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A bela e a fera ou a ferida grande demais

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS-CCH
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO E LETRAS
DISCIPLINA: LITERATURA BRASILEIRA IV
PROFESSORA: ALEXSANDRA LOIOLA SARMENTO
ALUNO: Felipe Alves Bonfim
A desigualdade social
Atualmente muito se ouve falar em desigualdade social, mas muitos não sabem o que realmente é. Ao lermos o conto de Clarisse Lispector isso ocorre com a personagem mulher que é esposa de um banqueiro bem sucedido no trabalho.
Vivemos em uma sociedade que as riquezas estão concentradas somente nas mãos de poucos, sociedade essa que valoriza o sobrenome e status. Podemos perceber isso no conto quando a mulher pensa para se mesma que ela tem um nome importante que passou ate quando se casou com o banqueiro. No conto, a mulher é uma ignorante funcional, pois ela não sabe a respeito de quase nada, porque não a deixam fazer simples tarefas. No momento em que a mulher se encontra com o mendigo ela fica sem reação, pois para ela apesar de serem de classes sociais diferentes, ambos iram morrer e assim são iguais. Assim notamos que há uma desigualdade social enorme de um lado uma mulher que tinha tudo na hora que querer e do outro um mendigo que pedia esmolas para se alimentar. A sociedade formula modelos de estereótipos, de um lado os ricos bem vestidos do outro os mendigos que vivem pedindo para se quer alimentar.
 Analisando o conto com certa profundidade, notamos a tremenda falta de identidade da mulher, pois a personagem não tinha voz ativa para nada, nem para decidir quantos filhos ela queria ter. Na época em que se passa o conto, eram comuns as mulheres de o alto escalão ser submissas os seus maridos e realizavam tudo que eles desejavam, elas não trabalhavam, nem se quer preparavam a comida. 
Apesar de Carla e o mendigo serem de classes sociais diferentes, eles tem alguns aspectos em comum, dentre esses aspectos assim como ela mesma disse ambos iram morrer com ou sem dinheiro ou nomes referenciados pela elite e assim como ela não escolheu ser rica, ele não escolheu ser mendigo. A situação miserável em que ele vivi é provenientes das circunstâncias que essa desigualdade social produz. A questão da desigualdade social é algo que está tão enraizada no cotidiano que acaba por passar despercebido, gerando assim uma falta de sensibilização da dor alheia, nos mantendo indiferentes a desigual que existe na sociedade moderna. 
O uso da metáfora da ferida tem como intuito referir à degradação humana, que assim como a ferida degrada o tecido do corpo a miséria que ocorre por conta da desigualdade social, degrada os pobres e os proporciona uma vida miserável. Olhando essa metáfora no que toca a Carla, podemos notar a sua degradação na falta de conhecimento e falta de identidade, assim se tornado uma mulher que tem uma condição social boa aos olhos da elite, mas vive em degradação de valores sociais e empatia para com o outro.
Contudo podemos notar que Carla, apesar de ter uma vida que é imposta pelo seu marido, ela acaba por se conscientizar individualmente com a situação do mendigo, levando ela a se questionar qual seria a solução para acabar com essa desigualdade, será que se matarem todos os ricos ou se matar todos os mendigos sanaria com esse problema? Chegando a conclusão que ele é uma pessoa que apesar de ter tudo o que deseja, ela é uma mulher infeliz já o mendigo fica feliz com o que para ela é tão pouco. Assim a perplexidade que calar expressa ao ver o mendigo, denuncia a grande diferença social existente, fato esse que mostra o que Carla se conscientizou mediante ao fato.

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