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Administração Científica, Clássica e Humanística

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Administração Científica, Clássica e Humanística
O êxodo rural, consequente da Revolução Industrial, trouxe um crescimento desenfreado das empresas naquele período, com o aumento da produção e as novidades da área tecnológica, ou seja, as máquinas. Além disso houve uma necessidade em aumentar a eficiência e a competência organizacional com um planejamento adequado nos processos empresariais, devido ao alto consumo da população e da ruptura com a mão de obra artesanal. Nesse contexto, surge a Abordagem Clássica, dividida em: Administração Científica e Administração Clássica. Posteriormente, há a chegada da Administração das Relações Humanas.
Administração Científica
O engenheiro mecânico Frederick Winslow Taylor foi responsável por trazer eficiência e desenvolvimento ao modelo industrial do final do séc. XIX e início do séc. XX, sendo considerado “o pai da organização científica do trabalho”, através da Administração Científica. Esse modelo se baseia na aplicação de um método científico que visava o aumento da produtividade em relação ao custo/benefício, ou seja, com custo mínimo.
Dessa forma, Taylor realizou a abordagem de divisão do trabalho de cima para baixo, em que os funcionários eram escolhidos pela sua aptidão na realização de determinada tarefa para realiza-la de modo eficiente e em menos tempo com um incentivo salarial. O modelo foi proposto com base em seu estudo de tempos e movimentos, publicado no livro “Administração de oficinas” em 1903, no qual o trabalho foi analisado e testado cientificamente, para a definição de uma metodologia que fosse padronizada nas empresas. Dentro desse paradigma, também houve a inclusão da seleção das ferramentas a serem utilizadas no trabalho. Resumidamente, essa abordagem estava elaborada em princípios do planejamento, da preparação, do controle e da execução, mantendo disciplina e a distribuição de funções para manter o trabalho ordenado.
Muitos se basearam no modelo de Taylor, por ter revolucionado a produção industrial e ter sido precursor da Teoria Administrativa, inclusive Henry Ford com a criação da linha de montagem. No entanto, atribuíram algumas críticas como: 
· Mecanicismo: o operário era tratado como engrenagem do funcionamento do sistema produtivo e não era visto como um ser humano que carece de outras necessidades, além do incentivo salarial;
· Visão microscópica do homem: mantém esse operário com uma visão limitada do processo produtivo, apesar da facilidade no treinamento;
· Intensificação do trabalho: ao invés de uma racionalização;
· Limitação do campo de atuação: trata a organização como um sistema fechado sem levar em consideração os aspectos externos;
· Falta de comprovação científica: o estudo é realizado através do conhecimento empírico.
Administração/Teoria Clássica
Tratada também como ciência, a Teoria Clássica foi iniciada pelo engenheiro elétrico francês Henri Fayol, no qual existiam esforços para a criação de uma “fórmula administrativa” que pudesse ser usada nas organizações. Essa teoria tinha como foco principal a preocupação com a estrutura das organizações e não as tarefas, tendo forte influência da hierarquização da Organização Militar e da Igreja Católica. Desse modo, o objetivo de Fayol, era aumentar a eficiência empresarial através de uma administração/análise da estrutura organizacional abrangente e focada na visão do gerente. Logo, iniciou seus estudos de departamentalização e pôde visualiza-los como parte da estrutura, realizando a divisão das funções empresarias em:
· Administrativa: coordena as demais áreas da empresa, sendo considerada a atividade de integração de acordo com Fayol;
· Comercial: área de compra, venda, e permutação dos bens produzidos e consumidos pela empresa; atualmente conhecida como Marketing;
· Técnica: relaciona-se com a área de produção dos bens e serviços que serão prestados a consumidor final;
· Contábil: registro das entradas e saídas, balanço patrimonial e demais estatísticas empresariais;
· Financeira: gerenciamento dos recursos financeiros utilizados pela empresa;
· Segurança: tem a função de assegurar os bens e as pessoas envolvidas na atividade empresarial, sendo a atual área de Recursos Humanos.
Apesar do modelo de Fayol ser utilizado até os dias de hoje, aspectos psicológicos e sociais eram irrelevantes na época em que o modelo foi criado. Por isso não há envolvimento da Gestão de Pessoas ou a abordagem da questão da liderança, motivação, interação social, comunicação e etc. O único incentivo ao empregado era o salarial, de modo que surgiu o conceito de “Homo Economicus” na Teoria Clássica.
Fayol também foi responsável pela definição dos processos administrativos, tais como: previsão, organização, comando, coordenação e controle. Atualmente são conhecidos como as funções gerenciais ou funções do administrador: planejamento, organização, direção (liderança) e controle. Além disso, ele também criou os princípios gerais da administração:
	Princípios Gerais da Administração
	1. Divisão do trabalho 
	Especialização das tarefas e pessoas
	2. Autoridade de linha responsabilidade
	Ordens aos funcionários e os mesmos prestarem contas e obediência
	3. Disciplina
	Comportamento a respeito aos acordos estabelecidos
	4. Unidade de Comando
	Ordens de apenas um superior 
	5. Unidade de Direção
	Plano coordenado por uma única pessoa, com um conjunto de atividades para o alcance de determinado objetivo
	6. Subordinação dos interesses individuais aos gerais
	7. Remuneração do pessoal
	Satisfação pelo trabalho realizado
	8. Centralização
	Uma autoridade máxima 
	9. Cadeia Escalar
	Nível de autoridade de acordo com a hierarquia
	10. Ordem
	Cada item em seu devido lugar
	11. Equidade
	Alcance da lealdade dos empregados
	12. Estabilidade do pessoal 
	13. Iniciativa
	Capacidade de iniciar algo e assegurar seu sucesso
	14. Espírito de equipe 
	Harmonia e união entre os empregados
Tabela 1- Princípios Gerais da Administração (Fayol)
Assim como a Administração Científica, a Teoria Clássica também sofreu algumas críticas:
· Abordagem simplificada da organização: falta de consideração com os elementos psicológicos e sociais;
· Ausência de trabalhos experimentais: sem regularidade dos princípios estabelecidos, dentro de uma estrutura rígida;
· Abordagem prescritiva e normativa de um sistema fechado: prescrição de normas para aplicação geral que não considera o mundo externo.
Mesmo com as críticas, princípios como a função das organizações, a autoridade, o uso da hierarquia e desenho dos papéis, a unidade de comando e direção, a cadeia escalar e o conceito de administração, ainda estão presentes na sociedade atual.
Administração das Relações Humanas
A experiência em Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo nos Estados Unidos, foi a responsável por originar a Abordagem Humanística também conhecida como Administração das Relações Humanas. Mayo em reação aos modelos anteriores de Taylor e Fayol, percebeu a necessidade de priorizar as pessoas e os grupos sociais, já que estes eram menos importantes do que a própria fábrica. Neste período as ciências sociais, como a psicologia, também estavam sendo desenvolvidas, contribuindo de maneira significativa para o desenvolvimento da Abordagem umHHHhhjhhHumanística.
Em 1927 na fábrica Western Eletric Company situada em Chicago, foi o local onde a experiência de Hawthorne ocorreu, cujo o objetivo era verificar se as condições físicas do trabalho têm influência sobre a eficiência dos funcionários, já que estes estavam expostos à fadiga, excesso de trabalho, acidentes, rotatividade de pessoal e más condições do ambiente de trabalho. Essa experiência consistiu em quatro fases: iluminação, sala de montagem de relés, programa de entrevistas e sala de montagem de terminais.
Na primeira fase foram divididos dois grupos de trabalhadores, em que cada grupo esteve sob uma iluminação diferente: uma constante e outra variável. O resultado obtido identificou que não havia relação entre o grau de luminosidade e o rendimento dos operários, mas quesua eficiência é afetada por fatores psicológicos, ou seja, os funcionários se esforçaram porque haviam sido convidados para participar da experiência.
Na segunda fase, os pesquisadores mudaram o local de trabalho, a forma de pagamento, estabeleceram pequenos intervalos de descanso e distribuíam lanches leves nesses intervalos. Perceberam então que, os trabalhadores apresentaram maior rendimento na produção, pois trabalhavam satisfeitos. 
O foco da terceira fase consistiu em perguntar aos funcionários suas relações entre si e saber suas opiniões/pensamentos a respeito dos superiores, suas punições e pagamentos. Percebeu-se que os operários se mantém unidos.
Na última fase, os operários foram recompensados em grupo e mantiveram a solidariedade, finalizando o estudo da organização informal dos mesmos. As contribuições do estudo foram:
· Ênfase nos aspectos emocionais: Relação entre produtividade e interação social no ambiente de trabalho, visando recompensas e motivação, além de comportamentos irracionais nos indivíduos;
· Grupos: Identificação de grupos entre pessoas com o mesmos princípios e valores, e grupos de pessoas de determinada função e/ou setor;
· Relações Humanas: diferenças de personalidades e aspectos emocionais;
· Conteúdo do cargo: a especialização do operário em determinada tarefa não era suficiente, pois alguns trocavam de função entre si.
O estudo das Relações Humanas trouxe a quebra de paradigmas dos primeiros modelos de gerenciamento organizacional, a partir de pessoas ao invés de funções ou setores. Questões como a liderança, a motivação, a formação de grupos e valorização do colaborador, dentro do ambiente organizacional que contribuí para o alcance de metas e objetivos da organização.
Autora: Alícia Rios
Referências 
COELHO, José Márcio; GONZAGA, Ricardo Martins. Administração Científica De Taylor: O Homem Do Tempo, 2007. Acesso: https://storage.googleapis.com/adm-portal.appspot.com/_assets/modules/academicos/academico_318_190226_174335.pdf?mtime=20190226144332&focal=none
FARIA, Caroline. Administração Científica. Acesso: https://www.infoescola.com/administracao_/administracao-cientifica/
MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru.Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2006.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. São Paulo.
RENNO, Rodrigo. Teoria Clássica da Administração. Acesso: https://rodrigorenno.com/artigos/teoria-classica-da-administracao-resumo/#_ftnref2
RAMILLO, Daniel. A Teoria das Relações Humanas- Caso Elton Mayo, 2017. Acesso: https://administradores.com.br/artigos/a-teoria-da-relacoes-humanas-caso-elton-mayo 
DANTAS, Gabriela Cabral. Teoria das Relações Humanas. Acesso: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/administracao/teoria-das-relacoes-humanas.htm

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