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INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA EXÓCRINA

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POR: LAÍS DANTAS 
INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA EXÓCRINA
 
O pâncreas é um órgão acessório 
exócrino do aparelho digestivo, como 
também uma glândula endócrina 
secretora de hormônios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REVISANDO 
Pâncreas endócrino: 
É a menor porção, formado por Ilhotas 
de Langerhans, também conhecidas 
como ilhotas pancreáticas, que 
parecem ilhas de células dispersas 
entre os ácinos pancreáticos. Essas 
ilhotas produzem e secretam 
hormônios que regulam a glicose, os 
lípidos e o metabolismo das proteínas. 
 
 Unidades secretoras: ilhotas 
de Langerhans; 
 Células: A (alfa), B (beta), D 
(delta), PP (células produtoras 
do polipepitídeo pancreático); 
 Produtos: insulina (produzida 
pelas células beta), glucagon 
(produzido pelas células alfa), 
somatostatina. 
 
Pâncreas exócrino: 
Consiste em várias células arranjadas 
em ácinos serosos que sintetizam e 
secretam uma variedade de enzimas 
essenciais para “descansar e digerir” 
corretamente. 
 
 
 Unidades secretoras: ácinos 
pancreáticos; 
 Células: células acinares, 
células centroacinares; 
 Produtos: peptidases, lipases, 
enzimas amilolíticas, enzimas 
nucleolíticas. 
 
Células acinares: são os 
principais componentes do 
ácino, responsáveis pela 
produção de enzimas 
digestivas (amilase, lipase, 
protease, nucleases e 
inibidores de enzimas) que irão 
atuar no quimo quando ele 
chega no duodeno, por serem 
extremamente perigosas são 
produzidas de forma inativa. 
 
Células centroacinares: são 
menos volumosas, menores, 
ficam no centro do ácino e 
atuam produzindo um fluído 
alcalino, principalmente 
bicarbonato, que vai ajudar a 
neutralizar o quimo ácido e 
favorecer a atividade de 
enzimas. 
 
INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA 
EXÓCRINA (IPE) 
 
A insuficiência pancreática 
exócrina (IPE), doença comum 
principalmente em cães, é 
causada, usualmente, pela 
atrofia acinar do pâncreas 
(redução no volume e na 
função de uma célula), seguida 
de pancreatite crônica e 
obstrução do ducto 
pancreático, com consequente 
secreção inadequada de 
enzimas pancreáticas. 
 
 
Os problemas inflamatórios que 
acometem uma dessas porções 
podem afetar a outra. 
POR: LAÍS DANTAS 
Definição da IPE: o pâncreas exócrino 
possui uma considerável reserva 
funcional de enzimas, mas quando 
ele perde sua capacidade secretora 
enzimática ocorrem sinais de má 
digestão que caracterizam um 
processo degenerativo denominado 
de insuficiência pancreática exócrina 
(IPE). 
 
A IPE geralmente é a consequência de 
uma grave redução da massa 
pancreática, ocasionada 
frequentemente por: 
 
 Atrofia acinar pancreática 
(AAP); 
 Pancreatite crônica; 
 Obstrução do ducto 
pancreático. 
 
Também pode ocorrer em razão de: 
 
 Episódios recorrentes de 
pancreatite aguda ou 
subaguda; 
 Desnutrição proteica grave; 
 Hipoplasia do pâncreas; 
 Fibrose cística; 
 Doença celíaca; 
 Inativação mediada por ácido 
de enzimas pancreáticas 
(síndrome de Zollinger-Ellison); 
 Gastrectomia; 
 Neoplasia. 
 
 
 
 
 
 
SINTOMAS MAIS COMUNS 
Os sinais clínicos são determinados 
pela má absorção de nutrientes, 
decorrente da digestão intraluminal. 
 
 Diarreia com fezes volumosas, 
semiformadas, amareladas ou 
cinzentas; 
 Esteatorreia (gordura nas 
fezes); 
 Polifagia; 
 Perda de peso (apesar de um 
apetite normal ou aumentado, 
a maior parte dos nutrientes se 
perde nas fezes por não ser 
absorvida); 
 Borborigmos intestinais; 
 Flatulência; 
 Problemas dermatológicos. 
 
OCORRÊNCIAS SECUNDÁRIAS 
 
Pode haver o crescimento 
bacteriano no intestino 
delgado, consequente à perda 
de fatores bacteriostáticos 
normalmente presentes no 
suco pancreático. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na IPE, as alterações 
secundárias da mucosa 
intestinal, representadas por 
atrofia das vilosidades, 
infiltrado de células 
inflamatórias e alterações na 
atividade enzimática da 
mucosa contribuem ainda mais 
para a má absorção dos 
alimentos. 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
Baseia-se nos sinais clínicos e é 
confirmado com o emprego 
dos testes de função 
pancreática. 
Qualquer patologia que resulte 
em uma redução da massa 
pancreática pode levar à IPE. 
Obs: Para fechar o diagnóstico, 
causas infecciosas, parasitárias, 
metabólicas e anatômicas de 
diarreia do intestino delgado 
devem ser descartadas. 
Quando os sinais clínicos 
aparecem, a porção exócrina do 
pâncreas já está praticamente 
destruída e fornece pouca 
informação sobre a patogênese 
da doença. 
POR: LAÍS DANTAS 
 
Os exames laboratoriais de 
rotina, como hemograma 
completo, bioquímica sérica e, 
urinálise geralmente 
encontram-se dentro dos 
padrões de normalidade. 
 
Em alguns casos onde já há 
dano hepático secundário, a 
alanina aminotransferase (ALT) 
e a fosfatase alcalina (FA) 
podem ser encontradas 
levemente aumentadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O teste de imunorreatividade 
semelhante à tripsina sérica 
(TLI) é o mais sensível e 
específico em se tratando de 
atividade pancreática, pois 
permite um diagnóstico 
diferencial entre IPE e doenças 
do intestino delgado. Baixos 
níveis séricos persistentes de 
TLI já ocorrem antes mesmo 
das manifestações clínicas, 
fornecendo um diagnóstico 
precoce da forma clínica da 
doença. 
 
A avaliação da atividade 
proteolítica fecal com o 
emprego do teste de digestão 
 
do filme raio-x é um método 
simples e prático de ser 
realizado na rotina clínica. Esse 
teste detecta a presença de 
enzimas pancreáticas nas 
fezes, mas, por conta das 
variações fisiológicas diárias 
que podem ocorrer em 
pacientes saudáveis e que 
reduzem a atividade 
proteolítica, para que não 
ocorram resultados falso-
positivos, a atividade deve ser 
mensurada em mais de uma 
amostra. 
 
O ideal é que o registro seja 
obtido em três dias 
consecutivos. Em cada 
observação devem ser 
examinados três tipos de 
amostras: 
 
a) sem fezes, controle negativo; 
b) fezes de animal sadio, 
controle positivo; 
c) fezes do animal a ser testado. 
 
 
O fragmento radiográfico A 
corresponde ao controle negativo, o 
fragmento B corresponde às fezes 
teste e o fragmento C corresponde ao 
controle positivo. 
 
Uma das formas 
de identificação 
da pancreatite 
como etiologia da 
IPE é com a 
utilização de um 
teste rápido, 
chamado SNAP® 
cPLTM (IDEXX 
Laboratories), que 
é um teste espécie-específico 
REVISANDO: 
ALT (alanina aminotransferase) 
é uma enzima presente nos 
hepatócitos e que é liberada 
no sangue em consequência 
de lesão hepática de naturezas 
diversas. 
FA (fosfatase alcalina) é uma 
enzima que está presente em 
diferentes tecidos e é utilizada 
para investigar doenças do 
fígado e das vias biliares, 
podendo indicar obstrução do 
fluxo biliar. 
POR: LAÍS DANTAS 
que determina a concentração 
sérica da lipase pancreática 
canina (cPLI) originada nos 
ácinos pancreáticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Também pode-se realizar a 
biópsia pancreática, que pode 
mostrar achados 
histopatológicos de fibrose, 
atrofia, falta de tecido acinar ou 
grânulos de zimogênio dentro 
das células acinares. 
 
Na ultrassonografia, podem ser 
observados diminuição no 
tamanho do pâncreas, graus de 
ecogenicidade variáveis do 
parênquima pancreático, 
ecotextura nodular, sombra 
acústica devido à 
mineralização e fibrose e 
dilatação irregular dos ductos 
pancreáticos que definem a 
pancreatite crônica. 
 
OUTROS TESTES 
 
 Teste de digestão de 
bentiromida oral; 
 Microscopia fecal; 
 Medição de folato e 
cobalamina séricos. 
 
TRATAMENTO 
 
Sem sintomatologia: 
- Nenhum tratamento é 
recomendado; 
 
Com sintomatologia: 
- Suplementação com 
enzimas pancreáticas 
(disponível em forma de 
cápsula: Creon 25.000: 1 
cáp./ BID - 20 minutos 
antes das refeições, por 
toda vida); 
 
 
- Modificação da dieta 
para uma que tenha 
maior digestibilidade e 
baixos teores de 
gordura e fibras; 
 
- Devido à má absorção 
de vitaminas e minerais, 
pode-se também fazer 
a suplementação com 
vitaminas A, E, K e B12 e 
zinco.PROGNÓSTICO 
 
Dependerá do estado geral do 
animal, da resposta ao 
tratamento e da etiologia. 
 
CURIOSIDADE: 
 A pancreatite é uma doença 
comum em cães. Muitas vezes é 
difícil de diagnosticar pois os 
animais afetados apresentam 
sintomas específicos. É mais 
frequente em adultos ou cães 
idosos. 
 As raças Schnauzer, Yorkshire 
Terrier e Poodle parecem ser as 
mais predispostas à doença. 
 A pancreatite ativa enzimas 
digestivas proteolíticas e 
lipolíticas do pâncreas que 
conduzem à auto-digestão do 
tecido do órgão e dos tecidos 
adjacentes, desenvolvendo 
complicações sistêmicas. 
Caso não haja resposta 
satisfatória ao tratamento, 
deve ser avaliada a 
possibilidade de erro no 
diagnóstico

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