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ANTIFÚNGICOS Local de ação das drogas antifúngicas - Sobre a parede celular do fungo: caspofungina - Atuando na membrana celular do fungo temos os poliênicos, antibióticos com ação antifúngica. Além disso, os derivados imidazólicos que são de origem sintética. - A nível da divisão celular, temos uma droga bem antiga griseofulvina de origem microbiana e até hoje não se sabe bem como elas funcionam. Drogas sintéticas que são análogas a nucleosídeos que vão atuar sobre a síntese de ácido nucleicos, ou seja. Principais drogas antifúngicas Origem microbiana - Macrolídeos Poliênicos (anfotericina B e Nistatina) fungicidas - Griseofulvina - não poliênicos fungistática Sintéticos - Derivados Imidazólicos e triazólicos fungicidas - Flucitosina fungistática - Caspofungina fungicida Anfotericina B: antibiótico obtido de culturas de Streptomyces nodosus na Venezuela(1956). - Uso exclusivamente hospitalar e por via parenteral, intravenosa - Ligação à beta-lipoproteínas: 91-95%, proteínas plasmática - Meia-vida de 15 dias, eliminação lenta (pode causar nefrotoxicidade) - Baixas concentrações no humor vítreo e LCR. Mecanismo de ação da anfotericina B A anfotericina B se liga firmemente aos esteróides presentes na membrana celular do fungo (ergosterol), levando a formação de poros, com consequente perda de macromoléculas, nutrientes e íons celulares, acarretando a morte celular do fungo, ou seja a anfotericina tem ação fungicida. Espectro de ação da anfotericina B Candida albicans, Cryptococcus neoformans, Histoplama capsulatum, Blastomyces dermatidis, Coccidioides Bruna Costa immitis, Sporothrix schenki, Paracoccidioides brasiliensis Aspergillus ssp., Clasdosporium ssp., Phialophora spp., Madurella spp. Usos clínicos Paracoccidiomicose brasiliensis, Candidíase ou Monilíase, Sporotricose, Histoplasmose, Cryptococose e Blastomicose norte-americana. Droga de 2ª escolha no tratamento de algumas protozooses (calazar, leishmaniose e amebas de vida livre ( naegleria sp. e hartmanella sp.) Efeitos adversos e toxicidade Nefrotoxicidade reversível e reação pirogênica são constantes. Alterações sanguíneas (anemia hemolítica; anemia aplástica - que é quando há parada completa dos elementos do sangue e precisa de transplante de medula; agranulocitose e pancitopenia) - mais graves Cefaléia, anorexia, náuseas, vômitos, diarréia Reações ligadas às vias de administração: tromboflebites, irritação local, exantema e neuropatia. Nistatina: Tetraeno produzido por S. noursei - Antibiótico macrolídeo de uso oral e tópico usado em todas as formas de monilíases causadas por Candida albicans. - Apresenta o mesmo mecanismo de ação da Anfotericina B. - Os efeitos adversos são: diarréia, distúrbios gastrointestinais, hipersensibilidade e irritação local. Mecanismo de resistência - Diminuição do ergosterol da membrana do fungo - Modificação na estrutura da membrana de modo que ela se combine menos com a droga Griseofulvina: droga produzida pelo Penicilium griseofulvum em 1939 e introduzido na clínica para o tratamento de dermafitoses em 1957. - A griseofulvina se deposita nas células precursoras da queratina e apresenta maior afinidade para tecidos patológicos do que tecidos normais. A droga liga-se firmemente à queratina nova, que se torna altamente resistente à invasão de fungos.. - Uso oral, de absorção gastrointestinal pequena, porém sendo estimulada por dieta rica em gordura. Também possui uso tópico. - Distribui-se bem pelos tecidos e líquidos orgânicos, concentra-se no fígado, tecido adiposo e nos músculos esqueléticos. - Metabolismo hepático - Meia-vida plasmática: 1 dia - Excreção renal Mecanismo de ação A droga inibe a mitose da célula fúngica através do rompimento da estrutura do fuso mitótico impedindo a metáfase da divisão celular. No entanto, esse mecanismo é pouco conhecido. É fungistática Usos clínicos Micoses superficiais da pele, unhas e pêlos Tinhas do couro cabeludo, da barba, do corpo, inguinal e podal (pé-de-atleta) Tinhas das unhas causadas pelos gêneros Epidermophyton, Microsporum e Tricophyton. Reações adversas da Griseofulvina A frequência de reações adversas é baixa, porém ocorrem reações alérgicas; febre, rubores cutâneos, leucopenia, etc. Dor de cabeça, náuseas, vômitos, diarréia, fotossensibilidade Discreta ação hepatotóxica Derivados imidazólicos e triazólicos 1ª Geração: Miconazol, Clotrimazol 2ª Geração: Cetoconazol 3ª Geração: Fluconazol, Itraconazol Mecanismo de ação Inibição da biossíntese normal do colesterol da membrana do fungo, através da inibição da desmetilação do carbono 14 presente no esterol. Alteração da composição química da parede celular Inibição da atividade citocromo “C” da peroxidase e da catalase -> levando ao acúmulo a níveis letais do peróxido de hidrogênio no interior da célula fúngica. Tem efeito teratogênico É uma droga fungicida Mecanismo de resistência Bruna Costa Diminuição da concentração intracelular, aumento ou alteração da 14 - alfa - desmetilase. Antifúngicos de 1ª geração Miconazol- preparações tópicas (loção cremosa a 2% e creme vaginal). Usos Clínicos: micoses e afecções vulvovaginais produzidas por Candida albicans. Efeitos adversos: dermatite alérgica de contato, dor de cabeça, erupção na pele, irritação, sensibilização ou queimação vulvovaginal, urticária. Antifúngicos de 2ª geração Cetoconazol - é um derivado imidazólico usado na forma oral e tópica (creme vaginal a 2% e shampoo ) . Usos Clínicos: micoses profundas paracoccidioidomicose sistêmica, blastomicose disseminada e histoplasmose micoses superficiais - infecções do couro cabeludo, da unha, pitiríase versicolor, dermatite seborréica e candidíase vaginal. Efeitos adversos: náuseas e vômitos, dor abdominal, anorexia, cefaléia, febre, calafrios, fotofobia, perda de libido, impotência, ginecomastia (porque pode interferir na biossíntese do colesterol do hospedeiro), irregularidade menstruais. Antifúngicos de 3ª geração Itraconazol - derivado triazólico com maior espectro de ação que o cetoconazol e fluconazol para Aspergillus e Sporotrix - aspergilose e esporotricose. É indicado nas micoses cutâneas causadas por dermatófitos e na candidíase vaginal Apresenta eficácia no tratamento oral de histoplasmos e blastomicose. A meia-vida sérica é mais prolongada e tem melhor afinidade tecidual do que o cetoconazol. Apresenta menor toxicidade e pouca influência sobre a esteroidogênese do que o cetoconazol. Uso apenas oral Efeitos adversos: prurido, náusea, vômitos, cefaléia, tontura, hipopotassemia com doses elevadas, alterações endócrinas muito raras. Antifúngicos de 3ª geração Fluconazol - derivado triazólico com boa absorção oral, excelente penetração liquórica cerebral e excreção renal. Apresenta ação similar ao cetoconazol sendo tão ativo quanto a anfotericina B nos casos de meningites criptocócica em pessoas com HIV e na candidíase sistêmica em pacientes não neutropênicos. Uso oral e intravenoso Efeitos adversos: Ginecomastia em homens (inibição testosterona), alterações metabólicas, alterações endócrinas. Flucitosina É uma droga de síntese química análoga fluorada da citosina É uma droga bem absorvida por via oral , distribui-se amplamente no organismo, incluindo o LCR. Excretada na urina na forma não metabolizada Atividade anti fúngica: Cryptococcus neformans, Candida spp. Sporotrix sp e Aspergillus spp - É utilizada em pacientes refratários ou intolerantes a outros medicamentos É usada por via parenteral em associação com a anfotericina B, em situações graves Mecanismo de ação A fluorocitosina é convertida nas células fúngicas pela citosina-desaminase ao composto -> 5-fluorouracil -> 5-fluoro-2’-desoxiuridina-5’-monofosfato -> timidolato- sítetase bloqueia a síntese do DNA do fungo Efeitos colaterais Mielotoxicidade (por ação tóxica sobre a medula óssea), nefrotoxicidade, náuseas, vômitos, diarreia, erupções cutâneas. Equinocandinas - Caspofungina É uma droga fungicida que atua inibindo a síntese do glicano, componenteda parede celular do fungo; Apresenta espectro de ação estreito incluem Candida sp. e Aspergiluus Apresenta-se como uma melhor opção do que a anfotericina B para as candidíases com menor toxicidade Administrada por infusão de pelo menos 1 hora Indicações clínicas Bruna Costa Aspergilose invasiva em pacientes refratários ou intolerantes a outros medicamentos (anfotericina B e/ou itraconazol). Reações adversas As principais reações adversas compreendem: rash cutâneo, inflamação facial, prurido ou sensação de calor; foram também relatados casos de anafilaxia caracterizada por dispnéia, sibilo e piora do rash cutâneo durante a administração inicial de caspofungina. Outros efeitos colaterais freqüentes são febre, náuseas, vômitos, anorexia, anemia, edema pulmonar, síndrome de angústia respiratória do adulto, astenia, fadiga, calafrios, mal-estar geral, dores abdominais, flebite/tromboflebite, taquicardia, vasculite, mialgia, lombalgia, cefaléia, parestesias, insônia, tremores, taquipnéia e dores da musculatura esquelética.
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