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APOSTILA DIREITO PENAL

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1 
 
SUMÁRIO 
 
01. Teoria da norma: tempo e lugar do crime ............................................................................ 2 
02. Teoria da norma: lei penal no tempo ..................................................................................... 4 
03. Teoria da norma: lei penal no espaço .................................................................................... 8 
04. Crimes omissivos ......................................................................................................................... 12 
05. Tentativa, desistência voluntária e arrependimento eficaz ........................................ 14 
06. Arrependimento posterior ....................................................................................................... 16 
07. Crime impossível ......................................................................................................................... 17 
08. Erro de tipo e erro de proibição ............................................................................................. 18 
09. Erro sobre a pessoa, erro sobre a execução e aberratio criminis ............................. 20 
10. Excludentes de ilicitude ............................................................................................................ 22 
11. Causas excludentes de culpabilidade ................................................................................... 25 
12. Teoria da pena .............................................................................................................................. 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso 
intensivo para a 1ª Fase OAB e deve ser utilizado como um roteiro para as 
respectivas aulas. Além disso, recomenda-se que o aluno acompanhe as aulas 
com a legislação pertinente. 
Bons estudos, Equipe CEISC. 
 
Atualizado em novembro de 2020. 
 
 
2 
 
ROTEIRO DE ESTUDOS – 1ª FASE OAB INTENSIVO 
DIREITO PENAL 
Prof. Arnaldo Quaresma Jr. 
Prof. Nidal Ahmad 
 
 
01. Teoria da norma: tempo e lugar do crime 
Prof. Arnaldo Quaresma 
@profarnaldoquaresma 
 
*Para todos verem: esquema 
 
 
Tempo e lugar do crime 
 
Tempo do crime 
Art. 4º, do Código Penal. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou 
omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. 
 
→ Estatuto jurídico aplicável/imputabilidade: 
Art. 228, da Constituição Federal. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito 
anos, sujeitos às normas da legislação especial. 
Art. 27, do Código Penal. Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, 
ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. 
Código Penal
Parte geral
Teoria da 
norma
Teoria do 
crime
Teoria da 
pena
Parte especial
Art. 121 e 
seguites do 
Código Penal
 
3 
 
Art. 104, do ECA. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às 
medidas previstas nesta Lei. 
 
 
→ Teoria da atividade 
Considera tempo do crime o momento da atividade, ou seja, da ação ou omissão. 
 
 Crimes permanentes 
A consumação se prolonga no tempo. 
Exemplo: sequestro, extorsão mediante sequestro, tráfico de drogas (ter em depósito ou 
guardar). 
 
 Crimes instantâneos 
Aquele que a consumação se dá em momento único. 
 
Lugar do crime 
Art. 6º, do Código Penal. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a 
ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-
se o resultado. 
 
→ Teoria da ubiquidade ou teoria mista 
Considera-se lugar do crime tanto o lugar da conduta (ação/omissão) quanto o lugar do 
resultado. 
 Lugar do crime é diferente de competência do juízo. 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
UGAR
L
BIQUIDADE
U
EMPO
T
TIVIDADE
A
 
4 
 
02. Teoria da norma: lei penal no tempo 
Prof. Arnaldo Quaresma 
@profarnaldoquaresma 
 
 
Lei penal no tempo 
 
Art. 5º, XL, da Constituição Federal. A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o 
réu. 
Art. 1º, do Código Penal. Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem 
prévia cominação legal. 
 
*Para todos verem: esquema 
 
Retroatividade da lei penal mais benéfica 
 
→ Abolitio criminis 
Lei que revoga uma infração penal. 
Art. 2º, do Código Penal. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de 
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória. 
 
 
Princípios
Retroatividade da lei penal 
mais benéfica
Abolitio criminis
Novatio legis in 
mellius
Irretroatividade da lei penal 
mais gravosa
Lei incriminadora
Novatio legis in pejus
 
5 
 
 
*Para todos verem: esquema 
 
 Os efeitos civis não são atingidos. 
 
→ Novatio legis in mellius 
Lei mais favorável ao réu. 
Art. 2º, parágrafo único, do Código Penal. A lei posterior, que de qualquer modo 
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença 
condenatória transitada em julgado. 
 
Súmula 611, do STF. Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo 
das execuções a aplicação de lei mais benigna. 
 
Irretroatividade da lei penal mais gravosa 
 
→ Lei incriminadora 
Lei que cria uma nova infração penal. 
Só pode ser aplicada a fatos que ocorridos após o início da vigência da lei. 
 
→ Novatio legis in pejus 
Lei que piora a situação do réu. 
 
 
 
 
 
Efeitos
Execução
Efeitos penais 
da sentença 
condenatória
Pena
Reincidência
 
6 
 
*Para todos verem: esquema 
 
 
Situações especiais 
→ Crimes permanentes 
A consumação se prolonga no tempo. 
Exemplo: 
Sequestro, extorsão mediante sequestro, tráfico de drogas (ter em depósito ou guardar). 
 
Se, durante a permanência do crime, vem uma lei mais grave, aplica-se a lei mais grave. 
Súmula 711 do STF. A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime 
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da 
permanência. 
 
→ Combinação de leis 
Quando há aspectos mais favoráveis em uma lei e outros mais favoráveis em outra. 
Jurisprudência não admite esse fenômeno, pois viola o princípio da separação dos 
poderes. Nesse caso, deverá ser aplicada somente uma das leis na íntegra. 
 
Súmula 501 do STJ. É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o 
resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do 
que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis. 
 
→ Leis temporárias e excepcionais 
Possuem prazo de vigência determinado. 
Art. 3º, do Código Penal. A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período 
de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato 
praticado durante sua vigência. 
Abolitio Criminis
•Revogação do tipo penal +
supressão da figura criminosa
Princípio da continuidade 
normativo-típica
•Revogação do tipo penal +
conduta permenece proibida,
senod incluída em outro tipo
penal
 
7 
 
*Para todos verem: esquema 
 
 Ultratividade gravosa 
Se aplicam aos fatos ocorridos em sua vigência, ainda que em prejuízo ao réu, mesmo já 
revogadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lei temporária
Data
Lei excepcional
Evento
 
8 
 
 
03. Teoria da norma: lei penal no espaço 
Prof. Arnaldo Quaresma 
@profarnaldoquaresma 
 
Lei penal no espaço 
Possibilidade da aplicação da lei penal brasileira para determinado crime. 
 
Princípio da territorialidade 
Art. 5º, do Código Penal. Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados 
e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as 
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo 
brasileiro onde quer que se encontrem, bem como asaeronaves e as embarcações 
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no 
espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou 
embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no 
território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar 
territorial do Brasil. 
 
É a regra geral. Trata-se de uma territorialidade mitigada. 
Aplica-se a lei penal brasileira para os crimes cometidos dentro do território nacional. 
*Para todos verem: esquema 
 
Território 
nacional
Real/físico
Tudo aquilo que 
corresponde ao 
território 
brasileiro de 
fato.
Por 
extensão/
flutuante/
jurídico
Navios ou 
aeronaves
Pública
Esteja a serviço do 
Brasil em qualquer 
lugar do mundo.
Privado
Só serão território 
brasileiro quando 
estiverem em área 
internacional, ou seja, 
área que não 
corresponde a 
nenhum país.
 
9 
 
Princípio da extraterritorialidade 
É excepcional. 
Trata-se da aplicação da lei penal brasileira a crimes cometidos fora do território 
nacional. 
 
→ Inciso I: incondicionada 
Art. 7º, § 1º, do Código Penal. Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei 
brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. 
Art. 8 do Código Penal. A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no 
Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 A pena cumprida no estrangeiro pode computar ou atenuar a pena brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inciso I
Alínea a
Vida/liberdade do 
presidente da 
República
Alínea b
Patrimônio/fé pública 
dos entes da 
administração pública 
direta/indireta
Alínea c
Contra a 
administração pública 
praticadas por 
funcionário público
Alínea d
Genocídio, desde que 
o agente seja brasileiro 
ou domiciliado no 
Brasil
Princípio da defesa e da proteção Princípio da 
justiça universal 
 
10 
 
→ Inciso II: condicionada 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 Condições 
*Para todos verem: esquema 
 
 
Art. 7, § 3º, do Código Penal. A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por 
estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no 
parágrafo anterior: 
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
b) houve requisição do Ministro da Justiça. 
 
Inciso II
Alínea a
Tratado/convenção 
que o Brasil se 
obrigou a reprimir
Alínea b
Crimes praticados 
por brasileiro
Alínea c
Princípio da bandeira 
ou pavilhão
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a 
extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar 
extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
Princípio da justiça 
universal 
Princípio da personalidade ou nacionalidade ativa 
 
11 
 
Roteiro 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Território brasileiro real/extensão
Extraterritorialidade incondicionada
Incondicionada condicionada
 
12 
 
04. Crimes omissivos 
Prof. Nidal Ahmad 
@prof.nidal 
 
Crimes omissivos 
*Para todos verem: esquema 
 
 
Crimes omissivos próprios 
O tipo penal descreve a conduta omissiva. 
Tipo penal específico descrevendo a conduta omissiva. 
O agente tem o dever de agir. 
Qualquer pessoa pode ser alcançada por esse tipo. 
 
Exemplo: 
Omissão de socorro 
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à 
criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em 
grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública. 
 
Crimes omissivos impróprios 
Não há tipo penal específico. 
O agente tem o dever de agir para impedir o resultado e responde pelo resultado 
produzido. 
Art. 13, § 2º, do Código Penal. A omissão é penalmente relevante quando o omitente 
devia e podia agir para evitar o resultado. [...] 
 
 
Conduta
Ação
Omissão
Própria
Imprópria
 
13 
 
 Quem tem o dever jurídico de agir 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lei
Garantidor
Quem criou o risco
 
14 
 
05. Tentativa, desistência voluntária e arrependimento eficaz 
Prof. Nidal Ahmad 
@prof.nidal 
 
Tentativa 
O agente quer a consumação do delito, mas por algum motivo, não consegue. 
Art. 14, II, do Código Penal. Diz-se o crime: 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à 
vontade do agente. 
 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 Trata-se de causa de diminuição de pena: 1/3 a 2/3. 
 Quando mais próximo do resultado menor será a redução. Quanto mais distante 
da consumação, maior será a redução. 
 
→ Infrações penais que não admitem tentativa 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 
 
Início da execução do delito
Não consumação por circunstâncias alheias 
a sua vontade
Crime culposo
O resultado é 
involuntário.
Crime 
preterdoloso
Dolo na 
conduta e 
culpa no 
resultado.
Contravenção 
penal
Decreto-lei 
3.688/41.
Crimes 
unissubsistentes
Crimes que 
são praticados 
mediante uma 
única ação.
 
15 
 
Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
Art. 15, do Código Penal. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na 
execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. 
 
*Para todos verem: esquema 
 
 
Desistência voluntária 
O sujeito inicia a execução do delito, mas interrompe os atos executórios. 
Não esgota a sua potencialidade lesiva. 
 
Arrependimento eficaz 
Antes da consumação possui uma postura ativa para impedir o resultado. 
Esgota a sua potencialidade lesiva. 
 
 Efeitos 
Jamais o sujeito responderá por tentativa. 
Responde pelos atos até então praticados. 
Se não for eficaz o arrependimento, ou seja, se o resultado não se produzir, o sujeito 
responderá pelo delito na modalidade consumada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Início da execução do delito
Não consumação por vontade própria
 
16 
 
 
06. Arrependimento posterior 
Prof. Nidal Ahmad 
@prof.nidal 
 
Arrependimento posterior 
 
Art. 16, do Código Penal. Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à 
pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da 
queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
 
Incide depois da consumação do delito. 
É causa de diminuição da pena de 1/3 a 2/3. 
 
→ Requisitos 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
 Se reparar o dano depois do recebimento da denúncia ou queixa-crime, não 
incide o arrependimento posterior, mas incide uma causa atenuante do art. 65, III, 
“b”, do CP. 
 
 Em alguns casos, a reparação do dano leva a extinção da punibilidade: 
 
Peculato culposo – art. 213, §3º do CP. 
Estelionato por meio de pagamento de cheque sem fundo: 171, §2º, VI do CP. 
 
 
 
Crimes praticados sem violência ou grave ameaça.
Restituição da coisa ou reparação do dano eu provocou. 
Até o recebimento da denúncia ou queixa-crime.
 
17 
 
07. Crime impossível 
Prof. Nidal Ahmad 
@prof.nidal 
 
Crime impossível 
Art. 17, do Código Penal. Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do 
meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. 
 
→ Casos em que será impossível a consumação do delito 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
 Neste caso, o fato é atípico. 
 Se for relativa, o sujeito vai responder pela tentativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crime impossível
Ineficácia absoluta do 
meio
Instrumento.
Modode execução.
Impropriedade 
absoluta do objeto
Coisa ou pessoa sobre 
a qual recai a conduta 
do sujeito.
 
18 
 
 
08. Erro de tipo e erro de proibição 
Prof. Nidal Ahmad 
@prof.nidal 
 
Erro de tipo 
 
Art. 20, do Código Penal. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime 
exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. 
 
Trata-se de erro sobre o elemento constitutivo do tipo, ou seja, sobre as expressões que 
contam no tipo penal. 
O sujeito pratica a conduta sem saber que está praticando um crime, sob uma falsa 
percepção da realidade. 
 
→ Efeitos 
* Para todos verem: esquema 
 
 
Erro de proibição 
Art. 21, do Código Penal. O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude 
do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um 
terço. 
 
Nesse caso, o erro recai sobre a ilicitude do fato. 
O sujeito sabe o que está fazendo, mas falta potencial consciência de que a conduta é 
ilícita. 
 
Erro de tipo vencível/evitável
• Casos em que uma pessoa
mais cautelosa não erraria.
• Exclui o dolo e responde pela
culpa, se previsto em lei.
Erro de tipo 
invencível/inevitável
• Casos em que qualquer
pessoa também erraria.
• Exclui o dolo e a culpa e o fato
é atípico.
 
19 
 
 
→ Efeitos 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Evitável
• Responde pelo delito.
• Terá a pena reduzida de 1/6 a
1/3.
Inevitável
• Isento de pena.
• Causa excludente de
culpabilidade.
 
20 
 
09. Erro sobre a pessoa, erro sobre a execução e aberratio criminis 
Prof. Nidal Ahmad 
@prof.nidal 
 
Erro sobre a pessoa 
Art. 20, § 3º, do Código Penal. O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado 
não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da 
vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. 
 
* Para todos verem: esquema 
 
 Consideram-se as condições ou qualidades da vítima pretendida. Ignora-se as 
condições da vítima efetivamente atingida. 
 
Erro na execução: “aberratio ictus” 
Art. 73, do Código Penal. Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, 
o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, 
responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no 
§ 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a pessoa que o agente 
pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código. 
 
*esquema 
 
 
 Consideram-se as condições ou qualidades da vítima pretendida. Efeitos idênticos 
ao do art. 20, §3º do Código Penal. 
 Se houver resultado duplo, ou seja, atinge a pessoa pretendida e outra pessoa, 
incide o concurso formal de crimes. 
 
Pretende atingir 
determinada 
pessoa
Erro na 
identificação
Atinge pessoa 
diversa
Pretende atingir 
determinada 
pessoa
Erro nos meios 
de execução
Atinge pessoa 
diversa
 
21 
 
Resultado diverso do pretendido: “Aberratio criminis” 
Art. 74, do Código Penal. Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro 
na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde 
por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado 
pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste Código. 
 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 Responde pelo resultado que produziu na modalidade culposa, desde que tenha 
previsão legal. 
 Se houver resultado duplo, ou seja, atinge a pessoa pretendida e outra pessoa, 
incide o concurso formal de crimes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pretende 
atingir um bem 
jurídico
Erro nos meios 
de execução
Atinge bem 
jurídico diverso
 
22 
 
 
10. Excludentes de ilicitude 
Prof. Nidal Ahmad 
@prof.nidal 
 
Causas excludentes de ilicitude 
* Para todos verem: esquema 
 
 
Estado de necessidade 
Art. 24 do Código Penal. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato 
para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro 
modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável 
exigir-se. 
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o 
perigo. 
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser 
reduzida de um a dois terços. 
 
CulpávelIlícitoFato típicoCrime
Exclusão da 
ilicitude
Art. 23 do CP
Estado de 
necessidade
Legítima defesa
Estrito 
cumprimento de 
um dever legal
Exercício regular 
de um direito
 
23 
 
 
* Para todos verem: esquema 
 
 Comportamento animal: É considerado estado de necessidade quando o animal 
ataca por instinto. Quando o animal for instigado por alguém para atacar, será 
considerada legítima defesa. 
 Quem, por sua vontade, provocou a situação de perigo, não poderá alegar estado de 
necessidade. 
 A conduta tem que ser inevitável para cessar o perigo. Se existir outro modo menos 
lesivo de evitar o perigo, não poderá alegar estado de necessidade. 
 Critério de proporcionalidade: O bem protegido deve ser de igual ou maior valor que 
o bem sacrificado. 
 Aquele que tem o dever legal de enfrentar o perigo, não poderá alegar estado de 
necessidade. 
 
Legítima defesa 
Art. 25, do Código Penal. Entende-se em legítima defesa quem, usando 
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a 
direito seu ou de outrem. 
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se 
também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco 
de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes. 
* Para todos verem: esquema 
 
 Critério de proporcionalidade: 
 Meio necessário e suficiente para fazer cessar a agressão 
 Uso moderado desse meio 
Fato típico
Se salvar de 
situação de 
perigo
Ação humana
Evento da 
natureza
Comportamento 
animal
Fato típico Repelir uma injusta agressão
 
24 
 
 
Novidade do Pacote Anticrime: Legítima defesa do Agente de Segurança Pública 
 Observados os requisitos do caput 
 Crime com vítima refém 
 
Estrito cumprimento de um dever legal e exercício regular de um direito 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estrito cumprimento de 
um dever legal
• Agente público
• Fato típico
• Cumprimento de um 
dever imposto pela lei
Exercício regular de um 
direito
• Cidadão comum
• Fato típico
• Exercício regular de um 
direito
 
25 
 
11. Causas excludentes de culpabilidade 
Prof. Nidal Ahmad 
@prof.nidal 
 
Causas excludentes de culpabilidade 
* Para todos verem: esquema 
 
 
Elementos da culpabilidade 
* Para todos verem: esquema 
 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
Fato 
típico Ilícito Culpável Crime
Imputabilidade
Potencial consciência da ilicitude
Exigibilidade de conduta diversa
Causas excludentes
Inimputabilidade
Enfermidade mental
Embriaguez completa 
e acidental
Falta de potencial 
consciência da 
ilicitude
Erro de proibição
Inexigibilidade de 
conduta diversa
Coação moral 
irresistível
Obediência 
hierárquica
 
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Inimputabilidade 
→ Doença mental 
Art. 26, do Código Penal. É isento de pena o agente que, por doença mental ou 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da 
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se 
de acordo com esse entendimento. 
 
Critério biopsicológico: 
 Desenvolvimento mental incompleto ou retardado 
 Inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito da sua conduta 
 
 Natureza jurídica da sentença 
Sentença absolutória imprópria 
* Para todos verem: esquema 
 
 
Art. 97, do Código Penal. Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação(art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz 
submetê-lo a tratamento ambulatorial. 
O tempo de duração da medida de segurança será a pena máxima cominada ao delito. 
 
Súmula 527 do STJ. O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar 
o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado. 
 
→ Embriaguez completa e acidental 
Art. 28, § 1º, do Código Penal. É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, 
proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, 
Medida de 
segurança
Internação
Tratamento 
ambulatorial
 
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inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo 
com esse entendimento. 
 
 Completa: Em decorrência da embriaguez, o sujeito será inteiramente incapaz de 
compreender o caráter ilícito da conduta. 
 Acidental: caso fortuito ou força maior 
 
 Natureza jurídica da sentença 
Sentença absolutória própria. 
 
Falta de potencial consciência da ilicitude 
→ Erro de proibição 
O sujeito supõe que uma conduta é permitida, quando é proibida. 
 Se for inevitável: isento de pena. 
 Se for evitável: responde pelo delito com uma causa de redução da pena. 
 
Inexigibilidade de conduta diversa 
Art. 22, do Código Penal. Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita 
obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o 
autor da coação ou da ordem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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* Para todos verem: esquema 
 
 
 Coação física irresistível: o coator emprega força física sobre o coagido e retira a 
sua vontade. O fato é atípico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coação 
moral 
irresistível
Figura do coator que, por meio de grave ameaça, 
faz com que o coagido pratique fato típico e ilícito.
Não era exigível que o coagido resistisse.
Obediência 
hierárquica
Figura do superior hierárquico que, por meio de 
uma ordem não manifestamente ilegal, faz com 
que o subordinado pratique um fato típico e ilícito. 
O subordinado será isento de pena e somente o 
superior hierárquico responderá pelo delito.
 
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12. Teoria da pena 
 
 
Teoria da pena 
* Para todos verem: esquemas 
 
 
 
→ Princípio da individualização da pena 
Art. 5º, XLVI, da Constituição Federal. A lei regulará a individualização da pena e 
adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
 
Art. 59 do Código Penal. O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta 
social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do 
crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário 
e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; 
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; 
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; 
Crimes Contravenções penais Infração penal
Sanção 
penal
Pena
Medidas de 
segurança
 
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IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se 
cabível. 
 
* Para todos verem: esquema 
 
 
 
Pena 
Art. 32, do Código Penal. As penas são: 
* Para todos verem: esquema 
 
 
→ Privativas de liberdade 
Caráter principal, estão previstas no próprio tipo penal. 
* Para todos verem: esquema 
 
Inciso I e II Quantidade de pena
Critério trifásico
Inciso III Regime inicial de cumprimento de pena
Fechado, aberto e semi-aberto
Inciso IV Substituição da pena privativa de liberdade
Penas restritivas de direitos e multa
Sursis 
penal
Possibilidade de suspensão condicional da pena
Privativas 
de 
liberdade
Restritivas 
de direitos Multa
Regimes
Reclusão
Fechado Semi-aberto Aberto
Detenção
Semi-aberto Aberto
 
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→ Restritivas de direito 
Possuem caráter substitutivo. 
Art. 43, do Código Penal. As penas restritivas de direitos são: 
I - prestação pecuniária; 
II - perda de bens e valores; 
III - limitação de fim de semana. 
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; 
V - interdição temporária de direitos; 
VI - limitação de fim de semana. 
 
→ Multa 
Caráter principal ou substitutivo. 
 
Pena definitiva 
Critério trifásico 
Art. 68, do Código Penal. A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 
deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e 
agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento. 
 
* Para todos verem: esquema 
 
 
1. Pena-base 
Art. 59, do Código Penal. O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à 
conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e 
conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, 
conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime [...]. 
1. Pena-base
2. Pena intermediária
3. Pena definitiva
 
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Súmula 444, do STJ. É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em 
curso para agravar a pena-base. 
 
2. Pena intermediária 
Agravantes e atenuantes. 
Não pode diminuir do mínimo ou aumentar do máximo. 
 Art. 61 e seguintes do Código Penal 
Súmula 231 do STJ. A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à 
redução da pena abaixo do mínimo legal. 
 
3. Pena definitiva 
Aumento e diminuição de pena através de causas majorantes ou minorantes, que estão 
definidas tanto na parte geral quanto na parte especial do código. 
 
*Para todos verem: quadro 
Substituição de PPL por 
PRD 
Sursis Livramento condicional 
Art. 44 do Código Penal Art. 77 do Código Penal Art. 83 do Código Penal 
PPL não superior a 4 anos 
em delito praticado sem 
violência e grave ameaça 
ou qualquer pena se o 
crime for culposo 
PPL não superior a 2 anos 
PPL igual ou superior a 2 
anos 
Não reincidente em crime 
doloso 
Não reincidente em crime 
doloso 
Cumprida + 1/3 da pena se 
não for reincidente em 
crime doloso e tiver bons 
antecedentes 
Circunstâncias judiciais 
favoráveis 
Circunstâncias judiciais 
favoráveis 
Cumprida + 1/2 da pena se 
reincidente em crime 
doloso 
 
Não seja cabível o art. 44 
do Código Penal 
Cumprida + 2/3 da pena se 
crime hediondo, prática de 
 
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tortura, tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas 
afins, tráfico de pessoas e 
terrorismo, se o apenado 
não for reincidente 
específico em crimes 
dessa natureza. 
 
Reparação do dano, se 
houver possibilidade 
 
Demais requisitos do 
inciso III. 
 
 
*PPL: pena privativa de liberdade 
*PRD: pena restritiva de direitos

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