeças das pessoas de contato 
próximo 
 
• Usar pente fino várias vezes ao dia para retirada dos adultos 
 
• Retirar as lêndeas utilizando algodão embebido em vinagre ou álcool 
 
• Divulgar informações sobre os piolhos, diminuindo o preconceito e possibilitando que o individuo coopere com 
os procedimentos de controle 
 
• O uso de medicamentos deve ser sob prescrição médica, já que os mesmos podem ser também tóxicos para o 
hospedeiro

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