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SOCIOLOGIA APLICADA À SAÚDE DISCENTE: Adeilson Pereira da Silva FICHAMENTO DE CONTEÚDO A CULINÁRIA DA REPUGNÂNCIA Pode-se perceber que a repugnância, de fato, é significativamente uma intimidação ao sentimento de identidade; logo, é indubitável que os indivíduos de uma determinada cultura, por exemplo, só em ouvirem em falar que uma certa coisa é usada como alimento de forma natural em uma certa sociedade, e que esse alimento não faz parte do seu cardápio, verifica-se que tais indivíduos acreditam que essa prática é algo de ‘‘outro mundo’’, como também acreditam que tal ato é nojento, pois esse ato não faz parte de sua cultura e, consequentemente, é nítido que os mesmo irão defender que isso é um ato repugnante. Um aspecto totalmente diversificado, em algumas sociedades ocidentais, por exemplo, as fezes de animais são utilizadas para a cura de diversas as doenças e infecções, bem como a bosta de ovelha é são utilizadas de forma eficaz para dores nos olhos. Apesar da carne humana ter sido um alimento em inúmeras sociedades, em outras culturas tal consumo foi extremamente, por exemplo, algo assustador, situação que comprava a diversidade culinária existente no mundo, pois cada sociedade tem seus princípios e as suas tradições, bem como o corpo é considerado sagrado. Nesse contexto, ao longo da trajetória da humanidade, certamente, tiveram mudanças na concepção dessa prática e, dessa maneira, vê-se no mundo contemporânea que tal ato, não é mais comum e, assim, visto como uma ação caótica. O que para algumas pessoas é totalmente um cenário de horror, para outras é algo extremamente natural, haja vista que a carne de alguns animais domésticos é consumida em diversos países. Já no Brasil, esse cenário, decerto, não é algo comum, pois pode-se notar no nosso cotidiano, muitos animais domesticados são muitos próximos dos seres humanos, e em muitos casos são considerados e tratados como membros familiar. Nesse contexto, pode-se citar esse trecho ‘‘o cachorro é regulamente consumido em certas regiões da África, da Ásia ou do Pacífico’’ ( Breton, pág. 490). Dessa forma, existem países que o consumo da carne de cachorro faz parte da sua cultura, o que se tornou ato naturalizado, no qual as pessoas desses países não se espantam diante desse ato, no entanto, existem países que esse ato é considerado crime. Nessa ótica, na china, por exemplo, não são todos os tipos de cachorros que são consumidos, como também os chineses têm motivos para consumir a carne de cachorro, pois esse animal é associado ao metal, ou seja, a resistência e a força e, dessa forma, isso comprova que cada sociedade tem seus princípios. Ademais, ‘‘A comestibilidade não é uma noção biológica, mas simbólica’’ (Breton, pag. 502), verifica-se que muitas vezes se cria a concepção de que um determinado alimento é nojento, devido, sobretudo, a imaginação, mas não pelo o seu sabor. Outrossim, um certo alimento pode ser considerado bem para a saúde do homem, mas culturalmente ele não é bem visto de forma não agradável para o consumo, ‘‘Tudo o que é biologicamente comestível não é culturalmente comestível’’ (Fischer, 1993, pág. 501). É evidente que o homem pode se alimentar de diversos vegetais animais presentes no meio ambiente, entretanto, essa enorme diversificação de alimento pode ocasionar vários questionamentos, pois é notório que um certo animal pode ser consumido em uma determinada sociedade, mas por outro lado esse mesmo animal não é consumido em outra certa sociedade, o que ocasiona muitas vezes para um sentimento de repugnância, pois bem como é retratado ‘‘A aversão de uns pode ser o prazer de outros’’ (Breton, pag. 503). Portanto, fica nítido que é retratado no capito 9 a gigantesca diversidade cultural existente no mundo, haja vista que o autor relata exemplos que fazem parte da cultura de um determinado grupo social, e que ao mesmo tempo pode ser que tais atos mencionados não estejam presentes no âmbito cultural de outro grupo social. Consequentemente, um certo grupo defende que tal prática é natural e não acha que é estranha, entretanto, por não ser acostumado a vivenciar no seu cotidiano tal prática, o sujeito de outra sociedade acredita que o ato é, certamente, repugnante e desagradável. Assim, certos animais são consumidos, como também as fezes de animais são utilizadas para curar determinadas doenças, pois cada prática tem seu significado em uma cultura.
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