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► Perda de consciência repentina e transitória acompanhada da perda do tônus postural. Acomete 19% da população sendo que, desses, apenas 3% visitam o DE. 80% dos casos ocorrem em maiores de 65 anos. A maioria das causas é benigna. Ocorre recorrência em 50% dos casos. Fisiopatologia: • Disfunção de ambos hemisférios cerebrais ou tronco cerebral. • Redução do fluxo sanguíneo regional ou sistêmico. Episódios de hipoperfusão com redução de 35% do fluxo sanguíneo cerebral têm como consequência a perda da consciência que leva a perda do tônus postural e síncope. OBS: Pré-síncope → “sensação de desmaio”. Apresenta a mesma fisiopatologia da síncope, a diferença está na exacerbação, que é menor na pré-síncope. ► Fatores de risco: • Doença cerebrovascular. • Medicações cardíacas. • Hipertensão. Hipoperfusão sistêmica gerando disfunção do SNC. - Cardiovascular: redução do DC, bradicardia, obstrução de fluxo de saída. - Neuralmente mediadas (mais comuns): síncope reflexa (vasovagal), situacional. - Ortostática. Hipoperfusão focal de estruturas do SNC. - Doença cerebrovascular. - Hemorragia subaracnoidea. - Enxaqueca por oclusão da artéria basilar. - Hiperventilação (por gerar vasoconstrição). Disfunção do SNC com perfusão cerebral normal. - Hipoglicemia. - Hipoxemia. - Convulsão. - Narcolepsia. - Psicogênica. - Tóxicos. ► A maioria dos pacientes é assintomático na chegada (evento transitório). Abordagem inicial: • Critérios de instabildiade. • Síncope recorrente? Se sim, avaliação rápida + estabilização hemodinâmica. Considerar diagnósticos críticos: IAM, disritmias com risco de vida, estenose aórtica grave, dissecção aórtica, TEP maciço, HSA, AVE, distúrbios tóxicos metabólicos, sepse, gravidez ectópica rota, aneurisma de aorta abdominal. Início abrupto, indivíduo sentado ou supina e duração por mais de alguns segundos → pensar em causas graves. Pré-síncope → menor gravidade. Exercício extenuante e exposição prolongada ao estresse térmico → ortostasia. Relacionada ao emocional, micção, alimentação, movimentação intestinal → neuralmente mediada. Buscar sintomas associados. HPP: comorbidades, uso de medicamentos (vasodilatadores, betabloqueadores, diuréticos, prolongadores de QT, insulina e hipoglicemiantes orais). Exame físico direcionado: Sinais vitais: FC e ritmo de pulso, FR e profundidade, PA e temperatura. Taquicardia, bradicardia, outras arritmias. Taquipneia (hipóxia ou embolia pulmonar). Choque (diminuição da perfusão cerebral). Hipovolemia ou uso de medicação (hipotensão ortostática). Febre originada de sepse (depleção de volume e hipotensão ortostática). Cabeça, olhos, nariz, orelhas e garganta: sensibilidade, deformidade, papiledema, respiração. Sinais de trauma: aumento da PIC, TCE, cetonas originadas de cetoacidose. Coração: murmúrio sistólico, fricção. Estenose aórtica. Cardiomiopatia hipertrófica. Pericardite. Tamponamento. Neurológico: estado mental, achados neurológicos focais. Convulsão, AVC ou outra doença neurológica primária. ► ECG – triagem: exceto jovens adultos saudáveis com causa estabelecida. Buscar arritmias, pré-excitações, PR encurtado, QT corrigido prolongado, isquemia, hipertrofia cardíaca, BRD + elevação ST V1-V3 (Brugada), elevação difusa de ST ou alternância de onda T (pericardite ou tamponamento pericárdico). Se ECG normal, pensar em alterações ortostáticas e, se presente, solicitar: Hemograma: normal → depleção de volume/ desidratação/ drogas. Anormal → anemia hemorrágica. Se ECG normal e ausência de alterações ortostáticas, pensar em obstrução do fluxo de saída e solicitar: Ecocardiograma e AngioTC pulmonar: EP, dissecção, estenose valvular, CMH. Se negativo, pensar em sintomas neuro focais e solicitar: TC de crânio: AVC, AIT, HSA, migrânea ECG normal, e alterações ortostáticas ausentes, pensar também em metabólicas: Bioquímica sérica: hipoglicemia? Insuficiência adrenal? ► Marcadores de risco a curto prazo: • Idade > 65 anos. • Síncope de esforço. • Gênero masculino. • Síncope em supina. • Dispneia e ICC. • PAS < 90 mmHg. • Síncope sem pródromo. • HF de morte súbita precoce < 50 anos.
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