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Polifarmácia 
 
 
A polifarmácia, representada pelo uso de cinco ou mais medicamentos por uma única pessoa, cresce 
cada vez mais na população idosa e traz graves riscos a essa parcela etária. Muitas vezes, por possuir 
mais de um problema de saúde, o idoso é submetido ao uso de drogas que podem ser mais maléficas 
do que benéficas à sua saúde. 
O consumo de múltiplos remédios aumenta consideravelmente os riscos como toxidade cumulativas, 
erros, menor adesão ao tratamento das doenças e morbimortalidade. Também representa um aumento 
nos custos assistenciais com a saúde, incluindo o próprio custo para tratamento das repercussões 
advindas desse consumo. Além de efeitos adversos que aparecem apenas nos idosos (devido alterações 
fisiológicas do envelhecimento) a interação entre os remédios são os principais responsáveis pelos 
malefícios dessa prática. 
O uso racional de agentes farmacológicos deve ser estimulado, principalmente aos idosos. Sabemos 
que o consumo desses remédios são essenciais para uma melhora qualidade de vida de pessoas 
portadoras de doenças, entretanto, a vulnerabilidade biológica dos idosos é conhecida, estudada e 
divulgada, e o consumo de medicamentos realizados por eles devem ser utilizados de maneira segura 
e consciente. 
Assim, a abordagem do desafio da polifarmácia deve ser feita em dois níveis: em primeiro lugar 
compreender suas origens e desencadeantes ao nível da população, das políticas e dos profissionais e, 
em segundo lugar, desenvolver abordagem minimamente disrupitiva para os cuidados clinico 
individuais que incorpore os quatro princípios da MMD descritos por May e colaboradores: 
 
• Estabelecer a carga do tratamento; 
 
• Encorajar a coordenação na prática clínica; 
 
• Reconhecer a comorbidade nas evidências clínicas; 
 
• E talvez de forma mais importante, priorizar a partir da sua lista. 
 
 As prescrições em cascata também levam à polifarmácia desnecessária. Isso ocorre quando 
um efeito adverso de um fármaco é interpretado como um sintoma de uma doença e outro fármaco é 
acrescentado para tratá-lo, em vez de ser suspenso ou modificado o fármaco que causou o problema 
 
 
 
 
MANEJO DA POLIFARMÁCIA 
 
O manejo ativo da polifarmácia traz benefícios de saúde globais em populações idosas. Algumas 
classes de fármacos específicas são fatores de risco independentes para reações adversas aos 
medicamentos em idosos (Quadro 23.2), enquanto algumas doenças também predispõem a reações 
adversas aos medicamentos (Quadro 23.3). 
 
 Uma abordagem para a polifarmácia é usar listas de "fármacos a serem evitados", como a lista 
Beers, os critérios McLeod e IPET, mas há limitações para essa abordagem. Es- sas listas são derivadas 
de consensos, e a inclusão e exclusão de determinados fármacos pode ser um pouco ad hoc. As lis- tas, 
por sua natureza, ficam desatualizadas logo após serem lançadas. Outros critérios mais abrangentes 
foram desenvolvidos para detectar a falta ou o excesso de prescrição em idosos. Isso inclui STOPP, 
START e Drug Burden Index. 
 
 O principal a fazer é pensar sobre e revisar as medicações com regularidade, sob um ponto de 
vista explícito de minimizar o número de medicamentos, suspendendo o máximo que for possível. 
Quando não for possível a suspensão, é importante tentar reduzir a dose.

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