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Atividade análise experimental do comportamento

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RESPOSTAS
1) O sujeito de Descarte (Cogito), conclui que ele "é" toda vez que ele diz para si mesmo, "EU PENSO". Ele precisa repetir essas palavras para si mesmo, para convencer-se de que existe. Este sujeito seria uma substância pensante, trás a questão do próprio pensar sobre o ser, que se torna assim, também pensante. A aparição do sujeito no cenário do pensamento se fez através da angústia e da incerteza em relação ao que se dera até então como um mundo mais ou menos compreensível para o entendimento do homem.
2) O sujeito do inconsciente é o sujeito barrado da linguagem, constituindo-se como falta-a-ser, considerada por Lacan como o cerne da experiência analítica. O sujeito do inconsciente é um sujeito privado do ser. O seu ser deve ser situado no Real, definido como o que subsiste fora dos limites que a trama do simbólico e do imaginário pode produzir. 
3) O inconsciente é o ponto de entrada do aparelho psíquico. Possui uma forma de funcionamento regida por leis próprias, que fogem aos entendimentos da racionalização consciente. É considerado a parte mais arcaica do aparelho psíquico, constituídas também de traços mnêmicos (lembranças primitivas). Entende-se que no inconsciente (Ics) de natureza praticamente insondável, misteriosa, obscura, de onde brotariam as paixões, o medo, a criatividade e a própria vida e morte. Também é regido o princípio do prazer , descarga energética como forma de encontrar satisfação/prazer. Ele não apresenta uma “lógica racional”, não existem modo tempo, espaço e causalidade, incertezas ou dúvidas. 
O pré-consciente, considerada por Freud uma “barreira de contato”, serve como uma espécie de filtro para que determinados conteúdos possam(ou não) emergirem a nível consciente. Entende-se que os conteúdos presentes no Pcs estão disponíveis ao Consciente. Nessa instância que a linguagem se estrutura e, dessa forma, é capaz de conter a ‘representações da palavra”, que consiste num conjunto de inscrições mnêmicas(lembranças) de palavras oriundas e de como foram significadas pela criança. Entendemos que o pré-consciente é a parte da mente que acumula informação suscetível para alcançar a parte consciente.
O consciente se diferencia do inconsciente, pela forma com o qual é operado através de seus códigos e leis. Ao consciente é atribuída tudo aquilo que está disponível imediatamente à mente. Podemos pensar que a formação do consciente se daria pela junção “da representação da coisa” e da “representação da palavra”, ou seja, há um investimento energético em determinado objeto e, então, seu escoamento adequado para a satisfação.
Dentre as estruturas apresentadas por Freud, o ID é a mais arcaica ,sendo considerado uma espécie de reservatórios de impulsos caóticos e irracionais, construtivos e destrutivos, não harmonizados entre si ou com a realidade exterior. É um aglomerado de impulsos ( ou pulsões) desorganizados e sem direcionamento. O id não faz planos, não espera. Busca uma solução imediata para as tensões, não aceita frustrações e não conhece inibição. Ele não tem contato com a realidade. Busca satisfação na fantasia e pode ter o mesmo efeito de uma ação concreta para atingir um objetivo .
O SUPEREGO é instância psíquica que através EGO busca controlar o ID, o SUPEREGO é uma modificação do EGO que ainda não se encontra desenvolvido o suficiente para atender às exigências do ID. É responsável por imposição de sanções, normas , e padrões, e tem sua formação pela introjeção dos conteúdos (superegóicos) que vem dos pais. O SUPEREGO busca a perfeição moral reguladora e tende a reprimir fortemente toda e qualquer contravenção ou infração que possa causar prejuízo ao dinamismo psíquico.
Para Freud, o nascimento do Ego advém da primeira infância, onde os laços afetivos/emocionais com os “pais” são substancialmente intensos. Experiências que se figuram na forma de orientações, sanções, ordens, proibições, vão fazer com que a criança introjete e registre no inconsciente, essas emoções subjetivas, e que darão ”corpo” à sua estrutura psíquica e, sobretudo, na formação de uma estrutura egóica. Constituído de traços mnêmicos antigos (lembranças afetivas da infância), o Ego possui sua maior parte consciente, mas também ocupa um espaço no inconsciente.
É, portanto, a principal instância psíquica e que tem por função mediar, integrar e harmonizar as constantes pulsões do ID, as exigências e ameaças do SUPEREGO, além das demandas provenientes do mundo externo.
4)A pulsão é o nome do conjunto de efeitos que a linguagem perpetra no instinto (estrago ou montagem, pouco importa). Não há, assim, experiência instintiva no ser humano, no sujeito, mas experiência do instinto fragmentado e remodelado pelo significante, que é a pulsão. Ela é uma só, mas com duas formas de apresentação: uma delas, denominada por Freud de pulsão de vida, refere-se ao campo pulsional que é capturado pelo aparato psíquico, que pode ser inscrito no inconsciente e inserido na ordem do Simbólico; a outra apresentação, denominada por Freud de pulsão de morte, caracteriza o campo pulsional que escapa à representação no psiquismo, estando, assim, fora do Simbólico e inserido no registro do Real.
5) Para a psicanálise, sobretudo a partir da reelaboração que Lacan empreendeu dos textos
freudianos, o sujeito só pode ser concebido a partir do campo da linguagem. A experiência que temos de nosso organismo, de suas exigências, proezas, debilidades ou doenças, nós só a temos através do campo da significação, do sentido, ou seja, pelo fato de que, por sermos falantes, somos marcados pela linguagem, pelo significante, mesmo no mais extremo nível de intimidade que possamos estabelecer com nossos órgãos e com nosso corpo. Incidentalmente, a mediação do significante faz com que experimentem nossa condição orgânica não como um todo, não no peso de uma unidade vital, em bloco, mas por fragmentos, pedaços, com os quais sonhamos, imaginamos, fantasiamos, enfim,
representamos para nós próprios.
6) O significado dado ao encontro com o Outro depende, portanto, do significante, é dele subsidiário, mas não é por ele totalmente determinado, exigindo o trabalho de significação que é feito pelo sujeito. Nesse sentido, o significante pode ser entendido como aquilo que convoca o sujeito, exige o trabalho do sujeito em sua constituição.
7) Lacan propõe a categoria de Outro para designar não apenas o adulto próximo de que fala Freud mas também a ordem que este adulto encarna para o ser recém-aparecido na cena de um mundo já humano, social e cultural, que, para simplificar nossa exposição, acompanharemos a sociedade e chamaremos de bebê, como fazem as teorias que tratam desse assunto. O Outro não é apenas, portanto, uma pessoa física, um adulto, por exemplo,
que, pelas mesmas razões mencionadas antes em relação à nomeação do bebê, chamaremos de mãe, porquanto em nossas sociedades seja esta a categoria que designa a função de cuidar dos bebês e também toda uma ordem simbólica que a mãe introduz no seu ato de cuidar do bebê. O Outro é o esqueleto material e simbólico dessa ordem, sua estrutura significante, o que nos permite portanto dizer que a ordem do Outro, que a mãe encarna para o bebê, é uma ordem significante e não significativa. O que a mãe transmite é,
primordialmente, uma estrutura significante e inconsciente para ela própria (ela não sabe o que transmite, para além do quê ela pretende deliberadamente transmitir), e não poderia ser
simplesmente o conjunto de valores culturais (entendendo-se sob este termo toda a complexidade de elementos significativos ordenados na família e na sociedade à qual pertencem mãe e bebê).
8) Pensar o Édipo em três tempos é uma proposta de Lacan que incluiu, no Édipo como um todo, os períodos antes denominados por Freud de pré-edípico e de saída edípica ou declínio do Édipo - os quais correspondem, respectivamente, ao primeiro e terceiro tempos do Édipo para Lacan. O primeiro tempo edípico ocorre nos primórdios da interação mãe-criança,quando esta é tomada imaginariamente pela mãe como o seu objeto de completude; o segundo tempo do Édipo é marcado pela descolagem inicial da criança do lugar de falo para a mãe, momento da castração imaginária, quando a criança rivaliza com o pai o lugar de falo para a mãe; o terceiro e último tempo edípico se caracteriza, inicialmente, pela hipótese infantil de que o pai detém o falo, e, em seguida, culmina na saída do Édipo, com a conclusão de que ninguém é ou possui o falo, pois todos somos faltantes, castrados, e o que homens e mulheres desejam em seus pares é exatamente a falta. 
A neurose se dá com a passagem pelos três tempos do Édipo, momento no qual a castração simbólica está decididamente instalada e o recalque funda o sujeito barrado. No outro extremo, aprisionada ao primeiro tempo edípico, à condição de ser o objeto para o Outro, à ausência da castração e sob os auspícios da foraclusão do nome do pai, está a psicose; por sua vez, a perversão caminha até o segundo tempo do Édipo, momento em que a castração é vislumbrada como possível na realidade corporal, tempo em que a diferença sexual é conhecida, mas no caso de uma estruturação perversa é negada concomitantemente, instaurando a renegação da castração.
9) Em Freud o desejo é caracterizado por um impulso na busca da reprodução de uma satisfação original, mas de forma alucinatória; ou seja, faz referência a um objeto atrelado originariamente à satisfação e não mais encontrado, um objeto perdido e, então,representado na ordem do Simbólico. A diferença entre demanda e desejo está justamente nesse ponto: o desejo, que por um lado é articulado no inconsciente (não é inefável, nem caótico, nem místico), não pode, no entanto, ser articulado pelo sujeito, formulado em palavras, reduzido ao plano dos significantes. O desejo habita o coração da(s) demanda(s), mas como ponto iinarticulável, indizível, e que só pode ser significado, interpretado, localizado por meio do significante, certamente, mas não como um significante que pudesse dizer o que ele é, e sim como um significado que fará com que ele seja sua própria interpretação. A necessidade, ela só pode ser experimentada pelo sujeito sob a forma fragmentada, parcializada, mastigada, “moída” pelo significante. Da necessidade só resta o caráter imperativo, incoercível, necessário, por assim dizer, e sobretudo o fato de que esse movimento assim tão impelente se dirige a um objeto delimitado, numa palavra, um corpo, “porção delimitada de Outro (assim como, na física, um corpo é definido como “porção delimitada de matéria”). 
A falta no nível do ser, do ser vivo, natural, que o sujeito tem a condição de emergir como tal. Significa também que esta falta fundadora do sujeito não se produz por si mesma, ou por algum processo natural, e tampouco cultural— já que a cultura rece, tanto quanto o sujeito, de uma teoria que possa explicar, no plano estrutural, sua constituição e seus processos —, mas requer o ato constituinte do sujeito para se fazer como falta. Trata-se de uma condição que comporta algo de paradoxal: a falta é fundante do sujeito, mas, em contrapartida, requer o ato do sujeito para se fundar como falta.

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