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DOENÇAS ORIFICIAIS DOENÇAS BENIGNAS · Fissura · Hemorroidas · Fistulas · Abscessos · Lipoma · DSTs DOENÇAS MALIGNAS · Linhagem epidermoide câncer de anus e canal anal – contato sexual. Fissuras · A queixa principal da fissura anal é a dor. Paciente relata que tem medo de evacuar, pois senti muita dor no momento da evacuação e no momento seguinte. · Lesão no canal anal abaixo da linha pectínea · Mais comum em adultos jovens · Ocorre igualmente em ambos os sexos · Pode ser aguda ou crônica. Etiologia · Primária: associada a constipação · Secundária: Crohn, Sífilis (principal), Tuberculose, Gonorreia, Clamydia, Herpes, Aids e outras. · Fator traumático · Ruptura do epitélio por fezes ressecadas ou diarréicas associada ao uso de papel higiênico círculo vicioso dor/não evacua/maior ressecamento. Nós temos duas musculatura ao redor do ânus, o esfíncter circular interno (musculatura lisa – involuntário - mais próximo do óstio anal) e circundando o primeiro músculo tem o m. esfíncter circular externo (musculatura esquelética – voluntário). Ao acontecer a lesão do epitélio (pode ser microtraumas) de maneira inconsciente a musculatura do esfíncter interno vai se tornar hipertônica e com isso vai acontecer o aprisionamento do sangue no canto do ânus e no outro canto vai faltar sangue, causando a isquemia que vai evoluir para a necrose e isso acontecendo na borda do ânus é chamado de fissura. Essa fissura dói e de maneira inconsciente acontece mais hipertonia e com isso mais isquemia e mais ferida e mais dor e mais hipertonia e assim criando um ciclo vicioso. Paciente relata que senti muita dor. Essa hipertonia é tão significativa que o tto da fissura é o relaxamento dessa musculatura. · O ânus é em formato elíptico e contém ângulos. Na anatomia humana o ângulo é um lugar difícil de se passar ou chegar sangue, então em um processo de isquemia é o local onde a isquemia vai ser mais percebida (comissura anal anterior ou posterior (mais frequente)). O local de mais ocorrência das fissuras é as 6 (principal) as 12 horas. · Existe fissura lateral? SIM, mas é mais possível que ela seja secundária, possivelmente causada por Cronh ou sífilis, sendo necessária fazer uma colonoscopia ou uma retoscopia. Isso muda também a técnica cirúrgica, ao invés de fazer uma esfinrectomia, se faz fissurectomia e mandar para o patologista (para saber se é uma DST). · LEMBRAR que o exame proctológico faz parte do exame físico é OBRIGATÓRIO para pacientes que possuem queixas coloproctológicas. A fissura é percebida na inspeção e recomenda-se que não se faça o toque retal, visto que o paciente já está com dor e não a necessidade para o dx da fissura. Sintomas · Dor: tipicamente pós-evacuações durando minutos, mas há casos onde dura horas. · Sangramento: em geral pouco volume - pode ocorrer sangramento, pois a fissura é uma ferida. Exame · Diagnóstico feito pela inspeção · Importante para diferenciar entre as primárias (linha média) e secundárias (laterais) · Importante para diferenciar entre aguda e crônica. · Agudas: lesão superficial sem fibrose · Crônicas: bordas fibrosadas, fundo branco onde se visualiza o EAI e a tríade da fissura anal crônica (plicoma sentinela, fissura e papila anal hipertrófica). QUESTÃO DA PROVA: SABER DIFERENCIAR A FISSURA AGUDA E CRÔNICA Fissuras · Fissura anal aguda O que é uma queixa aguda? Inicio recente de 2 ou 3 semanas. · Fissura anal crônica Crônica quando é principalmente acima de 4 semanas. · Tríade da fissura anal crônica – Ao se analisar a fissura da para perceber uma borda elevada a exposição da fibra muscular de maneira organizada + plicoma sentinela + papilite hipertrófica · Plicoma anal sentinela - Paciente relata que a dor diminuiu e que agora senti que o ânus está úmido (com prurido) e afirma ter surgido uma carocinho na borda anal, chamado de plicoma sentinela (fissura está em uma transição anoderma). Então, existem dois tipos de tecido querendo cicatrizar a mucosa e a pele, lembrando que a mucosa tem maior velocidade de cicatrização e assim forma um excesso de pele chamado plicoma. PLICOMA FICA PARA O LADO DE FORA · Papila anal hipertrófica – O plicoma está no lado de fora, mas no lado de dentro tem uma alteração em uma estrutura, na linha pectínea nós temos glândulas chamadas de papilas anais e ai nesse local existe uma reação inflamatória (edema, inchaço), por consequência dessa inflamação essa glândula vai ter que trabalhar mais produzindo mais muco e dando a sensação de ânus úmido e nessa maior atividade ela (glândula) acaba se hipertrofiando. FICA PARA O LADO DE DENTRO. · Pode ter a crônica agudizada, é o paciente que está com dor e com algum episódio de sangue, mas não procura o tto. Quando o paciente procura ajuda ele afirma já ter tido isso mais vezes e afirma que já naquele momento da consulta a dor já passou. Exames complementares · Em geral não necessários · Manometria ano-retal: útil para avaliar o tônus do EAI e externo - procedimento realizado para avaliar pacientes com constipação ou incontinência fecal. O exame mede basicamente as pressões dos músculos do esfíncter anal, a sensação no reto e os reflexos neurais que são necessários para executar os movimentos normais do intestino. O paciente, em seguida, deita-se sobre seu lado esquerdo. Uma pequena sonda flexível, do calibre de um termômetro, com um balão na extremidade é inserido no reto. O cateter é conectado a um aparelho que mede basicamente pressões. Durante o procedimento, o pequeno balão anexado ao cateter pode ser inflado no reto para avaliar as vias de reflexos normais. A pressão de repouso traduz a musculatura do esfíncter interno. A outra pressão é a de incremento ou contração (pede para o paciente prender o ânus) sendo do músculo esfíncter anal externo. A causa fissura é o aumento da pressão do músculo esfíncter interno. Tratamento · Aguda – grande resposta apenas com o tto conservador · Dieta rica em fibra · Não usar papel higiênico · Não usar álcool e condimentos · Existe medicamento tópico que responde bem · Fissura anal crônica · Mesmo tto conservador – mas a maioria precisa de um tto cirúrgico. · Relaxamento do Esfincter Anal Interno – sempre deve tentar o tto clínico primeiro · Nitratos: causa muito cefaleia · Bloqueador dos canais de cálcio (Diltiazem) – manipulado na forma de pomada + xilocaína + vit A + vit C · Toxina botulínica (caro) – tentativa de relaxar a musculatura – dura 3 a 4 meses. · Cirurgia (ótima resposta) – Esfinctrotomia interna lateral – ao lado do ânus na posição de 3 horas e faz um corte de 0,5 cm e através desse corte com uma pinça eu separo os músculos interno e externo e com essa pinça se descola o musculo esfíncter interno da mucosa e assim se secciona parcialmente esse músculo, por consequência ocorre um relaxamento e o sangue volta a circular nessa região de ferida. O receio da cirurgia é seccionar o músculo e o paciente ter uma incontinência fecal. Qual a função do esfíncter anal interno? O músculo esfíncter anal interno participa da incontinência, é ele que mantem o ânus fechado devido a pressão, mas a grande função do esfíncter interno é que quando as fezes cai no canal anal ele sente e avisa o cérebro (mole, dura ou gases) e com isso a pessoa estiver próximo do banheiro ela vai ou se não tiver ela vai contrair o esfíncter anal externo e joga novamente esse conteúdo para o reto. No adulto jovem principalmente homem ela não tem ‘’tanta’’ importância, mas agora em uma mulher de 70 anos de idade com 10 partos normais + 20 anos de menopausa, essa paciente deve estar na beira da incontinência e ai vou e faço um pique nesse músculo (0,5 cm) e com isso ela se tornou incontinente. Então, até para se proteger se faz a manometria antes de operar, porque ai você confirma se o paciente tem uma hipertonia. Fizeram uma pergunta e não entendi – resposta: o próprio software da manometria existe uma fisioterapia acoplado a ele chamado de Biofeedback e com isso eu faço o paciente treinar essa musculatura e também peço para os fisioterapeutasque ministram aulas de pilates, punpuarismo que acabam trabalhando essa musculatura do assoalho pélvico trabalhar com esses pacientes. Outros pacientes acabamos indicando o marca-passo para poder contrair essa musculatura. Pergunta: E a fissura de causa secundária? – resposta: Eu fiz a manometria e vi que a fissura é lateral e não tem hipertonia do músculo esfíncter interno, ou seja, a pressão de repouso é normal. O que fazer com esse paciente? Não se deve fazer a esfrinctrotomia, mas vou lá na fissura e recorto com sobra essa fissura e mando para biópsia, depois avanço um retalho para cobrir essa ferida, então muda a técnica quando o paciente tem uma fissura secundária. Abscesso ano-retal · 90% primárias – teoria criptogênica – existem glândulas próximas a linha pectínea que produzem muco que serve para facilitar a passagem das fezes. Não se sabe o porque, mas essas glândulas passam a crescer de maneira anômalas e formar um trajeto em direção a pele da nadega . · 10% secundárias · Corpo estranho – tubo de blade, cabeça de boneco, osso de frango, espinha de peixe, palito de dente. · Trauma · Tumor · Radiação · Tuberculose · Actinomicose · Crohn · Fissura · Infecção · Mais comum em homens (3:1) · 3º ou 4º décadas Classificação · Perianal · Tipo mais comum (40%) drenagem assim que se faz o diagnóstico – glândula de tamanho normal, percebe-se ao lado do ânus uma nodulação dura. · ATB em casos especiais – pacientes imunocomprometidos · Associado à fistula em 35% dos casos · Abrir a fístula se for identificada – a fistula tem um orifício interno que coincide com a linha pectínea, o orifício externo na pele próximo do ânus. O abscesso ano-retal é uma fistula anal incompleta, tem o orifício interno e tem parte do trajeto, mas não encontrou o orifício externo de drenagem. Então, na hora que eu for tratar esse abscesso e fazer a drenagem se transforma uma fistula incompleta em completa. 40% desses pacientes vão evoluir no futuro para uma fístula tradicional Se eu quiser tratar a fístula vai ter que cateterizar o trajeto, então por onde eu seccionei eu introduzo um estilete (não é igual o estilete da papelaria), então uma vez cateterizado o tto da fístula é abrir todo o trajeto e para fazer a retirada do estilete só se deve seccionar o músculo esfíncter anal interno, tomar muito cuidado para não atingir o músculo esfíncter anal externo (pode dar incontinência). Então, se começa a cortar o esfíncter anal interno e chegar no externo ai tem que parar e se for uma porção superficial pode cortar, mas se tiver grande porção do músculo, para e vem aqui na ponta e amarra um fio inabsorvivel (cetem) pego o estilete e puxo e o fio se passa por dentro do trajeto, corto o estilete e fico com as duas pontas, dou um laço e ajusto nessa musculatura, drenei o abscesso e cateterizei a fistula e deixei o cetem. Qual a função do cetem? Ele é um corpo estranho e ai vai fazer uma reação fibrótica e vai formar uma fibrose nessa região. 4 semanas depois volta para fazer o segundo tempo da fistulotomia que é retirar o cetem, mas não é recortar o fio e puxar ele, o fio deve sair inteiro, porque deve terminar de cortar aquele músculo em cima da fibrose que se formou. · Isquiorretal · Responsável por 25% dos abscessos · Associado com fístula em 25% · Trajeto fistuloso geralmente transesfincteriano – é o que passa no meio do esfíncter externo. · Interesfincteriano (submucoso) · Chamado de submucoso (termo consagrado, mas incorreto) · O trajeto passa entre o esfíncter interno e externo e quando for tratar só corta o externo. · Associado com fissura em 25% dos casos. · Anestesia sempre que necessário · Canaleta de drenagem (inclui o esfíncter interno). · Aspecto da canaleta de drenagem · As vezes é necessário sutura nas bordas com a finalidade de hemostasia. · O paciente apresenta uma dor muito forte ao toque retal, provavelmente se encostou no abscesso submucoso. Cuidado com o paciente masculino, porque anteriormente pode-se encostar na próstata inflamada (prostatite) e ele também sentir muita dor. · Abcesso pós-anal profundo · Drenagem por via endoanal - · Entre o cóccix e o ânus · No toque o paciente tem muita dor, na topografia por fora não se consegue ver nada. · O diagnostico se faz por meio RM · Supraesfincteriano · Raro · Fatores associados: DM e obesidade · Geralmente após cirurgia abominal prévia, diverticulite, doença pélvica · Supraelevador · Cuidado na drenagem – o orifício interno não está na linha pectínea na maioria das vezes, ele tem um trajeto extraesfincteriano · Drenagem logo que se faz o diagnóstico. · Anestesia depende do abscesso do médico. · A fistulotomia associada só deve ser feita com segurança. · Cuidado com os abscessos interesfincterianos – pode não fazer o diagnóstico – fazer RM Fístulas Etiologia · Abscessos (criptoglandular) · Fase crônica Quadro clínico · Quadro de abscesso que após drenagem permanece com drenagem de secreção piogênica. · Geralmente não há dor · Geralmente palpa-se trajeto fistuloso O paciente chega e fala que surgiu um caroço ao lado do ânus e que melhorou quando drenou uma secreção amarelada, chegou a cicatrizar, mas que algumas semanas depois voltou a drenar (ficou dolorido) e não parou de vazar. Ele tem esse caráter, pois cicatriza e começa a acumular secreção lá dentro e vai formando como se fosse um abscesso. Então entre o ânus e o orifício externo eu consigo palpar o trajeto, se você pegar uma caneta e colocar por de baixo do papel e for por cima da caneta da para perceber o trajeto tubular nessa caneta (é o que se palpa nessa situação). Diagnóstico · Usualmente só pela história e exame físico. · Exames de imagem raramente necessários - RM Classificação · Interesfincteriana - 1º mais comum · Trans-esfincteriana – 2º mais comum · Supre-esfincteriana · Extra-esfincteriana Na cateterização se pega o estilete e passa do orifício interno para o orifício externo, eu tenho que ir contando (músculo esfíncter interno) para poder tirar o estilete, agora eu vou cortando aqui até chegar no externo. Então, qual eu tenho que passar o cetem? Interesfecteriana ou na transfecteriana? Transfecteriana. Tratamento · Somente cirurgia · Fistulotomia (abertura do trajeto) x Fistulectomia (quando se retira o trajeto todo envelopado). · Lei de Goodsall-Salmon – trajeto da fístula - · Sedenho Doença Hemorroidária Existem dois encanamentos (vasos sanguíneos) um responsável por levar o sangue e o outro responsável pelo retorno sanguíneo, esses são a artéria e a veia. O coração é uma bomba que é responsável por jogar sangue para o corpo todo e esse sangue para a periferia pelas artérias, quando esse sangue vai para a região do ânus ele tem que retornar pela veia hemorroidária. Então, a doença hemorroidária é uma insuficiência venosa (dificuldade de o sangue retornar) e com isso a veia fica varicosa. Na região do ânus existe três veias hemorroidárias, quando acontece o estufamento das veias ocorre também o estufamento da mucosa do ânus, chamado de mamilo hemorroidário. Geralmente, esses mamilos são encontrados as 6, 7 e ás 11 horas (imagina o ânus como um relógio). · A queixa principal de quem tem doença Hemorroidária? SANGRAMENTO (sinal que representa) – as veias estão estufadas e qualquer tipo de contato (fezes ressecadas, fezes diarreicas, papel higiênico) causa lesão nessas veias e com isso o sangramento. Único evento que a Hemorroida dói é quando tem trombose hemorroidária, mas o paciente pode sentir ardência, desconforto e tudo isso pode estar relacionado a ingesta de alimentos condimentados. Se o paciente chegar e falar Dr. eu tenho um sangramento vivo, indolor que eu percebo ao evacuar ou quando eu passo o papel percebo que sai sujo de sangue. Como diferenciar a dor da trombose hemorroidária da dor a fissura anal? A dor da fissura é marcada pela evacuação, já a da TH doi o dia tudo, sem relação com a evacuação, dor constante. · Veias Hemorroidárias são componentes anatômicos. · Doença Hemorroidárias – congestão,dilatação e aumento dos corpos cavernosos. Etiopatogenia · Predisposição familiar – em relação aos hábitos diários e não genéticos. · Fatores dietéticos · Ocupação · Constipação – principal causa · Diarreia crônica · Gravidez · Hábito defecatório errado. Classificação · Interna – acima da linha pectínea · Externa – pós a linha pectínea · Mista – têm os dois tipos. · É o plexo hemorroidário que engurgitado vai prolaba e também tem o plexo hemorroidário externo que ingurgitando vai acabar surgindo a doença hemorroidária externo que fica pós a linha pectínea. · Os locais habituais são as 1, 5 e 9 horas e a variada é 3, 7 e 11 horas Para classificação das hemorroidas, pede para ao paciente fazer força para evacuar (manobra de valsava). · Grau I – Mamilo não exterioriza – surgiu acima da linha pectina · Grau II – Exterioriza, mas a redução é espontânea. · Grau III – Mamilo exterioza, mas o retorno é manual. · Grau IV – Mamilo exterioza, mas não reduz mesmo manual. No grau 1 e 2 o tto clínico é conservador – não existe medicamento para doença hemorroidária se não seja a trombose. Entende-se que a obstipação intestinal crônica é a principal causa da hemorroida, por isso no tto dessas classes pede-se para o paciente modificar alimentação (rica em fibra e água) para melhorar a consistência e também diminuir a força que faz quando evacua. Além disso, outro fator que interfere é a força que faz nas atividades diárias (semelhante a manobra de valsava), então evitar fazer força. Além disso, ensinar o paciente a evacuar. Enquanto o paciente se adapta as novas mudanças instruídas se passa um laxante a base de fibra para melhorar a evacuação até que as outras mudanças comecem a surgir o efeito. Orientar o paciente a evitar papel higiênico, usar roupa intima de 100% algodão. Gestantes? Lembrar que nas gestantes ocorre uma modificação hormonal e isso causa uma mudança da atividade intestinal e também no terceiro trimestre pelo tamanho do útero pressiona a veia cava inferior é pressionada e com isso compromete o retorno venoso. Quadro clínico · Sangramento · Prolapso · Exsudação perianal · Dermatite · Prurido · Desconforto anal · Não há dor Diagnóstico · História - · Exame proctológico: · Posição genitopeitoral ou em lateral esquerdo com as pernas fletidas, raramente se coloca em posição de litotomia para fazer o exame. · Inspeção – estática e dinâmica (pede para o paciente fazer a força de cocô) · Palpação do períneo · Palpar o ânus – contração do ânus · Toque retal – luva + lubrificante a base de água – fazer movimento circular na mucosa anal – o normal é como se tivesse passando o dedo na mucosa da boca. · Anuscopia – · Retossigmoidoscopia/Colonoscopia – quando o paciente tem queixas que não são compatíveis com os achados do exame físico como sangue nas fezes, mas eu vejo que não são compatíveis com o que achado e como pré-operatório. Se faz retossigmoidoscopia para quem tem menos de 40 anos de idade e sem história famíliar de câncer ou colonoscopia como exame pré-operatório para essa paciente. Tratamento · Gerais · Não usar papel higiênico · Corrigir hábito evacuatório · Dieta rica em fibras · Estimular ingestão de líquidos · Combater a constipação · Banhos de assento · Pomadas tópicas · Grau I e II – tto clínico · Escleroterapia – cateterizar o vaso e jogar uma substância esclerosante. · Crioterapia – usa-se gelo – nitrogênio liquido. · Fotocoagulação · Ligadura elástica – o mais feito – é feita em consultório, mas existe também a macroligadura que existe uma estrutura especifica para se colocar na ponta do colonoscópio. A ligadura elástica você tem uma pistola e o elástico vai na ponta e ai passo a pinça por dentro e pego o mamilo hemorroidário e traciono, hoje se usa a bomba de vácuo e ai ela suga o mamilo para dentro desse bojo e uma vez dentro a pistola empurra o elástico e prende o mamilo. Isso ao longo de 1 ou 2 semanas necrosa e cai. A ligadura elástica se usa muito para aquele paciente que tem como queixa o sangramento constante, vou examinar e o paciente tem uma doença hemorroidário grau I ou II de tamanho pequeno ou médio, geralmente esse paciente já fez uso de outros medicamentos indicados pelo farmacêutico e não houve resultado. · Cirurgia · Externos, mistas e Grau III e IV - Só o grau da doença é suficiente para que o médico defina a indicação cirúrgica? NÃO, mas é 50% da decisão e o resto é a análise dos sintomas. Qual é o sintoma principal de quem tem doença hemorroidária? Sangramento, então eu preciso entender com que frequência e intensidade ocorre o sangramento e o impacto na qualidade de vida. Ele pode falar que a cada 10 evacuações ocorre o sangramento em 1 ou 2, mas é um sangramento que assusta o paciente (intenso) e o paciente vive a preocupação de estar pendendo sangue, ou seja, tem impacto na qualidade de vida. Existe paciente em que a queixa principal não é o sangramento, mas sim o prolabado e isso incomoda muito ter que voltar com a mão, então nesses também deve-se fazer a cirurgia. · Técnicas · Aberta (Milligan-Morgan) – 1937 - · Fechada (Ferguson) Tanto a aberto quanto a fechada consiste em recortar o mamilo hemorroidário, descolarar da musculatura esfincteriana e ai ele passa a ficar preso pelo pedículo vascular, ou seja, na onde está a veia e ai vai lá e liga na origem e resseca. Se a ferida ficar aberta (Milligan-Morgan) ou se der uns pontinhos para fechar essa ferida (Ferguson). Independe de qual maneira for fazer a base técnica é essa. Jogo uma solução salin para descolar o mamilo da musculatura esfincteriana e ai recorto na forma de raquete, depois que descolei eu vou na base e amarro e recorto por cima pode onde eu liguei e deixo a ferida aberta. Se a ferida ficar aberta (Milligan-Morgan) ou se der uns pontinhos para fechar essa ferida (Ferguson). Se acaso houver 3 mamilos não se pode ressecar os três, porque entre cada mamilo ressecado deve sobrar uma ponte de mucosa de 1 cm, porque toda cicatrização em área circular vai levar a algum grau de estreitamento e se não respeitar essa técnica o estreitamento pode ser severo, resultando em uma complicação chamada de estenose anal. Então, se escolhe os 2 mamilos maiores e se tira, não se sabe o porque mas o mamilo que ficou tem um tendência a involuir, no entanto se ele vim dar problemas no futuro é o caso de se avaliar e ver qual medida é a melhor. Deve-se dar ATB profilático para esse paciente que fez a cirurgia? Para se dar ATB profilático tem o intuito de prevenir infecções no sitio cirúrgico, para isso eu levo em consideração qual o grau de contaminação dessa cirurgia, se ela é uma cirurgia limpa, contaminada ou potencialmente contaminada e alguns ainda acrescentam uma 4º classificação chamada de infectada. O que passa aqui? coco, então não tem porque fazer ATB profilático e nem terapia. É só lavar com água e sabão. E se o paciente for HIV ou é DM ou tomo algum medicamento imunossupressor e ai tem correntes que falam que tem que passar ATB profilático (eu sigo essa corrente) e tem as que falam que não se deve passar ATB. O pós-operatório de hemorroida dói? SIM, na primeira semana é desconfortável principalmente no momento da evacuação, mas existe uma estratégia medicamentosa que vai melhorar bastante esses sintomas. · Stapler (Longo) – grampeador longo é indicado no grau 3 (prolapso circular), se tem os 3 mamilos colabando e reduz só com a ajuda digital. A vantagem é que se trabalha acima da linha pectínea, assim o pós-operatório do paciente é sem dor. Tem que saber se o paciente prática sexo anal – porque se praticar tem que comunicar o paciente que pela permanência dos grampos pode machucar o pênis do parceiro. · THD – ligadura elástica ‘’chique’’ – se localiza o vaso com o doppler, por meio do anuscópio tem uma canaleta que se passa o ponto e laça o vaso e vai chuleando esse vaso até chegar na linha pectínea. E ai pego essa ponta do fio e leva lá na onde começou. Com esse método além de ligar o vaso ainda reduz o prolapso. A desvantagem é que é um procedimentocaro que o convênio não paga Plicoma · Dobra da pele · Tratamento sintomático/cirúrgico · Paciente se incomoda, porque dificulta a higiene e isso acumula resíduos, causando prurido. (trombose hemorroidária) Trombose Hemorroidária ‘’Paciente relata TH como dor constante e que percebeu o surgimento abrupto de um caroço dolorido no ânus.’’ · Aparecimento abrupto – devido a dificuldade do retorno venoso nas veias hemorroidária chega um momento que o sangue fica ‘’parado’’ e com isso forma-se um trombo e nessa região se cria uma resposta inflamatória (dor e edema). · Dor forte – essa dor é proporcional ao tamanho do nódulo e a quantidade também. Sendo mais forte quanto maior o nódulo e a quantidade deles. · Sangramento · Tratamento · Nunca reduzir · Tratamento varia – clínico (diosmina + pomada anti-inflamatória (não pode para gestante)) ou cirúrgico – · Nas gestantes fazer uma trombectomia com anestesia local e proibir fazer o parto normal. · Retirada dos trombos
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