Doença inflamatória intestinal (DII)

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doença inflamatória intestinal
Definição: processo inflamatório crônico que acontece no TGI
Causas: retocolite ulcerativa idiopática (principalmente no intestino grosso) e doença de Crohn
(pode acometer de boca a anus)
Doença de Crohn e retocolite ulcerativa: doenças autoimunes que acometem mais áreas urbanas
e em países desenvolvidos, geralmente aparece em indivíduos com idade média (30 anos) e 2
pico por volta dos 60 anos (principalmente em retocolite ulcerativa). Teoria da higiene: crianças
em países de 1 mundo nascem numa bolha, essas não são colocadas em contato com organismo
"amigável" para desenvolver células imunes, logo o sistema imune fica menos desenvolvido.
Fatores de risco:
Fumo: pois o fumo aumenta produção de muco intestinal, diminui permeabilidade de fluxo
sanguíneo, diminui síntese de prostaglandina 12 e aumenta produção de prostaglandina 2 alfa, por
aumentar o muco intestinal o fumo é fator de proteção para retocolite, entretanto é deletério para
Crohn, pois diminui a permeabilidade do fluxo sanguíneo no intestino.
Anticoncepcionais: controverso, aumenta risco de trombo.
AINE: lesivo a mucosa do TGI, mas pode aumentar a permeabilidade intestinal e melhorar dor do
paciente.
Dieta: alto consumo de carboidratos, açúcar (aumenta osmolaridade intestinal e sua fermentação
aumentando a excreção de ácidos biliares secundários lesivos à mucosa) e pobre em frutas (pobre
em vitaminas e sais minerais que são protetores da mucosa intestinal).
Infecções: sarampo, E.coli, as infecções podem ser um ponto de partida para o indivíduo
desenvolver a cascata inflamatória da DII.
Amamentação: fator de proteção, indivíduos amamentados mais tempo, têm menos chance de
interagir com alimentos contaminados.
Etiopatogenia: predisposição genética, fatores ambientais (luminais-gatilhos para a reação
inflamatória), fatores relacionados a barreira intestinal e imunorregulação da mucosa intestinal.
Fatores genéticos da D. Crohn: história familiar (10-20%), antecipação genética (descendentes
manifestar doença mais jovens), sistema HLA (HLA-DR1/DQw5) tem mais predisposição, gemeos
monozigóticos têm mais chance de ter doença inflamatória intestinal. Pode estar associado a
outras doenças autoimunes em outros órgãos (espondilite anquilosante, colangite esclerosante
primária)
Fatores luminais: predisposição genética + exposição a um alimento contaminado, pega infeção
bacteriana e a alta concentração de bactérias desencadeia a cascata inflamatória.
Fatores relacionados com a barreira intestinal: bactérias rompem a barreira intestinal e
desencadeiam o processo inflamatório. Na retocolite a barreira mucosa é deficiente, isso permite
o patógeno atravessar a mucosa, aumentando a reação inflamatória (esse processo ocorre, devido
a menor quantidade de mucina e fator intestinal trefoil - responsável pela restituição da célula
epitelial e da mucosa). Na doença de Crohn aumenta esse fator levando a uma hiperinflamação.
Diminuição da fonte energética, aumenta a permeabilidade e diminui energia para proteção.
Microbiota: podemos usar no tratamento probióticos e prebióticos para melhorar a microbiota
patogênica.