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Apostila Farmacologia 3

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Fernanda F. Ferreira – TXI
FARMACO
P3
Fernanda F. Ferreira - TXI
Drogas lícitas e ilícitas
DROGAS PSICOTRÓPICAS: “Agem no Sistema Nervoso Central (SNC) produzindo alterações de comportamento, humor e cognição, possuindo grande propriedade reforçadora sendo, portanto, passíveis de auto-administração" (uso não sancionado pela medicina). Em outras palavras, estas drogas levam à DEPENDÊNCIA.
DROGAS LÍCITAS: compra e venda autorizadas por legislação específica
- Drogas medicamentosas (tranqüilizantes, analgésicos, etc.);
- Drogas sem finalidade terapêutica (álcool e tabaco);
- Drogas industriais (cola, esmalte, fluídos, solventes, etc.)
- Álcool
- Cigarro
- Benzodiazepínicos (remédios para reduzir a ansiedade e induzir o sono)
- Xaropes para controlar a tosse e que podem ter codeína, um derivado opióide)
- Descongestionantes nasais
- Anorexígenos (reduzir o apetite e controlar o peso) – derivados da anfetamina – proibido no Brasil/
- Anabolizantes (aumentar a massa muscular) – por exemplo para hipogonadismo testicular
DROGAS ILÍCITAS: grupo de substâncias relacionadas pela Lei Federal nº 6.368, 21 OUT 76.
- Art 1º: não se pode plantar culturas das quais se extraiam substâncias entorpecentes ou psicotrópicas.
- Art 4º: transportar, guardar, entregar substâncias entorpecentesé crime.
- Art 12: instigar, induzir ou auxiliar alguém ao uso de substâncias entorpecentes é crime.
Ex: Cocaína, heroína, maconha, LSD, crack, anfetaminas, etc.
Classificação das substâncias psicotrópicas:
- Estimulantes – que aceleram a transmissão nervosa, deixando as pessoas com menos sono e mais excitadas. São as anfetaminas conhecidas por “rebites” ou “bolinhas” (presentes em remédios para emagrecer), cafeína, cocaína, crack, nicotina etc. – são as chamadas anfetaminas.
- Depressoras – diminuem o ritmo da transmissão nervosa. São os opiáceos-xaropes, álcool, morfina, heroína, ansiolíticos e barbitúricos (calmantes), ervas calmantes (chás) etc. – efeito alucinógeno , de euforia, pois tem efeito inicial psicoestimulante 
- Perturbadoras – que potencializam sensações e podem alterar o funcionamento do SNC. Exemplo: maconha.
- Alucinógenas – únicas substâncias que alteram o SNC a ponto de causar alucinações. Exemplos: ervas/flores, ácido lisérgico (LSD), alguns cipós e cogumelos encontrados em esterco.
Dependência Física
Quando a droga é utilizada em quantidades e frequências elevadas, o organismo se defende estabelecendo um novo equilíbrio em seu funcionamento e adaptando-se à droga de tal forma que, na sua falta, funciona mal. 
Estado de adaptação do corpo, manifestado por distúrbios físicos quando o uso de uma droga é interrompido. A interrupção causa a crise de abstinência ( é tratada com benzodiaxepínicos – deixa a pessoa semiacordada e depois entra com antidepressivos)
Na dependência física, a droga é necessária para que o corpo funcione normalmente.
Dependência Psíquica
É a dependência fundamental.
A dependência psíquica se instala quando a pessoa é dominada por um impulso forte, quase incontrolável, de se
administrar a droga à qual se habituou, experimentando um mal-estar intenso ("fissura"), na ausência da mesma.
Condição na qual uma droga produz um sentimento de satisfação e um impulso psicológico, exigindo uso
periódico ou contínuo da droga para produzir prazer ou evitar desconforto.
Apego ao estado onde as dificuldades do usuário são momentaneamente apagadas pelos efeitos da droga que acaba por preencher a necessidade de "soluções" imediatas.
 
Cocaína
Extraída da coca, vegetal das regiões andinas da Ámerica do Sul, pode ser inalada na forma de pó ou injetada na veia, misturada com água. Tem grande potencial de causar dependência.
Efeitos físicos: constrição nos vasos periféricos,dilatação das pupilas e aumento da temperatura, frequência cardíaca e pressão arterial. – efeito simpatomimético – aumenta a liberação pela suprarrenal.
O uso prolongado por inalação pode causar ulceração na mucosa do nariz e pode lesar o septo nasal gravemente.
Mortes relacionadas com parada cardíaca ou convulsões seguidas de parada respiratória.
Efeitos psíquicos : envolvimento neuropsicológico da cocaína é responsável pelo seu uso contínuo. Altas doses e/ou uso prolongado pode desencadear paranóia.
Risco de morte súbita mesmo no primeiro uso.
Normalmente com a suspensão do uso da cocaína ocorre depressão.
TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO:
No caso ingestão de cocaína o tratamento é realizado através da lavagem gástrica utilizando água com carvão ativo ou tanino. Administrar laxativo salino.
As disritmias cardíacas podem ser tratadas com propranolol (só que ao tratar com propranolol injetável pode ter uma crise hipertensiva por vasoconstrição – vasocontrição em alfa 1 vasodlatação em beta 2, mas bloqueia o beta 2 bascular – e só tem efeito vasconstritor), sob monitorização, pois o medicamento pode precipitar uma crise hipertensiva.
Crack
É uma variação da cocaína cujo resíduo é misturado com bicarbonato de sódio e fumado.
Pode produzir um comportamento agressivo.
Ocorre euforia em poucos segundos e o pico plasmático se mantém de 5 a 10 min;
Cocaína injetável X Crack;
Efeitos associados com o uso atingem: sistema respiratório, cardiovascular e neurológico;
Toxicocinética e Toxicodinâmica do Crack semelhante à Cocaína
Ecstasy - Chamada de “pílula do amor” 
O metilenodioximetanfetamina (MDMA) “ecstasy” foi sintetizado pela Merck em 1914 com a finalidade de ser usado como um supressor do apetite, mas nunca foi usado com essa finalidade.
O MDMA é uma droga sintética e psicoativa, composta de substâncias estimulantes e perturbadoras.
Consumida usualmente na forma de comprimidos,mas alguns consomem por inalação, injeção ou supositório.
Produz um aumento do estado de alerta, maior interesse sexual, sensação de estar com grande capacidade
física e mental, atrasa as sensações de sono e fadiga, euforia, bem-estar, aguçamento sensório-perceptivo;
Efeitos físicos: neurotóxico; em altas doses pode causar aumento da temperatura corporal (hipertermia maligna - ), o que pode levar lesão muscular e insuficiência dos rins e sistema cardiovascular. Foi demonstrado que o MDMA causa lesão cerebral, afetando os neurônios.
Outros efeitos: tensão muscular, náuseas, visão borrada, desmaio, calafrio ou sudorese, aumento na freqüência cardíaca e pressão arterial.
Distúrbios psíquicos: confusão, depressão, distúrbios do sono, ansiedade grave e paranóia.
Lesões a longo prazo de partes do cérebro relacionadas com a memória e o prazer.
Degeneração de neurônios que contém o neurotransmissor dopamina, a lesão desses neurônios é a causa de distúrbios motores vistos no mal de Parkinson (sintomas: falha de coordenação e tremores , podendo resultar em uma forma de paralisia).
Heroína
Leva a dependência facilmente.
É processada da morfina e apresenta-se usualmente na forma de pó branco ou marrom.
Efeitos físicos: inclui overdose fatal, aborto espontâneo, colapso venoso e doenças infecciosas (HIV/AIDS, hepatite),
complicações pulmonares (pneumonias); efeito depressor na respiração.
A heroína pode conter aditivos que não se dissolvem bem e resulta em obstrução dos vasos sanguíneos, dos
pulmões, fígado, rins ou cérebro. Isso causa infecção ou mesmo a morte de parte desses órgãos vitais.
45% da droga e seus derivados podem ser recuperados na urina (42%-Morfina; 1,3% 6-monoacetilmorfina e 0,1%
Heroína);
A heroína é a droga mais perigosa sob o risco de dependência dos usuários;
Pode atravessar a barreira placentária;
Na intoxicação o edema pulmonar é o sintoma mais evidente;
LSD – ÁCIDO LISÉRGICO
É um alcaloíde derivado da ergotamina e denominado de LSD25.
A administração da droga é sublingual, e até os anos 60 era aplicada em diversos materiais absorventes. A partir da década de 80, o mais comum é o papel de filtro;
A absorção da droga dura 35-45min, e seus efeitos duram aproximadamente 6h, o estágio de recuperação dura 7-9h, podendo ocorrer “ondas de LSD”;
Os estágios de ação do LSD são: Período de latência; Modificações físicas; Período desíndrome psíquica; Modificação de tempo vivido, espaço e corpo; Alucinações,
Conotação erótica e Lucidez repentina;
LSD: exerce funções Serotoninérgicas;
Dependência questionável (compulsividade);
Não há relatos de síndrome de abstinência;
Uso crônico pode implicar em “Flashbacks”
Inalantes
São substâncias químicas voláteis que possuem efeitos psicoativos.
Exemplos: solventes (thinner, removedores , fluídos de limpeza, gasolina, cola) e gases (butano, propano, aerossóis,gases anestésicos e etc).
Efeitos similares aos anestésicos, pois diminuem as funções do organismo. O uso repetido pode provocar perda da consciência. Ainda pode induzir a parada cardíaca e morte em poucos minutos de uma sessão de uso prolongado.
Altas concentrações pode causar a morte por sufocação por deslocar o oxigênio dos pulmões.
O abuso crônico de solventes pode causar danos graves ao cérebro, fígado e rins.
Maconha
Derivada da folha da planta Cannabis sativa. Princípio ativo é o THC (delta-9-tetrahidrocanabiol).
O pó da folha ressecada é fumado.
Tem efeito perturbador.
Quando o indivíduo fuma a maconha o THC rapidamente passa dos pulmões para o sangue, que carrega para todo o
organismo, incluindo o cérebro.
Efeitos a curto prazo: problemas com memória e aprendizado; percepção distorcida; dificuldade em pensar e resolver problemas; perda da coordenação; e aumento da frequência cardíaca.
Efeitos a longo prazo: mudanças no cérebro semelhantes aos vistos no abuso de outras drogas consideradas mais
“pesadas”.
*fármaco rivonabando – antagonista dos receptores canabinoides – perde peso e principalmente gordura abdominal
Efeitos adversos na saúde podem decorrer devido ao THC prejudicar a habilidade do sistema imune de lutar contra infecções e câncer.
Depressão, ansiedade, e distúrbios da personalidade também estão associados ao uso da maconha.
Quanto mais a pessoa abusa do uso da maconha mais propensa ela será ao declínio de suas atividades intelectuais, de trabalho e sociais.
CONTRACEPÇÃO HORMONAL ORAL
Fisiologia hormonal feminina:
· O CICLO MENSTRUAL INICIA-SE COM A MENSTRUAÇÃO
· O GnRH HIPOTALÂMICO ESTIMULA A HIPÓFISE ANTERIOR À PRODUZIR FSH E LH
· AS GONADOTROFINAS (FSH E LH) AGEM SOBRE OS OVÁRIOS
AÇÕES DO FSH:
· ESTIMULAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO FOLÍCULO PRINCIPAL
· CONTROLA A SECREÇÃO DO ESTROGÊNIO
AÇÕES DO LH:
· ESTIMULA A OVULAÇÃO NO MEIO DO CICLO MENSTRUAL
· ESTIMULA A SECREÇÃO DE PROGESTERONA PELO CORPO LÚTEO
AÇÕES DO ESTROGÊNIO:
· CONTROLE DA FASE PROLIFERATIVA 
AÇÕES DA PROGESTERONA:
· CONTROLA A FASE SECRETÓRIA SUBSEQUENTE
· TANTO O ESTROGENO QUANTO A PROGESTERONA EXERCEM UM 
· FEEDBACK NEGATIVO NO HIPOTÁLAMO E HIPÓFISE ANTERIOR
· SE UM ÓVULO FERTILIZADO É IMPLANTADO O CORPO LÚTEO CONTINUA A SECRETAR PROGESTERONA DURANTE A GRAVIDEZ 
*O primeiro dia do ciclo menstrual é o primeiro dia da menstruação. O hipotálamo libera o GnRh – hormônio liberador de gonadotrofina que vai estimular a hipófise anterior a produzir FSH e LH. FSH é o hormônio folículo estimulante o LH é o hormônio luteinizante. Esses hormônios vão atuar sobre o ovário sobre a ovogênese, ovulação e na fase lútea.
 Ações do FSH: recrutam um folículo do ovário e o maturam, transformando em um óvulo. Uma segunda função do FSH é que é ele que vai controlar a secreção do estrogênio. 
Ações do LH: estimula a ovulação e controla a secreção de progesterona na segunda metade do ciclo através do corpo lúteo. 
Ações do estrogênio: controle da primeira fase do ciclo menstrua que é a proliferativa. A progesterona controla a fase subsequente. 
Tanto o estrogênio como a progesterona exercem um feedback negativo sobre o eixo hipotálamo-hipófise anterior:
 O hipotálamo libera o GnRh que estimula a hipófise a liberar o fsh e lh. Eles vao estimular o ovário nas suas várias fases do ciclo a produzir estrogênio e progesterona. Com a elevação desses hormônios, tem-se um feedback negativo sobre o hipotálamo e hipófise. Quando a mulher faz uso desses hormônios (estrogênio e progesterona) periodicamente, eles se elevam na corrente sanguínea, levando ao feedback negativo. O hipotálamo não liberando Gnrh e a hipófise não liberando o FSH e LH. Então a mulher terá um ciclo menstrual anovulatório. Se o ovulo é fecundado e implantado no corpo lúteo ele começa a secretar progesterona que vai produzir o mesmo bloqueio no eixo hipotálamo-hipófise e, por isso, a mulher gravida não menstrua. E por que a mulher não deve menstruar enquanto está gravida: para ela não engravidar de novo e porque não pode descamar o endométrio.
A pílula durante amamentação só pode ser de progesterona porque o estrogênio passa pelo leite materno, ou seja, você estaria dando hormônio sexual para o bebe, adiantando uns 12 anos o desenvolvimento dos caracteres sexuais dessa criança. Mas o problema é que a mulher para de amamentar e continua tomando esse tipo de contraceptivo que vai acabar produzindo um risco maior de gravidez. A pílula só de progesterona deve ser tomada continuamente. A mulher pode ficar sem menstruar: depende. Porque pensando na mulher como animal ela não tem que menstruar, tem que ficar gravida. Quando você amamenta aumenta a concentração de Prolactina, a qual também exerce um efeito de feedback negativo sobre o eixo hipotálamo-hipófise, inibindo a liberação e GnRH e FSH/LH.
Primeira fase do ciclo: folicular ; Segunda fase: fase lútea Nos primeiros dias tem-se a descamação do endométrio, em que se tem o fluxo menstrual. Recrutamento do folículo e amadurecimento, e na metade do ciclo haverá um processo de ovulação e espessamento do endométrio novamente preparando para a chegada de um óvulo fecundado. Caso não haja a fecundação, tem-se novamente a descamação e etc. Observa-se uma outra característica fisiológica na mulher que é o aumento da temperatura corpórea no período fértil, podendo variar a 1º C. É um método contraceptivo muitíssimo fraco.
CONTRACEPÇÃO ORAL
-SEQUENCIAIS
-COMBINADAS:
Monofásicas
Bifásicas
Trifásicas
-PÍLULA MENSAL
-MINIPÍLULA
-MINIPÍLULA ANOVULATÓRIA
Estrógeno
- redução da dose:
PROBLEMAS DA REDUÇÃO:HEMORRAGIA INTERMÉDIA, RISCO DE GRAVIDEZ
Progestógenos: DERIVADOS DA 17 ALFA HIDROXIPROGESTERONA
ACETILADOS: 
Acetato medroxiprogesterona
Acetato ciproterona
Acetato megestrol
Acetato clormadinona
NÃO ACETILADOS: didrogesterona
1ªgeração: Noretisterona
2ª geração: Levonorgestrel, Norgestrel
3ª geração: Desogestrel, Gestodeno, Norgestimato
Derivado da esprinolactona: Drospirenona
Índice de seletividade: rel. entre afinidade receptor de progesterona e receptor e androgênio
*Os de terceira geração o índice de seletividade é maior do que o de primeira e de segunda.
*anti androgênico – efeito terapêutico – p. ex. tumor de CA de próstata devido esse ser testosterona dependente , quem faz essa ação é o Acetato Ciproterona, bloqueando o receptor de testosterona, inibindo assim o cresc. Do tumor;
*índice de pearl é o que a pílula dá de segurança, é a eficácia
Mecanismo de ação da Progesterona:
- anovulação
- muco cervical – por ação da progesterona fica inóspito para o espermatozoide, sendo assim esse não consegue perfura-lo
- endométrio é diminuindo, diminuindo assim a capacidade de nidação – muda as características celular do endométrio
- diminui a motilidade tubária
*DIU mirena – além de ser barreira física, é também barreira farmacológica por conter progesterona
ASPECTOS DE SEGURANÇA
- METABOLISMO LIPÍDICO:
ESTRÓGENOS:
Altera composição intrínsica HDL
Aumento da síntese (SCHAEFER et al, 1983)
Diminui catabolismo (TIKKATEN et al, 1976)
PROGESTÓGENOS:
Derivados da 17 alfa hidroxiprogesterona 
não alteram lipoproteínas
19. nor derivados agem como androgênios
Índice de seletividade
- METABOLISMO CARBOHIDRATOS
PROGESTÓGENOS
RESISTÊNCIA PERIFÉRICA INSULINA – cuidado com dibéticas
REDUÇÃO RECEPTORES
ANOMALIA PÓS RECEPTOR
- METABOLISMO GLICÍDICO
- SISTEMA RENINA – ANGIOTENSINA:
PRESSÃO ARTERIAL
ESTRÓGENO AUMENTA A SÍNTESE DE SUBSTRATO DE RENINA E ANGIOTENSINOGÊNIO
PROGESTÓGENOS COM CADEIA 17 ALFA NÃOAPRESENTAM EFEITO ANTI-ALDOSTERONA 
PROGESTÓGENOS GESTODENE E DROSPIRENONA APRESENTAM AÇÃO ANTI-MINERALOCORTICÓIDE
- HEMOSTASIA:
ESTRÓGENOS
AUMENTAM FATORES II V VII IX X XII
DIMINUEM ANTITROMBINA III
AUMENTAM TROMBOXANE A2 (aumento n°, ativ e adesividade plaquetária)
DIMINUEM PROSTACICLINA – é uma ciclina vasodilatadora, levando a vasoconstrição o que é complica mais a coag.
AUMENTAM NÚMERO, ADESIVIDADE E A AGREGAÇÃO PALAQUETÁRIA
O RISCO DE TROMBOEMBOLISMO DIMINUIU COM DOSES MAIS BAIXAS DE ESTRÓGENOS
CONTRACEPTIVOS DE BAIXA DOSE APRESENTAM MÍNIMAS ALTERAÇÕES 
PROGESTÓGENOS AUMENTAM ATIVIDADE FIBRINOLÍTICA – fator protetor
TRABALHOS NÃO DEMONSTRAM DIFERENÇAS CONSISTENTES ENTRE OS DIFERENTES PROGESTÓGENOS
O AUMENTO DO FATOR VII E DA PROTROMBINA, A REDUÇÃO DO FATOR V E A RESISTÊNCIA ADQUIRIDA À PROTEÍNA “C” SÃO MAIS PRONUNCIADOS COM OS PROGESTÓGENOS DE TERCEIRA GERAÇÃO – ou seja, 3ª geração tem uma ação melhor anti-trombótica
- PESO:
METABOLISMO SÓDIO
ESTRÓGENO RETENÇÃO
PROGESTÓGENO ELIMINA, ESPECIALMENTE OS DE AÇÃO ANTI- MINERALOCORTICÓIDE - GESTODENE E DROSPIRENONA
PROGESTÓGENOS EM ALTAS DOSES AÇÃO ANABOLIZANTE
Efeitos colaterais:
CONTRA - INDICAÇÕES ABSOLUTAS
- Neoplas-ia hormônio dependente
- Tromboflebite - Doença tromboembólica
- Doença coronariana ou cerebrovascular
- Sangramento uterino sem diagnóstico
- Gravidez
- Hipertensão arterial grave – por conta do aumento do substrato de renina
- Diabetes insulino-dependente grave
- Tabagistas acima de 35 anos - 
- Hepatopatia aguda ou crônica
CONTRA - INDICAÇÕES RELATIVAS
- Fatores de risco para tromboembolismo – ex: tabagista abaixo de 35 a.
- Doenças da vesícula biliar
- Cefaléia
- Epilepsia Psicose Neuroses
- Hipertensão arterial leve ou moderada
- Insuficiência renal e cardíaca
- Diabetes
- Uso de medicamentos
CONTRACEPÇÃO HORMONAL
EFEITOS BENÉFICOS:
- CICLO MENSTRUAL – fica controlado
- CISTO DE OVÁRIO
- DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
- PERFIL LIPOPROTÊICO – tem melhora
- PROTEÇÃO CONTRA CÂNCER
- SINTOMAS CLIMATÉRICOS – devido a reposição hormonal de estrógeno, não com efeito cardioprotetor
- OSTEOPOROSE
ASPECTOS PRÁTICOS
INTERAÇÃO COM DROGAS: 
INDUÇÃO CITOCROMO P450: fenitoína – fenobarbital – ritonavir – griseofulvina – tem diminuição da eficácia
 Hypericum perfuratum, também tem o efeito diminuído mesmo que seja fitoterápico
*Quando se induz o citocromo p450 induz-se o metabolismo, aumentando-o. Isso é bom ou ruim: se o metabolismo é mais rápido elimina mais rápido, podendo dar interferência com o contraceptivo
INTERFERÊNCIA CIRCULAÇÃO :
ENTERO – HEPÁTICA – penicilina, tetraciclina - Barreira por 4 semanas após interrupção da droga – assim esses ATB interferem no efeito do ac, saída para isso seria aumentar a dose do ac
* Penincilina –tetraciclina: Muda a microbiota intestinal alterando a absorção do contraceptivo. Nesses casos deve-se usar o contraceptivo de barreira por quatro semanas pelo menos.
MINIPÍLULA DE PROGESTERONA
0,35 mg acetato de noretindrona
0,03 mg levonorgestrel
0,5 mg linestrenol
MECANISMO DE AÇÃO: alt. Do muco e anovulação
EFICÁCIA alta, porém menor que as pílulas combianda
INDICAÇÕES para mulheres com risco tromboembólicos 
*Minipílula de progesterona: associação de diversos análogos da progesterona que tem como mecanismo de ação produzir ciclos anovulatórios. Essa pílula tomada continuamente também acaba levando a um quadro e amenorreia. Eficácia: menor do que a da pílula combinada. Indicação: normalmente para mulheres mais jovens que ainda não engravidaram
PÍLULA ANOVULATÓRIA DE PROGESTERONA
75. mcg de 3 – ceto – desogestrel
Etonogestrel
MECANISMO DE AÇÃO
EFICÁCIA - Pearl 0,14
PADRÃO SANGRAMENTO
EFEITOS COLATERAIS
ACHO - COMBINADAS - ESQUECIMENTO REGRAS BÁSICAS: 
Atraso menor 12 horas NÃO interfere eficácia
Necessário 7 dias de uso para bloqueio eixo HHO
Maior risco esquecimento na primeira semana 	
ESQUECIMENTO DE 1 COMPRIMIDO:
PRIMEIRA SEMANA - Tomar o comprimido esquecido Contracepção adicional - Terminar a cartela
SEGUNDA SEMANA - Tomar o comprimido esquecido - Terminar a cartela
TERCEIRA SEMANA- Tomar o comprimido esquecido - Terminar a cartela - Iniciar nova cartela sem interrupção
Ou Suspender a cartela atual - Intervalo de sete dias - Iniciar nova cartela 
MODO DE USO:
ULTRA BAIXA DOSE ( 15 mcg ) - APRESENTAM MAIOR EFICÁCIA NO REGIME 24 / 4 DIAS ( ausência de ovulação) QUANDO COMPARADA AO REGIME 21 / 7 DIAS ( 1,4% ovulação )
Terapêutica no Trabalho de Parto Prematuro
Definição:
· RN com peso menor que 2500g independente da idade gestacional. 
· Feto Prematuro ou Pré-Termo:
 nascido com menos de 37 semanas ou 259 dias calculados a partir do primeiro dia da última menstruação, independente do peso 
· Restrição do Crescimento Intra Uterine: feto com peso abaixo do percentil 10 para cada idade gestacional
Prematuridade:
· ABORTO: É a eliminação do produto conceptual com idade gestacional inferior a 20-22 semanas ou peso inferior a 500g (OMS).
* Depois desse período é chamado de natimorto, entrando a parte de medicina Legal.
· FETO À TERMO: É o feto com idade gestacional de 37 a 41 semanas e 6 dias
IMPORTÂNCIA:
· INCIDÊNCIA ELEVADA
· MORBILETALIDADE NEONATAL
· CUSTO DA PREMATURIDADE
· POSSIBILIDADE DE PREVENÇÃO
FATORES DE RISCO DEMOGRÁFICOS:
· Idade(<20 e >40 anos)
· Raça negra
· Pac. com baixa condições sócio-econômicas
· Solteiras
· Estatura e peso ( < 1,5m e < 45kg)
FATORES DE RISCO COMPORTAMENTAIS:
· Fumantes
· Uso de drogas
· Má nutrição
· Atividade física excessiva
· Atividade sexual 
· 
FATORES DE RISCO PRÉ-GESTACIONAIS:
· História obstétrica: (intervalo interpartal curto, antecedente de prematuro e aborto tardio)
· Malformações uterinas: (útero bicorno, didelfo , septado, Inc. Istmo Cervical)
· Patologias associadas: (hipertensão, diabetes, colagenoses, nefropatias e outras).
FATORES DE RISCO COMPLICAÇÕES OBSTÉTRICAS:
· Gestação múltipla
· Anomalias do volume do líquido amniótico
· Sangramento(1°, 2° e 3° trimestres)
· Rotura prematura das membranas
· Malformações fetais
· Infecções congênitas
· IATROGÊNICA
Uterolíticos: Na prematuridade se usa os chamados uterolíticos, que vão diminuir a atividade contrátil do útero.
· A maioria dos uterolíticos são capazes de reverter o trabalho de parto por 48 / 72h.
· Nenhum esquema mostrou-se eficaz em diminuir a incidência de prematuridade
· Assim que o útero entra em quiescencia a terapia parenteral é descontinuada
· A utilização prolongada de uterolíticos orais não demonstrou diminuição da incidência de TPP
· Devemos re-iniciar a inibição somente por 2 vezes
* Esvaecimento não pronunciado – ausência do líquido amniótico
Contra-indicações:
· morte fetal, 
· sofrimento fetal, 
· Malformações fetais graves, 
· restrição de crescimento,
· rotura prematura de membranas, 
· síndromes hemorrágicas, 
· síndromeshipertensivas, 
· diabetes insulino-dependente instável.
Uterilítcios em uso – tocólise(diminuir a atividade contrátil do útero) :
Beta-agonistas:
· terbutalina, o salbutamol, o fenoterol e a ritodrina,
· receptores beta-1 (coração e intestinos) e predominantemente beta-2 (miométrio, vasos sangüíneos e bronquíolos)
· relaxamento da fibra muscular uterina, por diminuição do cálcio livre no interior das células.
· EFEITOS COLATERAIS: TAQUICARDIA MATERNA E FETAL, HIPOTENSÃO, HIPERGLICEMIA, ARRITMIAS, DISPNÉIA, TREMORES, PALPITAÇÃO, NÁUSEAS e VÔMITOS
CONTRA-INDICAÇÕES MATERNA: 
· CARDIOPATIA,
· HIPERTIREOIDISMO, 
· INFECÇÃO GRAVE,
· HIPERTENSÃO GRAVE 
· DIABETES DESCOMPENSADA.
FETAL: MALFORMAÇÃO, SOFRIMENTO FETAL, RCIU, ÓBITO FETAL, SINAIS DE INFECÇÃO OVULAR,OLIGOÂMNIO
* Terbutalina, o salbutamol, o fenoterol e a ritodrina são os broncodilatadores, agonistas simpatomiméticos Taquicardiamaterna e fetal: mesmo sendo fármacos direcionados aos receptores beta 2, também inespecificamente ativam receptores beta 1. Hipotensão: por que? – Porque tem um efeito vasodilatador. Hiperglicemia – a liberação da insulina é mediada por receptores alfa no simpático, então se estimula o beta você inibe a liberação de insulina, levando ao quadro. Oligoâmnio: diminuição do líquido amniótico
Antagonista da ocitocina:
· (atosiban) é peptídeo sintético que age competindo com a ocitocina no seu receptor da célula miometrial.
· propriedades tocolíticas semelhantes aos beta–agonistas, porém com diminuição significante de efeitos colaterais maternos e perinatais
· Capaz de adiar o TPP por até 2 semanas
· Efeitos indesejados mínimos
* A ocitocina tem funções na ejeção do leite e no final da gestação no trabalho de parto. Propriedades tocolíticas semelhantes aos beta-agonistas: ou seja, é muito melhor do que o agonista beta. Por que ele não é utilizado: por questão de preço, é muito mais caro.
Sulfato de magnésio:
· O sulfato de magnésio age como antagonista do cálcio na fibra muscular.
· Alternativa quando o agonista beta não pode ser utilizado.
· A paciente deve ser cuidadosamente monitorizada em relação à diurese, FR e reflexo patelar, avaliar magnesemia 
· Ataque: 4g ev
· Manutenção: 1 a 2g ev / hora ( 24h )
* É o que se encontrará na rede pública. É o cátion-valente, ou seja, acaba competindo com o cálcio, deslocando ele na contração da musculatura lisa
Inibidores de prostaglandinas:
Os inibidores de prostaglandinas atuam inibindo a enzima ciclooxigenase
Efeitos colaterais:
· Irritação gástrica
· diminuição do líquido aminiótico,
· diminuição do fluxo renal e fechamento do ducto arterioso.
· Limitar seu uso até 31 semanas
Contra-indicações:
Materna: Síndrome hipertensiva e gastrite
Fetal: Fechamento precoce do ducto arterioso
· Idade gestacional >31 semanas e as mesmas dos beta adrenérgicos.
· 100 mg por via retal, seguidos de 25 mg por via oral a cada 6 h, por um período de dois a três dias, para idades gestacionais inferiores a 34 semanas.
* Estão envolvidas também no trabalho de parto Os antagonistas das prostaglandinas são as drogas que agem inibindo a cicloxigenase, ou seja, os AINEs. São usados como adjuvantes.
Bloqueadores dos canais de cálcio
· Inibem a entrada do cálcio extracelular através da membrana citoplasmática.
· NIFIDEPINA
· Mais estudos são necessários
· Ataque: 30mg vo
· Manutenção: 10 a 20mg vo 8 / 8h
* Nifedipina que é a droga utilizada. Por que que usa um de primeira geração e não um de terceira? Porque os de primeira são mais inespecíficas, enquanto os de terceira geração são mais especificas para a musculatura cardíaca.
Doadores de óxido nítrico:
· O óxido nítrico atua na atividade do sistema enzimático da quinase de cadeia leve da miosina e promove o relaxamento da célula miometrial.
· Nitroglicerina transdérmica.
Efeitos indesejados:
· hipotensão arterial materna, tonturas e palpitações. 
 Até o momento, não há relatos de efeitos colaterais fetais e neonatais
* Nitroglicerina transdérmica – é usada como adjuvante
UTEROTÔNICOS:
Ocitocina
· Historicamente, a utilização de “extratos” da hipófise posterior tem sido realizada desde 1901 em situações de hemorragia pós-parto .
· A ocitocina é um polipeptídeo sintetizado nos núcleos paraventricular e supra-óptico do hipotálamo e armazenado na neuro-hipófise.
· No útero ela determina contração da musculatura lisa que é bastante importante para o controle de hemorragia após a dequitação. 
Ações extra-uterinas:
· Relaxamento da musculatura lisa vascular
· Ação antidiurética em altas doses
· Hiponatremia
· Edema pulmonar
*o relaxamento vai produzir hipotensão
Misoprostol(citotec)
· Misoprostol é um análogo de prostaglandina E1 geralmente usado para prevenção e tratamento de úlceras gástricas.
· Misoprostol é indicado para prevenção danhemorragia pós-parto após um parto vaginal normal.
· Menos efetivo que a ocitocina
Efeitos indesejados:
· Calafrio
· Febre
· Cólicas
· Náuseas e vômitos 
· Sangramento 
* Análogo da prostaglandina E1. É uma droga citoprotetoras na sua essência, só que tem um forte efeito contrator sobre a musculatura lisa. A dose abortiva induz o sangramento vaginal intenso. Em um sangramento de útero a contração gerada pelo fármaco favorece o processo de coagulação. No útero gravídico, tem-se um endométrio espesso, que sangraria com a administração desse fármaco, levando à morte fetal.
MALEATO DE METILERGONOVINA
· Alcalóide derivado do ergot
· Estimulante da contração miometrial
· Menos efetivo queque o Misoprostol
· Dose: 0,25 mg IM ou 0,125 mg IV 
· Efeitos Colaterais 
· Vasoespasmo periférico 
· Hipertensão Arterial 
· Contra-indicações 
· Hipertensão Arterial 
· Hipersensibilidade à droga 
* Derivados do Ergot já foram utilizados para o tratamento da enxaqueca.
Os princípios da quimioterapia do câncer
CÂNCER
- Doença que se caracteriza por uma multiplicação e propagação no organismo de formas anormais das próprias células corporais.
Sinônimos:
-Neoplasia Maligna
-Tumor Maligno
-Neoplasia = novo crescimento
Diferenças com os tumores benignos:
-Propriedade de diferenciação
-Poder de invasão
-Capacidade de metastizar
Metástase = capacidade de se propagar para órgãos distantes da origem, seja por via sanguínea ou linfática
CONSIDERAÇÕES
O Ca surge em decorrência de uma série de alterações genéticas e epigenéticas, sendo as principais lesões genéticas:
-Inativação de genes antitumorais (p53)
-Ativação de oncogenes (mutação dos genes normais que controlam a divisão celular)
As células cancerosas exibem 4 características:
-Proliferação descontrolada
-Perda da função, em decorrência da falta de capacidade de sofrer diferenciação – logo, é indiferenciada e infuncional
-Poder de invasão
-Capacidade de sofrer metástases
*os vasos a angiogênese são vv. defeituosos
ASPECTOS MOLECULARES - CÂNCER DE MAMA
O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta frequência e sobretudo pelos seus efeitos:
-psicológicos,
-percepção da sexualidade
-própria imagem pessoal.
-Relativamente raro antes dos 35 anos de idade – principalmente em mulheres que já foram mães
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade
No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa mortes entre as mulheres..
Fatores de Risco:
-História familiar : parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) foram acometidas antes dos 50 anos de idade.
-Caráter familiar corresponde a aproximadamente 10%
-A idade constitui um outro importante fator de risco,
-Ainda é controvertida a associação do uso de contraceptivos orais,
- A ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada, é identificada como fator de risco para o câncer de mama,
- Exposição a radiações ionizantes em idade inferior a 35 anos.
Características moleculares
-Desregulação da proliferação e apoptose celular
-Desaparecimento da cels. Mioepeteliais
-Transformação epitélio-mesênquima.
-Instabilidade genômica (mutação, deleção, amplificação rearranjos cromossômicos.
-Protoncogenes ( c-MYC, Erb-B2, EGFR, etc.) – expressão desses
-Genes supressores de tumor ( TP53, p16, E-Caderina) – falta desses
Câncer de pulmão
O câncer de pulmão é o mais comum de todos os tumores malignos, apresentando um aumento por ano de 2% na sua incidência mundial.
Em 90% está associado ao consumo de derivados de tabaco.
Segundo a Estimativa de Incidência de Câncer do INCA, o câncer de pulmão deverá atingir 27.170 brasileiros (17.850 homens e 9.320 mulheres).
O câncer de pulmão, do ponto de vista anatomo-patológico, é classificado em dois tipos principais:
1) Pequenas células
2) Não-pequenas células (85%)
Características moleculares
-Alterações na via de transdução de sinal.
-Modificação nas vias de proliferação celular
-Apoptose
-Angiogênese.
-Alterações genéticas (TP53, P16, RB, RAS, c-KIT)
Fatores de Risco
- Independentemente do tipo celular ou subcelular, o tabagismoé o principal fator de risco do câncer pulmonar, (90% dos casos).
-Outros fatores relacionados são certos agentes químicos (como o arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio, níquel, cádmio e cloreto de vinila,
-Fatores dietéticos (baixo consumo de frutas e verduras),
-Doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica),
-Fatores genéticos (que predispõem à ação carcinogênica de compostos inorgânicos e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos)
-História familiar de câncer de pulmão.
Câncer de Esôfago e Estomago
O câncer de esôfago mais frequente é o carcinoma epidermóide escamoso, responsável por 96% dos casos. Outro tipo de câncer de esôfago, o adenocarcinoma, vem tendo um aumento significativo principalmente em indivíduos com esôfago de Barrett, quando há crescimento anormal de células do tipo colunar para dentro do esôfago.
O câncer de esôfago no Brasil, consta entre os dez mais incidentes, é o sexto tipo mais mortal, com 5.307 óbitos.
O câncer de estômago (também denominado câncer gástrico). Os tumores do câncer de estômago se apresentam, predominantemente, sob a forma de três tipos histológicos: o adenocarcinoma, responsável por 95% dos tumores gástricos, o linfoma, diagnosticado em cerca de 3% dos casos, e o leiomiossarcoma.
Características moleculares
-Características ambientais
-Consumo de nitrosaminas, etilismo e Tabaco.
-Ingestão de líquidos em temp. elevadas
-H. pylori
-Mutação (TP53)
-Supressão de Ciclina D1
-Outras
Fatores de Risco
Vários estudos têm demonstrado que a dieta é um fator preponderante no aparecimento do câncer de estômago.
Uma alimentação pobre em vitamina A e C, carnes e peixes. 
Fatores de risco de origem patológica: anemia perniciosa, as lesões pré-cancerosas como a gastrite
atrófica e metaplasia intestinal e as infecções gástricas pela bactéria Helicobacter pylori podem ter fortes relações com o aparecimento desta
Câncer de pâncreas
O risco de desenvolver o câncer de pâncreas aumenta após os 50 anos de idade, principalmente na faixa entre 65 e 80 anos, maior incidência no sexo masculino.
A maior parte dos casos da doença é diagnosticada em fase avançada, e portanto, é tratada para fins paliativos.
O tipo mais frequente é o adenocarcinoma com 90% dos casos.
Câncer de pâncreas é raro antes dos 30 anos de idade.
No Brasil, o câncer de pâncreas representa 2% de todos os tipos de câncer, sendo responsável por 4% do total de mortes por câncer.
Características moleculares
-Oncogênese K-RAS
-Genes supressores de tumores (P53, p16 DPC4)
Fatores de Risco
-Os fumantes possuem três vezes mais chances de desenvolver a doença do que os não fumantes.
-Consumo excessivo de gordura, de carnes e de bebidas alcoólicas.
-Pancreatite crônica ou de diabetes melitus
A quimioterapia é o método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
*mostardas nitrogenadas (metil-di(2-cloroetil)amina e tri(-2-cloroetil)amina) – efeitos sobre tecidos em estado de rápido crescimento - 1° quimioterápico – pois gera hipoplasia medular e linfoide
Mecanismos de ação geral – age em céls. Com alto poder mitótico
-afetam tanto as células normais como as neoplásicas;
-maior dano às células malignas;
-diferenças quantitativas entre os processos metabólicos dessas duas populações celulares;
-crescimento das células malignas e os das células normais;
-ação nas enzimas, que são responsáveis pela maioria das funções celulares;
-afeta a função e a proliferação tanto das células normais como das neoplásicas.
Tipos e finalidades da quimioterapia:
- curativa
- adjuvante
- neoadjuvante
- paliativa
Via de administração da quimioterapia:
-Intramuscular: Injeção no músculo.
-Subcutânea: Injeção sob a pele.
-Intralesional: Injeção diretamente na área cancerosa.
-Intratecal: Injeção dentro do canal espinhal.
-Intravenosa: Injeção na veia.
-Uso tópico: Aplicada na pele.
-Via oral: Pílulas, cápsulas ou líquidos.
Toxicidade geral dos quimioterápicos
Afetam estruturas normais que se renovam constantemente, como a medula óssea, os pêlos e a mucosa do tubo digestivo.
As células normais apresentam um tempo de recuperação previsível, sendo possível que a quimioterapia seja aplicada repetidamente, desde que observado o intervalo de tempo necessário para a recuperação da medula óssea e da mucosa do tubo digestivo. (ciclos periódicos)
A toxicidade é variável para os diversos tecidos e depende da droga utilizada.
Retornar ao hospital imediatamente em caso de:
-febre por mais de duas horas, ≥ 38°C;
-manchas ou placas avermelhadas no corpo;
-sensação de dor ou ardência ao urinar;
-dor em qualquer parte do corpo inexistente antes do tratamento;
-sangramentos que demoram a estancar;
-falta de ar ou dificuldade de respirar;
-diarreia por mais de dois dias.
Critérios para aplicação da quimioterapia
Condições gerais do paciente:
• menos de 10% de perda do peso corporal desde o início da doença;
• ausência de contra-indicações clínicas para as drogas selecionadas;
• ausência de infecção ou infecção presente, mas sob controle;
• capacidade funcional correspondente aos três primeiros níveis, segundo os índices propostos por ECOG e Karnofsky.
Critérios laboratoriais para aplicação da quimioterapia:
Contagem das células do sangue e dosagem de hemoglobina. (Os valores exigidos para aplicação da quimioterapia em crianças são menores.):
Leucócitos > 4.000/mm³
Neutrófilos > 2.000/mm³
Plaquetas > 150.000/mm³
Hemoglobina > 10 g/dl
Dosagens séricas:
Uréia < 50 mg/dl – maior que isso indica insuf. renal
Creatinina < 1,5 mg/dl
Bilirrubina total < 3,0 mg/dl – função hepática
Ácido Úrico < 5,0 mg/dl
Transferasses (transaminases) < 50 Ul/ml
Resistência aos quimioterápicos
-populações celulares desenvolvem nova codificação genética (mutação); - tumor passa a ser resistente ao quimioterápico
-são estimuladas a desenvolver tipos celulares resistentes ao serem expostas às drogas, enveredando por vias metabólicas alternativas, através da síntese de novas enzimas;
-o tratamento é descontinuado, quando a população tumoral é ainda sensível às drogas;
-é aplicada a intervalos irregulares; - intervalos irregulares favorecem essa resistência
-doses inadequadas são administradas;
-"resistência a múltiplas drogas“, está relacionado à diminuição da concentração intracelular do quimioterápico e a presença da glicoproteína 170-P.(glicoproteína de membr.)
Deve-se iniciar a quimioterapia quando a população tumoral é pequena, a fração de crescimento é grande e a probabilidade de resistência por parte das células com potencial mutagênico é mínima.
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