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Quem são os sujeitos do processo? São todos aqueles que participam diretamente da relação jurídica processual. AS PARTES SÃO: AUTOR E RÉU Relação bivalente; Capacidade processual: a. Capacidade de fato/exercício: aquele que se encontra no exercício dos seus direitos tem capacidade para estar em juízo (art. 70). Incapaz para estar em juízo ele deve estar representado se for absolutamente incapaz, ou assistido se for relativamente incapaz (art. 71 do CPC); Incapaz sem representante, réu preso, réu revel com citação ficta: o juiz determinará um curador especial que vai conduzir o processo (art. 72 do CPC); A pessoa jurídica exige representante legal (art. 75 do CPC); Cônjuge: toda vez que tiver uma ação que envolva um direito real imobiliário, salvo se o regime de casamento ou união estável não for o da separação de bens, você precisa da outorga uxórias/ vênia conjugal/ autorização para estar em juízo (art. 73 do CPC) b. Deveres das partes: colaborar com o processo, contar a verdade, auxiliar a solução do conflito de interesse, não tumultuar a relação jurídica processual. c. Responsabilidade das partes: agir com boa-fé. Agir de má fé responde por perdas e danos (art. 79 e 80 do CPC). Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; II - alterar a verdade dos fatos; III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; VI - provocar incidente manifestamente infundado: requerimentos protelatórios, embargos protelatórios, recursos sem fundamento apenas para ganhar tempo no processo; VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. Toda vez que o juiz observar a litigância de má fé da outra parte, será aplicada uma multa de 1 a 10% sobre o valor da condenação sobre a litigância de má fé. d. Gratuidade da justiça: assistência judiciária gratuidade (art. 98 do CPC). Sistema fracionado do benefício da assistência judiciaria gratuita: quando não há a possibilidade de pagamento de alguma parte do andamento do processo. Ex: perícia de 8.00,00. Presume-se verdadeira a legação de insuficiência (art. 99, §3º).. O juiz pode requerer e as partes podem pedir a comprovação da insuficiência, não fazendo nenhum dos dois, presume-se insuficiente. e. Pluralidade de partes: litisconsórcio (art. 113 do CPP) Litisconsórcio ativo: pluralidade de autores; Litisconsórcio passivo: pluralidade de réus; Litisconsórcio misto: pluralidade de autores e réus; Litisconsórcio necessário: necessário a citação de todos os envolvidos; Litisconsórcio facultativo: não é necessária a citação de todos os envolvidos. Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir: quando um tem uma demanda e o outro protocola uma demanda anexa ao pedido ou a causa de pedir do outro. III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito. f. Intervenção de terceiros: os terceiros não são sujeitos do processo, são estranhos que por alguma razão acaba intervindo na relação jurídica processual. a. Assistência (art. 119-124): acontece quando se tem interesse jurídico que a sentença seja favorável ao autor ou ao réu; b. Denunciação da Lide (art. 125-129): quando a pessoa sofre os efeitos da evicção (perda da posse, propriedade ou uso de determinado bem ou coisa) ou quando aquele que está obrigado por lei ou por contrato a garantir o direito de regresso. c. Chamamento ao processo (art. 130-132): quando se tem solidariedade passiva, chamando ao processo os coobrigados para responderem a obrigação que todos se comprometeram. d. Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica (art. 133-137): pode ocorrer em qualquer fase e será requerido toda vez que a continuidade da pessoa jurídica naquele processo for um obstáculo para o recebimento da sua pretensão. Vai promover o afastamento da pessoa jurídica para atingir o patrimônio dos sócios. e. Amicus Curiae (art, 138): pessoa física ou jurídica que ajuda o juiz e tem conhecimento técnico especifico para ajudar em algum problema/conflito de interesse. Ex: OAB as vezes figura como Amicus Curiae. ADVOGADO/ DEFENSOR PÚBLICO Requisitos: a. Capacidade postulatória: regularmente inscrito na OAB e munido da procuração; É inflexível. Só o advogado e defensor tem a capacidade postulatória, mas existe um microssistema processual chamado juizados especiais da lei 9.099 na qual essa capacidade é flexibilizada, isso só ocorre quando a pretensão for até 20 salários mínimos e em primeiro grau, nesse caso a pessoa pode ir ao juizado sozinha. b. Honorários advocatícios: são os honorários de sucumbência, aquele que perdeu a demanda paga a verba honorário ao advogado da parte vencedora. Art. 85 do CPC; Não Se confundem com as custas processuais e nem com os honorários contratados; Os honorários são devidos em todas as fases do processo, cumulativamente, pois os honorários refletem o trabalho do advogado (§ 1º); Os honorários serão fixados entre o mínimo de 10% e o máximo de 20% (§ 2º); Nas ações em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os critérios nos incisos I a IV do §2º (§3º); Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial (§ 4º). JUIZ O juiz é o condutor do processo, aquele que deve formar seu livre convencimento motivado e entregar o bem jurídico tutelado. Função, poderes e deveres (art. 139 do CPC) I. Assegurar às partes igualdade de tratamento: seguindo o Princípio da Igualdade; II. Velar pela duração razoável do processo: o processo deve começar, se desenvolver e terminar num prazo razoável incluída a atividade satisfativa, a entrega do bem jurídico tutelado; III. Prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente postulatórias: as partes que cometerem atos contrários a dignidade da justiça, como, o não comparecimento a audiência de conciliação e mediação, fraude a execução, devem ser devidamente punidas; IV. Determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária: esse inciso motivou magistrados a determinar o depósito judicial do devedor do seu passaporte, cartão de crédito, como no caso de processo de execuções alimentícias por exemplo, pois assim o indivíduo não pode viajar e comprar bens sobrando assim dinheiro para pagar suas dívidas; V. Promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxilio de conciliadores e mediadores judiciais; VI. Dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; VII. Exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos fóruns e tribunais: pois existem pessoas que se excedem nas audiências, em mandado de despejo... VIII. Determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso: cooperar pela solução do litígio. IX. Determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais: tudo que o juiz poder ele deve corrigir, pois se o processo esbarra em algum vício processual o juiz terá que proferir uma sentença sem resolução do mérito;X. Quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados para que se converta numa demanda eventualmente coletiva. Limites (art. 141 do CPC) O limite do exercício jurisdicional é aquilo que foi pedido pela parte. Ex: A ingressa com ação envolvendo um acidente que causou dano moral, dano material e dano estético, porém na petição inicial A só pediu dano moral e material, nesse caso o juiz não pode deferir o dano estético pois ele não foi objeto do pedido. Impedimentos e suspeições (arts. 144 e 145 do CPC) Impedimentos são vícios graves, ações que o juiz não deve jamais julgar: I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo; VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. Suspeições situações em que o juiz não deve julgar: I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio; III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. Nesses casos ele recebe o processo e se declara suspeito e remete a outro juiz não suspeito e não impedido resolva aquele conflito de interesses. Auxiliares do juízo: Serventuários da justiça que praticam as atividades em prol do ofício jurisdicional. 1) Escrivão e Oficial de Justiça (art. 150-155); 2) Perito (art. 156-158); 3) Depositário e Administrador (art. 159-161): cuidam do depósito judicial e de bens; 4) Intérprete e Tradutor (art. 162-164); 5) Conciliadores e Mediadores (art. 165-175): foram implementados na nossa codificação por meio da resolução 135 do conselho nacional de justiça que prestigiou os métodos autocompositivos de resolução de conflitos e criou os centros de autocomposição de conflitos, e desses centros foi redigido o nosso CPC com a implementação da audiência de conciliação e mediação no início do procedimento comum presididas por esses auxiliares do juízo (conciliador e mediador); 6) Ministério Público (art. 176-181); 7) Advocacia Pública (art. 182-184); 8) Defensoria Pública (art. 185-187).
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