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3368_203304431-Manutencao-de-Computadores

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Série telecomunicaçõeS
manutenção de 
computadores
Série telecomunicaçõeS
Manutenção de 
CoMputadores
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Conselho Nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente 
SENAI – Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor-Geral
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
Série telecomunicaçõeS
Manutenção de 
CoMputadores
SENAI
Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Sede
Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto 
Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-
9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
© 2012. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por 
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de 
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por 
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
SENAI Departamento Nacional 
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional de Santa Catarina 
Núcleo de Educação – NED
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
_________________________________________________________________________ 
 S491m 
 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional. 
Manutenção de computadores / Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. 
Brasília : SENAI/DN, 2012. 
117 p. : il. (Série Telecomunicações). 
 
 ISBN 978-85-7519-627-4 
 
 1. Computadores – Manutenção e reparos. 2. Arquitetura de 
computadores. 3. Montagem (Computadores). I. Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. 
II. Título. III. Série. 
 
CDU: 004.3 
_____________________________________________________________________________ 
lista de ilustrações
Figura 1 - Microcomputador ........................................................................................................................................16
Figura 2 - Máquina pascalina .......................................................................................................................................16
Figura 3 - Máquina diferencial ....................................................................................................................................17
Figura 4 - MARK I ..............................................................................................................................................................17
Figura 5 - MARK I e ENIAC ............................................................................................................................................18
Figura 6 - Representação de uma CPU .....................................................................................................................24
Figura 7 - Barramento .....................................................................................................................................................26
Figura 8 - Barramentos do computador 1 ...............................................................................................................27
Figura 9 - Barramentos do computador 2 ...............................................................................................................28
Figura 10 - Processadores .............................................................................................................................................29
Figura 11 - Memória cache L2 dentro do processador .......................................................................................30
Figura 12 - Processador com dois núcleos ..............................................................................................................31
Figura 13 - Placa-mãe .....................................................................................................................................................36
Figura 14 - Portas da placa-mãe .................................................................................................................................37
Figura 15 - Soquete do processador .........................................................................................................................37
Figura 16 - Soquete LGA: Soquete 1366 (para processadores atuais da Intel) ..........................................38
Figura 17 - Soquete ZIF: Soquete AM3 (para processadores atuais da AMD) ............................................38
Figura 18 - Slots de memória DIMM1 ........................................................................................................................39
Figura 19 - Placa-mãe e seus chipsets (norte – northbridge e sul – southbridge) .......................................40
Figura 20 - Slots PCI-e e PCI ..........................................................................................................................................40
Figura 21 - Teste de inicialização (POST) 1 ..............................................................................................................41
Figura 22 - Bateria da BIOS e jumper para reset .....................................................................................................42
Figura 23 - Conector ATX de 24 pinos ......................................................................................................................43
Figura 24 - Conector auxiliar de 4 pinos ..................................................................................................................43
Figura 25 - Interface IDE/PATA .....................................................................................................................................44
Figura 26 - Interface SATA .............................................................................................................................................44
Figura 27 - Interface do drive de disquetes FDD (floppy disk drive) ................................................................45
Figura 28 - Barramentos ................................................................................................................................................48
Figura 29 - Slot PCI ...........................................................................................................................................................49
Figura 30 - Slot AGP .........................................................................................................................................................49
Figura 31 - Slots PCI-e 16X (superior) e 1X (inferior) ............................................................................................50
Figura 32 - Conectores USB encontrados no mercado .....................................................................................52
Figura 33 - Placa-mãe ATX ............................................................................................................................................53
Figura 34 - Conector da fonte ATX e reforço de corrente ..................................................................................54
Figura 35 - Ligação direta e tensões da fonte ATX ...............................................................................................54Figura 36 - Gabinete ATX ...............................................................................................................................................55
Figura 37 - Memória SIMM 30 vias .............................................................................................................................57
Figura 38 - Memória SIMM 72 vias .............................................................................................................................57
Figura 39 - Memórias DIMM 168 vias ........................................................................................................................58
Figura 40 - Tipos de memória SODIMM ...................................................................................................................59
Figura 41 - Memória ROM .............................................................................................................................................60
Figura 42 - Posição dos chanfros ................................................................................................................................65
Figura 43 - HD ....................................................................................................................................................................67
Figura 44 - HD 80 Seagate.............................................................................................................................................68
Figura 45 - Cabo IDE de 80 vias e cabo SATA ..........................................................................................................69
Figura 46 - Conectores SATA e IDE .............................................................................................................................70
Figura 47 - Conector SATA.............................................................................................................................................70
Figura 48 - CD-ROM .........................................................................................................................................................72
Figura 49 - DVD .................................................................................................................................................................73
Figura 50 - Mídia Blu-Ray de 200 GB ..........................................................................................................................75
Figura 51 - Placa de vídeo do início dos anos 2000 .............................................................................................76
Figura 52 - Conexões S-Vídeo, DVI e VGA ................................................................................................................76
Figura 53 - Duas placas ATI X1950 em modo Crossfire .......................................................................................77
Figura 54 - Placa de som ................................................................................................................................................78
Figura 55 - Pulseira antiestática ..................................................................................................................................84
Figura 56 - Manuseio correto de placas ...................................................................................................................85
Figura 57 - Manuseio incorreto de placas ...............................................................................................................85
Figura 58 - Manuseio incorreto ...................................................................................................................................86
Figura 59 - Placa-mãe .....................................................................................................................................................87
Figura 60 - Abrindo a trava e a tampa do soquete ..............................................................................................87
Figura 61 - Instalação do processador no soquete 775 .....................................................................................88
Figura 62 - Travando a tampa do soquete 775 ......................................................................................................89
Figura 63 - Processador com pasta térmica ............................................................................................................89
Figura 64 - Inserindo o cooler ....................................................................................................................................90
Figura 65 - Conector do cooler do processador ....................................................................................................90
Figura 66 - Conectando coolers de 3 ou 4 pinos a placa-mãe .........................................................................91
Figura 67 - Instalando módulo de memória...........................................................................................................91
Figura 68 - Instalação da fonte de alimentação ....................................................................................................92
Figura 69 - Parafuso de rosca grossa .........................................................................................................................93
Figura 70 - Parafuso rosca fina .....................................................................................................................................93
Figura 71 - Furação placa-mãe ....................................................................................................................................94
Figura 72 - Fixando a placa-mãe dentro do gabinete .........................................................................................94
Figura 73 - Pinos de conexão da placa-mãe no painel frontal do gabinete ...............................................95
Figura 74 - Esquema de botões e leds do gabinete ............................................................................................95
Figura 75 - Fios que fazem ligação do painel frontal à placa-mãe .................................................................96
Figura 76 - Painel frontal conectado à placa-mãe ................................................................................................97
Figura 77 - Instalando o disco rígido .........................................................................................................................97
Figura 78 - Cabo SATA de 7 pinos ...............................................................................................................................98
Figura 79 - Instalando o drive de DVD ......................................................................................................................98
Figura 80 - Instalando a placa de vídeo ...................................................................................................................99
Figura 81 - Conector auxiliar de 4 pinos ............................................................................................................... 100
Figura 82 - Conector de ATX de 24 pinos ............................................................................................................. 100
Figura 83 - Placa-mãe alimentada com os dois conectores de energia .................................................... 100
Figura 84 - Conector de energia SATA 15 pinos ................................................................................................. 101
Figura 85 - Micro inicializando POST ...................................................................................................................... 102
Figura 86 - Tela Boot do BIOS ....................................................................................................................................105
Figura 87 - Mudando a sequência de boot (Boot Device Priority) ................................................................106
Figura 88 - Configurações de segurança do BIOS ............................................................................................. 107
Figura 89 - Aba Exit do BIOS ...................................................................................................................................... 107
Figura 90 - Resetando o BIOS ................................................................................................................................... 110
Quadro 1 - Matriz curricular ...........................................................................................................................................13
Tabela 1 - Sufixos ...............................................................................................................................................................20
Tabela 2 - Processadores Intel .......................................................................................................................................31
Tabela 3 - Taxas de velocidades dos barramentos.................................................................................................50
Tabela 4 - Taxas de transferência USB ........................................................................................................................52
Tabela 5 - Potência dos dispositivos ...........................................................................................................................56
Tabela 6 - Taxa de transferência ...................................................................................................................................63
Tabela 7 - Nomenclatura e taxa de transferência ..................................................................................................64
Tabela 8 - Taxa de transferência das memórias ......................................................................................................66
Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................................................................13
2 História do Computador .............................................................................................................................................15
2.1 Evolução dos computadores ...................................................................................................................16
2.2 Sistema de numeração ..............................................................................................................................19
2.2.1 Unidades de grandeza na informática ..............................................................................19
3 Arquitetura de Computadores ..................................................................................................................................23
3.1 Processadores ...............................................................................................................................................24
3.1.1 Arquitetura dos processadores e barramentos ..............................................................25
3.1.2 Frequência do processador ...................................................................................................28
3.1.3 Memória cache ...........................................................................................................................29
3.1.4 Tecnologia de múltiplos núcleos .........................................................................................30
3.1.5 Instalação de processadores .................................................................................................31
3.2 Placa-mãe .......................................................................................................................................................35
3.2.1 Portas de entrada e saída .......................................................................................................36
3.2.2 Soquete para processador .....................................................................................................37
3.2.3 Slots de memória .......................................................................................................................38
3.2.4 Chipset ...........................................................................................................................................39
3.2.5 Slots PCI e PCI Express ..............................................................................................................40
3.2.6 ROM BIOS .....................................................................................................................................41
3.2.7 Conector de energia ................................................................................................................42
3.2.8 Interface IDE/PATA ....................................................................................................................43
3.2.9 Interface SATA ............................................................................................................................44
3.2.10 Conector floppy disk...............................................................................................................45
3.2.11 Placas-mãe com dispositivos on-board e off-board ...................................................45
3.3 Barramentos ..................................................................................................................................................47
3.3.2 Barramento PCI ..........................................................................................................................49
3.3.3 Barramento AGP ........................................................................................................................49
3.3.4 Barramento PCI Express ...........................................................................................................50
3.3.5 Barramento USB ........................................................................................................................51
3.4 Padrão ATX de gabinetes e fontes .........................................................................................................53
3.4.1 Placa-mãe ATX ...........................................................................................................................53
3.4.2 Fonte ATX .....................................................................................................................................54
3.4.3 Gabinete ATX ..............................................................................................................................55
3.5 Memórias ........................................................................................................................................................56
3.5.1 Tipos de encapsulamentos ....................................................................................................56
3.5.2 Memória ROM ............................................................................................................................59
3.5.3 Memória RAM .............................................................................................................................60
3.5.4 Memória SDRAM SDR ..............................................................................................................61
3.5.5 Memória SDRAM DDR .............................................................................................................61
3.5.6 Memória DDR2 ...........................................................................................................................63
3.5.7 Memória DDR3 ...........................................................................................................................643.6 Unidades de disco magnético ................................................................................................................66
3.6.1 A história do HD ........................................................................................................................66
3.6.2 As partes principais de um HD .............................................................................................67
3.6.3 Padrão IDE ...................................................................................................................................68
3.6.4 Padrão SATA ................................................................................................................................69
3.6.5 Tecnologia RAID.........................................................................................................................71
3.7 Unidades de discos ópticos .....................................................................................................................71
3.7.1 Unidades de CD .........................................................................................................................71
3.7.2 Unidades de DVD ......................................................................................................................73
3.7.3 HD-DVD ........................................................................................................................................74
3.7.4 Blu-Ray ..........................................................................................................................................74
3.8 Placas de expansão .....................................................................................................................................75
3.8.1 Placas de vídeo ..........................................................................................................................75
3.8.2 Placa de som ...............................................................................................................................77
4 Procedimento de Montagem de Computadores ...............................................................................................81
4.1 Cuidados com componentes internos ................................................................................................82
4.1.1 Eletricidade estática .................................................................................................................82
4.2 Manuseando as peças ...............................................................................................................................84
4.2.1 Manuseio dos componentes de hardware ......................................................................84
4.3 Montando o primeiro computador ......................................................................................................86
4.4 Configurando o BIOS............................................................................................................................... 102
4.4.1 Como configurar ................................................................................................................... 103
4.4.2 Procedimento para reset do BIOS ..................................................................................... 108
Referências ........................................................................................................................................................................ 113
Minicurrículo dos Autores ........................................................................................................................................... 115
Índice .................................................................................................................................................................................. 117
1
Olá, caro aluno!
Seja bem-vindo à unidade curricular Manutenção de Computadores! A partir de agora, você 
é convidado a conhecer a história da computação, os componentes do computador, os concei-
tos de sistemas operacionais, e saberá como instalar um sistema operacional, montar e reparar 
microcomputadores, além de ver conceitos de redes de computadores.
Esperamos que o conteúdo desta unidade curricular atenda a suas expectativas e que você 
adquira conhecimentos que possa utilizar em sua vida profissional. Para o profissional, é im-
portante estar preparado tanto nas competências técnicas como nas relacionais, para poder 
atuar pró-ativamente, conduzindo as pessoas com as quais trabalha a excelentes resultados e 
à satisfação profissional.
A seguir, são descritos na matriz curricular os módulos e as unidades curriculares previstos 
e as respectivas cargas horárias. 
Instalador e reparador de redes de computadores
Módulos denoMI-nação unIdades CurrICulares
Carga 
HorárIa
Carga 
HorárIa 
Módulo
Específico 
Único
Único
•	Eletroeletrônica 30 h
220 h
•	Cabeamento Estruturado 40 h
•	Instalação de Redes Locais 30 h
•	Manutenção de Computadores 60 h
•	Instalação de Sistemas Operacionais Desktop e Aplicativos 60 h
Quadro 1 - Matriz curricular
Fonte: SENAI DN
Agora, você é convidado a trilhar os caminhos do conhecimento. Faça deste processo um 
momento de construção de novos saberes, onde teoria e prática devem estar alinhadas para o 
seu desenvolvimento profissional. 
Bons estudos!
introdução
2
História do Computador
Já houve um tempo em que os computadores eram enormes. Com o passar dos anos, fo-
ram diminuindo e se tornando cada vez mais fáceis de manusear. Não só por fora! A melhoria 
também avançou pela área interna dos computadores. Desde sistemas como o MS-DOS até os 
famosos Windows, utilizados atualmente, a evolução das máquinas alcançaram o mundo todo. 
Hoje, dificilmente encontra-se um local sem computador. Ele está nas empresas, lares, escolas, 
universidades e por todos os lugares. Neste capítulo você vai estudar a história do computador. 
Vamos ver agora alguns objetivos de aprendizagem desta seção. Acompanhe:
a) estudar a evolução dos computadores;
b) conhecer fatos e personagens marcantes da história dos computadores;
c) verificar os sistemas de numeração da informática.
A partir de agora, dedique-se ao estudo, lembrando que motivação e comprometimento 
são fundamentais para uma aprendizagem significativa e prazerosa. Pronto para conhecer a 
história do computador? Vamos lá!
Manutenção de CoMputadores16
2.1 Evolução dos ComputadorEs
O computador é uma máquina constituída por componentes e circuitos ele-
trônicos, capaz de receber, armazenar, processar e transmitir dados e informa-
ções. De modo geral, ele tem como função receber dados, processá-los e, por 
fim, fornecer uma saída, que pode ser um resultado na tela ou uma página na 
impressora. 
 Dre
am
st
im
e 
(2
01
2)
Figura 1 - Microcomputador
Os computadores passaram por um processo evolutivo muito extenso até 
chegarem aos modelos que se conhecem hoje em dia. Para iniciar o estudo, é 
importante que você saiba que, ao francês Blaise Pascal, é creditada uma das 
maiores contribuições para a evolução da computação. Foi por volta de 1642 que 
ele inventou a primeira calculadora mecânica de que se tem notícia, a chamada 
máquina pascalina, que você pode observar a seguir. 
 Dav
id
 M
on
ni
au
x 
(2
00
5)
Figura 2 - Máquina pascalina
Mais adiante, em 1822, o cientista inglês Charles Babbage construiu um mode-
lo do que viria a ser a máquina diferencial, composta de rodas movidas por meio 
de uma manivela. Prosseguindo com seus trabalhos, Babbage projetou a máqui-
na analítica, composta por uma unidade central de processamento, dispositivos 
de entrada e saída e, ainda, dotada de uma capacidade de armazenar números. 
Essa máquina possuía um mecanismo tão complexo que não pôde ser construída 
pelo própriocientista. 
2 História do Computador 17
 VOCÊ 
 SABIA?
Blaise Pascal inventou a calculadora mecânica em 1642. 
Ele concebeu a ideia ao tentar ajudar seu pai, a quem 
tinha sido atribuída a tarefa de reorganizar as receitas 
fiscais da província francesa de Haute-Normandie. Sua 
primeira calculadora foi chamada de calculadora de 
Pascal e, posteriormente, pascaline, que poderia somar 
e subtrair dois números diretamente e multiplicar e divi-
dir pela repetição.
 SEN
A
I (
20
12
)
Figura 3 - Máquina diferencial 
Durante a Segunda Guerra Mundial, a IBM (International Business Machines), 
em parceria com a Marinha norte-americana, patrocinou o projeto de um estu-
dante de Harvard. Desse projeto, nasceu o computador eletromecânico (consti-
tuído por relés), denominado MARK I. A primeira máquina totalmente eletrônica, 
no entanto, foi lançada em 1943. Ela foi projetada pelo matemático Allan Turing 
e foi batizada de Colossus. 
 SEN
A
I (
20
12
)
Figura 4 - MARK I
Manutenção de CoMputadores18
Anos mais tarde, surgiu o ENIAC (Electronic Numerical Interpreter and Calculator), 
desenvolvido na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Tratava-se do pri-
meiro computador digital de grande porte, composto por 17 mil válvulas, medindo 
5,5 metros de altura por 25 metros de comprimento e pesando 30 toneladas.
 Dre
am
st
im
e 
(2
01
2)
Figura 5 - MARK I e ENIAC 
Nas quatro décadas seguintes, o processo evolutivo continuou, mas não mais 
com o uso de mecanismos complexos ou por meio de dispositivos eletromecâ-
nicos. Nesse período, houve um grande progresso na área de eletrônica, o que 
possibilitou o aposento da válvula e a utilização de transistores e, posteriormente, 
de circuitos integrados ou chips. Como símbolos dessa época, podem-se citar os 
lançamentos do TX-0, pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), em 
1946; do IBM 1401 e do IBM 360, na década de 1960; do PDP 11, em 1970; do Altair 
8800, já baseado em um processador Intel, e o 8080, em 1975. Mais adiante, em 
1979, o Atari 800 tornava-se popular.
Mas foi em 1981 que a história do computador começou a mudar. Nesse ano, a 
IBM lançou o IBM-PC, um computador dotado de um processador Intel (8088) de 
8 bits, voltado ao uso pessoal. Mais tarde, esses equipamentos passaram a adotar 
o sistema operacional da recém-criada Microsoft, o MS-DOS. Visando o mercado 
em expansão, em 1984 a Apple Computers lançou o Macintosh, um computador 
com arquitetura interna distinta daquela do IBM-PC, e com um grande diferencial: 
o sistema operacional, desenvolvido com interface gráfica, possibilitava o uso do 
mouse para acionar ícones na tela, o que representou uma revolução para a época.
A partir de então, a história já fica muito mais próxima dos usuários domés-
ticos. Depois do IBM-PC, a Intel passou a dominar o mercado de processadores, 
2 História do Computador 19
fornecendo CPUs para os maiores fabricantes de computadores. Foi assim com 
o Intel 80286, 80386, 80486, Pentium, Pentium II, Pentium III, Pentium IV, Core 2 
Duo, Core 2 Quad e Intel I7. 
 FIQUE 
 ALERTA
O mercado da computação se atualiza muito rápido e 
constantemente. Por isso, é importante que você procure 
se manter a par das novidades e, de preferência, busque 
aprimorar os conhecimentos em relação aos avanços. Fi-
que atento aos lançamentos dos fabricantes de hardware e 
software para não ficar parado no tempo. 
2.2 sistEma dE numEração
Você sabia que o sistema de numeração mais difundido na matemática é o 
decimal? É verdade! Por esse motivo, fica fácil compreender que ele é composto 
por dez símbolos (de 0 a 9). Como ele é utilizado frequentemente, também se 
presume que você saiba que com dois dígitos decimais é possível fazer cem com-
binações distintas, de 00 a 99. Quando se trata de informática, no entanto, é um 
pouco diferente. 
Os sistemas de numeração utilizados na informática são o binário (composto 
por dois símbolos: 0 e 1) e o hexadecimal (composto por 16 símbolos: de 0 a 9 e 
de A a F). Como os equipamentos eletrônicos normalmente trabalham com os es-
tados “ligado” ou “desligado”, adotou-se o sistema binário para representar esses 
estados, onde “0” equivale ao estado desligado e “1” equivale ao estado ligado. 
Os números binários também são usados para representar caracteres. Para cada 
caractere digitado em um editor de texto, por exemplo, existe uma sequência de 
oito dígitos binários que o representa. Com relação aos números hexadecimais, 
diz-se que são usados para representar endereços ou posições na memória do 
computador.
Preparado para seguir o estudo? Pois saiba que este assunto não para por aqui. 
A seguir, você verá as unidades de grandeza na informática. 
2.2.1 Unidades de grandeza na informática
Cada sistema de numeração permite um determinado número de combina-
ções a cada grupo de dígitos. Com quatro dígitos binários, por exemplo, é pos-
sível formar 16 combinações. Já com 5 dígitos, você poderia formar 32 combina-
ções. Esse cálculo é obtido elevando-se a base 2 ao número de dígitos. Observe a 
fórmula a seguir: 
Manutenção de CoMputadores20
24 = 16, 25 = 32, 210 = 1.024
Para representar essas grandezas, existem os sufixos. O sufixo K (quilo), que em 
decimal representa mil vezes (como em quilo, quilômetro), em binário representa 
210 vezes (1.024). Logo, um quilobyte (1 KB) representa 1.024 bytes, conforme a 
tabela a seguir.
Tabela 1 - Sufixos
Sufixo Potência Quantidade
Quilo (K) 210 1.024
Mega (M) 220 1.048.576
Giga (G) 230 1.073.741.824
Tera (T) 240 1.099.511.627.776
Peta (P) 250 1.125.899.906.843.620
Exa (E) 260 1.152.921.504.607.870.000
Zetta (Z) 270 1.180.591.620.718.450.000.000
Yotta (Y) 280 1.208.925.819.615.700.000.000.000
Com a popularização das memórias e dos discos rígidos com valores na casa 
dos gigabytes, é comum que você ouça pessoas falando em algo como 2 “gigas” 
de memória, 500 “gigas” de HD etc. A pergunta é: está correto usar o plural nesses 
casos ou o certo é usar o singular, como 2 giga ou 500 giga? O que você acha? 
É importante destacar que “giga” é apenas a grandeza, o fator multiplicador. 
A unidade de medida de espaço em memória é o byte; este, sim, vai para o plural 
(2 bytes, por exemplo). Assim, se você quer usar o plural, use a grandeza e as uni-
dades juntas, ou seja, 2 gigabytes. Ao usar apenas a grandeza, esta não vai para o 
plural, sendo obrigatório o uso do singular, ou seja, 2 giga ou 500 giga.
2 História do Computador 21
 rECapitulando
Neste capítulo você estudou a evolução dos computadores. No trajeto de 
sua aprendizagem, você viu importantes fatos que marcaram a história 
da computação e personagens que influenciaram a evolução dos compu-
tadores até os dias atuais. Outro assunto importante que você conheceu 
foram os sistemas de numeração utilizados na informática, bem como as 
unidades de grandeza empregadas nessa área. No próximo capítulo você 
vai absorver ainda mais conhecimento, pois trataremos da arquitetura dos 
computadores. Siga em frente!
3
Arquitetura de Computadores
Certamente você já utilizou ou utiliza com frequência um computador, certo? E já parou 
para pensar sobre o funcionamento e os componentes dos computadores? Pois esse será o 
assunto que você estudará a partir de agora. Neste item, você vai: 
a) identificar as peças que fazem parte da estrutura de um computador;
b) conhecer e entender a função das peças que integram a máquina.
Manutenção de CoMputadores24
3.1 ProCessAdores
Toda a atividade de um computador pode ser definida por um modelo bastan-
te simples, conhecido como ENTRADA - PROCESSAMENTO - SAÍDA. Nesse univer-
so, é fácil identificar a atividade central – o processamento, que, como você viu 
anteriormente, será o tema central deste capítulo. Na etapa de processamento, 
são executadastodas as operações da máquina, como acesso a discos rígidos e 
memórias, cálculos etc. Pois saiba que quem realiza essa atividade é o processa-
dor, o componente principal de um computador, popularmente conhecido como 
o “cérebro da máquina”.
 VOCÊ 
 SABIA?
Todas as tarefas de um computador têm a participação 
do processador como, por exemplo, a execução de jo-
gos, músicas, acesso à internet e aos mais variados pro-
gramas. Enfim, tudo passa por ele. 
Em outra classificação, o processador também recebe o nome de CPU (Central 
Processing Unit – Unidade Central de Processamento). Trata-se de um chip respon-
sável por buscar e executar instruções presentes na memória do computador. Es-
sas instruções (processos) consistem em operações matemáticas e lógicas, além 
de operações de busca, leitura e gravação de dados. Para reforçar esses conceitos, 
vale conhecer o que Brain (2000) apresenta como uma representação de uma 
CPU. Veja:
 Bea
tr
iz
 C
as
ca
es
 (2
01
2)
Figura 6 - Representação de uma CPU
O primeiro microprocessador utilizado em um computador pessoal foi o Intel 
8080, lançado em 1974, capaz de executar instruções de 8 bits. Mesmo sendo o 
3 ArquiteturA de ComputAdores 25
primeiro, o 8080 não foi muito popular na época, fator reservado ao Intel 8088, 
lançado em 1979 e incorporado a um PC IBM – comercializado a partir de 1981. 
A partir do lançamento do IBM-PC, o computador pessoal ficou bastante conhe-
cido e desejado por muitos consumidores. A Intel, de olho nesse mercado, não 
parou de pesquisar e evoluir, lançando (em espaços de tempo cada vez menores) 
processadores mais modernos e velozes. Com isso, surgiram o 80286, depois o 
80386, 80486, Pentium, Pentium II, Pentium III e Pentium IV, Celeron, Xeon, Ita-
nium, Core, Core Duo, Core 2 Duo, Core Quad, Core 2 Quad, i3, i5 e i7. Todos foram 
produzidos pela Intel e são melhorias do design básico do 8088. Isso tratando 
apenas de Intel. Seu principal concorrente, a AMD, evoluiu paralelamente, com os 
286, 386, 486, 586, K5, K6, K6-2, K6-3, Athlon, Duron, Athlon XP, Sempron, Athlon 
64, Athlon 64 x2, Phenom, Phenom x3, Phenom x4, Phenom II x2, Phenom II x3, 
Phenom II x4, Phenom II x6 e Turion.
A evolução dos processadores foi prevista por Gordon Moore, fundador da In-
tel, que em abril de 1965 publicou um artigo científico na Electronic Magazine, 
dizendo que o poder de processamento dos chips teria um aumento de 100% a 
cada período de 18 meses. Essa previsão ficou conhecida como Lei de Moore. 
Mas não existe uma maneira absoluta para determinar a capacidade de um 
processador. É necessário avaliar uma série de fatores, como sua arquitetura in-
terna, o número de núcleos, a velocidade de operação (clock interno e externo), a 
capacidade de armazenamento da sua memória cache, o número de bits internos 
e externos, o tamanho dos barramentos de dados e endereços. Enfim, é preciso 
conhecer completamente as suas especificações técnicas. Para tornar essa tarefa 
mais fácil, a partir de agora você estudará alguns dos fatores capazes de mensurar 
a capacidade (e o preço) de um processador.
3.1.1 ArquiteturA dos processAdores e bArrAmentos
Na atualidade, é muito comum encontrar computadores na maioria das ca-
sas. Com essa popularização, é natural que pessoas que não conhecem a fundo a 
tecnologia cometam alguns erros. Por exemplo: é comum chamar de CPU a parte 
que fica embaixo do monitor, onde você conecta todos os periféricos.
E, então, essa nomenclatura é certa ou errada? O que você acha? É errada. Ape-
sar de ser bastante popular, essa nomenclatura não é a correta, visto que CPU é a 
abreviatura em inglês para Unidade Central de Processamento – ou seja, o “pro-
cessador”, conforme você estudou anteriormente. Nesse caso, você deve chamar 
a referida parte de gabinete. Sim, esse é o nome correto!
Entre outras partes, a CPU é composta internamente por duas subunidades 
principais: a ALU (Arithmetic Logic Unit – Unidade Lógica e Aritmética), respon-
sável pela execução das operações lógicas e aritméticas e tomadas de decisão; e 
Manutenção de CoMputadores26
pela CU (Control Unit – Unidade de Controle), responsável pelos sinais de controle 
do computador. Além das duas unidades básicas, a CPU é composta também por 
barramento interno, registradores, unidade de decodificação e pelas caches de 
instruções e de dados. Para compor essas unidades, os processadores são pro-
duzidos sobre uma pastilha de silício. Essa pastilha é composta por várias “micro-
chaves”, chamadas de transistores. Você já ouviu falar neles? Pois saiba que são os 
responsáveis por permitir a lógica de execução das instruções. 
 FIQUE 
 ALERTA
Quanto mais transistores houver na pastilha, maior será a 
capacidade de processamento da CPU.
Além da CPU, existem outros componentes necessários ao funcionamento 
pleno do computador, que são os periféricos de entrada e saída (em inglês, uti-
liza-se a sigla I/O, de input/output). Como exemplos de dispositivos de entrada, 
podem-se citar: teclado, mouse, scanner etc. Já os dispositivos de saída podem 
ser: placa de vídeo, de som, monitor etc.
Esses dispositivos utilizam barramentos para se comunicar com a CPU. Assim, 
quando for necessário gravar um arquivo no disco rígido ou ler as informações 
vindas do teclado, é por meio dos barramentos que os dados chegarão ao proces-
sador para serem tratados. 
 SEN
A
I (
20
12
)
Figura 7 - Barramento
Todas essas informações trafegam por um barramento rápido e eficiente, liga-
do diretamente ao processador, chamado de barramento local. Este barramento 
também é chamado de Front Side Bus (FSB) que, em uma tradução literal, significa 
barramento frontal, por situar-se diretamente à frente do processador. O FSB é o 
barramento que faz a ligação entre processador e memórias RAM. Um diagrama 
3 ArquiteturA de ComputAdores 27
em blocos da arquitetura de um PC é mostrado na figura a seguir. O barramento 
local, por sua vez, é dividido em três partes distintas. Acompanhe, a seguir, os 
barramentos e as suas funções específicas.
CPU RAM
Dispositivo E/S
externos
RAM
Cache
Barramento E/SInterface
Barramento local
 Thi
ag
o 
Ro
ch
a 
(2
01
2)
Figura 8 - Barramentos do computador 1
a) Barramento de dados: o barramento de dados é o mais importante dos três, 
pois é por ele que as informações propriamente ditas trafegam, em forma de 
sinais digitais, lidos pelo software como bits. Os processadores atuais traba-
lham com 64 bits. Fazendo uma analogia, é como se houvesse uma rodovia 
com várias pistas. O número de pistas é o número de bits do barramento e a 
velocidade com a qual eles trafegam é chamada de frequência do FSB. Como 
exemplo, pode-se citar um processador Pentium IV de 3 GHz – FSB 400 MHz, 
que tem 64 vias no barramento externo por onde os dados trafegam a 400 
MHz (na verdade, a frequência real não é esta, mas isso você estudará mais 
adiante). Processadores mais modernos podem ter a velocidade do FSB mais 
alta, como 1.066 MHz, 1.333 MHz, 1.600 MHz e superiores.
b) Barramento de endereços: as informações que trafegam no barramento de 
dados provêm de algum lugar e devem ser depositadas em algum destino. 
Pois bem, o local na memória onde o processador vai buscar a informação 
ou onde ele vai gravá-la é fornecido pelo barramento de endereços. 
c) Barramento de controle: você já sabe que as informações trafegam pelo bar-
ramento de dados e serão buscadas ou escritas na memória, no local indica-
do pelo barramento de endereços. Mas como saber se a operação é de lei-
tura ou de escrita? Bem, essa função é reservada ao barramento de controle.
Manutenção de CoMputadores28
A seguir você pode observar uma figura que ilustra os três barramentos e seu 
acesso à memória RAM, assunto que vamos ver mais adiante. Note que os barra-
mentos de controle e de endereçosapenas saem da CPU em direção à memória.
Local de memória 0
Local de memória 1
Local de memória 2
Registro 1
Registro 2
Registro 3
Linhas de controle
R/W
(ler/escrever)
Local de memória 14
Local de memória 15
Memória
...
...
CPU
Dados
Endereços
 Thi
ag
o 
 R
oc
ha
 (2
01
2)
Figura 9 - Barramentos do computador 2
3.1.2 FrequênciA do processAdor
Quando se fala sobre barramento de dados, vale lembrar, como exemplo, do 
Pentium IV, 3 GHz – FSB 400 MHz. Nele aparecem dois valores, ambos utilizando 
o Hertz (Hz), que é a unidade de medida de frequência. Sendo que 1 Hz significa 
uma oscilação de 1 ciclo por segundo, 1 KHz seriam 1.000 ciclos por segundo, e 
assim por diante. Mas por que na especificação aparecem dois valores? É o que 
você verá nos tópicos a seguir.
a) Clock interno: indica a velocidade de execução das operações. No exemplo, 
constata-se que o processador é capaz de executar 3 bilhões de ciclos em 
um segundo. 
b) Clock externo: trata da velocidade ou frequência com que os dados trafe-
gam no barramento local. É também chamado de frequência do Front Side 
Bus (FSB) e indica a velocidade na troca de dados entre memória, chipset e 
processador. No exemplo, o FSB 400 MHz indica o clock externo, ou seja, a 
frequência do barramento externo, que é dada de acordo com cada modelo 
de processador.
3 ArquiteturA de ComputAdores 29
 AM
D
 e
 In
te
l (
20
12
)
Figura 10 - Processadores
Ainda a esse respeito, vale citar que ao longo da evolução dos processadores, 
algumas tecnologias foram e continuam sendo desenvolvidas, a fim de melhorar 
o desempenho das CPUs. Assim como o Hyper-Transport da AMD (que usa dois 
barramentos para comunicação externa: um para acesso à memória e outro para 
acesso ao chipset), em que o controle da memória é feito pelo processador, não 
mais pelo chipset. A Intel desenvolveu o Hyper-Threading e, recentemente, fabrica 
processadores com a tecnologia Dual Core, Quad Core e mais recentemente Six 
Core. Outras tecnologias desenvolvidas por esses fabricantes permanecem até 
hoje embutidas nos núcleos de seus processadores, tais como o MMX e o 3DNOW.
3.1.3 memóriA cAche
Um dos fatores de maior relevância no desempenho final dos processadores 
é, sem dúvida, o tamanho da memória cache. Você sabe o que é? Trata-se de uma 
memória estática, constituída por circuitos eletrônicos muito rápidos chamados 
flip-flops. A memória principal do computador é constituída por circuitos capaciti-
vos, que demoram certo tempo para fazer a carga e descarga, o chamado tempo 
de refresh. No caso da cache, esse tempo não existe, conferindo a ela um desem-
penho muito superior.
Como você pôde perceber, quanto maior a quantidade de memória cache, 
mais instruções e dados serão trazidos para ela, diminuindo o número de vezes 
que o processador terá de buscar informações na lenta memória principal (me-
mória RAM). Assim, quanto mais memória cache, maior será o desempenho. 
Atualmente, um processador pode ter até 16 megabytes de memória cache. 
Acredite! Mesmo parecendo pouco, em se tratando de memória cache, é uma 
quantidade bem elevada. Veja a imagem a seguir:
Manutenção de CoMputadores30
 Bea
tr
iz
 C
as
ca
es
 (2
01
2)
Figura 11 - Memória cache L2 dentro do processador
Percebeu a importância da memória cache para o desempenho da sua máqui-
na? Conheça agora a tecnologia de múltiplos núcleos!
3.1.4 tecnologiA de múltiplos núcleos
Além do clock, do número de bits e do tamanho da cache, outro fator determi-
na o desempenho de um processador. Trata-se do número de cores ou núcleos. 
Quando os processadores ultrapassaram a marca dos 3 GHz, eles começaram a 
consumir muita energia e passaram a esquentar muito. Percebeu-se, então, que 
para atingir os 4 GHz, os recursos de hardware seriam comprometidos, e seriam 
exigidos dispositivos de refrigeração mais caros. Assim, cogitou-se a hipótese de 
não aumentar o clock, mas sim o número de núcleos, que trabalhariam em con-
junto, dividindo as tarefas.
A primeira tentativa foi o lançamento da tecnologia Hyper-Threading. Você se 
lembra desse termo? Esse tema já foi estudado anteriormente. Caso o processa-
dor tenha esse recurso, um processador de um núcleo passa a ser “visto” pelo 
sistema operacional como se fossem dois, o que aumenta o desempenho final em 
cerca de 10% a 20%.
Em 2008, a Intel resolveu criar um processador realmente com dois núcleos. 
Trata-se do Pentium D, que na verdade era um encapsulamento composto in-
ternamente por dois Pentium IV normais. Os processadores top de linha atuais 
podem ter até oito núcleos.
3 ArquiteturA de ComputAdores 31
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ca
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 (2
01
2)
Figura 12 - Processador com dois núcleos
3.1.5 instAlAção de processAdores
Na instalação dos processadores, devemos usar pasta térmica entre o proces-
sador e o cooler, a fim de aumentar a área de contato entre os dois dispositivos, 
melhorando, consequentemente, a transferência de calor do processador para o 
cooler. Mas lembre-se de que não é recomendado que sejam colocados adesivos 
(como o de garantia) em cima do processador, pois pode atrapalhar a transferên-
cia de calor entre os dispositivos, causando travamento do computador, resets 
aleatórios ou, até mesmo, queima do processador.
E que tal ver o que você estudou a respeito dos processadores por meio de 
uma tabela? A seguir, você poderá observar os processadores Intel, desde o pri-
meiro (de 4 bits), até os chips comercializados atualmente. Observe:
Tabela 2 - Processadores Intel
Nome FrequêNcia BiTS iNterNos
BiTS 
exterNos Detalhes
4004 740 KHz 4 4
Datado do ano de 1971, foi o 
primeiro processador criado 
pela Intel. Trabalhava a 740 KHz 
e possuía 2.000 transistores.
Manutenção de CoMputadores32
8008 1 MHz 8 8
Primeiro processador de 8 bits, 
lançado em 1972.
8080 2 MHz 8 8
Lançado em 1974, com 6.000 
transistores.
8086 5 MHz 16 16 Primeiro processador de 16 bits.
8088
4,77 MHz
a 
8 MHz
16 8
1ª Geração: processador 
utilizado no 1º PC, o IBM-PC/XT, 
em 1981, com 8 bits externos 
para baratear o custo e 29.000 
transistores.
80286
16 MHz
a 
25 MHz
16 16
2ª Geração: PC operando a 16 
bits externa e internamente. 
Inaugurou a arquitetura PC-AT, 
com 134.000 transistores.
80386 SX 25 MHz 32 16
3ª Geração: primeiro processa-
dor a trabalhar com instruções 
de 32 bits, embora usasse um 
barramento externo de 16 bits.
80386 DX 33 MHz 32 32
1985 – Processador de 32 bits. 
Podia trabalhar em con-
junto com um coprocessador 
matemático, o 80387. Possi-
bilitava a utilização de memória 
cache externa (na placa-mãe), 
sendo constituído por 275.000 
transistores.
3 ArquiteturA de ComputAdores 33
80486 SX 33 MHz 32 32
4ª Geração: 32 bits, interna e 
externamente, porém sem 
coproces sador interno. Cache 
interna de 8 KB.
80486 DX
66, 75 e
100 MHz
32 32
32 bits, interna e externamente, 
com coprocessador interno. 
Cache interna de 16 KB com 
1.200.000 transistores.
Pentium
75 MHz
100 MHz
133 MHz
166 MHz
200 MHz
MMX 233
32 64
5ª Geração: a Intel passou a pat-
entear os nomes dos processa-
dores. Trabalhava internamente 
com instruções de 32 bits, mas 
acessava a memória com blocos 
de 64 bits. Operava com cache L1 
de 16 KB (8 KB para dados e 8 KB 
para instruções), possibilitando o 
uso de cache externa. O Pentium 
200 MMX tinha 32 KB de cache, 
utilizando soquete 7 e 3.100.000 
transistores.
Pentium II
233 MHz a 450 
MHz
32 64
6ª Geração: arquitetura Risc/Cisc, 
Cache L2 interna. soquete slot 1 
(cartucho). Era constituído por 
7.500.000 transistores.
Pentium III
233MHz a
1.130 MHz
3264
Alguns processadores saíram 
com soquete slot 1 e outros com 
um novo, chamado PGA 370. 
Eram comuns clocks de 700 MHz 
e 800 MHz. Era constituído por 
7.500.000 transistores.
Manutenção de CoMputadores34
Pentium 
IV
1,4 GHz a
3,4 GHz
32 64
7ª Geração: capaz de processar 4 
dados por pulso de clock (QDR), 
Pipeline de 20 etapas. Soquetes 
PGA 423 e 478 e LGA775, com 
42 a 125 milhões de transistores.
Pentium 
IV
HT
3,73 GHz 32/64 64
Os processadores HT usam a 
tecnologia Hyper-Threading, que 
con siste em aproveitar partes 
ociosas do processador para ex-
ecutar outras tarefas. Ele é visto 
pelo sistema operacional como 
um processador de dois núcleos, 
embora não o seja. Na verdade, 
o desempenho final é de 10% a 
20% maior que um processador 
sem essa tecnologia. Clocks de 
2,66 GHz a 3,6 GHz e tecnologia 
de 90 nm e 65 nm.
Pentium D 3,73 GHz 32/64 64
Processador com dois núcleos 
de Pentium IV. Primeiro proces-
sador de dois núcleos da Intel. A 
partir deste, todos os proces-
sadores da Intel usam o soquete 
LGA-775. Clocks de 2,66 GHz a 
3,6 GHz constituídos por 230 
milhões de transistores.
Core 2 
Duo
2,4 GHz 64 64
Projeto genuinamente Dual. 
A pastilha já tem dois núcleos. 
Clocks de 1,8 GHz a 2,66 GHz. 
Tecnologia de 45 nm com 820 
milhões de transistores. Usa 
soquete LGA-775.
Core 2 
Quad
2,4 GHz a 
3,2 GHz
64 64
Duas pastilhas de Core 2 Duo 
integradas no mesmo processa-
dor. Usa soquete LGA-775.
3 ArquiteturA de ComputAdores 35
I3 1,2 GHz a 3,3 GHz 64 64
Processador com dois núcleos e 
com a tecnologia Hyper-Thread-
ing habilitada, aumentando o 
desempenho do processador. A 
arquitetura de comunicação FSB 
foi substituída pela arquitetura 
DMI. Usa soquete 1156. Tecnolo-
gias de 32 nm.
I5 2,6 GhH a 3,4 GHz 64 64
Processador com quatro núcleos 
e com a tecnologia Turbo boost, 
que faz overclock no proces-
sador em momentos nos quais é 
necessário maior desempenho. 
Usa soquete 1156 e tecnologia 
de 45 e 32nm.
I7 2,6G Hz a 3,3 GHz 64 64
Processador com quatro núcleos 
e tecnologias Hyper-Threading e 
Turbo boost. Usa soquete 1156 
e 1366. Usa tecnologia de 45 nm.
Como esses dados são modificados à medida que novos processadores en-
tram no mercado, recomenda-se refazer a pesquisa periodicamente, consultando 
os sites oficiais dos fabricantes de processadores.
3.2 PlACA-mãe
A partir de agora, você passa a estudar a placa-mãe e suas características. A 
placa-mãe é um dos principais componentes dos nossos computadores. Como 
o próprio nome diz, é a principal placa existente no computador. É nela que são 
conectadas todas as demais, as chamadas placas de expansão, como a de vídeo, a 
de rede etc. Também são conectados todos os periféricos que devem ser ligados 
ao PC, tais como teclado, mouse, monitor, impressora etc. 
Além das placas de expansão e dos periféricos externos, a placa-mãe é ainda 
responsável por fornecer os conectores e os slots para a colocação de unidades 
de disco, memória e processador. Enfim, a placa-mãe também é conhecida como 
motherboard ou mainboard. Acompanhe, na imagem a seguir, a identificação de 
cada um dos itens que a compõem. 
Manutenção de CoMputadores36
 Dre
am
st
im
e 
(2
01
2)
Figura 13 - Placa-mãe
Antes de comprar uma placa-mãe, dê uma olhada no site do fabricante. Lá é 
possível verificar suas características, como: com quais modelos de processadores 
são compatíveis; quais slots de expansão ela possui; as ferramentas para manu-
tenção e detecção de falhas (diagnóstico); a ferramenta para atualização de BIOS; 
as versões mais novas do BIOS; os drivers dos dispositivos on-board; os manuais; 
entre outras coisas.
 SAIBA 
 MAIS
Que tal verificar alguns sites agora? Comece por estes e 
sinta-se à vontade para pesquisar mais em outros sites sobre 
placas-mãe.
<http://www.asus.com>;
<http://www.gigabyte.com.tw>;
<http://www.foxconnchannel.com>.
3.2.1 portAs de entrAdA e sAídA
É por meio delas que o computador se comunica com os periféricos externos. 
Na figura a seguir, você poderá visualizar a interface paralela (na cor lilás), o co-
nector do teclado (na cor roxa), o conector do mouse (na cor verde), as portas USB 
e RJ45 (de rede) e as entradas e saídas de áudio. Note que a utilização de cores 
distintas facilita a identificação das portas. Essa facilidade foi trazida pela especifi-
cação PC97 e é utilizada até hoje.
3 ArquiteturA de ComputAdores 37
 Dre
am
st
im
e 
(2
01
2)
Figura 14 - Portas da placa-mãe
3.2.2 soquete pArA processAdor
É nesse encaixe que o processador será colocado. Existem diversos modelos 
de processadores no mercado, cada um com um soquete específico. Sendo as-
sim, a placa-mãe deve ser compatível com o processador a ser usado.
 Dre
am
st
im
e 
(2
01
2)
Figura 15 - Soquete do processador
Os primeiros modelos de processador Pentium utilizavam o soquete 7. Mais 
adiante, os processadores Pentium II surgiram com uma nova proposta, o slot 1 
(semelhante ao cartucho de videogame Super Nintendo). 
Os dois padrões de soquete para processador mais utilizados atualmente são 
o ZIF (Zero insert/input Force – Força de Inserção Zero) e o LGA (Landing Grid Ar-
ray). Veja nas figuras:
Manutenção de CoMputadores38
 Dre
am
st
im
e 
(2
01
2)
Figura 16 - Soquete LGA: Soquete 1366 (para processadores atuais da Intel)
 Dre
am
st
im
e 
(2
01
2)
Figura 17 - Soquete ZIF: Soquete AM3 (para processadores atuais da AMD)
3.2.3 slots de memóriA
Na placa em questão, você pôde ver quatro slots de memória: dois azuis e dois 
pretos. Trata-se de memórias DDR2 ou DDR3, dependendo da placa-mãe.
É possível, ainda, encontrar placas que possuem slots para memórias DDR ou, 
até mesmo, placas mais antigas, com slots para memórias SDRAM DIMM. Slots 
3 ArquiteturA de ComputAdores 39
para memórias SIMM 30 e SIMM 72 vias só serão encontrados em placas muito 
antigas, que já não são mais usadas.
 Dre
am
st
im
e 
(2
01
2)
Figura 18 - Slots de memória DIMM1
3.2.4 chipset
É um conjunto de circuitos integrados, ou chip, responsável pela comunicação 
entre o processador e os diversos elementos da placa-mãe. Dada a complexidade 
dessa atividade, ele é dividido em duas partes: ponte norte e ponte sul.
a) Ponte norte (northbridge) – é a parte do chipset responsável pelo contro-
le do FSB (Front Side Bus), controle da frequência de operação da memória, 
do barramento AGP, PCI Express etc. Em virtude desse trabalho todo, a pon-
te norte geralmente é coberta por um dissipador de calor, visto que o chip 
aquece muito e, sem o arrefecimento adequado, poderia ser danificado. 
b) Ponte sul (southbridge) – é responsável pelo controle de elementos que 
não exigem muito processamento e por dispositivos de entrada e saída, 
como interfaces IDE (SATA e PATA) e USB. A memória CMOS (que armazena 
os parâmetros do Setup) também fica localizada na ponte sul.
Normalmente, os chipsets são desenvolvidos por empresas como VIA Techno-
logies, SiS, AMD/ATI e Intel. É, portanto, comum encontrar um mesmo chipset em 
modelos concorrentes de placa-mãe. Na ilustração a seguir, você pode observar 
uma figura que ilustra o chipset.
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Northbridge
Southbridge
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Figura 19 - Placa-mãe e seus chipsets (norte – northbridge e sul – southbridge)
3.2.5 slots pci e pci express
Os slots PCI são as terminações dos barramentos. Neles, serão colocadas as 
placas de expansão que não exigem muito desempenho ou velocidade, como 
placas de fax modem e placas de som. Já slots PCI Express são reservados para 
placas com maiorpoder de processamento e que, normalmente, exigem mais do 
computador como, por exemplo, as placas de vídeo (slot PCI Express 16X) e as de 
rede de 1 Gbps ou 10 Gbps (slot PCI Express 1X).
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Figura 20 - Slots PCI-e e PCI
Para apagar as configurações e senha do Setup, basta mudar um determina-
do jumper (jumper da CMOS) de posição, por alguns segundos, e depois voltar 
3 ArquiteturA de ComputAdores 41
o jumper à posição original. Esse ato faz que a memória CMOS (responsável por 
armazenar as configurações do Setup) seja “apagada” e as configurações originais 
de fábrica, do Setup, sejam carregadas novamente.
3.2.6 rom bios
ROM é abreviatura de Read Only Memory. Trata-se de uma memória só de lei-
tura, não volátil, que armazena o Sistema Básico de Entrada e Saída. Na verdade, 
dentro da ROM existe um firmware composto por três microprogramas, conheci-
dos por BIOS, POST e.. A função de cada um desses programas você conhecerá a 
partir de agora:
a) BIOS é o acrônimo de Basic input Output System (ou Sistema Básico de Entra-
da e Saída). Ele é responsável por controlar o uso e dar suporte ao hardware 
do computador. É o software/sistema que inicializa o computador.
b) POST é o acrônimo de Power On Self Test, uma espécie de autoteste que é 
executado durante a inicialização do computador. Nesse caso, se houver al-
guma falha, como ausência do teclado, erro nas memórias ou placa de vídeo, 
alguma sinalização é emitida. No caso do teclado, uma mensagem será exi-
bida na tela dando conta da sua ausência. Se houver falha de memória, uma 
sequência de bipes será emitida (normalmente bipes longos e contínuos). 
Se houver falha na placa de vídeo, a resposta do POST será a emissão de um 
bipe longo e três curtos. Esses códigos de erros podem variar de acordo com 
o fabricante da BIOS ou da placa-mãe.
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Figura 21 - Teste de inicialização (POST) 1
Manutenção de CoMputadores42
c) Setup é o programa de configuração da placa-mãe. É nele que: se configura 
a data, a hora e a presença ou não de floppy disks; habilita-se ou não deter-
minados dispositivos; configura-se a frequência das memórias e do proces-
sador; enfim, toda a configuração de hardware é feita aqui. Após essa confi-
guração, uma espécie de “arquivo de parâmetros” é gerada e enviada para 
a CMOS (Complementary Metal-Oxide-Semiconductor), onde uma pequena 
porção de memória presente no chipset (ponte sul) é responsável por guar-
dar essa informação.
d) Bateria da CMOS como você já viu, a CMOS tem a função de guardar as in-
formações de configuração do computador. É importante saber que ela é 
volátil, ou seja, necessita de alimentação para que não perca as informações. 
Nesse caso, existe uma bateria de 3 V, cujo modelo é conhecido como CR 
2032 e que tem a função de não permitir que esses dados sejam perdidos 
quando o computador for desligado.
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Figura 22 - Bateria da BIOS e jumper para reset
3.2.7 conector de energiA
O conector de alimentação, que você poderá verificar na figura seguinte, é 
um ATX 24, que recebe o cabo vindo da fonte. É possível encontrar conectores 
com apenas 20 pinos, dependendo da placa-mãe. Os processadores modernos 
exigem um pouco mais de corrente da fonte. Para suprir essa necessidade, existe 
o conector de reforço de corrente (auxiliar). Os conectores de reforço de corrente 
costumam ser de 4 pinos. Em placas-mãe que aceitam processadores top de linha, 
ou são destinadas ao público de entusiastas, pode ser encontrado um conector 
de 8 pinos na placa-mãe.
3 ArquiteturA de ComputAdores 43
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Figura 23 - Conector ATX de 24 pinos1
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Figura 24 - Conector auxiliar de 4 pinos
3.2.8 interFAce ide/pAtA
Esse conector possui 40 pinos e é responsável por receber o cabo que vem 
do disco rígido, unidade de CD ou DVD, de padrão IDE. Trata-se de um cabo de 
80 vias, muito embora, no passado, ele tivesse apenas 40. Essa porta é capaz de 
trocar dados com o HD a uma taxa de transferência que pode chegar a 133 MB/s 
e, por isso, é chamada de ATA 133. O conector IDE/PATA pode ser visto na figura 
a seguir; observe que eles são numerados como IDE1 e IDE2.
Manutenção de CoMputadores44
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Figura 25 - Interface IDE/PATA
3.2.9 interFAce sAtA
Esse conector recebe o cabo que vem do disco rígido, ou da unidade de DVD, de 
padrão SATA. Trata-se de uma evolução do IDE PATA, pois, diferentemente do ante-
rior, no qual a comunicação é paralela, nesse os dados trafegam de maneira serial, 
razão pela qual a taxa de transferência começa em 150 MB/s. Entretanto, ele pode 
atingir até 6 GB/s com a nova versão das interfaces SATA 3.0. Atualmente, a maioria 
dos dispositivos de armazenamento (como discos rígidos e drives ópticos) está usan-
do esse tipo de interface. Confira, a seguir, as versões do Serial Ata:
a) SATA 1.0 – Velocidade de 1,5 GB/s ou 150 MB/s.
b) SATA 2.0 – Velocidade de 3,0 GB/s ou 300 MB/s.
c) SATA 3.0 – Velocidade de 6,0 GB/s ou 600 MB/s.
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Figura 26 - Interface SATA
3 ArquiteturA de ComputAdores 45
3.2.10 conector Floppy disk
Esse conector possui 34 pinos e recebe o cabo que vem do floppy disk ou uni-
dade de disquete. Com a popularização das Flash Memory (ou pendrives), é cada 
vez mais raro encontrar placas que disponibilizem esse tipo de porta, isso porque 
um pendrive de apenas 1 GB é capaz de armazenar o conteúdo de aproximada-
mente 711 disquetes.
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Figura 27 - Interface do drive de disquetes FDD (floppy disk drive)
3.2.11 plAcAs-mãe com dispositivos on-boArd e oFF-boArd
Você já deve ter ouvido falar do termo on-board, certo? Ele é utilizado para 
identificar uma placa-mãe que traz consigo uma série de itens integrados. Entre 
eles, podem-se citar placas de vídeo, som, rede.
O que vai definir qual placa comprar é a utilização que se quer dar ao equipa-
mento. Por exemplo, se você quer utilizar o PC para jogos 3D ou para atividades 
profissionais que exigem alto desempenho no tratamento de gráficos, como apli-
cativos CAD/CAM (AutoCad, CorelDraw, PhotoShop), será preciso uma placa de 
vídeo robusta, que certamente não virá integrada à placa-mãe. 
Por outro lado, se a utilização não requer maiores recursos, é possível comprar 
uma placa bem barata e que já traga todos os recursos integrados, permitindo o 
acesso à internet, a utilização de “suítes” de escritório e a visualização de vídeos e 
imagens de maneira confortável.
Existe ainda um meio-termo: é possível comprar uma placa-mãe que já tenha 
interfaces on-board e, em caso de necessidade, incluir os interfaces off-board que 
necessitar. Assim, mesmo que você possua uma placa de rede 100 Mbps on-board, 
é possível adquirir uma de 1 Gbps com fibra óptica e integrá-la ao equipamento 
sem problema nenhum; o mesmo vale para placas de som e vídeo.
Manutenção de CoMputadores46
Dentro desse contexto, conheça agora um caso importante sobre as placas de 
vídeo off-board, no Casos e Relatos. 
 CAsos e relATos
Placas de vídeo off-board
Lucas resolveu fazer um upgrade em seu computador e, para isso, neces-
sitava de uma nova placa-mãe. Procurou uma loja de informática que um 
amigo lhe indicara e que possuía atendentes com bastante conhecimento 
técnico e o ajudariam a fazer a melhor escolha da sua placa-mãe. Chegan-
do à loja, Lucas foi atendido por Marcos, que lhe perguntou em que podia 
ajudá-lo. Lucas disse a Marcos que precisava de uma nova placa-mãe que 
suportasse seu processador Intel Core 2 Quad e seus dois módulos de me-
mória DDR2. Marcos mostrou a Lucas as opções disponíveis de placas-mãe 
que eram divididas em três segmentos: uso doméstico, que tinhacomo ca-
racterística recursos mais simples; uso empresarial, que era mais estável; e, 
por último, as placas-mãe utilizadas por gamers ou entusiastas por jogos, 
sendo estes os clientes que procuram por alto desempenho e estabilida-
de. Lucas pediu para conhecer as opções para uso doméstico, pois não 
precisava de uma máquina top de linha e, sim, uma máquina com preço 
mais acessível e que executasse bem seus projetos básicos em AutoCad 
e, eventualmente, jogasse um jogo. Marcos informou que a placa-mãe de 
que dispunha possuía os recursos on-board (instalados na placa-mãe e não 
poderiam ser retirados da placa), placas de som, placa de vídeo e placa de 
rede. E disse ainda que possuía um barramento PCIe de 16X que possibilita-
ria a Lucas uma futura expansão de uma placa de vídeo off-board, caso ele 
julgasse necessário.
Lucas fechou negócio com a placa-mãe sugerida por Marcos, e ainda com-
prou uma placa de vídeo off-board PCIe 16X. Entretanto, Marcos lhe in-
formou que a placa não estava disponível e chegaria em três dias. Lucas 
concordou em receber depois a placa de vídeo, levou sua nova placa-mãe 
para casa, fez a montagem do micro e tudo funcionou corretamente. Após 
a montagem, Lucas instalou novamente o sistema operacional, para o mes-
mo detectar todos os hardwares e os demais programas. No terceiro dia, 
Lucas estava ansioso pela chegada da placa de vídeo, havia testado seu 
novo computador com o AutoCad, o qual estava estudando na faculdade, 
e o desempenho em projetos 2D foi bom. Porém, os projetos em 3D trava-
vam um pouco a imagem em projetos grandes.
3 ArquiteturA de ComputAdores 47
No dia seguinte, Marcos ligou para Lucas e lhe informou que sua placa es-
tava disponível. Lucas foi à loja, pegou sua placa e foi para casa fazer a sua 
instalação.
Chegando em casa, Lucas inseriu a placa no barramento PCIe, ligou o micro 
e o monitor não deu sinal de vídeo, mesmo o computador, aparentemente, 
ter iniciado corretamente. Lucas teve a ideia de devolver o cabo de vídeo 
para a placa on-board e a imagem apareceu no monitor. Ele não entendeu 
o que estava acontecendo; possuía uma placa de vídeo, mas a mesma não 
estava ligando. Pesquisou na internet o que poderia estar ocorrendo, pois 
a loja de informática já estava fechada e ele não poderia ir até lá pedir aju-
da, somente no dia seguinte. Achou uma informação interessante em um 
fórum, que descrevia que ao colocarmos uma placa de vídeo off-board, al-
gumas placas-mãe identificam a nova placa e desabilitam a placa on-board 
automaticamente, mas outras não, pois o vídeo on-board permaneceria em 
funcionamento, e o off-board, não. Lucas viu o procedimento para entrar 
no BIOS e mudar a prioridade da placa de vídeo; escolheu inicializar a placa-
-mãe com a placa de vídeo off-board no barramento PCIe. Após salvar as 
configurações de vídeo e retornar o cabo para a placa de vídeo off-board, 
o vídeo funcionou corretamente e, logo após, ele fez a instalação do driver 
de vídeo e o teste com o AutoCad. O desempenho ficou muito bom e ele 
sentiu-se contente com a aquisição de seu novo hardware.
Como você viu no relato, em alguns casos, para instalar uma placa de vídeo 
off-board é necessário configurar no BIOS a preferência pelo vídeo off-board. Em 
alguns casos, é possível somente inserir a placa de vídeo no slot e, automatica-
mente, o BIOS reconhece a placa de vídeo off-board.
Existem diversos fabricantes no mercado disponibilizando bons produtos, 
mas há também aqueles que fabricam produtos de baixa qualidade. No caso das 
placas-mãe, é importante que você fique atento a algumas marcas, tais como: 
Asus, Gigabyte, Foxconn, PC Chips, MSI, EVGA, Tyan, Intel e ECS. É necessário pes-
quisar o histórico dos produtos, conhecer a fundo a tecnologia e, sobretudo, usar 
a experiência adquirida ao longo dos anos. Assim, você poderá escolher uma pla-
ca de acordo com conceitos técnicos que norteiam a profissão. 
3.3 BArrAmenTos
A partir de agora, você estudará os barramentos dos computadores. Você sabe 
sua utilidade? Eles são componentes muito importantes para o computador, pois 
Manutenção de CoMputadores48
têm a finalidade de transferir dados de um dispositivo a outro. Os conceitos que 
você estudará agora estão bastante difundidos, e já aparecem no Novo Dicio-
nário Aurélio (1999). Veja a definição de barramentos: “[...] é o conjunto de vias 
internas que interligam componentes e periféricos. (Corresponde, nesta acepção, 
ao inglês bus, abreviatura de busbar)”. Apesar de não se tratar de uma literatura 
técnica, o conceito é tão simples quanto exato. Os barramentos são mesmo vias 
ou condutores elétricos por onde os sinais digitais trafegam, interligando todos 
os componentes e periféricos de um computador. Existem dois tipos de barra-
mentos. Conheça cada um deles!
a) Barramentos internos: as placas de expansão conectam-se aos barramentos 
internos por meio dos slots. Cada barramento possui um tamanho de pala-
vra de dados com que pode trabalhar, bem como uma frequência máxima 
suportada. Todos esses fatores vão indicar com qual desempenho cada dis-
positivo vai se comunicar. Como exemplo desses barramentos, podem-se 
citar: barramento local, barramento IDE, ISA, VLB, PCI, AGP, PCI Express etc.
b) Barramentos externos: são utilizados para conectar periféricos que ficam 
fora do gabinete, como teclado, mouse, pendrives, impressoras etc. Para co-
nectar-se aos barramentos externos, esses periféricos se utilizam de portas, 
tais como: porta serial, paralela, USB, porta PS2, Firewire, IrDA etc.
CPU
AGP
Slot
AGP
ATA
Drives
10/100
Ethernet
USB Sound
PCI Slots
Southbridge
PCI
Express
PC Chipset
Northbridge
Dual channel 
memory slots
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Figura 28 - Barramentos
Agora que você já sabe o que são os barramentos e já conhece o barramento 
interno e o externo, saiba mais sobre o barramento ISA.
3 ArquiteturA de ComputAdores 49
3.3.1 bArrAmento isA
O barramento ISA (Industry Standard Architecture) era utilizado nos primeiros 
computadores pessoais, os IBM PC–XT, que trabalhavam com palavras de dados 
de 8 bits. Mais adiante, com o lançamento da arquitetura AT, o ISA passou a ope-
rar com 16 bits. O barramento ISA é antigo e não mais utilizado atualmente.
3.3.2 bArrAmento pci
Criado pela Intel na época do desenvolvimento do processador Pentium, o 
barramento PCI (Peripheral Component Interconnect) é utilizado até hoje, dada 
a sua capacidade de trabalhar a 32 bits ou 64 bits, o que oferece altas taxas de 
transferência de dados. Operando com palavras de 32 bits e uma frequência de 
33 MHz, ele atinge uma taxa de 132 MB por segundo. Trata-se de um barramento 
plug and play (PnP) – traduzido como Conecte e Use, ou seja, que permite que 
uma placa seja a ele conectada e, automaticamente, reconhecida pelo sistema 
operacional.
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2)
Figura 29 - Slot PCI
3.3.3 bArrAmento Agp
O barramento AGP (Accelerated Graphics Port) foi desenvolvido pela Intel com 
o intuito de obter maiores taxas de transferência entre a placa-mãe e as placas 
de vídeo. Criado exclusivamente para placas de vídeo, atingia desempenho bem 
superior ao PCI.
 Bru
no
 L
or
en
zz
on
i (
20
12
)
Figura 30 - Slot AGP
Manutenção de CoMputadores50
3.3.4 bArrAmento pci express
A evolução natural da interface dos jogos de computador, bem como o au-
mento de carga gráfica nos aplicativos de engenharia e desenho, fizeram que o 
padrão AGP se tornasse obsoleto e incapaz de fornecer taxas de transferência 
suficientes para suprir a demanda dos softwares aplicativos e de entretenimento. 
Para resolver tal problema, uma das medidas da indústria foi a criação do barra-
mento PCI Express, o substituto dos barramentos Peripheral Component intercon-
nect (PCI) e Accelerated Graphics Port (AGP).

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