Buscar

Aula 7 - ANEMIA INFECCIOSA EQUINA (09 04) docx

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

09 DE ABRIL DE 2020
ANEMIA INFECCIOSA EQUINA
ANEMIA = Diminuição no número dos Eritrócitos
Doença infectocontagiosa crônica de etiologia viral que acomete: Equinos, asininos e
muares. A enfermidade foi inicialmente descrita na França, em 1843 e sua etiologia viral foi
determinada em 1904, por Carré e colaboradores. Conhecida também como Febre do Pântano,
descoberta no Brasil em 1968 em RS e RJ.
Interferem fortemente em eventos esportivos equestres, tendo grande relevância
econômica considerável, sendo a maior problemática de embargos de equídeos.
Dados do IBGE demonstram mais de 1.300.000 animais em criações Brasileiras.
ETIOLOGIA
● Família: Retroviridae(Período de incubação longo e assintomático com infecções
persistentes)
● Gênero: Lentivirus
● São envelopados (não são resistentes no ambiente) e possuem 80-100 nm de diâmetro
com enzima transcriptase reversa (Transforma o genoma do vírus para DNA)
● Possuem genoma viral diploide (possui duas cópias do genoma dentro de si), composto
por dímero invertido de moléculas de RNA.
o Incorpora seu material genético no do hospedeiro
EPIDEMIOLOGIA
● Distribuição mundial (Exceto no continente Antártico)
● Áreas endêmicas pode atingir até 70% dos animais adultos
● Índices moderados a altos em regiões de populações numerosas e permanentes de
insetos voadores*
● Facilmente transmitidos entre animais infectados através de transferência de sangue e
derivados feito mecanicamente por insetos hematófagos e fômites (seringas, bridões,
esporas, arreios)
● Pode ser transmitido verticalmente Via Transplacentária e Transmamária
● Horizontalmente
FISIOPATOGENIA
As células alvo para o vírus da AIE são os macrófagos e monócitos. Os órgãos que
notavelmente são acometidos por terem abundância de macrófagos são: Fígado, baço,
linfonodos, pulmões e rins. Os locais de integração do DNA pro-viral ao genoma da célula
hospedeira determinam a extensão e a natureza das alterações celulares. Lesões
desenvolvidas nos tecidos são resultado de processos mediados imunologicamente.
1. O vírus entra por Via Oral, Respiratória ou Genital
2. Imediatamente após a infecção o vírus da AIE replica a altos títulos em macrófagos
maduros dos tecidos hepáticos, esplênico, linfáticos, pulmonares, renais e adrenais.
a. Os vírus são liberados à circulação sanguínea por brotamento na membrana da
célula infectada, podem ser adsorvidos pelos eritrócitos dos equinos e quando
IgG ou IgM reagem com este complexo, o Sistema Complemento é ativado,
induzindo a hemólise tanto intra quanto extravascular, resultando em anemia;
b. A fração C3 do complemento ao interagir com o eritrócito infectado induz a
eritrofagocitose.
THAÍSSA DIB
09 DE ABRIL DE 2020
3. Por ser uma doença imunomediada promove a destruição das células infectadas, estas
caracteristicamente expressam antígenos virais em sua superíficie, sendo reconhecidas
como patogênicas.
4. Caracteristicamente resulta em hemólise extravascular, depressão de medula óssea e
consequentemente queda na produção de hemácias, além disso, linfadenite e
infiltração de macrófagos e linfócitos no fígado, rim e outros órgãos. Glomerulonefrite
é um dos resultados da deposição de imunocomplexos nas membranas basais
glomerulares, pela ação de enzimas hidrolíticas.
SINAIS CLÍNICOS
● FORMA CRÔNICA: Ataque com intervalos variáveis de dias, semanas ou meses
o Anemia
o Emagrecimento discreto
o Fraqueza
o Pouca resistência para o trabalho
o Febre de 40 a 41 ºC
o Hemorragias puntiformes embaixo da língua,
o Anemia,
o Inchaço no abdômen,
o Redução ou perda de apetite,
o Depressão
o hemorragia nasal
● FORMA AGUDA: NECRÓPSIA
o Esplenomegalia
o Hemorragias
o Linfadenopatias generalizadas
o Edema
o Icterícia
DIAGNÓSTICO
Regulamentado pelo MAPA - PNSE
● LABORATORIAL
o Sorológico: IDGA – Imunodifusão por GEld e Ágar(Teste de Coggins)
o Positivos são imediatamente comunicados
o Para realizar o teste os veterinários devem estar cadastrados para realizar o
teste assim como os Laboratórios que devem ser devidamente credenciados.
o É necessária uma ficha de resenha para identificar o animal
o JANELA IMUNOLÓGICA = O positivo só aparece 45 dias pós infecção pois o
vírus está replicando de forma menos intensa havendo menor estímulo do
sistema imune.
TRATAMENTO
PROFILAXIA E CONTROLE
● Combater insetos e manutenção de boas condições sanitárias
● Drenagem nos pastos alagados e fiscalização da água e bebedouros
● Não introdução de animais infectados na fazenda
THAÍSSA DIB
09 DE ABRIL DE 2020
● Uso de agulhas hipodérmicas e instrumentos cirúrgicos somente após esterilização
completa
● Instrução Normativa nº 45/2004 – MAPA
● PNSE – 2008
● ANIMAL PORTADOR IDENTIFICADO:
o Interdição da propriedade, legalmente regularizado e notificado ao
proprietário
o Investigação epidemiológica de todos os animais que reagiram ao teste
diagnóstico, incluindo o histórico de trânsito
o Marcação permanente de animais portadores: Ferro candente na paleta
esquerda com um “A” dentro de um círculo de 8cm de diâmetro seguido da
sigla da UF
o Sacrifício ou isolamento dos portadores
o Realização de exame laboratorial para diagnosticar os demais animais da
propriedade
o Desinterdição da propriedade com 2 resultados diagnósticos negativos
consecutivos em um intervalo de 30 a 60 dias
o Orientação aos proprietários da região pelo serviço veterinário oficial que
submetam seus animais a exames laboratoriais para diagnóstico de A.I.E
THAÍSSA DIB

Outros materiais