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Interpretação de Hemograma

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1 
Izabelle P. Santana 
Turma XXIV – A 
INTERPRETAÇÃO DE HEMOGRAMA 
Hemograma é a semiologia das células do sangue. É o exame complementar mais requerido nas consultas, 
atualmente realizado por métodos automatizados. 
ERITROGRAMA 
Analisar a presença/ausência da anemia. 
. Anemia é definida como diminuição da hemoglobina sanguínea. 
. Poliglobulia é a expansão da massa eritroide/hemoglobínica. 
 
. Contagem de Eritrócitos: 
Eritrócitos – massa de hemácias no sangue, quantidade absoluta. 
Deve ser interpretada no contexto do eritrograma completo. Mostra a quantidade de células em determinado 
volume. 
 
 
A anemia é analisada pela quantidade de hemoglobina, intimamente relacionada com a quantidade 
de hemácias. 
VCM pequeno – hemácia pequena. 
Em A, o paciente tem anemia mesmo apresentando uma quantidade de eritrócitos alta. Isso se deve 
a quantidade de hemácias alta, porém com VCM pequeno, sendo hemácias com tamanho reduzido. 
Em B, ocorre o contrário. O paciente apresenta VCM alto, com consequente número de hemácias 
reduzido. 
Portanto, deve-se analisar o exame como um todo, e não apenas a quantidade de eritrócitos. 
Quantidade de Eritrócitos x Quantidade de Hemoglobina 
o Dosagem de Hemoglobina: 
 
. Determina anemia, quando baixa; 
. Varia entre raça, sexo e idade; 
 
 
 
 
2 
Izabelle P. Santana 
Turma XXIV – A 
o Hematócrito: 
É o volume da massa eritroide em relação ao volume total; 
. Correlaciona-se melhor com a viscosidade sanguínea. 
. Usada para avaliar alterações volêmicas (em caso de desidratação, a quantidade de plasma diminui, 
então a porcentagem de hemácias, em relação ao todo sanguíneo, aumenta). 
 
o Volume Corpuscular Médio (VCM); 
Permite caracterizar eritrócitos maiores e menores e sua relação com a causa da anemia: 
. VCM >98 – macrocitose 
. VCM <82 – microcitose 
 
o RDW (Red blood cell Distribution Width) 
Coeficiente de variação do tamanho das hemácias. Define anisocitose. 
. Valores acima de 14,5% são alterados; 
 
Anemia ferropriva (anemia mais comum do mundo) – a diminuição da quantidade ferro faz com que tenha 
uma oscilação entre a produção de hemácias saudáveis e não saudáveis, aumentando o RDW. Na anemia 
ferropriva também é comum apresentar microcitose (hemácias pequenas). VCM próximo do normal. 
 
B-talassemia (origem genética) – também apresenta microcitose, porém o diagnóstico diferencial é baseado 
no RDW, que nesse caso não apresenta alterações. Normalmente apresentam um VCM muito baixo (~60/65). 
 
o Hemoglobina corpuscular média (HCM): 
Quantidade média de hemoglobina por eritrócito (tem relação com a cor da hemácia). 
. Geralmente é paralela ao VCM (eritrócitos grandes tem muita hemoglobina); 
. Define hipocromia (<24pg) e hipercromia (>33pg). 
 
o Concentração Hemoglobínica Corpuscular Média (CHCM): 
Concentração média (massa/volume) da hemoglobina nos eritrócitos; 
. Pouco usada na prática, semelhante ao HCM na interpretação; 
. Valor de referência: 31 a 36%. 
 
3 
Izabelle P. Santana 
Turma XXIV – A 
 
o Contagem de Reticulócitos: 
São as hemácias imaturas, refletem a produção medular acelerada. 
. Considerar sempre o valor absoluto, não a porcentagem. 
 
 
 
INTERPRETAÇÃO GERAL 
 Macrocitose (VCM>100): 
 
. Alcoolismo: VCM em torno de 105 com RDW normal; 
RDW – se estiver alterado, considera-se uma anemia carencial (ex. ferropriva). 
RDW – se estiver normal, não é anemia carencial, pode-se considerar alcoolismo. 
 
A anemia megaloblástica é um tipo de anemia que acontece devido à diminuição dos níveis de vitamina B12 
no organismo. RDW aumentada. VCM aumentado (característico da megaloblastose). Diminuição dos glóbulos 
brancos e plaquetas. 
 
A anemia perniciosa é um tipo de anemia megaloblástica que acontece quando a pessoa ingere vitamina B12, 
mas o corpo não consegue absorvê-la. 
 
. Hipotireoidismo: 
. Em casos de macrocitose isolada, os pacientes devem ser investigados para hipotireoidismo; 
 
. Medicamentosa: AZT (zidovudina), anticonvulsivantes, antineoplásicos; 
 
. Hepatopatias 
. Esplenectomia 
 
. Anemias Megalobásticas: falta de VitB12 e/ou ácido fólico. 
. Anemia Aplásica; 
 
. Síndromes Mielodisplásicas; 
. Mieloma Múltiplo. 
 
4 
Izabelle P. Santana 
Turma XXIV – A 
 Microcitose e Hipocromia (VCM<80): 
 
. Anemia Ferropriva: RDW precocemente aumentado. Encontra-se principalmente me mulheres jovens 
com relatos de dismenorreia. VCM perto dos limites. 
 
. Talassemia minor: VCM muito baixo. Diagnóstico diferencial, com RDW normal. 
 
. Anemia das doenças crônicas; 
 
. Hemoglobinopatias; 
 
. Síndromes mieloproliferativas. 
 
ALTERAÇÃO DA FORMA DAS HEMÁCIAS 
Esferócitos: Esferocitose hereditária, anemia hemolítica, entre outras. 
 
Eliptócitos ou ovalócitos: SMD. 
 
Estomatócitos: Hepatopatias, tratamento com Qtx, estomatocitose familiar. 
 
 
Equinócitos: 
 
 
 
5 
Izabelle P. Santana 
Turma XXIV – A 
Acantócitos: 
 
 
Leptócitos: 
 
Dacriócitos: 
 
Drepanócitos (eritrócitos falciformes): 
 
 
ERITROBLASTOS 
São hemácias muitos jovens, que ainda não perderam seus núcleos. São mais jovens que os reticulócitos 
citados anteriormente. 
 
Reação Leucoeritroblástica: eritroblastos em sangue periférico acompanhados de células mieloides jovens. 
Geralmente presente em patologias relacionadas a medula óssea. 
 
 
6 
Izabelle P. Santana 
Turma XXIV – A 
LEUCOGRAMA 
. Contagem de leucócitos e seus diferenciais; 
. Deve-se valorizar o número absoluto. 
 
Evolução do neutrófilo: 
 
Neutrofilia – número aumentado de neutrófilos no sangue. 
Neutropenia – número reduzido de neutrófilos no sangue. 
 
 
7 
Izabelle P. Santana 
Turma XXIV – A 
DESVIO Á ESQUERDA* 
 
Presença de neutrófilos jovens no sangue periférico. Isso deve-se a uma produção aumentada de neutrófilos 
pela medula óssea. Resposta do sistema imunológico a uma inflamação, infecção, entre outros. 
 
CAUSAS DE NEUTROFILIA 
. Doenças inflamatórias agudas e crônicas. 
. Infarto do Miocárdio. 
. Intoxicações endógenas. 
. Corticóides. 
. Trauma grave. 
. Infecções: abdome agudo cirúrgico, pneumonias, meningites, endocardites. 
CAUSAS DE NEUTROPENIA 
. Doenças hematológicas primárias; 
. Toxicidade pós-quimioterapia; 
. Infecções Virais. 
 
 
8 
Izabelle P. Santana 
Turma XXIV – A 
LINFOCITOSES E LINFOCITOPENIA 
Linfócitos atípicos: 
. São linfócitos ativados por infecções (geralmente virais) que apresentam morfologia distinta. 
EOSINOFILIA E EOSINOPENIA 
Eosinofilia: 
. Classicamente ocorre em parasitoses e quadro alérgicos; 
. Podem ser reflexo de síndromes mielo-proliferativas. 
 
PLAQUETOGRAMA 
Número de plaquetas elevado: é um dos sinais de anemia ferropriva. Quando falta ferro, a medula óssea 
desvia a produção para a via de formação de megacariócitos, células progenitoras das plaquetas, aumento sua 
quantidade. 
 
Causas de Trombocitoses: anemia ferropriva, doenças inflamatórias crônicas, pós-operatório, pós 
esplenectomia, neoplasias mieloproliferativas. 
Causas de Trombocitopenia: transfusões maciças, viroses febris, esplenomegalia, PTT, PTI, Síndrome urêmico-
hemolítica, toxicidade de quimioterapia ou radioterapia, septicemia, relacionada a heparina.

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