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EXTINÇÃO SUSPENSAO DO PROCESSO

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Formação, suspensão e extinção do processo
Geralmente, o processo ou a relação processual dele decorrente forma-se, desenvolve-se e extingue-se com o alcance do seu objetivo: a composição do litígio, preferencialmente por meio da conciliação ou mediação ou, em não sendo possível a autocomposição, via sentença judicial. Por meio da petição inicial, o autor provoca a jurisdição. Essa, por sua vez, verificando ser idôneo o meio utilizado para provoca-la e presentes certos requisitos, determina a citação do réu. O réu, a seu turno, apresenta defesa. Ultrapassada essa fase de apresentação dos fatos pelas partes, passa-se à coleta de provas e, em seguida, o juiz, conhecendo os dois aspectos do litígio (do autor e do réu), profere a decisão.
Nem sempre, entretanto, a relação processual se desenvolve assim, naturalmente. Ocorre de o meio utilizado pela parte não ser apto ou mesmo de faltarem certos requisitos indispensáveis à atuação da jurisdição, hipótese em que a petição inicial é indeferida. Ocorre ainda de a relação processual, a despeito de instaurada validamente, sofrer certos incidentes de percurso, o que obriga a suspender sua marcha, como, por exemplo, a morte ou perda da capacidade processual da parte. Finalmente, mesmo após a fase probatória, ocorre de o processo ser extinto sem resolução do mérito, frustrando, assim, seu objetivo.
FORMAÇÃO DA RELAÇÃO PROCESSUAL
Como a jurisdição não age de ofício (art. 2º), é necessário que o autor a provoque, o que é feito por meio da petição inicial, instrumento adequado à propositura da ação. Pois bem, protocolada a petição inicial, a ação considerasse proposta (art. 312) e, a partir de então, forma-se uma relação linear entre autor e juiz. Com a simples propositura da ação, o autor se vincula à relação jurídica processual, tanto que se sujeita aos efeitos de eventual sentença que prematuramente venha a extinguir o processo. O juiz, por sua vez, também se vincula, visto que fica obrigado a emitir pronunciamento jurisdicional, seja para indeferir a inicial, para determinar a emenda ou a citação do réu.
Feita a citação do réu, a relação processual, que antes era linear (entre autor e juiz), passa a ser angular, porquanto estabelece vínculos jurídicos entre autor e juiz, juiz e réu, bem como entre o juiz e demais sujeitos do processo, incluindo os terceiros intervenientes, se houver. Os direitos, as obrigações e as situações jurídicas derivados do processo não afetam as partes diretamente, mas sempre por intermédio do Estado-juízo.
Essa teoria, de Hellwig, é a mais aceita pelos modernos processualistas. Embora a doutrina mencione juiz, em verdade a relação é estabelecida com o estado-juízo. Porque adepto da simplificação, utilizo juiz para significar o órgão jurisdicional estatal.
Estabilização do processo
“A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e398 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil)” (art. 240, caput).
A litispendência individualiza a demanda posta em juízo, ou seja, o litígio a ser composto pelo processo passa a ser aquele deduzido entre as partes nomeadas na petição inicial, que também indica o pedido e a causa de pedir (actum trium personarum). Em razão da litispendência formada com a citação válida, ocorre o que se denomina estabilização do processo, ou, mais precisamente, dos elementos da causa, isto é, partes, pedido e causa de pedir. Feita a citação, ou estabilizada a relação processual, não se pode aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir sem o consentimento do réu (art. 329, II).
Da mesma forma, como o autor não pode, a partir da citação, modificar unilateralmente o pedido ou a causa de pedir, o réu, apresentada a contestação, já não poderá alterá-la ou aditá-la, ainda que no prazo. A proibição de alteração do pedido e da causa de pedir não exclui a alegação de uma causa superveniente. O mesmo vale para o réu, que pode, após a contestação, deduzir novas alegações relativas a direito ou a fato superveniente (art. 342, I).
Quanto às partes (elementos subjetivos da causa), de acordo com o Código, a sucessão só é admitida nos casos expressos em lei, quais sejam: ocorrendo a morte de qualquer das partes (art. 110) ou a alienação da coisa litigiosa, sendo que, nesta última hipótese, há necessidade da concordância da parte contrária (art. 109, § 1º). Também é possível a alteração da parte na hipótese de ilegitimidade, caso o réu indique o sujeito passivo da relação discutida em juízo, o autor aceite essa indicação e promova o aditamento da petição inicial (art. 338).
SUSPENSÃO DO PROCESSO
Proposta a ação, o normal é o desenvolvimento da relação processual, culminando com a composição definitiva do litígio. Ocorre, entretanto, de o processo sofrer interrupções, seja por vontade das partes ou em decorrência de disposição legal, sem afetar o vínculo estabelecido entre as partes e o juiz. Nesse caso, a relação processual entra em crise, fica paralisada, ocorrendo o que se denomina suspensão do processo.
Distingue-se suspensão de extinção. 
NA SUSPENSÃO, verificasse apenas a paralisação temporária da marcha processual, mas a relação jurídica processual continua a gerar seus efeitos. 
NA EXTINÇÃO, seja com ou sem resolução do mérito, a relação processual desaparece, extinguindo-se também os direitos e as obrigações dela decorrentes. 
Aqui uma ressalvada que deve ser feita: tratando-se de extinção do processo com resolução do mérito, se a parte vencida na demanda não cumprir voluntariamente a obrigação fixada na sentença, será possível a execução do julgado, hipótese em que só estará extinta a obrigação com o seu efetivo cumprimento.
ART. 313 CPC
A suspensão é convencional na hipótese do inc. II e legal ou necessária nas demais.
Durante a suspensão, é defeso praticar qualquer ato processual, salvo atos urgentes, a fim de evitar dano irreparável (art. 314), como a audição de testemunha enferma e a realização de perícia. Tratando de arguição de impedimento ou suspeição, as tutelas de urgência poderão ser requeridas ao juiz que substituiu o magistrado impedido ou suspeito (art. 146, § 3º).
A suspensão do processo, mesmo a decorrente de convenção das partes, é automática e inicia-se no momento em que se dá a ocorrência do fato, tendo a decisão que a declara efeito ex tunc.
Quanto ao término da suspensão, é automático nos casos em que a lei, o juiz ou as partes fixam o limite da suspensão (incs. I, II, V e VII) e dependente de intimação judicial quando o termo for indefinido (incs. III, IV, VI).
Suspensão do processo pela morte ou pela perda da capacidade processual (art. 313, I)
A morte e a perda da capacidade das pessoas indicadas no inc. I são acontecimentos que têm influência na relação processual, provocando a extinção ou a suspensão do processo, daí por que são denominados fatos processuais. 
A morte da parte provoca a extinção do processo se a ação versar sobre direito intransmissível (art. 485, IX). 
É o que ocorre, por exemplo, nas ações de alimentos. Versando a demanda sobre direito transmissível, se não for ajuizada a habilitação (arts. 687 e ss.), o juiz deve determinar a suspensão do processo e a intimação do espólio ou dos herdeiros para que promovam a habilitação. Caso não o façam no prazo designado, o juiz poderá extinguir o feito sem resolução do mérito.
No caso de falecimento do réu, o juiz intimará o autor para que este proceda à citação do espólio ou dos herdeiros. O novo CPC permite que o juiz conceda ao autor um prazo que pode variar de dois a seis meses para a adoção desta providência (art. 313, § 2º, I).
Na hipótese de morte do representante legal da parte, duas situações podem ocorrer: tendo a parte outro representante (pai ou mãe), dá-se a mera substituição; se a parte não tiver outro representante legal, o juiz deve nomear curador especial (art. 72, I). 
Em ambas as hipóteses, a suspensão do processo é momentânea, apenas atéa substituição do representante legal ou nomeação do curador.
No caso de morte do procurador de qualquer das partes, o processo é imediatamente suspenso, ainda que iniciada a audiência de instrução e julgamento, marcando o juiz o prazo de 15 dias para constituição de outro advogado. Se o autor não nomear novo mandatário no prazo assinado, extingue-se o processo. Se a inércia for do réu, o processo prossegue à sua revelia (art. 313, § 3º).
Suspensão do processo por convenção das partes (art. 313, II)
As partes podem convencionar a suspensão do processo pelo prazo máximo de seis meses, retomando automaticamente seu curso tão logo vença o prazo convencionado. 
A suspensão, nessa hipótese, não fica condicionada à aquiescência do juiz, conquanto dependa de despacho. O despacho determinando a suspensão é ato vinculado.
Suspensão do processo pela arguição de impedimento ou Suspeição
Os motivos que determinam o impedimento e a suspeição são os elencados nos arts. 144 e 145.
A suspensão do processo somente ocorre nos casos de arguição de suspeição ou impedimento do juiz. 
Tratando-se de incidente relativo à suposta parcialidade do membro do Ministério Público ou dos auxiliares da justiça, o processo não se suspenderá (art. 148, § 2º).
Suspensão pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas
Proposto o incidente de resolução de demandas repetitivas (art. 976), as ações individuais sobre o mesmo tema (questão de direito) serão suspensas na primeira instância até que o órgão colegiado competente no tribunal de justiça ou no tribunal regional federal decida a tese jurídica que ensejou a instauração do incidente. A decisão, por sua vez, vinculará a decisão dos juízes de primeiro grau.
Na prática, se um juiz do Estado do CEARÁ verificar que determinado assunto tem o potencial de se multiplicar, poderá suscitar a instauração do incidente perante o Tribunal de Justiça do Estado de Ceará. 
Se o relator admitir o incidente, o presidente do tribunal determinará a suspensão de todos os processos que estiverem tramitando no âmbito do Estado. Com a decisão do Tribunal de Justiça, a tese subordina os juízes daquele estado, mas caberá Recurso Extraordinário ou Especial, conforme se tratar de questão constitucional ou infraconstitucional.
Suspensão em razão da dependência do julgamento de outra causa, de declaração da existência ou inexistência de relação jurídica ou de produção de prova (art. 313, V, a e b) 
O art. 313, V, a, estabelece a suspensão do processo em razão de questão prejudicial que deva ser decidida em outro processo. 
Prejudiciais são questões de mérito que condicionam ou influem no julgamento de outra demanda. Assim, a usucapião é questão prejudicial em relação ao pedido reivindicatório formulado em relação ao mesmo imóvel.
A prejudicial interna, evidentemente, não provoca suspensão do processo, uma vez que a sentença, nesse caso, apreciará conjuntamente a prejudicial e o litígio em si. A paternidade é prejudicial em relação ao pedido de alimentos, todavia, ainda que o juiz tenha de se pronunciar sobre essa questão na ação de alimentos, não há suspensão do processo.
Suspensão por motivo de força maior (art. 313, VI)
Força maior, no sentido empregado pelo Código, é a razão que torna impossível o funcionamento do órgão jurisdicional, como, por exemplo, a greve dos serviços judiciários e a calamidade pública.
Outros casos de suspensão regulados pelo Código (art. 313, VII)
A incapacidade processual ou irregularidade da representação (art. 76), a instauração de incidente de desconsideração da personalidade jurídica (art. 134, § 3º); a oposição proposta antes do início da audiência de instrução (art. 685, parágrafo único); o pedido de habilitação (art. 689); a existência de mediação extrajudicial ou de atendimento multidisciplinar nas ações de família (art. 694, parágrafo único); a oposição de embargos monitórios (art. 702, § 4º); o reconhecimento de repercussão geral no recurso extraordinário (art. 1.035, § 5º) e o julgamento dos recursos extraordinários e especiais repetitivos (art. 1.036, § 1º) são algumas das hipóteses de suspensão que estão dispostas ao longo do Código.
Suspensão para verificação da existência de fato delituoso 
Inexiste conexão ou relação de acessoriedade entre o processo de natureza cível e o de natureza criminal (art. 935 do CC). Apesar disso, se a decisão de mérito depender da verificação da existência de fato delituoso, pode o juiz determinar a suspensão do feito até o pronunciamento da justiça criminal (art. 315). 
Se a ação penal não for proposta dentro de três meses – prazo maior que o CPC/1973 – contados da intimação do despacho que determinou a suspensão, o processo prosseguirá, cabendo ao juiz da causa (cível) examinar incidentalmente a questão.
Caso a ação penal seja proposta no prazo indicado, o processo poderá ficar suspenso pelo prazo máximo de um ano, findo o qual prosseguirá (art. 313, V, “a”, e § 4º).
EXTINÇÃO DO PROCESSO
Vamos repetir: a ação provoca a jurisdição, que atua por meio do processo, com vistas à composição definitiva do litígio. Essa definitividade ocorre com a decisão de mérito, mais precisamente com o efeito que torna imutável a sentença, fenômeno denominado coisa julgada.
O fim último visado pelo processo é a composição definitiva da lide. Todavia, como já dissemos, nem sempre a relação processual atinge seu objetivo. Afora os incidentes que podem provocar a interrupção temporária da marcha processual (suspensão do processo), outros fatos extraordinários podem frustrar a finalidade do processo, provocando a extinção sem resolução do mérito.
Quando a relação processual se exaure com a composição do litígio, diz-se que o processo foi extinto com resolução de mérito (art. 487). Ocorrendo o exaurimento da relação processual, em decorrência das hipóteses descritas no art. 485, diz-se Que o processo foi extinto sem resolução do mérito.
Em ambos os casos, o ato que põe fim ao processo denomina-se sentença, sendo que o recurso cabível é a apelação (art. 1.009). O ato processual que põe fim ao processo com apreciação do mérito é denominado sentença de mérito ou definitiva. Se a extinção for sem apreciação do mérito, o ato é denominado sentença terminativa.
ENTENDEU?

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