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DOENÇA RENAL CRÔNICA DRC INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA ▪ É uma síndrome com perda progressiva e supostamente irreversível da função de depuração renal, ou seja, diminuição da filtração glomerular. ▪ Uremia – Complexo de SS provocados por anormalidades fisiológicas e bioquímicas que ocorrem na IRC grave. INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Manutenção do equilíbrio líquido “ “ eletrolítico “ “ ácido básico Excreção de catabólitos Função reguladora hormonal FUNÇÕES DO RIM Ultrafiltração glomerular Reabsorção tubular Secreção tubular FORMAÇÃO DE URINA Avaliação da função renal : Dosagens de uréia – 20 – 40 mg/dL Creatinina – 0,7 – 1,2 – 1,4 mg/dL 0,3 – 0,4 mg/dL Medida ou estimativa da DCE (GFR) Importância da avaliação seqüencial de dosagens de uréia – creatinina Depuração = U x V /P Substância ideal é a inulina Melhor alternativa é a creatinina DCE= Creatinina urinária (mg/dl) x volume urinário (ml/min) Creatinina plasmática (mg/dl) Medida da filtração glomerular Área de Superfície Corporal Altura = 1,60 m Peso = 60 Kg DCE = 65 ml / min Altura = 1,80 m Peso = 81 Kg DCE = 65 ml / min CORREÇÃO ???? Altura = 1,60 m Peso = 60 Kg SC = 1,62 m2 1,62 m2 ------- 65 ml /min 1,73 m2 ------- x Resultado = 69,4 ml / min / 1,73 m2 Altura = 1,80 m Peso = 81 Kg SC = 2,00 m2 2,00 m2 ------- 65 ml /min 1,73 m2 ------- x Resultado = 56,2 ml / min / 1,73 m2 Fórmula de Cockcroft-Gault Taxa de Filtração Glomerular Proteinúria : Proteinúria de 24 horas : < 150 mg Relação ou Índice Proteína / Creatinina na urina (amostra) (IPC) : < 0,2 Microalbuminúria : < 30 mg / 24 h < 30 mg / g creatinina < 18 µg / min Eletroforese de proteínas urinárias Richard Bright – Em meados do século XIX descreveu um quadro de edema, HAS, rins contraídos num processo extremamente insidioso. Considerou uma evolução surpreendente pela importância dos rins para a sobrevivência do organismo. INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Capacidade funcional vastamente superior ao mínimo necessário. Néfrons remanecentes são capazes de adaptar-se a nova condição biológica. QUAL A EXPLICAÇÃO ? Incidência, pacientes/milhão: - Brasil -- 193 - Região Sul -- 229 Prevalência, pacientes/milhão: - Brasil -- 596 - Região Sul -- 614 INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia 2016 Taxa de prevalência estimada de pacientes em diálise no Brasil 2010-2016 483 475 503 499 552 544 596 0 100 200 300 400 500 600 700 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 p m p Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia 2016 Distribuição percentual de pacientes em diálise conforme a faixa etária (anos) 0,3 0,9 22,1 43,6 21,8 11,2 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 % 2016 Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia 2016 Distribuição de pacientes em diálise por sexo 58 58 58 57 42 42 42 43 0 10 20 30 40 50 60 70 2013 2014 2015 2016 Masculino Feminino% Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia 2016 Taxa estimada de pacientes novos em diálise por região no Brasil 229 222 259 135 111 193 0 50 100 150 200 250 300 N d e p a c ie n te s /p m p Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia 2016 Taxa de mortalidade anual de pacientes em diálise 18,8 17,9 19 18,5 18,2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 2012 2013 2014 2015 2016 % 5% do orçamento da saúde INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA NO BRASIL 122.825 pacientes 747 centros de diálise Incidência -- 193/mi Prevalência Br -- 596 /mi Região Sul – 614 /mi OS PACIENTES CHEGAM TARDIAMENTE FOCO: PREVENÇÃO E ATENDIMENTO DESDE FASES PRECOCES Nefropatia Diabética Nefroesclerose Hipertensiva Glomerulonefrites Pielonefrite Crônica Nefrite intersticial Doença Renal Policística Nefropatia Obstrutiva Nefropatia Isquêmica Malignidades DRC – PRINCIPAIS CAUSAS Doença básica Hiperfiltração – proteinúria – esclerose glomerular – atrofia tubular – fibrose intersticial (nos nefrons remanescentes e no interstício) Doença Renal Crônica Progressão por dois mecanismos fundamentais Aumento da filtração de substâncias por aumento da concentração plasmática. Diminuição da reabsorção tubular de substâncias. Aumento da secreção tubular de substâncias. ADAPTAÇÕES EXCRETORAS Destruição de néfrons - A função glomerular e tubular permanecem integradas. - A excreção depende da concentração sérica e da filtração glomerular. - Mecanismos de adaptação: sódio, água, uréia, cálcio, fósforo, potássio. - O organismo troca a normalização de um setor à custa da elevação de substâncias de outro setor. - Os SS urêmicos são consequência das adaptações que ocorrem nas funções dos néfrons. FISIOPATOLOGIA Hyperfiltration. The presence of relatively few glomeruli leads to increased filtration by each glomerulus. Over time, this hyperfiltration may cause glomerular injury Normal Glomerulus Hyperfiltering Glomerulus Afferent arteriole Distal tubule Efferent arteriole Normal endothelium Podocytes Basement membrane Enlarged arteriole Focal glomerulosclerosis Damaged endothelium Hipertensão - Glomérulo normal http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRw&url=http://es.slideshare.net/underwear69/trastornos-del-calcio-presentation-851231&ei=-4paVZT1EcH8UIzQgdAN&bvm=bv.93564037,d.aWw&psig=AFQjCNEVTCXkGvgNPSfrW8FwbBZcsWm4Wg&ust=1432083564049629 • Astenia • Dor torácica • Dispnéia • Náuseas • Edema SINTOMAS COMUNS •Conjunto de sinais e sintomas causados por: •Acúmulo de toxinas urêmicas •Déficit na eliminação de líquidos e eletrólitos • Falta de produção hormonal (eritropoietina e vitamina D) SÍNDROME URÊMICA Encefalopatia urêmica Encefalopatia urêmica Efeitos medicamentosEfeitos medicamentos HiperparatireoidismoHiperparatireoidismo Náuseas Náuseas Vômitos Vômitos DiarréiaDiarréia Testosterona Testosterona Amenorréia Amenorréia InfertilidadeInfertilidade Desordens Desordens neuromuscneuromusc. . Polineurite Polineurite urêmicaurêmica Desmineralização Desmineralização óssea óssea massa muscular massa muscular DeficiDeficiêência vitaminasncia vitaminas Hipertensão arterial Hipertensão arterial Aterosclerose Aterosclerose Pericardite Pericardite EndocarditeEndocardite Anemia Anemia DisfunDisfunçãção de o de plaquetas e plaquetas e leucleucóócitoscitos Chance Chance aumentada de aumentada de infecinfecçãçãoo Co-morbidades no início do tratamento - 1999 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Hx HAS DM Insuf.cardíaca Insuf.coronariana D.Vasc.Perif D.Cerebrovasc. Infarto do miocárdio DPOC Arritmia card. Não deambula Neoplasia Tabagismo Álcool/drogas HIV/AIDS PCR Pericardite Percentagem de pacientes USRDS - 2001 Depende da fase de evolução !!!!!!! Relacionados com: - Volume circulante - Aumento do potássio - Acidose metabólica - Osteodistrofia renal - Toxinas urêmicas, distúrbios metabólicos e endócrinos. - Síndrome urêmica QUADRO CLÍNICO Emergências no paciente urêmico - Hipercalemia - Acidose severa - Hipervolemia com EAP, insuficiência respiratória - Pericardite com tamponamento - Coma urêmico - Emergências hipertensivas Abordagem do paciente urêmico: - Paciente com IRC em acompanhamento - Paciente novo com insuficiência renal leve a moderada - Paciente novo com insuficiência renal grave. Infecção urinária Obstrução Hipertensão arterial Hiperfiltração glomerular Resposta imune Dislipidemia Hiperuricemia PROGRESSÃO DA IRC Hipoperfusão renal (hipotensão, desidratação, hipovolemia etc.) AINES –IECA – BRA Hipertensão não controlada Drogas nefrotóxicas (aminoglicosídeos, contraste iodado etc.) Infecção do tracto urinário Obstrução urinária Agravamento de estenose de artéria renal Trombose de veia renal Fatores agravantes HIPOPERFUSÃO RENAL – DESIDRATAÇÃO, HEMORRA-GIAS, DIURÉTICOS,PERDAS GASTRINTESTINAIS, ICC,CIRROSE, SÍND. NEFRÓTICA, DOENÇA ATEROEMBÓLICA RENAL. DROGAS – AMINOGLICOSÍDEOS, CONTRASTES IODADOS, ANTINFLAMATÓRIOS,DIURÉTICOS,ANFOTERICINA B. OBSTRUÇÃO – HIPERPLASIA DE PRÓSTATA, NEOPLASIA, LITÍASE, NECROSE DE PAPILA RENAL, BEXIGA NEUROGÊNICA. INFECÇÃO URINÁRIA, SEPSE HAS NÃO CONTROLADA - CRISE HIPERTENSIVA METABÓLICAS – HIPERCALEMIA,HIPERURICEMIA DOENÇAS SISTÊMICAS – LES, MIELOMA MÚLTIPLO, VASCULITES AGRAVAMENTO DE ESTENOSE DE ARTÉRIA RENAL TROMBOSE DE VEIA RENAL FATORES DESCOMPENSADORES Tratamento conservador - Controle da progressão da nefropatia - Tratamento da HAS - Dieta - Redução da proteinúria - Manejo da dislipidemia - Manejo dos distúrbios hidroeletrolíticos - Manejo das complicações MANEJO DO PACIENTE IRC Tratamento da doença causal Remover fatores agravantes Controle adequado da hipertensão (<130/80) Adequação da ingesta de sal e líquidos Uso de diuréticos de alça quando necessário Uso de IECA ou BRA ( monitorando Creatinina e K ) Cuidados com alimentos ricos em potássio Acompanhamento nutricional ( pêso, albumina, restrição protêica leve, controle da ingesta de fósforo ) Adequação da dose de medicamentos de excreção renal Tratamento Tratamento “conservador” Tratamento “substitutivo da função renal” (Terapia Renal Substitutiva – Diálise – Transplante) Hipertensão Anemia Distúrbio Mineral e Ósseo Acidose Dislipidemia Doenças virais Fístula AV Hemodiálise Diálise Peritoneal Transplante Renal Tratamento Anemia Reposição de Fe se Satur. Transferrina < 20 % ou Ferritina < 200 mg / dl Eritropoetina recombinante humana, se persiste anemia apesar de estoques adequados de Fe Objetivo : Hgb 11 – 12 g / dl Tratamento Distúrbio Mineral e Ósseo da Insuficiência Renal Crônica Osteodistrofia Renal / Hiperparatireoidismo secundário ( principalmente a partir do estágio 3 ) Progressiva diminuição de GFR; hiperfosfatemia Deficiência de vitamina D ; hipocalcemia Hiperparatireoidismo (Osteíte fibrosa ; calcificações em partes moles ) Restrição dietética de fósforo Quelantes de fósforo ( Carbonato de Cálcio, Sevelamer ) Colecalciferol em fases iniciais Calcitriol (1,25 di-hidroxi-colecalciferol) em fases mais avançadas (tendo fósforo controlado e PTH elevado ) Moduladores dos receptores da paratireóide (Cinacalcet) Diagnóstico de intoxicação por alumínio (raros casos) Paratireoidectomia em casos selecionados Tratamento http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRw&url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0482-50042007000300010&script=sci_arttext&ei=F41aVbLCNoHZU7eRgYgC&bvm=bv.93564037,d.aWw&psig=AFQjCNGMhtyMxTUutOLE-KgXvdimeVnTIA&ust=1432084095086624 Acidose metabólica A acidose metabólica piora a doença óssea Bicarbonato de sódio via oral (tentando manter bicarbonato plasmático próximo a 20 mEq/l) Vigiar a carga extra de sódio que o paciente receberá ( hipertensão, edema, hipervolemia, dispnéia, estertores, edema de pulmão ) Citrato não deve ser usado em insuficiência renal crônica ( aumento de absorção gastrointestinal de alumínio ) Tratamento Planejamento / preparação precoce para métodos de terapia renal substitutiva Hemodiálise Diálise Peritoneal Transplante Renal Preparação para construção de acesso vascular permanente para hemodiálise Preservação de rede venosa / braço não dominante Tratamento Quando indicar ? - Evitar desnutrição - Excesso de volume extra celular - Evidência de neuropatia periférica - Sintomas urêmicos - Função renal - DCE TRATAMENTO DIALÍTICO Fístula Artério Venosa Diálise : transferência de solutos entre duas soluções através de uma membrana semi-permeável Quando indicar ? - Todos os pacientes são candidatos em potencial - Contra indicações: Imcompatibilidade ABO, anticorpos contra antígenos do doador, infecção em atividade, neoplasia sem controle, condições cardiovasculares.... TRANSPLANTE RENAL
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