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Sistema nervoso parassimpático

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Neuroanatomia 
1 
 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
 
• Composto por nervos (combinação de vários axônios), gânglios 
(corpos de neurônio) e terminações nervosas. 
• Os nervos saem da medula formando raízes, de forma que 
quando saem anteriormente (Corno anterior – mais grosso) os 
ramos são motores, e quando saem posteriormente (Corno 
posterior – formato de chifre) os ramos são sensitivos. 
• As vias sensitivas, são onde se encontram gânglios e são 
considerados nervos aferentes. 
• As vias motoras são consideradas nervos eferentes. 
 
 
• Como a maioria do nervo possuem as duas vias, aferente e 
eferente, chamamos os esses nervos de mistos. 
 
CASO CLÍNICO 
MENINGITE 
• OBS: Existe uma meninge que recobre as raízes nervosas a 
medula e o cérebro, chamada de dura mater. Uma inflamação da 
duramater (meningite) possui como principal manifestação 
clínica, a dor lombar, já que acomete as raízes nervosas. 
 
• Os nervos são compostos pelo epineuro, perineuro e pelo 
endoneuro. É importante lembrar, que esses tecidos e o próprio 
axônio precisam ser nutridos, dessa forma, dentro dos nervos 
existem vasos sanguíneos que proporcionam o aporte sanguíneo 
necessário. Assim, caso haja o rompimento desses vasos, 
ocorrerá uma neuropatia (morte do axônio – que pode se 
regenerar). 
 
 
 
PROVA!!! 
• A bainha de mielina que recobre o axônio é produzida pelas 
células de Schwann no SNP e pelos oligodendrócitos no SNC 
PROVA!!! 
• Existem dois plexos, o cervical e o lombo-sacro, deles saem 
nervos que vão para todo o corpo. Sendo assim o dermátomo do 
corpo é dividido entre esses nervos da seguinte forma: 
C1, C2, C3: Cabeça. 
C4: Pescoço. 
C5: Ombro e região lateral do braço. 
C6: Região lateral do antebraço. 
C7: Polegar + dois primeiros dedos da mão até o punho 
(anteriormente e posteriormente). 
C8: Região medial do antebraço. 
T1: Região medial do braço e axila. 
T2: Manúbrio do esterno. 
T4: Linha dos mamilos. 
T6: Apêndice xifoide. 
T10: Cicatriz umbilical. 
T12: Sínfise púbica. 
L1: Da sínfise em direção à região medial. 
L2: Abaixo e paralelo a L1 (região anterior da coxa). 
L3: Joelho. 
L4: Região medial da perna em direção ao calcanhar. 
L5: Região lateral da perna em direção ao Hálux. 
S1: Região posterior da perna. 
S2: Região posterior da coxa. 
S3, S4, S5: Circunda o ânus. 
 
 
 
 
 
 
Caroline Vasconcelos 
 
 
 
 
2 
 
• Sensações possibilitadas pelos nervos: 
Na pele: Dor, pressão, temperatura, tato fino e grosso. 
Na articulação: propriocepção (capacidade de identificar no 
espaço onde está o membro. Ex: de olhos fechados consigo dizer 
se minha mão está para cima ou para baixo) 
No musculo: distensão 
 
NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR E INFERIOR 
 
• O neurônio motor superior, faz parte do SNC e está localizado 
na medula. Sua função é regular o neurônio motor inferior e 
fazer a ligação desse com o cérebro. 
• O neurônio motor inferior, faz parte do SNP. Ele está sempre 
mandando sinais de hipertonia (aumento do tônus), 
hiperreflexia (aumento do reflexo) e de rigidez muscular. 
Entretanto, esses comandos são regulados pelo NMS, o que 
faz com que essas características estejam balanceadas em 
pessoas saudáveis. 
(SÍNDROME DO NEURÔNIO MOTOR INFERIOR) 
Uma lesão periférica, geraria um caso de lesão do NMI. Assim, quem 
manda o sinal de “hiper” não estará funcionando. Nesse caso teremos 
perda da função, hiporreflexia e hipotonia. 
 
(SÍNDROME DO NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR) 
Já uma lesão central, lesaria o NMS, que é quem regula o NMI. Assim, 
a regulação não ocorrerá e o paciente sofrerá de perda de função, 
hiperreflexia e hipertonia. Além disso, mais uma confirmação da 
SNMS é o sinal de Babinski positivo (estimulo lateral na planta do pé 
que quando positivo gera a extensão do hálux e flexão dos dedos.) 
 
PROVA!! 
 SNMS SNMI 
Função ↓ ↓ 
Tônus ↑ ↓ 
Reflexo ↑ ↓ 
Babinski + - 
 
 
CONDUÇÃO NAS FIBRAS NERVOSAS 
 
• Determinam a velocidade de condução: 
 - Bainha de mielina 
 - Espessura da fibra 
Quanto mais mielinizada e quanto mais grossa for a fibra, maior será 
a velocidade. 
• Determinam a amplitude: 
 - Comprimento 
 - Número de fibras 
Uma fibra de comprimento maior, perde mais a condução por 
dissipação, então a amplitude será menor. Enquanto isso, quanto 
maior for o número de fibras maior será a amplitude. 
 
 
 
PROVA!! 
Questão de prova: Através de um exame gráfico 
(eletroneuromiografia) diagnostique o tipo de doença nervosa. 
 
 
 
 
A primeira parábola, quando comparada à “normal”, possui uma 
amplitude menor, mas a velocidade é igual. Por isso, podemos 
afirmar que existe um problema relacionado ao axônio. 
A terceira parábola, quando comparada à “normal”, possui a mesma 
amplitude, mas o estimulo é realizado depois de um tempo maior. 
Assim, percebemos que há uma menor velocidade, o que caracteriza 
uma doença desmielinizante. 
Já a quarta parábola, possui menor amplitude e menor velocidade 
que a normal, caracterizando uma doença axonal e desmielinizante. 
 
DOENÇA NA JUNÇÃO NEUROMOTORA 
 
PROVA!! 
 
• O neurotransmissor que realiza a motricidade nos músculos, é a 
acetilcolina. Na miastenia gravis, o sistema imunológico produz 
anticorpos que atacam um tipo de receptor no lado do 
músculo da junção neuromuscular – receptores que 
respondem ao neurotransmissor acetilcolina. Como resultado, 
a comunicação entre a célula nervosa e o músculo é 
interrompida. Assim, o paciente queixa de fadiga extrema ao 
final do dia, a ponto de perder parte de seus movimentos. 
Durante uma noite de sono, esses receptores são reconstituído e 
no dia seguinte o paciente consegue contrair os músculos 
normalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A
m
p
lit
u
d
e 
Tempo 
NORMAL 
Axonal 
Desmielinizante 
Axonal e desmielinazante 
Caroline Vasconcelos 
 
 
 
 
3 
 
Aula Prática 
 
CASO CLÍNICO 1 
Paciente com 33 anos, relata sentir falta de ar. Ao realizar o 
exame clínico, você percebe fraqueza, hipotonia e hiporreflexia 
do membro superior direito (MSD). Além disso, também se 
percebe analgesia (diminuição da sensibilidade à dor) e 
anestesia (diminuição da sensibilidade ao tato) do MSD. 
 
Raciocínio: 
• Tem lesão de neurônio motor? 
 Sim, pois há acometimento motor (fraqueza, hipotonia e 
hiporreflexia). 
• O neurônio motor lesado é superior ou inferior? 
Inferior, pois há hipotonia e hiporreflexia. -> Síndrome do 
neurônio motor inferior (SNMI) 
• Já que o neurônio motor é inferior, a lesão é central ou 
periférica? 
Periférica. 
• Sendo periférica temos 4 possibilidades: lesão na raiz (R), no 
plexo (P), no nervo (N) e na junção comunicante (JC). 
• Tem alteração da sensibilidade? 
Sim. -> Síndrome sensitiva (SS) 
• Se tem alteração sensitiva não pode ser falha na junção 
comunicante (só provoca alteração motora). Além disso, 
também não pode ser a nível de raiz pois não possui dor 
radicular. 
• Outra possibilidade seria lesão no nervo, mas, para 
acometer todos os músculos do braço de forma sensitiva e 
motora, deveria ser bem no inicio do nervo, ou seja, no 
plexo. Logo, a lesão é no plexo. 
 
Conclusão: 
O paciente sofre de SNMI e SS causadas por uma lesão a nível de 
plexo. 
 
CASO CLÍNICO 2 
Paciente de 62 anos, mulher, possui Diabetes Mellitus (DM) e 
Hipertensão arterial sistólica (HAS). Paciente queixa 
formigamento, dor e queimação dos membros inferiores (MMII). 
Ao exame clínico percebemos que não há alteração de força, 
tônus e reflexo. 
 
Raciocínio: 
• Tem lesão de neurônio motor? 
Não, pois não há acometimento da função. 
 
• Tem acometimento de neurônio sensitivo? 
Sim, pois há formigamento, dor e queimação. -> Síndrome sensitiva 
(SS) 
• A lesão é central ou periférica**? 
**OBS: Quando for bilateral, considerar que é uma lesão periférica. 
Periférica, pois há acometimento bilateral (dos dois membros 
inferiores) 
• Sendo periférica temos 4 possibilidades: lesão na raiz (R), no 
plexo(P), no nervo (N) e na junção comunicante (JC). 
• Se tem alteração sensitiva não pode ser falha na junção 
comunicante (só provoca alteração motora). Além disso, 
também não pode ser a nível de raiz pois não possui dor 
radicular. 
• Outra possibilidade seria o plexo, mas no plexo existem nervos 
motores e sensitivos. Logo, a lesão é de um nervo sensitivo. 
 
Para diminuir a quantidade de doenças no diagnóstico, você pedirá 
uma eletroneuromiografia (um exame que irá media a velocidade e o 
tempo dos impulsos nervosos da paciente). 
 
 
 
Ao analisar o exame, percebe-se uma alteração na amplitude do 
impulso nervoso. Logo, é um problema axonal. 
Conclusão: 
Paciente sofre de uma neuropatia (lesão do nervo) sensitiva axonal. 
 
CASO CLÍNICO 3 
Paciente de 42 anos, possui Diabetes Mellitus (DM) e Hipertensão 
arterial sistólica (HAS) e é obeso. Queixa de dor lombar e fraqueza da 
coxa esquerda. Ao exame clínico percebemos diminuição do tônus e 
do reflexo do membro inferior esquerdo (MIE). Além disso, também 
há diminuição da sensibilidade global do MIE. 
 
Raciocínio: 
• Tem lesão de neurônio motor? 
 Sim, pois há acometimento motor (fraqueza, hipotonia e 
hiporreflexia). 
• O neurônio motor lesado é superior ou inferior? 
Inferior, pois há hipotonia e hiporreflexia. -> Síndrome do neurônio 
motor inferior (SNMI). 
• Já que o neurônio motor é inferior, a lesão é central ou periférica? 
Periférica. 
• Sendo periférica temos 4 possibilidades: lesão na raiz (R), no 
plexo (P), no nervo (N) e na junção comunicante (JC). 
• Tem alteração da sensibilidade? 
Sim, global. 
NORMAL 
EXAME DA PACIENTE 
 
Caroline Vasconcelos 
 
 
 
 
4 
 
• Se tem alteração sensitiva não poderia ser falha na junção 
comunicante (só provoca alteração motora). 
• Não poderia ser plexo, pois a fraqueza é só da coxa esquerda. 
• Poderia ser nervo, mas não é, pois possui dor lombar (se não 
tivesse, seria lesão no nervo). Logo, se há dor lombar a lesão é a 
nível do raiz. 
 
Qual é a raiz acometida? Raiz de L2 (região anterior da coxa) 
Conclusão: 
O paciente sofre de SNMI e SS causadas por uma lesão a nível de 
raiz. 
 
CASO CLÍNICO 4 
Paciente com 36 anos queixa visão dupla (diplopia) ao final do dia. 
 
Raciocínio: 
• O que causa diplopia? 
A movimentação descoordenada do olho. 
• Quem faz a movimentação ocular? 
Músculos. 
Ou seja, se houver alguma lesão muscular poderá ocorrer visão dupla. 
• A alteração é bilateral, então a lesão é periférica. 
• Sendo periférica temos 4 possibilidades: lesão na raiz (R), no 
plexo (P), no nervo (N) e na junção comunicante (JC). 
• Não existe raiz de nervo craniano. 
• Não existe plexo no crânio. 
• Poderia ser uma lesão do nervo que inerva os músculos do olho, 
mas a paciente queixa de diplopia somente ao final do dia. 
• Assim, a lesão é na junção comunicante dos músculos oculares. 
(miastenia gravis a nível ocular). 
 
Conclusão: 
Paciente com miastenia gravis a nível ocular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caroline Vasconcelos

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