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Universidade Federal de Rondonópolis – Avelino Nunes Natis – Discente de Medicina – Turma VI Princípios de Sutura É uma manobra cirúrgica com fim de cooptar os bordos de uma lesão, ferida ou incisão a fim de facilitar o processo de cicatrização no local. A união dos bordos pode ser feita de várias formas e com vários tipos de fios de maneira única, múltipla ou contínua. Pode ser feita em diversos planos e todas as suturas devem ser proporcionais respeitando as características dos fios e objetivando que a cicatrização ocorra de uma única vez, ou seja, na primeira intenção. A aproximação dos bordos é mantida à custa dos materiais utilizados que precisam resistir às trações e tensões que são exercidas sobre a ferida nas fases iniciais de cicatrização. À medida que a cicatrização acontece, o material de síntese (sutura) tem a sua função substituída; porém, é importante que a função de uma não termine antes que a outra esteja em pleno curso. São eles: Antissepsia, assepsia e hemostasia. Abolição de espaços mortos (vazios) entre tecidos. Os bordos precisam ser limpos e regulares. Não pode conter nenhum corpo estranho. Não pode conter tecido morto (necrose). Respeitar a posição anatômica do tecido ou estrutura. A tração exercida no fio precisa ser correta e proporcional ao tecido. Escolher corretamente os materiais e o instrumental. Espera-se que: O fio de sutura deve ser tão forte quanto o tecido que está sendo suturado. A perda da resistência do fio de ser compensada pelo ganho de resistência da cicatriz no futuro. As alterações biológicas provocadas no processo de cicatrização pelo fio de sutura devem ser conhecidas. R.T.: Resistência Tênsil São características do Fio Ideal: Resistente ao meio no qual atua. Resistente à tração e torção. Calibre pequeno e uniforme. Flexível e pouco elástico. Não cortante. Resistente a e de fácil esterilização. Não deixar resíduo tecidual. Baixo custo. Elas são: Tempo de absorção – absorvíveis ou inabsorvíveis. Calibre do fio. Mono ou multifilamentado. Orgânico ou Sintético É um fio de aspecto amarelado, muito comum na rotina por ser um fio barato. É produzido a partir do intestino delgado de ovinos. É principalmente utilizado em mucosas ou em partes da pele que tenham muita sensibilidade, como a pele da região genital.; também em suturas gastrointestinais, de tecido subcutâneo, ginecológicas (episiotomia) e urológicas. Não deve ser utilizado em suturas superficiais. É um fio de fácil manipulação e rápida absorção – em média 8 dias para o simples (1 a 2 semanas) e 20 dias para o cromado (2 a 3 semanas). Universidade Federal de Rondonópolis – Avelino Nunes Natis – Discente de Medicina – Turma VI É um fio absorvível, transparente e utilizado em pele. É um fio monofilamentar sintético, de fácil manuseio, produz um nó seguro e utilizado em suturas intradérmicas – procedimentos estéticos. É um fio caro com coloração roxa, sintético e monofilamentar, com absorção bastante lenta. Utilizado em suturas e anastomoses, principalmente do trato urinário e gastrointestinal, e para sutura de tendões porque possui uma boa resistência tênsil. É um fio roxo, multifilamentar, com absorção lenta. É o principal fio utilizado em cirurgião intracavitárias – gastrointestinais, toráxicas, urológicas, ortopédicas (suturas de músculos), e suturas de trauma. É um fio orgânico multifilamentar, maleável, produz um nó forte e bastante barato. Geralmente utilizado para suturas vasculares e muito pouco para tendões e aponeurose. Utilizado também para fazer os nós cirúrgicos – Nó de Cirurgião (não agulhado). É um fio de pouco utilidade, sintético, de coloração azul, multifilamentar que pode ter uma cobertura chamada de Ethibond. Está quase em desuso, porém pode ser utilizado para suturas de aponeurose. É um fio mais grosseiro. É o fio mais comum para sutura de pele, monofilamentar, preto e que produz um nó não muito firme. Talvez o fio mais utilizado externamente. Universidade Federal de Rondonópolis – Avelino Nunes Natis – Discente de Medicina – Turma VI As agulhas podem ter vários formatos, principalmente no fundo. Existem agulhas sem fio, mas não são muito comuns na prática médica; geralmente o fio já vem agulhado. Existem tamanhos diferentes adequados ao tamanho do tecido ou órgão onde será feita a sutura. A principal característica para diferenciação é o tipo de ponta da agulha: Triangular, prismática ou cortante – utilizada principalmente para pele. Cilíndrica ou circular – utilizada para tecidos. Do porta-agulha: Do instrumental auxiliar: Da tesoura: É importante que a distância entre a entrada e a saída do da agulha seja o mais parecida possível – na maioria dos casos é proporcional a profundidade que se vai utilizar (varia em alguns tipos de tecidos). As suturas são classificadas de acordo com a continuidade da fazedura dos nós: Contínua: Interrompida: Universidade Federal de Rondonópolis – Avelino Nunes Natis – Discente de Medicina – Turma VI Ponto mais antigo e mais comum. É um ponto bem efetivo. A agulha é inserida em um angulo tendendo a perpendicular. É uma sutura mais forte que o ponto simples, causa mais tensão de cicatrização e chega a ter um poder mais hemostático. Utilizada para tendões. Pode fazer beiço. É um ponto que utiliza pele e tecido subcutâneo. Não produz beiço. Tão hemostático quanto o ponto de Wolf. “Longe, longe, perto, perto”. Bastante forte. Muito bom para hemostasia, talvez o mais hemostático. kjhkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkk Universidade Federal de Rondonópolis – Avelino Nunes Natis – Discente de Medicina – Turma VI Grande risco de deiscência. Professor recomendou somente para fechamento e aponeurose. Para o nó ser confeccionado da maneira adequada o porta-agulha precisa estar no meio das alças do fio – chamado de Nó Verdadeiro. São feitos 3 nós: 1º nó é duplo - Contenção 2º nó simples - Fixação 3º nó simples – Segurança
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