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Megaesôfago - Clínica de Pequenos Animais

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Jéssica Oliveira | Medicina Veterinária 
Megaesôfago – Clínica de Pequenos Animais I 
- Regurgitação: É a ejeção sem esforço de material ingerido, que não chegou ao 
estomago, e que geralmente assume o formato tubular do esôfago. Sistemas 
envolvidos: digestório (não tem o período prodrômico que ele fica tentando vomitar, não 
há a náusea, simplesmente regurgita) 
- Vômito: Ejeção forçosa do conteúdo do estomago ou muitas vezes do duodeno 
através da boca. Sistemas envolvidos: digestório, muscular e nervoso 
REGURGITAÇÃO VÔMITO 
Processo ativo, sem esforço; 
Processo ativo, com contrações 
abdominais concomitantes; 
Ausência de sinais premonitórios, as 
vezes com ptialismo; 
Presença de sinais premonitórios: náusea, 
ptialismo, taquicardia; 
Material eliminado se assemelha ao 
ingerido, odor fermentado, pode conter 
muco (pouco comum); 
Sem consistência característica, varia de 
comida recém ingerida a conteúdo líquido, 
pode ter ou não muco, sangue e bile; 
Paciente tem fome, porque não tem 
náusea e mal estar, as vezes até come 
o que foi regurgitado. 
Paciente geralmente indisposto, sem 
apetite, nauseado. 
 
O megaesôfago pode ser: 
- Idiopático congênito 
- Adquirido 
- Idiopático do cão adulto 
Causas de megaesôfago: 
Neuromuscular: é a causa mais provável do idiopático, sem razão explicada, mas 
provavelmente relacionada a placa neuromuscular esofagiana e as raças mais 
predispostas são: pastor alemão, Golden, dálmata, fox terrier. Em gatos é mais raro, 
mas se ocorrer é mais comum no siamês. 
Pode ocorrer pelo botulismo (menos frequente) e pela cinomose também (mais comum, 
inclusive pode ser uma sequela da doença); lesão bilateral do nervo vago; polimiopatia, 
polineurite imuno-mediada. 
Tóxicos: pode ser causado também por tálio e anticolinesterase (menos comuns, mas 
podem ocorrer); 
Doenças obstrutivas: neoplasias, compressão extra-esofageana, corpo estranho, 
granulomas; 
Outras causas: esofagite, estenose de piloro, caquexia, hipotireoidismo, 
hipoadrenocorticismo. 
 
Megaesôfago congênito por persistência do 4 arco aórtico direito – tem correção 
cirúrgica, tirando o anel que estrangula o esôfago. Se demorar a fazer a cirurgia, pode 
não dar mais pra reverter o megaesôfago. 
 
Sinais clínicos: 
Regurgitação pós prandial (após a alimentação, não precisa ser imediatamente); 
Emagrecimento progressivo (algum alimento passa pro estomago, mas não o 
suficiente); 
Abaulamento na região do esôfago (menos comum); 
“Sons de murmurar” 
Halitose (pelo alimento parado no esôfago). 
Se for megaesôfago adquirido, ainda tem os sinais clínicos da doença primária, o que 
facilita o diagnóstico. Porém, quando é idiopático, só tem esses sintomas. 
Complicações: 
Esofagite (refluxo); 
Caquexia; 
Pneumonia por aspiração: (dispneia, tosse, febre, apatia) – causa de morte mais 
comum. 
Diagnóstico: 
Histórico, resenha do animal e sinais clínicos (MUITO importantes); 
Radiografia contrastada (com a simples só dá pra suspeitar); 
Testes direcionados para causa primária. 
O megaesôfago idiopático é um diagnóstico de exclusão, quando não se encontra nada 
tratável. No animal jovem, se dá o nome de idiopático congênito. No cão adulto, é 
idiopático do cão adulto (raro). 
Tratamento: 
Suporte sintomático para os idiopáticos; 
Alimento mais alto (pra facilitar a gravidade e o alimento não voltar.), consistência de 
pastosa a sólida (liquida não porque aspira com mais facilidade); 
Dividir a alimentação várias vezes ao dia pra diminuir a quantidade ofertada; 
Acupuntura; 
Pró-cinéticos (plasil por ex) não tem nenhuma eficácia nesses casos; 
Cirurgia: depende do caso (persistência do 4 arco aórtico, tumor, granuloma pode 
ajudar), as vezes n adianta (no idiopático); 
Cadeira de Bailey (pro animal comer no alto e ficar sentado de 10 a 15 min para o 
alimento descer).

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