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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA Histórico Avaliação Psicológica É um processo, complexo, que tem por objetivo produzir hipóteses, ou diagnósticos, sobre uma pessoa ou grupo. Funcionamento intelectual Características da personalidade Aptidão para realizar uma ou um conjunto de tarefas. TESTAGEM PSICOLOGICA x AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2 Instrumentos Entrevista verbal – dados amplos / contexto (linguagem verbal e não-verbal) Sessão lúdica (crianças) Observações – instância dominante, dinâmica de personalidade Testes e técnicas psicológicas – auxiliam na investigação das hipóteses já obtidas e na proposta de intervenção. Teste psicológico Medida objetiva e padronizada de uma amostra de comportamento. (Anastasi e Urbina, 2000) Informações mais precisas e detalhadas Avaliação de aspectos parciais da cognição ou da personalidade Contexto mais específico Necessidade de mais de um teste “O teste psicológico é um procedimento sistemático para a obtenção de amostras de comportamento relevantes para o funcionamento cognitivo ou afetivo e para avaliação destas amostras de acordo com certos padrões” (Urbina, 2007). Teste psicológico Conceitos Teste ➔ origem do latin testis ➔ testemunha. ➔ origem do inglês ➔ prova. Realizar um teste é realizar uma prova e dar testemunha de alguma coisa. Principal uso é como ferramenta na tomada de decisões que envolve pessoas, a partir do desempenho ou do autorrelato em provas, questionários ou escalas que avaliem características psicológicas. Histórico Império Chinês (200 a.C.) Provas de seleção de concursos públicos envolviam demonstração de proficiência em música, uso de arco, habilidade de montaria, exames escritos sobre leis, agricultura e geografia. Escritos greco-romanos (1550 a. C.) Organizar as pessoas em termos de personalidade (excesso ou deficiência de alguns fluidos corporais capaz de influenciar a personalidade). Sanguíneo (Alegre), colérico (Irritadiço), melancólico (Desanimado) e fleumático (frio). Histórico Idade Média 1ªs universidades européias (sec. XIII) – exames formais para conferir títulos e demonstrar competência. Histórico Século XIX - testagem moderna Antecedentes da psicóloga clínica - utilização de avaliação clinica psiquiátrica (Alemanha/França). Foco no desenvolvimento de provas para avaliar o funcionamento cognitivo de pessoas com danos cerebrais ou retardo mental. Emil Kraepellin- década de 1890- classificação dos transtornos mentais (causas, sintomas e cursos). Histórico Século XIX - testagem moderna Psicofísicos Weber e Fechener – primeiros passos para psicologia científica. Wundt (1879) - 1º laboratório dedicado à pesquisa psicológica. Pouco interesse nas diferenças individuais e ênfase na necessidade de precisão das mensurações e de condições padronizadas e em processos psicológicos básicos. Campo da percepção e sensação. Histórico Século XIX Francis Galton - investigar a noção de que os dons intelectuais tendem a transmitir de uma geração para outra. Mensuração de características físicas e psicológicas-laboratório antropométrico em Londres. Mensuração de peso, envergadura dos braços, altura, visão, audição, força e desenvolvimento e simplificação de métodos estatísticos. Capacidade intelectual era uma função da agudeza de sentidos de cada pessoa para poder perceber e discriminar estímulos, fruto da hereditariedade. Histórico Século XIX James M. Cattell – Bateria de testes “mentais” – medidas sensoriais (acuidade visual, tempo de duração) com o objetivo de predizer o sucesso acadêmico. Histórico Século XIX Hermann Ebbinghaus - pesquisas sobre memória – crianças preencherem lacunas em passagem de textos. Auxiliou no desenvolvimento dos teste em grupos. Avaliação eficiente da capacidade intelectual (escores dele derivados correspondiam bem a capacidade mental dos alunos determinada por suas notas em aula). 1900- criticas aos testes sensoriais - maior precisão de medidas, não tinham relação importante com as funções intelectuais. Binet e Simon (1905- França): primeiro teste psicológico – capacidade cognitiva geral (julgamento, compreensão e raciocínio independente da aprendizagem escolar). Escala Binet-Simon: identificar nas escolas crianças com deficiência mental. 30 itens: crianças entre 3 e 11 anos, ordem crescente de dificuldade, instruções precisas. O teste psicológico Escala Binet-Simon Perguntas ligadas a vocabulário, compreensão, repetição de séries de números, desenhar, completar passagens fragmentadas de texto, etc. Procedimento de amostragem do funcionamento cognitivo através do qual o nível geral de capacidade da criança poderia ser descrito quantitativamente, em termos de faixa etária a qual seu desempenho na escala correspondia. O teste psicológico 1908 e 1911: Binet revisou a escala. O cálculo do escorre evoluiu - itens corretos eram representados em termos de meses e anos. 1911: Willian Stern (psicólogo alemão): propôs que o nível mental obtido pela escala Binet-Simon, renomeado por escore de idade mental, fosse dividido pela idade cronológica do sujeito para se obter um quoeficiente mental que representaria de forma mais precisa a capacidade em diferentes idades - QI O teste psicológico Refinado por Lewis Terman (1916) – Universidade de Stanford- EUA. QI- exprime numericamente e de forma padronizada a capacidade intelectual. Stern e Terman – cálculo baseado na divisão da idade mental (IM) pela idade cronológica (IC) multiplicado por 100. IM>IC= escore acima de 100. IC>IM= escore abaixo de 100. Avanços nos estudo sobre QI e adaptação da escala Escala francesa Binet-Simon para adaptação americana Binet-Stanford. QI- QUOCIENTE DE INTELIGÊNCIA Primeira Guerra Mundial Instrumentos inspirados na escala Binet-Stanford foram construídos. Avaliação cognitiva ganhou impulso na 1ª guerra mundial (1914-1918). Construção de instrumentos simples, rápidos e de aplicação coletiva. Avaliações para dispensa, distribuição de tarefas e treinamento. Arthur Otis: Army Alpha e Army Betha (capacidades verbais, numéricas e de raciocínio, julgamento prático e informações gerais. Escala não-verbal: analfabetos e estrangeiros Pós - Primeira Guerra Mundial Liberação dos testes para uso civil. Impulso para o desenvolvimento de novos testes: Avaliação intelectual; Habilidades; Personalidade. Consequências... Instrumentos grosseiros e pouco confiáveis Problemas quanto à validade e erros de aplicação Consciência crítica: visão realista (limites e especificidades) Qualidade: cautela e critério Caminhos dos testes no Brasil Período inicial de grande empolgação e uso indiscriminado. Seguido por fases de críticas. Organização e regulamentação do uso. Caminhos dos testes no Brasil Sec XIX- disciplinas de psicologia em cursos como medicina, direto, sociologia, etc. Criação de laboratórios de psicologia aplicada – seleção e orientação profissional e de condutores- desenvolvimento da testagem- pesquisa e prática. Teste específicos a população brasileira. 1962- oficialização da psicologia com profissão, lei nº 4119. 1974- criação dos conselhos de psicologia. Caminhos dos testes no Brasil Período produtivo do ponto de vista cientifico e político- crise de ordem ideológica- uso indiscriminado de testes. Abordagens sociais e humanistas – oposição a práticas e técnicas positivistas- prejuízos relativos a pesquisa e ensino dos testes. Ações para promover cursos de pós graduação em psicologia. Caminhos dos testes no Brasil Testes foram difundidos em vários âmbitos, porém sem aprimoramento técnico e científico. Em meados de 1980 a 1990- manifestações públicas contrárias ao seu uso, expondo situações vexatórias de atuações profissionais – âmbito da seleção de pessoal. Fundação o Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP). Revista Avaliação Psicológica; Linhas de pesquisa. Caminhos dos testes no Brasil 2000 – I Fórum de Avaliação Psicológica – demandas relativas ao uso dos testes psicológicos foram discutidas, sistematizadas e documentadas. IVCongresso Nacional de psicologia – várias propostas acerca do tratamento a ser dispensado aos testes psicológicos. Necessidade de aprimorar os instrumentos e procedimentos técnicos do psicólogo, para que fosse garantida qualidade técnica e ética dos métodos e técnicas utilizados na avaliação psicológica. Caminhos dos testes no Brasil Elaboração de resoluções diretamente relacionadas à avaliação psicológica. CFP n. 012/2000- Manual para avaliação psicológica de candidatos à CNH. Revogado pela resolução (CFP n. 07/2009) e alterada pela resolução (CFP n. 009/2011 ) CFP n. 030/2001- Manual de elaboração de documentos. Atualização em 2002 (CFP n. 17/2002 ) e em 2003 (CFP n. 07/2003). Caminhos dos testes no Brasil CFP n 001/2002 – Avaliação Psicológica em concursos públicos. CFP n. 002/2003- Define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos e revoga a resolução 025/2001 (uso indevido de técnicas psicológicas) O que é um teste psicológico e regulamentar a elaboração, uso e comercialização de instrumentos psicológicos. Alterada em 2004 (CFP n. 006/2004) – prazo 15 anos (padronização /normatização) e 20 anos (validade e precisão). Atualizada em 2012 (CFP n. 005/2012) – requisitos éticos e de defesa dos direitos humanos Caminhos dos testes no Brasil Publicação da resolução 02/2003- 05/2012 Critérios mínimos de qualidade para considerar apto um teste psicológico. Fundamentação teórica. Evidências empíricas da validade e da precisão do teste, dos sistema de correção e interpretação dos resultados e da compilação de todas essas informações em um livro chamado Manual Técnico, que compõe o teste. Bibliografia AMBIEL, R. A. M. et al. Avaliação Psicológica. Guia de consulta para estudantes e profisssionais de psicologia. Casa do Psicólogo, 2011. URBINA, S. Fundamentos da testagem psicológica. Artmed, 2007.
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