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Filme: O Pianista - Resenha

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Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia de Minas Gerais 
 
Texto do Filme “O Pianista” 
O filme “O Pianista” é baseado na história real de Wladyslaw Szpilman, sobrevivente do 
holocausto que ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial. O holocausto foi o resultado final de um 
processo de construção do ódio de uma nação contra alguns grupos específicos que viviam na Europa, 
entre eles judeus, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová, deficientes físicos e mentais e 
esquerdistas. 
Um dos fatos mais cruéis da história da humanidade foi a perseguição dos nazistas aos judeus, 
promovendo vários assassinatos e pânico sobre essa população que era um dos alvos para o 
estabelecimento da “raça pura”. O antissemitismo alemão partia do pressuposto de que a raça 
alemã era superior e de que os judeus eram responsáveis por todos os males da sociedade. Hitler e os 
nazistas falavam que os judeus eram os responsáveis pela derrota alemã na Primeira Guerra Mundial, 
e que possuíam um plano de dominação mundial, ao dominarem o liberalismo econômico e o 
capitalismo financeiro. 
O protagonista do filme é um pianista judeu-polonês que interpretava peças clássicas em uma 
rádio de Varsóvia quando as primeiras bombas caíram sobre a cidade no ano de 1939. Sua família era 
de classe média, tinha três irmãos, e era o mais velho. No início da narrativa é relatado as primeiras 
restrições impostas pelos nazistas e o seu processo de dominação, como, por exemplo, a utilização de 
uma faixa com a estrela de Davi no braço indicando quem era judeu. Na medida em que as pressões 
nazistas aumentavam, a família de Wladyslaw Szpilman foi perdendo os seus espaços e as suas posses 
(bens materiais, casas, móveis, dinheiro), ficando proibidos de frequentar determinados lugares como 
praças públicas e restaurantes. 
O filme mostra o surgimento do Gueto de Varsóvia, quando os alemães construíram muros 
para agrupar judeus no Leste da Europa, um local específico da cidade que era cercado pelas tropas 
nazistas e excluído do restante da sociedade. Os guetos agrupava-os para que mais tarde fossem 
enviados para os campos de concentração e extermínio. No Gueto de Varsóvia, os judeus passaram 
fome, humilhações e presenciaram mortes cruéis. Em uma cena do filme, um homem toma da mão 
de uma senhora a marmita com o único alimento que ela tinha. A comida cai no chão e mesmo assim, 
Projeto “Cinema e ensino de história” 
Disciplina: História Turma: 3º ano Administração 
Aluno(a): Ana Flávia Norberto Umbelino 
Data de Entrega: 14/05/2020 Professora: Luciane Silva de Almeida 
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/primeira-guerra.htm
flavi
Retângulo
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Retângulo
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Retângulo
o senhor recolhe os restos para comer. Esse momento releva a falta do sentimento de solidariedade 
em meio a luta pela sobrevivência diante das péssimas condições de vida que enfrentavam. 
Durante esse período, existiam também a polícia judaica, que como uma forma de estratégica 
de sobrevivência, realizavam o papel de manter a ordem e o controle dentro dos guetos, e salvavam 
– pelo menos temporariamente – a própria vida e a de sua família. 
“O Pianista” acompanha a perseguição que levou à captura e envio da família de Szpilman 
para os campos de concentração. Wladyslaw é o único que consegue fugir, essa foi a última vez que 
ele viu a sua família. A solução encontrada pelos nazistas foi a de promover a execução de judeus 
em câmaras de gás, que foram sendo instaladas nos campos de concentração. A diferença é que, nos 
campos de concentração, os judeus, além de executados, também tinham sua mão de obra explorada 
ao máximo. Dentre os horrores cometidos nos campos de concentração, destacaram-se a jornada de 
trabalho excessiva, os maus-tratos diários e as péssimas condições de higiene. Os prisioneiros ficavam 
em alojamentos cheios de pessoas que dividiam o mesmo espaço e eram mal alimentados. Violências 
físicas sem motivação aparente aconteciam como forma de tortura psicológica aos prisioneiros, além 
das execuções nas câmaras de gás. 
Por não conseguir suportar aquela situação de trabalhos pesados e os castigos físicos severos, 
Wladyslaw fugiu mesmo sabendo que corria o risco de morrer. Para sobreviver ao regime da época, 
Wladyslaw se submeteu a todo o tipo de sofrimento: fome, trabalho, dor, doença, frustração e 
humilhação. Embora não tenha morrido rapidamente, como sua família, a cada dia que se passou 
escondido, ele foi perdendo a sua vitalidade e a sua dignidade humana. Ele fugia do esconderijo 
sempre que estivesse em perigo. 
A atuação dos alemães eram de promover a limpeza gradual de judeus dessas áreas por meio 
de fuzilamentos. Os judeus dessas localidades eram reunidos em um local específico e fuzilados um 
a um até que toda a população judia desses locais estivesse morta. Em uma cena do filme, os alemães 
invadem um apartamento de família judia durante o jantar e obriga todos a se levantarem, incluindo 
o cadeirante, mesmo sabendo a condição física que o deficiente se encontrava. Os policiais nazistas 
o atiram da sacada do prédio e fuzilam todo o restante da família com extrema frieza, como se 
estivesse participando de um jogo de tiro ao alvo. 
Em meio ao caos e desespero vivenciado por Wladyslaw Szpilman, ele revivia lembranças 
das sinfonias de Chopin tocadas em seu piano e consegue resgatá-lo novamente para a vida. Quando 
ele estava escondido num apartamento com um piano, sem poder tocá-lo, pois não podia fazer 
barulho, ele o toca sem encostar as mãos em suas teclas e revive cada nota musical através dos seus 
sentimentos. Ao tocar, Wladyslaw parece libertar-se de todo o presente. Nessa cena, percebemos a 
memória do protagonista atuando como liberdade em uma sociedade excludente. 
Em um momento, já no final do filme, Wladyslaw estava em uma casa destruída pela guerra 
e encontra um oficial que lhe pergunta quem era ele. E neste momento o personagem responde: eu 
sou, eu fui um pianista. Após ouvir a resposta, o oficial o conduz a uma sala com um piano e pede 
para tocar algo. No entanto, após ter ouvido a música, ao se referir a Wladyslaw, o oficial o chama 
de judeu. E isso demonstra o peso de uma memória nacional que impõe a diferenciação e a diminuição 
do outro baseado em um sentimento antissemitista. Essa atitude do oficial é explicada pela Psicologia 
das Massas, que analisa as características do comportamento de indivíduos dentro de multidões, onde 
o senso de universalidade de comportamento e o enfraquecimento de responsabilidade individual 
influenciam o coletivo. Isso ocorre principalmente na medida em que o sentimento de ódio pelos 
judeus é disseminado na sociedade por meio de uma figura autoritária como Adolf Hitler. 
Os prisioneiros dos campos de concentração foram sendo libertados à medida que os nazistas 
foram perdendo a Segunda Guerra Mundial. No decorrer em que suas posições no Leste Europeu 
eram ameaçadas, os nazistas intensificaram a velocidade das execuções de judeus nas câmaras de gás, 
além de terem tentado ocultar os indícios do genocídio, seja com a destruição de documentos ou com 
a exumação dos corpos. 
No final do filme, um grupo de recém libertados prisioneiros de um campo de concentração 
passam por um grupo de prisioneiros alemães. Nesse momento, o lado da história foi invertido, onde 
os nazistas foram colocados em um campo de concentração. Na última cena, Wladyslaw toca para 
uma grande plateia em Varsóvia. Seu relato bibliográfico revela que continuou a viver em Varsóvia 
até sua morte no ano de 2000. 
Ao ver os acontecimentos do filme, o telespectador começa a ter dimensão das atrocidades 
naquela época ao se posicionar dentro da história nas cenas de violência, morte, medo, tortura, ódio 
e desespero. E por isso nós não devemos silenciar esse período, porque que a marca fascista de uma 
doutrina que considera que existem raças superiores em relação as outras e a tendênciaem 
menosprezar a cultura que é diferente da nossa (motivos que levaram à perseguição dos judeus pelos 
alemães) são problemas que permanecem a corroer a nossa sociedade. Porque essa luta ainda está 
presente nos grupos que vivem à margem da sociedade atual, destacando a violência contra negros, 
pobres, homossexuais, pessoas que pensam diferente e assim por diante.

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