Buscar

Cardiomiopatia Dilatada

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

► 
Dilatação ventricular, uni ou bilateral, sem causa demonstrável, acompanhada 
predominantemente de déficit inotrópico (disfunção sistólica). 
Os principais achados histopatológicos são áreas fibróticas entre miócitos 
degenerados ou hipertrofiados. Mesmo que haja algum grau de hipertrofia 
(concêntrica ou excêntrica) das paredes ventriculares, o que predomina é a dilatação 
das cavidades. 
É comum a presença de trombo intracavitário. 
Cerca de 20% dos casos têm caráter familiar. Muitos casos, antes diagnosticados 
como cardiomiopatia dilatada idiopática, com a aplicação de técnicas de hibridização 
e reações em cadeia da polimerase foram correlacionados com vírus (Coxsackie 
vírus humano, enterovírus e retrovírus). 
Mais comum em homens e negros. 
► 
Doença arterial coronária, doença de Chagas, cardiomiopatia idiopática, miocardite 
viral (Covid-19, Coxsackie, HIV), lúpus e outras doenças autoimunes, álcool, tireoide, 
antecedentes familiares (genética), drogas (ex. antraciclinas), aumento da PA (HAS). 
► 
Padrão congestivo. 
Assintomática na fase inicial. Cardiomegalia é detectada radiologicamente em 4 a 
13% dos pacientes assintomáticos. 
A maioria dos pacientes desenvolve os primeiros sintomas entre 20-50 anos. 
Dor torácica secundária ao esforço pode estar presente e ser indistinguível da de 
origem coronariana. 
Cerca de 1,5 a 4% dos pacientes apresentam embolia sistêmica e pulmonar. 
Insuficiência cardíaca em 75 a 85% dos pacientes. Predomínio dos sintomas de 
falência cardíaca esquerda. Nos casos mais graves, encontram-se sinais de falência 
cardíaca direita. 
Arritmia ventricular não é rara, mas são poucos os relatos de síncope e morte 
súbita. 
Ictus cordis hipodinâmico e deslocado para baixo e para a esquerda. 
Presença de B3 e B4. 
Sopros de regurgitação mitral e tricúspide, resultantes da dilatação do anel 
atrioventricular. 
Pulso arterial alternante. 
► 
ECG: raramente normal. Anormalidades da repolarização ventricular. Distúrbios da 
condução em 80% dos pacientes. Hipertrofia ventricular esquerda, ondas QS 
patológicas em parede anterior e baixa amplitude da onda R. Fibrilação atrial em 20% 
dos pacientes. 
ECG de 24h (Holter): diagnóstico e quantificação de arritmias ventriculares e 
supraventriculares. Menor variabilidade da FC. 
RX Tórax: cardiomegalia e redistribuição da circulação venocapilar pulmonar. 
Ecocardiograma: dilatação das câmaras cardíacas. Contratilidade ventricular 
alterada, hipocinesia global. Fração de ejeção diminuída. Hipocinesia segmentar, ao 
invés de global, indica evolução mais favorável. Presença de trombos, principalmente 
em AE. Regurgitação ventriculoatrial. 
Cintilografia miocárdica: pode demonstrar disfunção ventricular segmentar. 
Cateterismo cardíaco: pode ser necessário em alguns casos para afastar doença 
arterial coronariana. 
► 
Dados clínicos + ECG + Exames de imagem. 
Obrigatório afastar todas as causas de miocardiopatia (doença de Chagas, defeitos 
valvares, hipertensão arterial, insuficiência coronariana, periparto, alcoólica, por 
drogas cardiotóxicas, virótica). É um diagnóstico de exclusão. 
► 
Tratamento da Insuficiência Cardíaca, Arritmia e Fenômenos Embólicos. 
Anticoagulantes: indicados para pacientes que apresentam grave disfunção 
ventricular esquerda, fibrilação atrial, história de tromboembolismo e evidência 
ecocardiográfica de trombo ou contraste espontâneo em átrio. 
Ressincronização com marca-passo: pacientes que permanecem sintomáticos a 
despeito de terapia clínica otimizada, com bloqueio completo de ramo esquerdo e 
complexo QRS alargados com mais de 130ms podem beneficiar-se da 
ressincronização com marca-passo. 
Transplante cardíaco: possibilidade principalmente para pacientes abaixo dos 60 
anos. 
► 
O prognóstico depende do grau de comprometimento da função ventricular. 
Mortalidade alta: 50% em 5 anos se FE < 50% ou 50% em 1 ano se FE < 30%. 
Preditores de mau prognóstico: idade avançada, classe funcional III/ IV, hipotensão 
arterial sistólica, arritmias ventriculares complexas, falência ventricular direita, 
bloqueio completo de RE, BAV, hipertensão pulmonar e elevação da pressão venosa 
central, fração de ejeção do VE inferior a 30%, padrão restritivo ao ecocardiograma, 
etiologias ou causas precipitantes desconhecidas, cardiomegalia significante, 
alterações histológicas com predomínio de fibrose, não adesão ao tratamento.

Outros materiais