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A BÍBLIA DO CULTIVO - On Jack tá Flor

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A BÍBLIA DO CULTIVO ( on jack tá flor ) 
 
Conteúdo 
 
Sumário 
A BÍBLIA DO CULTIVO ( on jack tá flor ) ......................................................................................... 1 
Escolhendo e Obtendo Sua Espécie Desejada .............................................................................. 3 
Cannabis Sativa ......................................................................................................................... 3 
Cannabis Indica ......................................................................................................................... 3 
Cannabis Ruderalis .................................................................................................................... 3 
Cannabis Híbridas ...................................................................................................................... 3 
Iluminação ..................................................................................................................................... 4 
HID x FLUORESCENTES .............................................................................................................. 4 
- FLUORESCENTES .................................................................................................................. 4 
- DESCARGA DE ALTA INTENSIDADE (HID) ............................................................................ 5 
FOTOPERÍODO ........................................................................................................................... 5 
ERROS MAIS COMUNS COM A ILUMINAÇÃO ............................................................................ 5 
Fórmulas para Cálculo de Iluminação ....................................................................................... 6 
Para determinar o custo de operação da sua luz: ................................................................. 6 
Para determinar quantos lumens por pé quadrado: ............................................................ 6 
Para determinar o quanto de luz você precisa em watts: .................................................... 7 
Germinação ................................................................................................................................... 7 
Crescimento Vegetativo e Florescimento ..................................................................................... 8 
Colheita, Secagem e Cura ............................................................................................................ 11 
Plantio ao Ar livre ........................................................................................................................ 13 
Veados, Roedores e Insetos .................................................................................................... 14 
Hidroponia ................................................................................................................................... 16 
Existem dois tipos de Sistemas Hidropônicos, Passivo e Ativo: .............................................. 17 
Nutrientes Orgânicos .................................................................................................................. 18 
Guia de Resolução de Problemas - Enfermaria ........................................................................... 21 
Problemas nas Folhas .............................................................................................................. 22 
Problemas com Raízes ............................................................................................................. 23 
Problemas nos Galhos ............................................................................................................. 24 
 
Escolhendo e Obtendo Sua Espécie Desejada 
 
É muito importante começar com uma boa genética. O que é boa genética? Só você pode 
dizer. Você prefere uma onda forte, sedativa, que te coloca pra dormir? Ou você quer voar alto 
numa euforia cerebral que te deixe confuso e nas nuvens?? Ou talvêz um pouco de cada??? 
 
Existem três espécies distintas de variações da planta de marijuana. Essas três variações 
incluem Cannabis Sativa, Cannabis Indica e Cannabis Ruderalis: 
Cannabis Sativa 
Cannabis Sativa é uma planta difícil de criar em lugar fechado devido a grande necessidade de 
luz, alta estatura e florescimento tardio. Sativas são originárias das regiões equatoriais, daí sua 
maior necessidade de luz e um clima tropical quente. É possível identificar a Sativa por suas 
folhas longas e finas como dedos. A Sativa tipicamente produz uma onda euforicamente 
energética e cerebral. Apesar das limitações climáticas das Sativas, elas são realmente uma 
grande recompensa para quem as obtém, planta e fuma. Uma Sativa pura leva de 2 a 4 meses 
para florescer. 
Cannabis Indica 
Cannabis Indica é uma planta ideal para plantio tanto em lugares fechados como a céu aberto, 
devido a sua menor necessidade de luz e baixa estatura, também oferecendo resistência a 
fungos e pestes, tendência a maturação precoce e densa produção de flores.Indicas são 
originárias de climas mais frios, exibindo características descritas à cima pela sua aclimatação 
ao ambiente nas quais foram criadas. Sua baixa estatura e folhas extremamente largas as 
fazem de fácil identificação. Uma indica geralmente produz uma onda forte e exaustiva, 
sedativa; podendo levar entre 45 e 60 dias para o término do florescimento. 
Cannabis Ruderalis 
Cannabis Ruderalis não é uma boa escolha tanto pra plantio interno quanto externo. Apesar da 
baixa estatura (chegando no máximo a 1,5m) e maturação rápida, as Ruderalis não produzem 
nem a quantidade nem a qualidade que se procura no florescimento. Uma pequena redução 
no ciclo luminoso, pode desencadear florescimento em uma planta precoce com 2 a 3 
grupamento de folhas. Apesar disso a produção das Ruderalis não pode ser comparada com as 
subespécies tanto das Sativas, como das Indicas. 
Cannabis Híbridas 
Existem também plantas feitas de cruzamentos entre as espécies, chamadas híbridas: 
Híbridas podem carregar o melhor dos dois mundos, tanto no tipo de onda como nos padrões 
de crescimentos e seus traços genéticos, apesar de algumas não conseguirem mantê-los. As 
Híbridas tem potencial para exibir ótimas características que se procura para plantio. Uma 
Híbrida bastante comum, tem uma onda forte, eufórica, energética, folhagem densa e de baixa 
estatura, fazendo dessa espécie de Híbrida uma ótima escolha para todo tipo de plantio e de 
sensações. Tudo é relativo a sua condições de plantio e de preferência pessoal. 
 
Tente conseguir sementes de bancos locais que tenham sido aclimatadas as condições do seu 
clima, e carreguem as melhores características florais – potência, aroma, sabor, crescimento 
vigoroso, maturação precoce e resistência a fungos e pestes. Procure por sementes que sejam 
marrom escuro ou cinza claro. Algumas podem ter linhas escuras nas tonalidades citadas, 
como listras de tigre. Sementes pequenas e brancas são imaturas e não devem ser plantadas. 
Todos esses fatores devem ser considerados pelo jardineiro experimentado. 
 
Você se beneficiará tremendamente achando um amigo que te auxilie. Porém, nem todos nos 
temos a sorte de ter amigos que forneçam sementes, então o caminho é encomendar de fora. 
Fazer pedido em um banco de sementes online se torna o cenário ideal, uma forma prática de 
escolher e achar o tipo particular de semente que se deseja. 
 
Iluminação 
 
A luz é necessária à uma planta na transformação de nutrientes em alimento. Tem ainda uma 
grande influência na produção de clorofila, taxa de crescimento, tamanho de folha e produção 
de sementes. A luz se torna uma dos aspectos mais importantes em sua operação de plantio. 
Para o propósito do plantio de marijuana existem dois tipos básicos de luz; Fluorescentes e 
Descargas de Alta Intensidade (HID) – incluindo Vapor de Mercúrio (MV), Vapor Metálico(MH) 
e Vapor de Sódio (HPS) 
 
HID x FLUORESCENTES 
 
A diferença principal é que lâmpadas fluorescentes criam luz na passagem de eletricidade 
através de um vapor de gás de baixa pressão e HID criam luz na passagem de eletricidade 
através de um vapor de gás de alta pressão. HID são MUITO mais brilhantes e apesar de 
representarem um maior custo no começo, são mais eficientes na relação custo benefício e 
permitem uma melhor produção. Portanto, elas são a primeira escolha para a maioria dos 
criadores em lugares fechados. 
 
- FLUORESCENTES 
 
Fluorescentes são encontradas nos mais variados formatos e tamanhos. Existem lâmpadas 
compactas, bulbos retorcidos e bulbos circulares. Todas trabalham da mesma forma. Elas 
possuem iniciador (starter) e reator embutido permitindo um envio regular e seguro de 
eletricidade para a luz. Antes das HID estarem disponíveis para plantio em lugares fechados, os 
plantadores usavam lâmpadas fluorescentes, que apesar de funcionarem durante todas as 
etapas de cultivo, não são aconselháveis para uso desta forma. Para plantio de forma efetiva 
com fluorescentes pense de forma pequena. Essas são lâmpadas indicadas para germinação, 
produção de raizes em clones e plantas pequenas, manter plantas mãe para propósito de 
clonagem e ainda prover iluminação lateral para o crescimento dos galhos inferiores. Essas 
situações não requerem uma luz de alta intensidade para se desenvolver. A luz emitida pelas 
lâmpadas fluorescentes é suave e mais difusa, não desprende uma grande quantidade de calor 
e não faz com que a planta trabalhe tanto. Por essa razão pode ser deixada próxima à planta. 
De três a cinco centímetros é o suficiente, porém devido a isso as luzes deverão ser ajustadas 
quase que diariamente, o que pode ser problemático. 
 
- DESCARGA DE ALTA INTENSIDADE (HID) 
 
Existem basicamente três tipos de HID. Vapor de Mercúrio (MV), Vapor Metálico (MH) e Vapor 
de Sódio (HPS). Essas lâmpadas também precisam de iniciador (starter) e reator. 
 
Vapor de Mercúrio (MV) e o tipo de luz que era utilizados na iluminação das ruas no passado. 
Não é muito boa para plantio por não prover o espectro de luz correto. Enquanto ela produz 
um pouco do espectro azul, MV também produz muito calor para se deixar próximo a planta, 
sendo de operação muito ineficiente. 
 
Vapor Metálico(MH) é uma fonte muito boa de espectro de luz azul/branco o que é ideal para 
o crescimento vegetativo. Muitos plantadores usam MH durante a fase vegetativa. MH é 
brilhante e de operação custo eficiente, porém não tão eficiente quanto as lâmpadas HPS. As 
potências mais utilizadas são de 400 e 1000 watts. Trabalham melhor quando combinadas com 
lâmpadas HPS. 
 
Vapor de Sódio (HPS) é a melhor escolha de lâmpada hoje em dia para plantio de marijuana. 
HPS são muito brilhantes e muito eficientes. Esse tipo de luz tem um espectro 
vermelho/alaranjado que é ideal para a fase de florescimento. Com o suficiente desse tipo de 
luz você também poderá cultivar aqueles "camarões" de poster da Hightimes. HPS são 
encontradas em várias potências de 70 até 1000 watts. 
 
FOTOPERÍODO 
 
Suas plantas deverão ser iniciadas no período vegetativo em um regime de luz de 24/7 ou 
18/6. A razão para o regime de 18/6 é para deixar um período de escuro para as plantas 
descansarem e também poupar a sua conta de luz. A maioria das plantas se exaure após 16 
horas de luz por dia. Ajustes deverão ser feitos de acordo com a necessidade das plantas. Para 
o florescimento 12/12 é a norma. Novamente, ajustes poderão ser feitos. Um mínimo de 12 
horas de escuro é requerido para ativar o florescimento. 
 
ERROS MAIS COMUNS COM A ILUMINAÇÃO 
 
Não queime as plantas ao coloca-las perto demais das lâmpadas. Fluorescentes não emitem 
muito calor e podem ficar cerca de 3 a 5 cm de distância. HID emitem muito calor e precisam 
ficar a uma distância razoável. Um bom teste é colocar as costas da mão entre planta e a 
lâmpada por algum tempo, se houver sensação de desconforto é porque a lâmpada está perto 
demais. Existem algumas lâmpadas comuns que podem induzir a germinação, mas são inúteis 
para propósito de crescimento. Essa lâmpadas são: Qualquer incandescente (normal), 
halógena, luz negra e de aquecimento. Não perca tempo tentando plantar com essas 
lâmpadas, você apenas se desapontará. 
 
Fórmulas para Cálculo de Iluminação 
 
Para determinar corretamente a melhor iluminação do seu espaço existem várias coisas que 
você deve saber. A esta altura algumas definições se fazem necessárias: 
 
Lumens – Um lumen equivale a quantidade de luz emitida por uma vela que incide sobre 1 pé 
quadrado (square foot) de uma superfície a um pé (1 foot = 0,30m ) de distância. 
 
Watts – A medida da quantidade de eletricidade fluindo através do fio. Watts por hora medem 
a quantidade de watts consumidas em uma hora. Um Kilowatt/hora (KWH) é 1000 watts/hora. 
 
Para determinar o custo de operação da sua luz: 
 
Descubra o quanto é cobrado por Kwh na sua conta de luz. Imagine que você tem uma 
lâmpada de 1000 watts e paga $ 0,5/hora. Se um kilowatts equivale a 1000 watts, você pagará 
5 centavos por hora para manter a luz acesa. Outro exemplo. Digamos que você tem uma 
lâmpada de 400 watts e paga $0,3/hora. Divida 400 por 1000 = 0,4 e multiplique por 0,3 = 
$0.012 por hora de luz. 
 
Para determinar quantos lumens por pé quadrado: 
 
Você tem que achar a área do seu espaço. (largura X comprimento = pé quadrado) Divida a 
quantidade de lumens disponíveis pela medida em pés quadrados da sua área. Exemplo: 
Digamos que você tenha um espaço de 3 pés de profundidade por 4 pés de largura = 12 pés 
quadrados, e o total de lumens das suas lâmpadas é de 45.000 lumens. 45.000/12 = 3.750 
lumens por pé quadrado 
 
Quanta luz eu necessito? A tecnologia tem avançado tanto nos últimos 15 anos que nós 
estamos constantemente refinando o processo e atualizando o que sabemos que funciona 
melhor para o plantio. A teoria atual diz que o mínimo de luz necessária para sustentar o 
crescimento é de 2.000 lumens por pé quadrado. A média seria de 5.000 lumens por pé 
quadrado. O ideal seria 7.000-7.500 ou mais por pé quadrado. 
 
Para determinar o quanto de luz você precisa em watts: 
 
A regra geral para definir a quantidade de luz para uma área, é um mínimo de 30 watts por pé 
quadrado. 50 watts por pé quadrado e ideal. Você pode determinar a quantidade luz para a 
sua área usando essa fórmula: 30 watts (ou 50) X ? (sua área) em pés quadrados. Exemplo: 
Você tem uma área de 10 pés quadrados 30w X 10 s.f. = 300 watts/por pé quadrado ou 50 
watts X 10 s.f. = 500 watts por pé quadrado (ideal). Lembre-se que lâmpadas fluorescentes são 
mais fracas e emitem menos luz que as HID. Isso significa que você precisará 5 vezes mais 
watts para igualar uma lâmpada HID. Então, 30 watts de HID seriam iguais a 150 watts de 
fluorescentes. Por isso é advertido que se utilize o mínimo de 30 watts por pé quadrado para 
luzes HID e um mínimo de 150 watts para Fluorescentes. 
 
Isso tudo é muito importante pois a intensidade da luz irá afetar diretamente a qualidade e a 
produção de sua colheita. Se você tiver menos do que o ideal, sua colheita e potência serão 
reduzidas e os "camarões" não serão tão densos. Essa questão nunca é de mais repetir. Você 
deve ter a quantidade de luz certa para o seu espaço, para poder colher "camarões" de alta 
qualidade. A questão as vezes pode ser, "Posso ter luz demais?" A resposta básica é não. De 
acordo com a lei de retornos minorados, você poderia teoricamente alcançar um ponto onde 
as plantas não conseguiriam mais absorver a luz, porém seria impossível ter essa quantidade 
de luz em seu espaço. O calor se tornaria um problema bem antes de você atingir esse ponto. 
Então use quantas lâmpadas puder, apenas controle o calor. 
 
Experimentação é o único método para determinar a melhor solução para cada planta. Se a 
planta não estiver recebendoluz suficiente, ela começará a crescer de forma desproporcional 
como se estivesse se esticando para buscar luz e a folhagem se torna verde pálida. Ou, se elas 
necessitam ser movidas para perto da luz, ou aumentado o período de exposição à luz, elas 
podem ter problemas como folhas e flores descolorindo ou queimadas. Folhas poderão se 
tornar super compactas e enroladas nas pontas. 
 
Germinação 
 
Então você está com as sementes em mãos. Agora você se pergunta o que fazer para começar 
o plantio. Se você comprou sementes de um banco reconhecido então você pode ter certeza 
que elas estão prontas para germinar, já que todas passam por um processo de seleção. 
Porém, se você descolou sementes que vieram no seu bagulho prensado, você deverá fazer 
algumas verificações simples para saber se as sementes são viáveis ou não. Uma forma de 
testar, é gentilmente apertar a semente entre o seu dedo indicador e o polegar. Se ela 
desmanchar, então não está boa. As brancas e secas estão imaturas e quebrarão com 
facilidade. As sementes verde escuro, verde ou marrom são mais aptas a germinar. Você não 
poderá destinguir o sexo da planta apenas olhando a semente. Existem algumas teorias por aí, 
porém não existe nenhum sinal físico característico para se distinguir machos de fêmeas. 
 
Alguns gostam de germinar usando métodos como o do papel toalha, antes de colocar no 
vaso. Isso é para assegurar que as sementes estão no ponto, mas se você desejar poderá 
plantá-las direto no solo. Para germinar em papel toalha, simplesmente coloque a semente 
entre duas folhas de papel toalha embebidas em água mineral ou destilada, dentro de um 
Tupperware ou recipiente com tampa. Deixe o recipiente em um lugar que aja propagação de 
calor, como em cima da geladeira ou do monitor do computador. Verifique varias vezes por dia 
e veja se as sementes estão rachadas e uma pequena raiz branca começou a surgir. 
 
Após a germinação você verá uma pequena raiz branca saindo do meio da semente. Cave um 
buraco pequeno no solo (use um lápis para fazer um pequeno buraco). Quando estiver 
plantando a semente tenha certeza de que a profundidade do buraco não ultrapassa meio 
centímetro e só então coloque a semente dentro. Assegure-se que a raiz ou o lado pontudo da 
semente está apontando para o fundo ao colocar no solo. Cubra o buraco com terra solta (Não 
achate!) e mantenha a terra húmida (Não encharque!). Você deverá permitir pelo menos 10 
cm de espaço vertical no fundo para a raiz crescer. Coloque uma semente por copo de 500ml 
ou vaso de 4 litros, e coloque-o embaixo das luzes. Comece com um ciclo de luz de 24/7 (24 
horas ligada por 7 dias da semana). Você deverá ver os brotos de 2 a 14 dias dependendo das 
suas condições individuais e método de uso. Para resultados mais rápidos tente manter a 
temperatura em 26 graus Celsius. Você verá uma taxa de germinação menor com 21 graus 
Celsius, porém ainda assim é aceitável, a semente só levará mais tempo para brotar. 
 
O broto emergirá com duas folhas primordiais (cotilédones). Essas folhas são pequenas, lisas e 
arredondadas e serão seguidas de um par de folhas serradas individuais. A distância da luz 
dependerá de qual tipo esta sendo usado por você. Se for fluorescente, coloque de 3 a 5 cm de 
distância de seu broto. Se for HPS ou MH ajuste de acordo com a temperatura, fazendo o teste 
da mão. Esses tipos de luzes costumam secar o solo rapidamente, fique de olho. 
 
Atenção! Não coloque adubo ou fertilizante durante os primeiros estágios de crescimento. 
(primeiras 3 semanas) Esses estágios são muito frágeis, e não precisa muito para se cometer 
um erro fatal. Lembre-se assim como na sua vida, as plantas também precisam lidar com uma 
série de coisas ao mesmo tempo, quanto menos coisas você tiver que lidar menor a chance de 
problema. Mantenha a filosofia de menos é mais. 
 
Crescimento Vegetativo e Florescimento 
 
Assim que sua luz estiver ajustada e as folhas começarem a surgir, você estará entrando no 
período vegetativo. Só regue a planta quando o solo estiver totalmente seco até o fundo do 
vaso. Você poderá checar colocando o dedo em um dos buracos de drenagem no fundo, 
sentindo se está húmido, ou usando um medidor de humidade. Um palitinho de comida 
chinesa serve para teste improvisado, coloque-o até o fundo do vaso próximo a lateral para 
não acertar nenhuma raiz, e retire-o em seguida. Se a ponta que tocou o fundo voltar suja, 
ainda existe humidade no vaso. Deixe secar mais um pouco antes de regar novamente. 
 
Talvez o melhor método seja esperar a planta dizer que quer água. As folhas ficam meio 
murchas com aparência de "sede". A razão deste método ser preferido, tem duas partes: 1- 
Você estará seguro de não "afogar" a planta e 2- Esperando o solo secar até o fim, você 
estimulará o desenvolvimento das raízes à procura de água. Mais raízes = planta maior e mais 
forte = mais e melhores "camarões da cabeleira dos cabra que toca reggae" ;-P 
 
Provavelmente o erro mais comum entre iniciantes é "afogar" a planta. Regando em excesso 
causará à planta um crescimento pobre e se continuado pode levar ao apodrecimento da raiz e 
morte. Tome cuidado se você está começando com um pote muito grande. Ao regar em 
excesso um planta pequena em um pote grande, ela não conseguirá absorver toda a água, o 
solo poderá parecer seco na superfície, porém no fundo pode estar se formando lama, levando 
ao apodrecimento da raiz. Uma planta que não é regada o suficiente é muito mais saudável do 
que uma regada em excesso. Também é mais difícil recuperar uma planta "afogada" do que 
uma com "sede". 
 
Como regra deve se usar 2 cm de cascalho ou outra mistura apropriada de alta drenagem, no 
fundo para evitar o afogamento da planta. É recomendável que se coloque um ventilador em 
cima da planta assim que ela sair do solo, isso simula o vento e estimula o fortalecimento do 
caule levando a uma planta mais vigorosa que aguentará o seu próprio peso no período de 
florescimento. Caules grandes e fortes = planta grande e forte = mais e melhores "camarões 
bla bla bla" 
 
A temperatura poderá ficar entre 21 e 30 graus Celsius sem danificar a planta. Para o solo, o Ph 
deverá variar entre 6.3 e 6.8, geralmente. A humidade relativa deverá ficar por volta de 60% 
no período vegetativo. Durante este período alimente sua planta com um fertilizante rico em 
Nitrogênio (N). Existem vários produtos ricos em Nitrogênio, comece utilizando ¼ da dosagem 
recomendada pelo fabricante aumentando gradativamente na medida que a planta responde 
ao crescimento. Entupir de fertilizante não fará a planta crescer mais rápido e sim poderá 
queimá-la. Procure fertilizantes com uma taxa de NPK de 2-1-1. NPK é o padrão em 
embalagens de fertilizante com a taxa dos três maiores nutrientes necessários à planta: 
Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K). Para esse período da planta procure um fertilizante 
com o dobro de N em relação a P e K. Assim que a sua planta chegar por volta dos 30 cm ou 4 a 
6 semanas de idade, você poderá começar a notar a alternância de folhas dos nós (junção dos 
galhos e o caule). Quando os galhos superiores começarem a alternar é um sinal que a planta 
atingiu a maturidade e está pronta para o florescimento. 
 
Se você optou por deixar a planta no ciclo 24/7, deixe a planta crescer pelo tempo que você 
desejar. Uma planta costuma duplicar, triplicar e até quadruplicar de tamanho no período de 
florescimento. Sativas costumam quadruplicar enquanto Indicas geralmente duplicam de 
tamanho. Algumas espécies de marijuana precisam de 8 semanas de crescimento vegetativo. 
Sua altura, colheita e potência dependerão do tipo e da forma de crescimento. Como o nosso 
objetvo é a flor ou "camarão", evite criar muitas plantas ao mesmo tempo, a não ser que você 
tenha luz suficiente para todas elas. Dessa forma elas não ficarão com caules alongados e 
"camarões" somente na parte superior. 
 
Lembre-se,você só pode conseguir flor ou "camarão" de uma planta fêmea, então mantenha 
seu foco nas "minas". Para poder descobrir o sexo da planta, consiga um timer e coloque as 
luzes em um ciclo de 12 horas ligadas e 12 horas apagadas. Utilizando um timer é muito mais 
simples controlar o ciclo do que manualmente, além de mais preciso. Assegure-se de que sua 
planta receba 12 horas completas de escuridão nesse estágio. Qualquer interrupção poderá 
adiar o descobrimento do sexo por dias ou até semanas e afetar a sua produção severamente. 
O período de florescimento pode levar de 2 a 3 meses. 
 
Durante o período de florescimento, sua planta necessita de nutrientes com alto teor de 
Fósforo (P). Existem vários produtos com alto teor de P, geralmente comece diluindo ½ da 
dosagem recomendada pelo fabricante. A humidade relativa ideal é entre 40 e 55% para esse 
estágio. 
 
Por volta de 14 dias no ciclo 12/12, você pode começar a procurar por pequenos pistilos ou 
"pêlos" brancos (indicativo de fêmea) ou pequenas bolas (indicativo de macho) crescendo na 
base de cada nó. Os pistilos crescem até 0,5 cm, sendo facilmente visíveis, aparecendo aos 
pares um de cada lado do nó. As bolas crescem também na base de cada galho, aos grupos, 
parecendo pequenas cornetas, antes da forma final arredondada. Nas bolas está o pólen. 
Assim que você identificar um macho, remova-o de sua área, para permitir as fêmeas mais 
espaço e mais luz. É nesse estágio que se formam os "camarões", e a medida que o tempo 
passa eles vão aumentando de tamanho e necessitando de mais fertilizante. É altamente 
recomendável que se pare de usar fertilizantes 2 semanas antes da colheita. Para assegurar 
que toda a química dos produtos já foi absorvida pela planta. Se uma planta ainda estiver com 
química no período de colheita, o fumo será muito amargo e áspero na garganta. Para evitar 
essa aspereza, enxague a planta com água corrente, na medida de 4 vezes a capacidade de seu 
vaso, 2 semanas antes da colheita. Exemplo: Um vaso de 4 litros pode ser enxaguado com 16 
litros de água. 
 
Você pode tentar fumar uma planta macho, ou fazer óleo de haxixe, porém o objetivo principal 
é a flor ou "camarão" rico em THC e agradável de fumar. Em pouco tempo você estará 
colhendo sua planta, quando ela atingir o ponto onde o crescimento pára, começando a inchar 
e amadurecer. 
 
Colheita, Secagem e Cura 
 
A colheita, a secagem e a cura de uma planta de cannabis madura são o clímax da experiência 
de plantio, e os últimos passos na proclamação da independência do mercado negro. 
 
Apesar destes serem os últimos passos, são os mais críticos para o produto final. A colheita, 
por exemplo, dependendo da habilidade do cultivador em julgar a maturidade da planta, pode 
diminuir ou aumentar decisivamente os níveis de THC, assim como os níveis de CBN e CBD. 
 
A cannabis é colhida quando as flores estão maduras. A melhor indicação de maturidade é a 
cor dos pistilos das flores. Durante o curso do período de florescimento, esses pistilos 
começam a morrer e dependendo da espécie da planta, modificam suas cores para 
tonalidades de marrom, laranja etc. Muitos cultivadores escolhem colher a planta quando 60 a 
75% dos pistilos ou "pêlos" mudaram de cor. O tempo ideal de colheita varia de acordo com a 
espécie de cannabis, então a melhor forma de saber a hora de colher é através da 
experimentação. Tente colher amostra das flores durante períodos diferentes durante o 
florescimento (Uma com 6 semanas, outra com 7 semanas, etc) para determinar qual o melhor 
período de sua escolha. 
 
Quando colhidas antes do tempo, as flores de cannabis contém baixa concentração de CBN e 
CBD, porém mantendo alta concentração de THC. Para alguns, as flores imaturas são 
desejáveis por manterem altas doses de THC, provocando uma onda "pra cima" e cerebral. 
 
Quando colhidas em estado mais maduro, os níveis de THC caem e aumentam os níveis de CBN 
e CBD. Essa flutuação causa uma onda mais introspectiva e chapada. Travado no sofá é bom já 
ter a comida da larica preparada... 
 
O produto final da planta depende diretamente da sua escolha do período de colheita, 
nutrientes que você forneceu durante a vida de sua planta, o tempo vegetativo permitido, 
mistura de solo/solução hidropônica usada, e muitas outra variantes. Tenha em mente que um 
"camarão" pesa mais quando totalmente maduro e recém colhido. Após a secagem e cura 
apropriada a média de perda de peso pode chegar a 75% do peso original. 
 
Por impaciência, a maioria dos cultivadores novatos querem colher flores cedo. Tudo bem! 
Certifique-se, porém, de colher flores do meio pra cima da planta. Permita ao resto, continuar 
a maturação. Frequentemente o topo da planta atinge a maturidade primeiro, colha isso e 
permita o término da maturação. Você notará as flores inferiores se tornando maiores e mais 
resinosas ao atingir a maturidade completa. A produção de um modo geral pode ser 
aumentada dessa forma, ao permitir que os galhos inferiores recebam maior quantidade de 
luz e por isso mais atenção dos processos químicos internos da planta. 
 
Use uma lente de aumento e tente ver os tricomas entroncados (pequenos cristais de THC 
sobre a flor). Se a maioria estiver clara, e não marrom, o ápice do buquê floral está próximo. 
Quando a maioria desses tricomas atingirem uma coloração marrom, os níveis de THC estarão 
caindo e a flor estará perdendo potencial, declinando rapidamente com a exposição à luz e ao 
vento. Não colha tarde de mais! Observe as plantas e aprenda o tempo ideal de colheita no 
ápice da potência floral. 
 
A manicure costuma ser a parte mais tediosa do processo de cultivo. É o ponto onde você 
remove todo o excesso de folhas e galhos indesejados de suas flores. Pode ser feito de duas 
formas, com a planta seca ou ainda verde. A manicure verde costuma ser mais limpa, com as 
folhas ainda húmidas não se faz muita sujeira, enquanto a manicure seca pode virar um 
chiqueiro.Utilize um par de tesouras ou alicate afiado e limpo para remover o excesso. Comece 
pelas folhas maiores e movendo gradativamente para as menores, para facilitar o 
serviço.Algumas pessoas costumam cortar em volta da flor como se estivessem fazendo um 
corte de cabelo, deixando apenas a "pepita" de THC. 
 
Não seque as flores de cannabis ao sol, esse processo reduz a potência dos "camarões". Seque 
lentamente suas flores pendurando-as ou deitando-as em uma área ventilada, é só o que é 
preciso para assegurar uma grande sensação. A Flor é muito mais agradável ao paladar quando 
secada vagarosamente durante algumas semanas, dependendo da densidade das flores. As 
mais gordas e pesadas levam mais tempo. 
 
Se você não resistir e a pressa falar mais rápido, você pode secar uma pequena quantidade 
entre folhas de papel ou saco de papel (Ex: saco de pão) no microondas. Fique de olho para 
não tostar as bichinhas. Apesar de conveniente, o resultado final será um fumo amargo e 
áspero de gosto desagradável, já que a clorofila não teve a chance de se transformar em amido 
e açúcar. 
 
Uma boa indicação de um "camarão" bem seco é o caule. Se você puder envergar um pouco o 
caule antes dele quebrar, é sinal que a flor está pronta para cura. Essa é outra fase crítica da 
experiência de cultivo. Uma flor bem curada é muito mais potente do que uma que não foi 
curada. 
 
Seguindo um processo simples pode se conseguir um ótimo sabor de fumo e uma viagem 
inesquecível. Jarras de vidro, latas de metal ou Tupperware, além de outros potes podem ser 
usados para curar suas flores. Coloque as flores propriamente secas no pote de sua escolha e 
deixe descansando em um lugar fresco e escuro. Remova a tampa do pote diariamente e vire 
as flores, permitindo que o dióxido de carbono escape. Repita esse processo por cerca de 2 
semanas, o até alcançar o gosto e/ou potência desejados. 
 
Finalmente, assegure-se de manter as suas flores secas e curadas longeda exposição de calor 
ou luz. Fazendo isso você terá a garantia de longa vida de sua própria colheita! Boa Sorte! 
 
Plantio ao Ar livre 
 
Para muitos cultivadores, o plantio ao ar livre é o melhor método. Ele produz "camarões" mais 
potentes e ao contrário do plantio em estufas, você poderá cultivar "monstros" de 4 metros de 
altura se as condições forem favoráveis. Sendo a cannabis uma planta naturalmente robusta e 
de crescimento rápido, ela irá prosperar com bastante sol, mas também produzirá 
satisfatoriamente com apenas 5 horas de sol direto diariamente. Os raios solares, por terem 
grande penetração, alcançarão tanto a parte superior como a parte inferior da planta, 
permitindo um crescimento uniforme quando diretamente expostas ao sol. 
 
Da semente à colheita, o plantio ao ar livre pode ser longo, e apesar de muito prazeroso, o 
cultivador poderá enfrentar vários problemas. Nos 6 meses ou mais que a planta leva para se 
desenvolver, chuva e vento podem danificar as flores e animais silvestres e insetos podem 
comer e destruir sua planta completamente. Essas questões devem ser consideradas e o 
cuidado redobrado para se evitar problemas. 
 
Entre os muitos benefícios do plantio ao ar livre estão: Não precisar se preocupar com conta 
de luz, orçamento de estufa, exaustores, luzes, regulagem periódica dos ciclo diurno/noturno, 
etc. Porém os fatores mais importantes a serem levados em consideração são: Segurança, 
máxima necessidade de luz direta, qualidade do solo da área escolhida e disponibilidade de 
água. A junção desses fatores ajudará o cultivador a escolher o melhor local para sua área de 
plantio. Exposição solar é o primeiro fator ao se localizar um lugar, então tente achar um local 
inóspito onde o sol incida diretamente pelo maior período de tempo. Se for necessária a 
escolha entre o sol da manhã e o da tarde, já foi provado que o sol da manhã tem maior 
penetração. A exposição ideal seria entre às 8 da manhã até às 15 horas, embora entre às 10 e 
16 horas seja suficiente. Áreas abertas tem maior exposição solar, porém se for em um terreno 
inclinado, o lado sul terá maior incidência. Tenha em mente que a luz solar em grandes 
altitudes é mais intensa devido ao ar rarefeito. A exposição Leste/Oeste é benéfica para se 
conseguir o sol da manhã e da tarde. 
 
Existem muitas precauções que o cultivador deverá tomar para proteger sua colheita de 
saqueadores e da lei, incluindo podar os galhos para disfarçar o formato característico da 
planta de cannabis, além de plantar outras espécies em volta, como soja, tomate, bambú, cana 
de açúcar, etc. 
 
Quando o cultivo estiver longe de sua casa, numa área inóspita, o acesso à água pode ser 
problemático. Após a escolha do lugar, longe dos olhos curiosos e com sol em abundância, 
esse deverá ser o próximo fator em consideração. É preciso que haja uma fonte de água por 
perto ou pelo menos próxima da superfície, já que de outra forma você deverá carregá-la. 
Água é pesada e regar dessa forma dará muito trabalho, além dos riscos de se andar até as 
plantas a cada 4-5 dias em pleno verão. O cenário ideal seria canalizar água de uma fonte em 
um terreno mais acima, e criar um sistema de gotejamento para alimentar suas plantas em um 
intervalo fixo. Um pouco de engenharia e criatividade pouparão muito trabalho. Você também 
deverá decidir se irá plantar direto no solo, que é de longe a melhor opção, ou usar vasos 
grandes. Plantando direto no solo exclui a possibilidade de raízes emaranhadas e a 
necessidade de transplante. Embora plantar em vasos permita a mudança de lugar caso a 
segurança de sua colheita esteja ameaçada, também facilitará a vida de eventuais 
saqueadores. Uma forma de se impedir isso seria enterrando os vasos. 
 
Uma vez tomada a decisão do lugar apropriado, você deverá começar cavando um buraco 
grande com pelo menos ½ metro de profundidade. Quanto maior melhor, e se você encontrar 
raízes de árvores, lembre-se de cavar o buraco o mais largo possível. A qualidade do solo 
deverá ser analisada, muito embora não exista um tipo de solo perfeito para cultivo de 
cannabis. Diferentes variedades de espécies crescem em diferentes tipos e condições de solo. 
Seu objetivo será um solo aerado e de boa drenagem, com alta disponibilidade de nutrientes e 
com Ph médio. Alguns cultivadores procuram manter o Ph entre 6.3 e 6.8. A planta de 
cannabis cresce de forma pobre em solos muito compactados, com pouca drenagem e Ph 
extremos. Você poderá melhorar o terreno misturando condicionadores de solo e compostos 
orgânicos. 
 
Plantas criadas em solo ao ar livre, crescerão muito mais e necessitarão de mais espaço do que 
plantas de estufa. O espaçamento entre as plantas dependerá da espécie, e também se a 
planta será podada em seu topo ou não. Plantas podadas no topo crescem com uma base mais 
ampla, as vezes com o dobro de tamanho de uma planta não podada. Quanto mais espaço 
disponível entre as plantas, maior será a incidência dos raios solares, por conseguinte o 
aumento de sua produção. 
 
Veados, Roedores e Insetos 
 
Veados – Costumam ter um olfato aguçado, seis vezes superior aos cachorros. Veados são 
sensíveis ao cheiro característicos de seus predadores, como pêlos e urina. Coloque uma 
garrafa com pequenos furos na parte superior, cheia de urina e bolas de algodão, então 
pendure com fio de nylon no perímetro onde estão suas plantas. Renove a garrafa a cada 3-4 
semanas. Outras formas de espantá-los, seria usando fios de cabelo humano amarrados no 
caule, ovos podres espalhados em volta ou sabonetes de cheiro forte. Esse métodos deverão 
ser renovados a cada chuva. Um dos métodos mais simples consiste em fazer uma cerca com 
apenas uma linha de nylon, aproximadamente 1 metro acima do solo, em volta do terreno de 
suas plantas. Veados temem o que eles sentem mas não podem ver. Cercas em volta das 
plantas também podem funcionar mas lembre-se que veados conseguem saltar bem alto. 
Tente combinar 2 ou 3 métodos descritos acima para se certificar de que suas plantas estarão 
a salvo dos veadinhos.... 
 
Assim como veados os roedores temem os mesmos predadores, os métodos de cheiro de 
pêlos e urina também deverão funcionar contra eles. Porém existem algumas dicas especificas: 
 
Coelhos – Evitam o cheiro de vinagre, por isso use sabugos de milho verde encharcados com 
vinagre e espalhe em volta do terreno. Os sabugos podem ser reutilizados. Espalhe uma 
mistura de pimenta do reino, caiena e páprica no solo em volta das plantas, isso assustará os 
coelhos fuçando sua colheita, porém esse método deverá ser renovado a cada chuva. 
 
Gambás – Cercar a área com uma fronteira horizontal de materiais que os gambás não gostam 
de andar sobre, tais como plástico preto amassado, jornal, papel alumínio ou tela de galinheiro 
levemente acima do solo. Prenda-os com tijolos, pedras ou pinos de metal. Vinagre e bolas de 
naftalina também funcionarão contra eles. 
 
Esquilos – Não serão problema até a fase de florescimento. Para repelir esquilos, misture 
flocos de naftalina, gesso e pimenta do chile. Espalhe ao redor da área de cultivo. 
 
Ratos e Ratazanas – Essas criaturas podem arruinar totalmente sua colheita se elas entrarem 
no recipiente onde você guarda o seu produto final e comê-lo. O que os ratos não conseguem 
comer, eles defecam em cima, arruinando da mesma forma. Folhas de hortelã secas ou frescas 
são ótimos repelente, além de aromatizar seu produto. 
 
Cães e Gatos – Se você tem uma certa dificuldade em manter o Rex ou o Félix longe do seu 
cultivo, aqui vão algumas dicas que não farão mal aos seus animais: Tente assustá-los com 
ratoeiras de cabeça pra baixo no solo. Isso funcionará não apenas com eles, mas com outras 
criaturas selvagens também. Mistura de pimentas também poderá afastá-los. 
 
Lesmas – Em geral são comuns e podem até destruir suas plantas, não existindo um meio 
efetivo de se livrar delas. Sapos,rãs e besouros são inimigos naturais das lesmas e serão bem 
vindos nas redondezas de seu jardim. Barreiras físicas são boas opções, mantenha em volta de 
seu jardim, cascas de ovo ou serragem. Manter um prato com sal pode ser uma forma de 
exterminá-las. Ou enrolar um pedaço de arame em forma de espiral na base de sua planta, isso 
impedirá as lesmas de alcançarem as folhas. 
 
Insetos Comuns – Receita de repelente orgânico que funciona bem com a maioria deles. 
 
Ingredientes: 
 
3 pimentões verdes 
 
2 ou 3 dentes de alho 
 
3/4 Colher de sopa de detergente líquido 
 
3 copos d’água 
 
Bata os pimentões e o alho no liquidificador e coloque o purê em um recipiente de borrifar 
junto da água e do detergente. Deixe por 24 horas e depois coe o purê. Borrife as plantas 
infestadas, tomando cuidado para não atingir as folhas. 
 
Pulgões – Bata uma cebola e 2 dentes de alho no liquidificador com água, coe e borrife a 
planta protegendo as folhas. 
 
Hidroponia 
 
Hidroponia é o método de cultivo sem a utilização de terra, em vez disso utiliza-se um meio de 
pedrinhas de argila expandida, bloco de lã ou uma mistura de perlita e vermiculita. O tipo de 
meio escolhido dependerá do tipo de sistema que você escolheu para cultivar suas plantas. 
Alguns métodos não usam meio nenhum. Existem muitas vantagens em se usar o método 
hidropônico. Em primeiro lugar, o crescimento é mais rápido, já que está se provendo os 
elementos exatos que sua planta precisa, em segundo, geralmente as raízes não se 
embaraçam ao procurar por nutrientes, já que eles são fornecidos diretamente. Como as 
coisas ocorrem mais rapidamente no cultivo hidropônico, você deverá fazer visitas diárias ao 
seu jardim para verificar o que está ocorrendo com suas plantas. Olhe, ouça e aprenda. 
 
Como não se utiliza terra, nós devemos fornecer os elementos que a planta precisa, 
geralmente deve-se usar um alimento hidropônico específico, porém qualquer alimento a base 
de sais minerais deverá funcionar. Lembre-se de utilizar os nutrientes de acordo com as 
instruções do fabricante, já que as plantas não irão crescer de forma mais rápida se você 
alimentá-las em excesso. Os nutrientes são geralmente vendidos como concentrados que 
deverão ser diluídos em água, nunca coloque-os diretamente nas suas plantas por serem 
concentrados fortes demais. De um modo geral você deverá enxaguar as suas plantas uma vez 
por mês para remover o excesso de salinidade que se forma. A medição do Ph é muito 
importante em sistemas hidropônicos, um aparelho de medição eletrônico se faz necessário 
para sistema ativos, porém em sistemas passivos, um kit para teste de Ph em aquários, poderá 
ser uma solução mais barata. 
 
O alvo é manter o Ph entre 5.5 e 6.1 o tempo todo em sistemas hidrôponicos. No período 
vegetativo procure manter a solução mais ácida em 5.5 e no período de florescimento 
aumente até ficar entre 5.9 e 6.1, para que a planta absorva todos os nutrientes necessários. 
Para baixar o Ph deixando a solução mais ácida, use Ácido Fosfórico ou aumente o Ph para 
uma solução mais alcalina usando Hidróxido de Potássio, disponíveis em lojas de jardinagem 
ou produtos agropecuários. A concentração de nutrientes é verificada por um medidor de 
partículas (PPM) disponível em lojas de produtos hidropônicos. Os iniciantes podem 
simplesmente seguir as instruções do fabricante de sua solução de nutrientes. 
 
Existem dois tipos de Sistemas Hidropônicos, Passivo e Ativo: 
 
Sistemas Passivos - São simples e de mais fácil utilização, além de mais baratos. Você pode 
adquirir um pote de 4 cm de profundidade, uma mistura de perlita e vermiculita, uma pequena 
lâmpada fluorescente e você já estará plantando. Algumas pessoas podem cultivar em 
ambientes externos usando esse método e obter o mesmo tipo de resultado. Métodos 
passivos de cultura utilizam granulados de perlita e vermiculita como meio ou ainda qualquer 
outro material do gênero. A planta deverá ser regada manualmente quando a mistura estiver 
seca 2cm abaixo da superfície. Você poderá testar colocando o dedo e verificando a humidade. 
Outro método passivo simples, é o sistema de pavios (panos retorcidos), consistindo de um 
pote colocado sobre uma pequena bandeja de nutrientes, os pavios saindo do fundo do pote 
até a bandeja, mantendo a mistura húmida e fornecendo nutrientes o tempo todo. Outra 
opção e uma bacia dentro de outra bacia. Faça buracos no fundo da bacia superior e passe os 
pavios por eles até tocar os nutrientes na bacia inferior. Coloque uma mistura de perlita e 
vermiculita na bacia superior e você já estará plantando. A solução, nesse tipo de método, 
deverá ser trocada a cada 3 ou 4 dias por uma nova solução 
 
Um sistema de bloco de lã simples pode ser feito utilizando-se uma bandeja, como as 
utilizadas para manter areia para gatos. Corte um bloco de lã ao meio e ponha no meio da 
bandeja, em seguida encharque-o com uma solução de nutrientes com Ph ajustado para 5.5 e 
deixe por 24 horas. A vantagem da lã é que pode-se comprar pequenos cubos feitos para 
plantar sementes, ou preparar clones, e em seguida abrir um buraco no bloco de lã, colocando 
um cubo dentro, as raízes sairão do cubo e passarão para o bloco. Você precisará fazer um 
buraco no fundo da bandeja para permitir que o bloco seja drenado, mantendo-o apenas 
húmido. Para drenar o bloco basta inclinar a bandeja. Lembre-se de enxaguar o bloco de lã 
com pelo menos 20 litros de água a cada 2 semanas. 
 
Sistemas ativos - São os que utilizam bombas para de um certo modo fazer com que os 
nutrientes circulem, isso pode ser tão simples quanto um reservatório de 40 litros com 
nutrientes no fundo, em cima, uma bandeja acomodando 6-7 potes. Um tubo preso à bomba e 
saindo do fundo do reservatório se conecta à mangueira ou cano que distribui a solução para 
cada um dos vasos. Um buraco no fundo da bandeja permite que o excesso de solução volte 
para o reservatório. Todos os sistemas ativos tem boa performance, porém são mais caros no 
início, a vantagem é que os nutrientes são continua ou periodicamente bombeados e 
distribuidos às plantas, resultando em crescimento/florescimento rápido. Esses sistemas 
exigem um maior trabalho diário porém não são difíceis de se dominar com paciência e 
prática. 
 
Cultura em Água Profunda (Deep Water Culture) é um sistema onde os potes ou cestas são 
suspensos 2 cm acima do nível da solução de nutrientes, e uma bomba de ar de aquário é 
colocada no fundo para que as bolhas renovem o ar da solução que alimenta as plantas, 
enquanto constantemente nutridas o crescimento pode ser extremamente rápido. A versão de 
alta performance desse sistema se chama Sistema Aeropônico. 
 
Sistemas Aeropônicos costumam ter pequenos potes de 4 cm, furados como cestas e enchidos 
com argila expandida ou cascalho arredondado, para que as raízes desçam pelos buracos do 
pote até tubos ou reservatórios opacos, enquanto pequenos aspersores borrifam gotas 
microscópicas da solução de nutrientes para serem absorvidas pelas plantas. Pode-se comprar 
pequenas bombas de ar de aquários com mangueiras de plástico para arejar a solução de 
nutrientes e mantê-las balanceadas. Uma outra opção é usar aquecedores de aquário para 
manter a água aquecida por volta de 21 graus Celsius. 
 
Não importando o método escolhido para cultivar a planta ou plantas, existem pequenas 
coisas que nós devemos lembrar sobre hidroponia: O meio utilizado para as plantas nunca 
deve ser saturado por um período muito longo, isso é especialmente importante em blocos de 
lã ou potes com perlita/vermiculita, água em excesso pode afogar a planta. Não é preciso 
superalimentar as plantas para fazer com que elas desenvolvam "camarões" maiores. A planta 
de Cannabis só absorve o que ela precisa, não podendo ser alimentada à força, excesso de 
nutrientes só significarão folhas queimadas e saúde fraca. Mantenha suas plantas saudáveis, 
removendofolhas mortas e prevenindo o surgimento de pragas. Algas verdes poderão surgir 
no meio escolhido por você, para evitar o inconveniente, cubra o bloco de lã ou os potes e o 
reservatório com plástico preto para impedir a entrada de luz. 
 
Nutrientes Orgânicos 
 
A primeira razão para se utilizar nutrientes orgânicos em vez de químicos, é porque a chance 
de se queimar as plantas (superfertilização causando problemas ou morte) é quase zero. Ao 
alimentar com substâncias orgânicas, a planta só absorverá o que ela necessita, deixando o 
resto no solo. Adicionalmente, fertilizantes orgânicos são quebrados lentamente por 
microorganismos do solo, o que assegura um suprimento constante para suas plantas; além 
disso, ter muitos microorganismos presentes no solo é benéfico para o solo e 
consequentemente para suas plantas também. 
 
Fertilizantes químicos, por outro lado, são altamente solúveis e geralmente encontrados com 
uma maior concentração do que fertilizantes orgânicos. Após aplicados no solo, eles são 
rapidamente absorvidos pelas raízes. Por sua alta concentração, essa ação rápida irá causar 
uma dosagem tóxica dos nutrientes, se for usado em excesso, levando a problemas ou até a 
morte da planta. Ainda por cima, fertilizantes químicos deixam resíduos salinos no solo. Se a 
planta não for enxaguada periodicamente (cada 1-2 meses), esses sais podem se acumular em 
níveis perigosos para a planta. (Nota – Se o solo não for enxaguado um pouco antes da 
colheita, o gosto de seu fumo será afetado negativamente.) Finalmente, fertilizantes químicos 
tem um efeito devastador nos microorganismos do solo, incluindo minhocas. 
 
Além das questões de química do solo e da absorção de nutrientes, existe pouco o que 
questionar sobre o benefício da utilização de substâncias orgânicas ao meio ambiente, mesmo 
plantando em estufa. Fertilizantes orgânicos tais como, farinha de osso, emulsão de peixe, 
esterco, húmus, etc, são renováveis. O petróleo, de onde os fertilizantes químicos são 
sintetizados, não é. 
 
Para o cultivador ao ar livre, a opção do tipo de fertilizante tem um efeito ainda mais 
profundo. A chave do sucesso de um plantio bem sucedido e a saúde do solo. Fertilizantes 
químicos tem um efeito adverso na vida do solo, diminuindo a biodiversidade e a força do solo, 
e por serem muito mais solúveis do que os orgânicos, são frequentemente enxaguados pela 
água da chuva ou excesso de água ao regar. Além de serem perigosos para suas plantas, 
causam problemas de poluição em potencial, por exemplo, as algas tóxicas que surgem em 
lagos e lagoas são constantemente associadas com fertilizantes químicos que "vazam" para o 
lençol freático atingindo córregos e nascentes. 
 
Fertilizantes orgânicos também tem o seus senões, especialmente para o cultivo em lugares 
fechados. Alguns deles, como a emulsão de peixe em particular, tem um odor forte que pode 
incomodar narizes delicados. (Muito embora, medidas de segurança envolvendo filtro de ar e 
ionizadores devam manter os cheiros em seus devidos lugares...). Além disso, por 
desenvolverem a vida orgânica do solo, podem ocorrer problemas com insetos e 
particularmente fungos. Finalmente, alimentos orgânicos requerem uma maior dedicação de 
tempo e esforço por parte do usuário. A grande vantagem dos químicos é a praticidade. 
 
Notas sobre alguns fertilizantes orgânicos mais comuns: 
 
Farinha de Sangue: 13 - 0 - 0 
 
Possui uma das maiores concentrações de Nitrogênio de todos os fertilizantes orgânicos, e por 
isso se constitui na melhor escolha para o crescimento vegetativo. Em sua forma de ação seca 
e lenta, pode ser misturada ao solo na proporção de 1 a 2 colheres de sopa por 4 litros de solo. 
Sua versão solúvel é a mais utilizada, por sua ação rápida sem o risco de se queimar as plantas 
como os fertilizantes químicos. Para fazer o chá de farinha de sangue, deixe uma colher de 
sopa de molho em 4 litros de água, por 5 ou 7 dias. Quanto mais tempo maior a concentração 
de N. Agite bem, coe o resíduo sólido, e regue suas plantas. 
 
Farinha de Ossos: 1 - 11 - 0 
 
Por sua alta concentração de fósforo, é mais indicada para o período de florescimento, porem 
por ser de lenta dissolução, é recomendado que seja adicionado ao solo ainda na fase 
vegetativa. (Talvez o melhor seja misturar somente no solo do último transplante.) Um dos 
cuidados com a farinha de ossos, especialmente na Europa, é o medo de contágio da doença 
da vaca louca. Muito embora ainda não tenha sido provado, vale ter isso em mente. 
 
Emulsão de Peixe: 5 - 1 - 1 
 
É uma solução liquida feita de peixe decomposto e as vezes outros ingredientes. É um 
fertilizante extremamente gentil e a melhor escolha como o "primeiro fertilizante" para se usar 
em plantas jovens. Sua taxa de NPK é ideal para o estágio vegetativo. Pode ser diluído em água 
na proporção de 1 a 3 colheres de sopa por 4 litros de água. 
 
Húmus: 0.5 - 0.5- 0.3 
 
Também conhecido como o bom e velho cocô de minhoca, talvez seja o melhor fertilizante 
orgânico no cômputo geral. Apesar do baixo nível relativo de nutrientes, húmus por alguma 
razão tem um excelente efeito no vigor das plantas, tendo seu efeito reconhecido por todos 
que o utilizam. Por ser bastante gentil, pode ser usado em plantas recém germinadas por 
também conter micronutrientes. Pode ser misturado ao solo na proporção de 15% do volume 
total ou feito chá (1 parte de húmus para 5 partes de água.) e aplicado no solo ou fertilizante 
foliar. 
 
Composto de Algas Marinhas: 1 - 0.5 - 2.5 
 
Fornece cerca de 60 tipos de elementos, além de hormônios de promoção de crescimento e 
enzimas. É usado para assegurar que a planta está conseguindo os micronutrientes 
necessários. Pode ser misturado ao solo (1-2 colheres de sopa por 4 litros de água) ou feito chá 
na mesma proporção. 
 
Guia de Resolução de Problemas - Enfermaria 
 
Os problemas mais comuns são, o excesso de água e de fertilizantes, seguidos de perto por pH 
incorreto e raízes emaranhadas. Antes que quaisquer tentativas de remediar sejam tomadas, 
esses fatores deverão ser considerados. 
 
* Deficiência de Nutrientes – Raramente acontecem nos jardins modernos. O que as pessoa 
vêem como deficiência de nutrientes, 9 em cada 10 vezes é problema de pH. Um pH muito alto 
ou muito baixo trava a capacidade da planta de absorver os nutrientes, por isso elas 
aparentam estar deficientes, quando na verdade existem nutrientes em quantidade mais do 
que suficientes na solução/solo. Adicionar nutrientes só piora a situação, desregulando o pH 
ainda mais e aumentando a quantidade de partículas no meio. 
 
Solução - O melhor a fazer, caso seja detectada qualquer forma de deficiência de nutrientes, é 
medir e ajustar o pH. 
 
* Excesso de Água – Sinais de excesso de água incluem: Folhas murchas, curvadas e 
amarelando. Também uma boa indicação é o constante cheiro de terra molhada em sua 
estufa/jardim. 
 
Solução – Aumente a temperatura e o fluxo de ar para evaporar o excesso de água. Você pode 
também adicionar h2O2 (Água Oxigenada) para ajudar as raízes a receberem oxigenação. 
Apenas não regue em excesso, somente quando o solo/meio estiver seco. Se o seu solo estiver 
encharcado, transplante sua planta para um novo vaso com solo seco e fresco. 
 
* Excesso de Fertilizante – Sinais de excesso de fertilizante incluem: Folhas queimadas/ mortas 
nas pontas/laterais e curvadas para baixo. 
 
Solução – Verifique e ajuste para o pH desejado. Enxágue e diminua o nível de 
fertilizante/nutrientes. 
 
* pH Incorreto – Problemas com pH podem se manifestar de diferentes formas, desde 
deficiência de nutrientes até excesso de fertilizante e folhas queimadas. 
 
Solução – A única forma de saber é medindo e ajustando o nível do pH. 
 
* Raízes Emaranhadas – Veja abaixo na seção Problemas com Raízes 
 
* Estresse por Calor – Sinais de estresse por calor se assemelham muito a queimaduras por 
nutrientes,exceto que elas ocorrem no topo da planta, próxima das lâmpadas. O amarelar das 
folhas superiores é causado normalmente por proximidade das lâmpadas HID. 
 
Solução – Uma forma de saber se as suas plantas estão muito próximas é colocar as costas da 
mão entre elas e a lâmpada, por alguns minutos. Se você sentir uma sensação de desconforto 
é porque elas estão muito próximas e a lâmpada deverá ser ligeiramente afastada. 
 
Problemas nas Folhas 
 
* Amarelar - Acontece por falta de clorofila. Possíveis causas podem ser, drenagem insuficiente 
do solo, raízes danificadas, raízes compactadas, alta alcalinidade e deficiência de nutrientes. 
 
Solução – Mais uma vez lembre-se de checar o pH.**Nota – Nas últimas semanas de 
florescimento um amarelar nas folhas é completamente normal, pois a planta usa todos os 
nutrientes estocados. 
 
* Amarelar nas Folhas Inferiores e Medianas – Esse amarelar nas folhas mais antigas é 
possivelmente um sinal de deficiência de Nitrogênio (N). Como esse é um nutriente 
transferível (quer dizer que a planta pode movê-lo quando necessário), se uma planta não está 
recebendo Nitrogênio suficiente das raízes então ele será "roubado" das folhas mais antigas. 
Plantas com deficiência de Nitrogênio geralmente demonstram falta de vigor e crescimento 
pobre, resultando numa planta fraca e atrofiada. Em Sistemas Hidropônicos normalmente o 
pH está muito alto travando a absorção do Nitrogênio disponível na solução. Em solo, amarelar 
também pode ser indicação de raízes emaranhadas. 
 
Solução – Primeiro verifique e ajuste o pH. O pH correto para a cannabis é 6.3 – 6.8 quando em 
solo e 5.5 – 6.1 quando em Sistema Hidropônico. Segundo, certifique-se de estar fornecendo a 
quantidade/tipo correto de fertilizante/nutriente. Para o estágio vegetativo a cannabis precisa 
de um alimento rico em Nitrogênio, na taxa NPK de 2-1-1 ou (20-10-10) 
 
* Amarelar nas Folhas Superiores – O amarelar nas folhas novas pode ser um sinal de 
deficiência de Enxofre (S). Essa deficiência é bastante rara mas começa com o amarelar de uma 
folha nova por inteiro, incluindo as veias. Outros sinais são, raízes alongadas, galhos rígidos e a 
ponta das folhas enroladas pra baixo. **Nota – Na maioria dos caso o amarelar nas folhas 
superiores e causado por proximidade das lâmpadas. 
 
Solução – Verifique e ajuste o Ph, além do nível de fertilizante/nutriente para se certificar de 
estar fornecendo o tipo/quantidade corretos para o seu estágio de crescimento. Faça o teste 
da mão e veja se está muito quente. 
 
* Folhas Enrolando pra cima – Pode ser sinal de deficiência de Magnésio (Mg) causada por um 
nível de pH baixo. A falta de Magnésio pode ainda gerar amarelamento (com posterior 
escurecimento e folhas secas) e amarelamento entre as veias, começando nas pontas das 
folhas mais antigas e progredindo para o centro. Pode ser também um sinal de excesso de 
calor e humidade dentro da estufa. 
 
Solução – Verifique e ajuste o pH, já que fora do nível ideal a planta de marijuana perde a 
capacidade de absorver os elementos essenciais requeridos para um crescimento saudável. Se 
você estiver cultivando em solo, o Magnésio começará a ser travado com um pH de 6.5 ou 
inferior, em hidroponia começa com 5.8 ou inferior. Se o pH for o correto, então adicione ¼ de 
colher de chá de Sulfato de Magnésio Heptahidratado (Epsom Salt) por litro de água. Ou para 
nutrição foliar, dilua a dose anterior com 2 partes de água e borrife periodicamente nas folhas. 
**Nota – Se a água da torneira tiver acima de 200 PPM o Magnésio será travad por excesso de 
cálcio (Ca) na água. Magnésio pode ser travado por excesso de Ca, de Cloro (Cl) ou Nitrogênio 
Amoníaco (NH4+). Se esse for o seu problema use água mineral. 
 
* Folhas Enrolando pra baixo – Quando isso ocorre, associado com pontas e margens 
queimadas é costumeiramente um sinal de que o nível de nutrientes está alto demais. 
 
Solução – Verifique e ajuste o pH. Enxague e diminua o nível de nutrientes. 
 
* Folhas Murchando – Geralmente ocorre por excesso/falta de água ou pouca luz. 
 
Solução – Quando em solo, primeiro coloque o dedo ou um medidor de humidade alguns 
centímetros abaixo do solo e verifique se está seco ou húmido. Se excesso de água for o seu 
problema, aumente a temperatura e a circulação de ar em sua estufa para evaporar um pouco 
do excesso. Adicione h2o2 (Água Oxigenada) diluída em água.**Aviso! – Excesso de água 
crônico pode levar a raízes podres/estagnadas e solo enlameado. Caso você detecte esse 
problema, transplante para um vaso novo com terra fresca e seca. Em Sistemas Hidropônicos, 
verifique se o meio está húmido ou seco, antes de adicionar água ou ligar a bomba. Se o meio 
ainda estiver muito húmido, ou muito seco, você precisará verificar seu jardim com mais 
frequência para checar a disponibilidade de água em seu sistema. Por último, se falta de luz for 
seu problema, adicione mais luz. 
 
Problemas com Raízes 
 
* Raízes Emaranhadas – Isso ocorre quando as raízes crescem mais do que o pote em que elas 
estão contidas. Plantas cujas raízes estão emaranhadas exibem um crescimento atrofiado, 
fino, lento e com produção de "camarões" pequenos, folhas murchas facilmente queimadas 
por nutrientes, necessitando de água constantemente. O amarelar das folhas antigas 
progressivamente subindo até que todas as folhas sequem e morram, é um sinal significativo 
desse problema. 
 
Solução – Transplante imediato para um vaso maior. A receita de bolo é, 4 litros de solo para 
cada 30 cm de altura, exceto em clones que podem utilizar uma medida menor. Ao 
delicamente retirar a massa de raízes, inspecione e veja se as raízes formam um círculo 
fechado em volta da massa, em caso positivo, tente muito gentilmente desprender essas raízes 
da massa de terra. Se as raízes estiverem muito emaranhadas então você poderá cortar 
algumas fatias de 1 cm em torno da massa com um instrumento afiado e esterilizado, antes de 
colocar a planta em seu novo vaso. **Nota – Não compacte o novo solo no fundo do novo 
pote, deixe-o aerado porém ser bolsas de ar, para que as raízes penetrem facilmente. 
 
* Raízes Atrofiadas – Ou crescimento lento ou nenhum de novas folhas podem ser devido a 
deficiência de cálcio (Ca), intoxicação por Alumínio (Al), Cobre (Cu), pH Ácido ou tóxinas no 
solo. 
 
Solução – Como sempre, verifique e ajuste o pH. Se houver qualquer tipo de intoxicação do 
solo, então você precisará enxaguá-lo completamente. 
 
Problemas nos Galhos 
 
* Quebra de Galho ou Caule – Isso poderá ocorrer mais cedo ou mais tarde com qualquer um. 
Isso pode ocorrer por tentativa de tencionar a planta, animais derrubando vasos ou refletores 
caindo em cima, etc Não importa como aconteceu, só não há motivo para pânico. 
 
Solução – Consertar não é problema, faça talas com palitos de sorvete e prenda com fita crepe 
ou esparadrapo. Um canudo do Mc Donald’s cortado ao longo pode ser um ótimo método de 
"engessar" caule/galho. Dê uma semana para que a planta se recupere e volte a crescer.

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