Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fungos Fitopatogênicos: FILO OOMYCOTA Reino Protozoa Divisões (Filos) dos fungos (Dictionary, 2008) Plasmodiophoromycota Myxomycota Acrasiomycota Dictyosteliomycota Reino Chromista Oomycota Hyphochytriomycota Labyrinthulomycota Reino Fungi Chytridiomycota Blastocladiomycota Zygomycota Ascomycota Basidiomycota Fungos Mitospóricos Morfologia Estruturas somáticas Talo micelial/sistema vegetativo: hifas sem septos (cenocíticas), diploides. Hifas cenocíticas - Parede celular: β-glucanas e celulose, quitina ausente - Presença de haustórios: em alguns gêneros como os agentes de míldios REPRODUÇÃO Assexuado Sexuada Assexuada: esporos endógenos. Estruturas reprodutivas assexuais - Tipo de esporóforo: Esporangióforo (zoo) - Zoósporo – móvel desprovido de membrana ciliada. - Esporângio (zoo) Germina (= conídio) míldios Origina zoósporos biflagelados (clivagem citoplasmática) Zoósporo Zoósporos: biflagelados Liso (chicote) função: impulsão Ornamentado mastigonemos (“tinsel”) função: orientação. . Zoósporos: Interior do zoosporângio. Interior de uma vesícula. Tipo de esporângios/zoosporângio: Formas: variam conforme os gêneros e espécies de oomicetos envolvidos. Podem ser: Pouco diferenciado da hifa vegetativa: ordem saprolaginales Lobuloso ou globoso: Pythium Papilados, limoniformes: Phytophtora Estruturas reprodutivas sexuais - Gametângio Feminino: Oogônio (1 ou + oosferas) - Gametângio Masculino: Anterídio Meiose gametângica Plasmogamia: contato de gametângios Obs.: órgãos sexuais: gametângios; Células sexuais: gametas; Esporo sexual: Oósporo - parede espessa, sobrevivência resultante da interação de dois materiais geneticamente compatível, após o processo de plasmogamia e cariogamia (na formação do oósporo não ocorre a formação da maiose/diploide) Anterídio Oogônio Oósporos Classificação (Dictionary, 2008) Classe Oomycetes Ordens importantes: -Albuginales, família: albuginaceae -Pytiales, família: pythiaceae -Peronosporales, família: peronosporaceae FAMÍLIA ALBUGINACEAE Gênero: Albugo (30 espécies) A espécie mais conhecida é candida , ataca crucíferas. Parasita obrigado Albugo a – Zoosporângios catenulados b- Tecido vegetal C - Zoosporangióforo distinto das hifas somáticas e de crescimento determinado. Foto: Agrios (2005) Danos: Albugo candida x ferrugens brancas (plantas hortícolas) Baixo prejuízo econômico. ORDEM PYTIALES FAMÍLIA PYTHIACEAE Gênero: Pythium Amplamente distribuídos nos solos e água de todo o mundo. Vivem como organismos saprófitos sobre restos de plantas e animais mortos, bem como parasitas atacando as raízes fibrosas das plantas. Quando os solos úmidos encontram-se densamente infestados por Phythim, este ataca todo tipo de sementes e plântulas que emergem. Característica do gênero: Pythium Zoosporangióforos: não distinto do micélio normal, com crescimento indeterminado, Zoósporos: externamente ao zoosporângio em vesículas evanescentes. Gênero Pythium. A - Zoósporos; B – Vesícula evanescente; C– Zoosporângio; D – Zoosporangióforo; E - Oosporo oósporo Danos: podridões em sementes e raízes, tombamento de mudas e podridões moles em órgãos suculentos. Danos ocasionados por Pythium sp. Foto: Agrios (2005) Ordem: Peronosporales Família: Peronosporaceae Importantes agentes entre eles os causais dos míldios. Gêneros: Phytophthora, Peronospora, Pseudoperonospora, Plasmopara e Bremia. Gênero: Phytophthora Zoosporangióforo: distinto do micélio normal. Zoósporos: são sempre produzidos dentro do zoosporângio, sendo este do tipo globoso variando em forma (de piriforme a limoniforme). Phytophthora infestans: a característica dessa espécie é o alargamento na base das ramificações dos zoosporangióforos. Danos: “damping-off”, podridões de raízes em plantas jovens e adultas, inclusive em árvores, podridões de tubérculo, necrose em órgãos da parte área de plantas, incluindo podridões do colo e podridões de frutos em plantas anuais e arbóreas, e queima de folhagem e ramos jovens em culturas anuais (requeimas). Foto: Agrios (2005) Danos ocasionados por Phytophytora em plantas arbóreas. Foto: Agrios (2005) Diferença entre Phythphotra x Pythium Formação: zoósporo, zoosporangióforo zoósporos: Pytium: diferenciados em vesícula mucilaginosa. Phythphtora: diferenciados diretamente nos esporângios, de onde são liberados. Zoosporangióforo: Pytium: não se diferenciam das hifas assimilativas. Phytophthora: ramificam-se simpodialmente, porém ainda tem crescimento indeterminado. Ainda nesse grupo agentes causadores de mildios: Todos parasitas obrigatórios e produtores de hautório intracelures nos seu hospedeiros. Entre os gêneros mais representativos podemos citar: Peronospora, Pseudoperonospora, Plasmopara e Bremia. Estes gêneros são diferenciados com base: Na morfologia dos seus zoosporangióforos, tem crescimento determinado e forma bem definida, ramificando-se de maneira distinta para cada gênero. Os zoosporângios, são formados nos ápices das ramificações dos zoosporangióforos. Pelo hospedeiro no qual ocorrem, uma vez que existe uma especialidade muito grande do parasita com a planta hospedeira. Gênero: Peronospora Zoosporangióforo: apresenta ramificações dicotômicas, terminando em pontas que sustentam um único esporângio. Zoosporângio : germina produzindo micélio diretamente. Peronospora Danos: Espécies importantes: P. destructor (míldio do alho e cebola); P. parasitica (míldio das crucíferas); P. pisi (míldio da ervilha); P. tabacina (míldio do fumo); P. manshurica (míldio da soja); P. effusa e P. parasitica (míldio do espinafre); P. sparsa (míldio da roseira); P. farinosa (míldio da beterraba) P. trifoliorum (míldio do trevo). Agente etiológico: Peronospora manshurica (Naumov) Syd. In Gaum. Peronospora sojae F. Lehm. F.A. Wolf. Míldio da soja Herbário virtual/UFRGS Gênero: Pseudoperonospora Morfologicamente idêntico a Peronospora. Diferença: zoosporângio há formação de zoósporos. Pseudoperonospora est – Estigma zp – Zoosporângio zf - Zoosporangióforo zo - Zoósporos Dano: Espécie importante: P. cubensis (míldio das cucurbitáceas). Gênero: Bremia Zoosporangióforo: ramifica dicotômicamente, porém, nos ramos terminais aparece uma formação semelhante a um cálice com quatro pontas proeminentes as quais sustentam os zoosporângios. Bremia Dano: Espécie importante: B. lactucae (míldio da alface). Foto: Agrios (2005) Gênero: Plasmopara Zoosporangióforos: as ramificações são ortogonais c/ terminação tricotômica, apresentando um único zoosporângio em cada uma das curtas ramificações terminais. Danos: Espécies importantes: P. viticola (míldio da videira); P. halstedii e P. helinthi (mildio do girassol), P. pussila (míldio do gêranio). (Fotos: G. Nakashima). P. viticola (míldio da videira); Hospedeiro Patógeno Cucurbitáceas Pseudoperonospora cubensis Alface Bremia lactucae Cebola Peronospora destructor Sorgo Peronosclerospora sorghi Milho Peronosclerospora maydis Cana de açúcar Peronosclerospora sacchari Soja Peronospora manshurica Fumo Peronospora tabacina Videira Plasmopara viticola Roseira Peronospora sparsa Tomate e batata Phytophthora infestans Reino Protozoa Divisões (Filos) dos fungos Plasmodiophoromycota Myxomycota Acrasiomycota Dictyosteliomycota Reino Chromista Oomycota Hyphochytriomycota Labyrinthulomycota Reino Fungi ChytridiomycotaBlastocladiomycota Zygomycota Ascomycota Basidiomycota Fungos Mitospóricos Filos Blastocladiomycota e Chytridiomycota - Esses dois filos compunham o filo Chytridiomycota na 9ª edição do dicionário de 2001. - Estudos conduzidos em 2006 (James et al., 2006), envolvendo sequenciamento do DNA que codifica o RNA ribossomal, revelaram que o grupo era heterogêneo e propuseram separação nesses dois filos, separação essa adotada pela 10ª edição do dicionário. - Constituem um grupo pequeno de fungos, com pouca importância fitopatológica. Características: - São os únicos fungos verdadeiros que reproduzem por meio de zoósporos; - Os zoósporos, são uniflagelados, com um flagelo tipo chicote, posicionado posteriormente. - São patógenos veiculados pelo solo, que atacam as raízes ou outros órgãos subterrâneos e, eventualmente a parte aérea das plantas. Reprodução assexuada: Zoósporos: 1 flagelo tipo chicote, posterior Zoosporângios: liberação papila opérculo tubo de descarga Opérculo Tubos de descarga Estruturas assexuais: Reprodução sexuada Conjugação planogamética: gameta móvel: plasmogameta Reprodução sexuada Conjugação (fusão) de gametângios: esporângio (ou esporo) de repouso Somatogamia: anastomose de rizóides/ esporângio (ou esporo) de repouso Filo Blastocladiomycota Ordem: blastocladiales Gênero importante: Physoderma P. maydis Característica: sobrevive no solo ou tecido infectado por meio de zoosporângios de repouso, dotado de parede espessas, que em condições favoráveis, na presença de água livre, libera zoósporos haploides. endobiótico policêntrico, operculado Dano: Physoderma maydis x mancha parda do milho Outro representante importante: Physoderma alfafae x galha da coroa da alfafa, recentemente conhecido como Urophlyctis alfafae, na última edição do dicionário, foi reclassificado como P. alfafae. Foto: Agrios (2005) Filo Chytridiomycota Ordem: Chytridiales Gêneros importantes: Synchytrium e Opidium S. endobioticum: verrugose preta da batata (as vezes assume importância econômica). O. brassicae: vetor de diversos vírus de plantas. Esta espécie ataca comumente as raízes de repolho, mas pode infectar ampla variedade de plantas. Synchytrium endobioticum endobiótico, holocárpico, inoperculado Foto: Agrios (2005) Synchytrium endobioticum Foto: Agrios (2005) O. brassicae Filo Zygomycota Esporos: imóveis, os aplanósporos, formados por clivagem citoplasmática no interior de esporângios e disseminados passivamente pelo vento. Talo micelial haploide, bem desenvolvido e asseptado. Estruturas especializadas - Rizóides - Estolões: hifas aéreas (colonização rápida) Etruturas assexuadas - Esporângiósporos (aplanósporos) – clivagem citoplasmática - Esporângios - Esporangióforos - Columela (importância taxonômica) Reprodução sexual: Copulação gamentagial formação do zigosporôngio, contendo no seu interior, um zigósporo, esporo de repouso diploide, de parede espessa, resultante da conjugação ou fusão de dois gametângios morfologicamente sililares . Esporo sexual: Zigósporo Reprodução sexuada Zigóforo Progametângios Gametângios Zigosporângio (com um zigósporo) Ordem: Mucarales Familia: Mucoraceae Gênero importante: Rhizopus e Mucor. Características: parasitas fracos, saprófitos habitante de solos (comum) Ocorrem em frutos, alimentos e outros materiais em decomposição. R. Stoloniferer x podridão mole de frutos e órgãos de reserva carnosos de plantas, na fase pós – colheita, durante armazenamento, transporte e comercialização destes produtos. B. Danos ocasionados por Ryzophus sp. E. Zigósporo D. Estruturas assexuadas Basidiomycota: características gerais e classificação Reino Protozoa Divisões (Filos) dos fungos (Dictionary, 1995) Plasmodiophoromycota Myxomycota Acrasiomycota Dictyosteliomycota Reino Chromista Oomycota Hyphochytriomycota Labyrinthulomycota Reino Fungi Chytridiomycota Zygomycota Ascomycota Basidiomycota Fungos Mitospóricos Basidiomycota: características gerais e classificação Segundo maior grupo entre os fungos (+ 22.000 spp) Doenças de importância: Ferrugem, caries e carvões Alguns decompositores de madeira 2. Morfologia Sistema Vegetativo -Leveduriforme (poucas spp.) - Micelial: hifas bem desenvolvidas, ramificadas e septadas Ex: Filobasidiella neoformans Patógeno de seres humanos (portadores de AIDS) Septado: doliporo, poros simples, grampo de conexão Micélio primário: haplóide, monocariótico (da germinação do basidiósporo) Micélio secundário: dicariótico, com grampos de conexão (da somatogamia entre 2 micélios primários – Anastomose ou espermatização) Exceção: ferrugens e carvões não têm grampo de conexão Micélio terciário: nos corpos de frutificação Hifas generativas: dicarióticas, parede fina, grampo de conexão (férteis) Hifas esqueletais: parede grossa, não ramificadas, estéreis Hifas ligadoras: parede grossa, ramificadas, estéreis generativa esqueletal ligadora Sistema reprodutivo Esporos de origem assexual: Conídios (origem mitótica) em algumas espécies Uredósporos (ferrugens) Esporos de origem sexual Basidiósporos (meiósporos) exógenos Podendo ser: tipicamente unicelulares, uninucleados ou binucleados e haploides. Forma: globosa, oval, alongada, de banana, salsicha, ou outras. Podem ser hialinos ou coloridos e ter ornamentações (espinhos, verrugas.... Plasmogamia pode ser: somatogamia (anastomose) espermatização Basidiocarpos (Basidiomas)/frutificações:/esporóforos Basidiocarpos com himênio exposto – basidiósporos projetados (balistósporos) Basidiocarpo com himênio não exposto – basidiósporos não projetados, liberação passiva Basídios livres: ferrugens e carvões Basídio: estrutura que suporta os basidiósporos (esporos) resultantes da cariogamia e meiose podem ser divididos em três partes: Probasídio: local ou fase onde ocorre cariogamia Metabasídio: local ou fase onde ocorre meiose Esterígmas: projeções do metabasídio (porção entre o metabasidio e os basidiósporos). Holobasídio: basídio não septado Fragmobasídio: basídio septado (dividido em septos transversais e longitudinais) Os basidios podem ser: Classes: Pucciniomycetes Exobasidiomycetes Ustilaginomycetes Agaricomycetes Pucciniomycetes Ordem Pucciniales. Fungos normalmente chamados de ferrugens, pelo aspecto típico ferruginoso das manchas causadas em diversas plantas dos quais são patogênicos. Não existe basidiocarpo (corpo de frutificação) nesta ordem. Morfologia A) Talo somático/hifas - Micelial, geralmente intercelular -Micélio primário: monocariótico e haplóide. Resulta da germinação dos basidiósporos e tem crescimento limitado. No ciclo das ferrugens, origina os órgãos sexuais (espermogônios) -Micélio secundário: dicariótico (n+n), maior parte do ciclo das ferrugens. Origina diferentes tipos de esporos -Sem grampos de conexão -Septos com poros simples -Apressórios -Haustórios B) Estruturas reprodutivas - Podem formar até 5 tipos de estruturas reprodutivas (sucessivamente) “CICLO COMPLEXO” Fase 0 - Espermogônios (Pícnios) ou soros espermogoniais/picniais Fase I - Écios ou soros eciais Fase II - Uredínios ou soros urediniais Fase III - Télios ou soros teliais Fase IV - Basídios ou promicélios Fase 0 - Espermogônios ou pícnios -Produzidos pelo micélio primário (n) -Produz espermácias (picniósporos) com função de fertilizar hifas receptivas (plasmogamia) -Espermácias disseminadas por insetos ou chuvas -Restabelece a dicariofase (n+n) São pequenas frutificações em forma de frasco, localizadas no interiordos tecidos parasitados, tendo o ostíolo ou abertura para o exterior revestido de numerosos apêndices ou cerdas. No interior desta frutificação formam-se numerosos esporos hialinos unicelulares denominados picniosporos ou ainda espermácias. Hifas receptivas (tricógines) Espermácias Fase I - Écios -Produz eciósporos (n+n), infectivos, parede ornamentada (equínulas), unicelulares, geralmente produzidos em cadeia. -Ferrugens Autoécias: infectam o próprio hospedeiro -Ferrugens Heteroécias: nunca reinfectam o mesmo hospedeiro; infectam o hospedeiro primário (principal) Écios são frutificações em forma de taça, com a base afundada nos tecidos e abrindo-se para o exterior. Esta taça tem uma cavidade interna revestida por uma membrana formada de células poligonais denominada perídio. Esporos: unicelulares, hialinos, redondos, irregulares ou poligonais, com paredes mais ou menos verrugosas, denominados eciosporos. espermogônios écio Fase II - Uredínios -Produz uredósporos (n+n), infectivos, unicelulares, ornamentados (equínulas) pedicelados e decíduos -Disseminados pelo vento -Repetitivos (reinfecção), atuam como conídios (fase assexual) Esta forma contem em seu interior os uredosporos, que são esporos mais ou menos circulares, hialinos, de membrana verrugosa ou equinulada, formados em pedunculos alongados. Fase III - Télios -Produz teliósporos (n+n), não infectivos, função de sobrevivência (repouso), parede espessa -Morfologicamente bastante variáveis (uni, bi ou multicelulares), com grande importância taxonômica (distinção entre famílias e gêneros) -Origina basídios (promicélio) e basidiósporos (sexuais) Teliósporo (n+n) Cariogamia (2n) Promicélio ou basídio 4 Basidiósporos (n) em esterígmas - projetados Esta forma contem em seu interior os teleutosporos (teliosporos), que são esporos de membrana grossa e de coloração escura, em geral são lisos, podendo ser uni ou multicelulares, sésseis ou pedunculados, livres ou agrupados. A classificação taxonomica baseia-se nas características do teleutosporo. Teliósporos A classificação das ferrugens está baseada principalmente nos teleutosporos. Uromyces Puccinia Pileolaria Uropyxis Xenodochus Phragmidium Nyssospora Ravenelia Fase IV - Basídos -Produz basidiósporos (n) -Unicelulares, infectivos, liberados ativamente,originam micélio primário -Ferrugens Autoécias: reinfectam o mesmo hospedeiro -Ferrugens Heteroécias: nunca reinfectam o mesmo hospedeiro; infectam o hospedeiro secundário (alternativo) O ciclo do fungo completa-se com a produção dos basidiósporos, após a germinação dos teleutosporos. Promicélio ou basídio Basidiósporos Alexopoulos et al., 1996 Ferrugens Macrocíclicas: todas as 5 fases (pícnios, écios, uredíneos, télios e basídios) Ferrugens Demicíclicas: falta a fase II (uredinial) Ferrugens Microcíclicas: faltam as fases ecial (I) e uredinial (II) Agrios, 1997 Ferrugens Macrocíclicas (ciclo longo): todas as fases Ferrugens Microcíclicas (ciclo curto): só produzem fases telial (III) e basidial (IV) O que é o correto??? Classificação quanto ao número de hospedeiros: Ferrugem autoécia ou autóica: todas as fases num só hospedeiro Ferrugem heteroécia ou heteróica: necessitam de dois hospedeiros para completar o ciclo (geralmente bastante distintos taxonomicamente) Hospedeiro primário ou principal: onde ocorre a fase telial (III) Hospedeiro secundário ou alternativo: fases picnio (0) e ecio (I) Famílias: Família Pucciniaceae: Teleutosporos pedicelados uni ou bicelulares, com septação horizontal. Principais gêneros: Puccinia e Uromyces. Teliósporo: unicelular pedicelo Teliósporo: bicelular pedicelo Puccinia sp. Uromyces sp. Puccinia allii - ferrugem do alho e cebola Puccinia graminis tritici - ferrugem do trigo Puccinia sorghi - ferrugem do milho Puccinia psidii – ferrugem da goiabeira Puccinia purpurea – ferrugem do sorgo Puccinia melanochephala – ferrugem da cana-de-açúcar Uromyces appendiculatus - ferrugem do feijoeiro Uromyces manihotis ferrugem da mandioca Uromyces lupini – ferrugem do tremoço Uromyces striatus – ferrugem da alfafa Uromyces dianthi – ferrugem do craveiro Exemplos de Doenças de importância: Família Phakosporaceae: Caracteriza-se por apresentar teleutosporos sésseis, com duas ou mais células e unidos lateralmente. Gênero: Phakopsora sp. Teleósporo sem pedicelo com duas ou mais camadas de células Phakopsora pachyrizae – Ferrugem asiática da soja Phakopsora meibomiae – ferrugem americana da soja Phakopsora euvitis – ferrugem da videira Phakopsora gossypii - ferrugem do algodoeiro Exemplos de Doenças de importância: Família Hemileiaceae: Uredósporos lisos de um lado e equinulados do outro, originados em hifas saindo em grupos através dos estômatos. Teleutosporos unicelulares, pedicelados. Agente de maior importância: H. vastatrix Doença: causa a ferrugem do cafeeiro. Este gênero compreende umas 35 espécies, todas de regiões tropicais, sendo fungos presumivelmente de ciclo incompleto, conhecendo-se somente os estágios uredosóricos e teleutosóricos. Uredósporos Família Uropyxidaceae: Tranzschelia sp: Teleutosporos bicelulares, pedicelados e unidos em fascículos. Prospodium sp.: Teleutosporos bicelulares com pedicelos ornamentados Tranzschelia discolor Prospodium Teleósporo bicelular Pedicelo ornamentado Teleósporo bicelular Pedicelos unidos Tranzschelia discolor - Ferrugem do pessegueiro. Prospodium bicolor – Ferrugem do ipê amarelo. Exemplos de Doenças de importância: Família melampsoraceae: Caracteriza-se por apresentarem teleutosporos sésseis, unicelulares e unidos lateralmente. Gênero: Melampsora sp. Melampsora lini - ferrugem do linho. Exemplo de Doenças de importância: Teleósporo sésseis, com uma única célula unidos lateralmente Família Phragmidiaceae: Teleutosporos pedicelados, multicelulares por septação horizontal. Gênero: Phragmidium sp. Exemplo de Doenças de importância: Phragmidium mucronatum - ferrugem da roseira. Teleósporo multicelular Pedicelo Atenção!!! Quando os teleósporos não aparecerem no ciclo, tem-se o grupo das ferrugens imperfeitas. Se durante o crescimento, estas ferrugens imperfeitas apresentarem estágios de écios os possíveis gêneros poderão ser: Caeoma, Aecidium, Roestelia e Peridermium. Se durante o crescimento apresentar estágio de uredossoro, pertencerá ser o gênero Uredo. Ustilaginomycetes/Exobasidiomycetes 1. Ocorrência e importância Causadores de carvões e cáries Aproximadamente 950 espécies Todos são parasitas biotróficos de plantas Atacam somente angiospermas (cerca de 4000 espécies, 75 famílias) Possuem somente um hospedeiro no ciclo de vida 2. Morfologia A) Talo somático Micelial, hifas septadas, poro simples Algumas espécies com grampo de conexão Não formam haustórios Micélio monocariótico não patogênico, cultivável (leveduriforme = esporídios) Micélio dicariótico patogênico Infecção do meristema (sistêmica) Colonização inter e intracelular Colonização inter e intracelular - Não formam basidiocarpos A) Estruturas reprodutivas -Teliósporos, formados por fragmentação das hifas Função de sobrevivência e produção de basídia e basidiósporos Ornamentados -Basidiósporos (esporídios) primários com liberação passiva -Basidiósporos (esporídios) secundários das cáries com liberação ativa (projetados) -Basídias (promicélio), sem esterígma. Produz número variável de basidiósporosClasse Ustilaginomycetes Ordem Ustilaginales Família Ustilaginaceae: promicélio septado, Representante: Ustilago sp. Promicélio e esporídios dos carvões Promicélio septado Teliósporo Brotamento de esporídio Plasmogamia Exemplos importantes Carvão do milho – Ustilago maydis Carvão dos cereais Ustilago tritici, Ustilago avenae CLASSE EXOBASIDIOMYCETES: ORDEM TILLETIALES: Dentro desta ordem encontramos a família Tilletiaceae. FAMÍLIA TILLETIACEAE: Nesta família o teleutosporo ao germinar produz basidiósporos filiformes em sua extremidade. Os principais gêneros para a fitopatologia são: Tilletia: Fusão dos basidiosporos em H. Exs. Tilletia foetida - cárie do trigo, Tilletia controversa - cárie anã do trigo, Tilletia indica - cárie parcial do trigo, Tilletia barclayana - cárie do arroz. Promicélio e esporídios das cáries Esporídios primários Promicélio sem septos Teliósporo Esporídio secundário Plasmogamia Complementar a aula com o manual de fitopatologia Volume I, princípios e conceitos (2018/capitulo 8, pg 107 a 141) Aula Prática:
Compartilhar