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@enfermeirove | Izabel Karolayne | PATOLOGIA 2°P Visão geral das respostas celulares: As células mantêm um estado normal chamado homeostasia, no qual o meio intracelular é mantido dentro de uma faixa razoavelmente estreita dos parâmetros fisiológicos. Quando encontram um estresse fisiológico ou um estímulo patológico, podem sofrer uma adaptação, como: hipertrofia, hiperplasia, atrofia e metaplasia. Se a capacidade adaptativa é excedida, desenvolve-se uma lesão celular. Dentro de certos limites, a lesão é reversível e as células retornam a um estado estável; entretanto, um estresse grave, persistente e de início rápido resulta em lesão irreversível e morte das células afetadas. A morte celular é um dos eventos mais cruciais na evolução da doença em qualquer tecido ou órgão. Lesão Celular e Morte celular: Lesão celular reversível: Ocorre quando a célula agredida pelo estímulo nocivo sofre alterações funcionais e morfológicas, porém mantem-se viva, recuperando-se. Morte celular: Com a persistência do dano, a lesão torna-se irreversível e, com o tempo, a célula não pode se recuperar e morre. Existem dois tipos de morte celular — necrose e apoptose — que diferem em suas morfologias, mecanismos e papéis na fisiologia e na doença. Lesão celular, Morte celular e Adaptações Característica da Necrose e Apoptose: Causas da lesão celular: As causas da lesão celular variam de trauma físico grosseiro de um acidente de automóvel a defeito em um único gene que resulta em uma enzima defeituosa caracterizando uma doença metabólica específica. A maioria dos estímulos nocivos pode ser agrupada nas seguintes categorias: ▪ Privação de oxigênio ▪ Agentes químicos ▪ Agentes infecciosos ▪ Reações imunológicas ▪ Fatores genéticos ▪ Desequilíbrios nutricionais ▪ Agentes físicos ▪ Envelhecimento MORFOLOGIA DA LESÃO CELULAR E TECIDUAL: Relações entre função celular, morte celular e alterações morfológicas da lesão celular. Note que as células rapidamente se tornam não funcionais após o início da lesão, embora estejam ainda viáveis com lesão potencialmente reversível; uma lesão de duração mais longa leva finalmente a lesão irreversível e à morte celular. Note também que, tipicamente, a morte celular precede as alterações morfológicas visíveis macroscopicamente, à microscopia óptica e ultraestruturais. Lesão Reversível: As duas principais características morfológicas da lesão celular reversível são a tumefação celular e a degeneração gordurosa. MORFOLOGIA: A tumefação celular é a primeira manifestação de quase todas as formas de lesão celular. É uma alteração morfológica reversível, de difícil observação na microscopia óptica, podendo ser mais visível ao nível do órgão inteiro. O exame microscópico pode revelar pequenos vacúolos claros dentro do citoplasma que representam segmentos distendidos e separados do retículo endoplasmático. Esse padrão de lesão não letal às vezes é chamado de alteração hidrópica ou degeneração vacuolar. A degeneração gordurosa é manifestada pela presença de vacúolos lipídicos no citoplasma. As células lesadas podem exibir também coloração eosinofílica que se torna muito mais pronunciada com a progressão para a necrose. A, Túbulos renais normais com células epiteliais viáveis. B, Lesão isquêmica inicial (reversível) mostrando, em células ocasionais, bolhas na superfície, eosinofilia aumentada do citoplasma e tumefação celular. C, Necrose (lesão irreversível) de células epiteliais com perda dos núcleos, fragmentação das células e extravasamento dos conteúdos. É o tipo de morte celular que está associado à perda da integridade da membrana e extravasamento dos conteúdos celulares, culminando na dissolução das células, resultante da ação degradativa de enzimas nas células lesadas letalmente. Os conteúdos celulares que MORFOLOGIA: NECROSE: escapam sempre iniciam uma reação local do hospedeiro, conhecida como inflamação, no intuito de eliminar as células mortas e iniciar o processo de reparo subsequente. As enzimas responsáveis pela digestão da célula são derivadas dos lisossomos das próprias células que estão morrendo ou dos lisossomos dos leucócitos que são recrutados como parte da reação inflamatória às células mortas. MORFOLOGIA: A necrose é caracterizada por alterações no citoplasma e no núcleo das células lesadas. Alterações citoplasmáticas. As células necróticas exibem aumento da eosinofilia. Alterações nucleares. As alterações nucleares assumem um dos três padrões, todos devidos à degradação da cromatina e do DNA. Destino das células necróticas. As células necróticas podem persistir por algum tempo ou ser digeridas por enzimas e desaparecer A apoptose é uma via de morte celular, induzida por um programa de suicídio estritamente regulado no qual as células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu próprio DNA e as proteínas nucleares e citoplasmáticas. Os fragmentos das células apoptóticas então se separam, gerando a aparência responsável pelo nome (apoptose, “cair fora”). A membrana plasmática da célula apoptótica permanece intacta, mas é alterada de tal maneira que a célula e seus fragmentos tornam-se alvos atraentes para os fagócitos. Rapidamente, as células mortas e seus fragmentos são removidos antes que seus conteúdos extravasem e, por isso, a morte celular por essa via não induz uma reação inflamatória no hospedeiro. A apoptose difere da necrose, que é caracterizada pela perda da integridade da membrana, digestão enzimática das células, extravasamento dos conteúdos celulares e, frequentemente, uma reação no hospedeiro. Entretanto, a apoptose e a necrose algumas vezes coexistem, e a apoptose induzida por alguns estímulos patológicos progride para a necrose. APOPTOSE EM SITUAÇÕES FISIOLÓGICAS: A morte por apoptose é um fenômeno normal que funciona para eliminar as células que não são mais necessárias e para manter, nos tecidos, um número constante das várias populações celulares. É importante nas seguintes situações fisiológicas: • Destruição programada de células durante a embriogênese. • Involução de tecidos hormônios-dependentes sob privação de hormônio. • Perda celular em populações celulares proliferativas. • Morte de células que já tenham cumprido seu papel. • Eliminação de linfócitos autorreativos potencialmente nocivos. • Morte celular induzida por linfócitos T citotóxicos. APOPTOSE EM CONDIÇÕES PATOLÓGICAS: A apoptose elimina células que estão geneticamente alteradas ou lesadas de modo irreparável, sem iniciar uma reação severa no hospedeiro, mantendo mínima a lesão tecidual. A morte por apoptose é responsável pela perda de células em vários estados patológicos: • Lesão de DNA. • Acúmulo de proteínas anormalmente dobradas. • Lesão celular em certas infecções. • Atrofia patológica no parênquima de órgãos após obstrução de ducto. Aparência morfológica de células apoptóticas. Células apoptóticas (algumas indicadas por setas) do epitélio de cripta do colo. Note os núcleos fragmentados, com cromatina condensada e corpos celulares retraídos, alguns com falhas. MORFOLOGIA: MORFOLOGIA: Apoptose: Mecanismos da apoptose: VIA MITOCONDRIAL (INTRÍNSECA) DA APOPTOSE: Esse caminho para a apoptose é desencadeado por estresse ou dano à célula. Tipos de estresse e danos que podem levar a célula ao suícidio celular incluem: Danos ao seu DNA, privação do oxigênio e outras tensões que prejudicam a capacidade de funcionamento de uma célula. VIA RECEPTOR DE MORTE DA APOPTOSE (EXTRÍNSECA): Nesse caminho para a apoptose, um sinal é recebido de fora da célula, instruindo-a a confirmar a morte celular programada. Isso pode ocorrer se a célula não for mais necessária ou se estiver doente.FONTE PARA IMAGENS E CONTEXTO: Robbins Patologia Básica
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