Roteiro e Storyboard - Avaliação 3

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PERGUNTA 1
1. Leia o trecho a seguir:  
 
“Outro aspecto que devemos ressaltar é que a personagem é um ser intrinsecamente sincero. Ela sempre acaba expondo suas verdades para o público e com elas se transforma. Já o ser humano possui o hábito de mentir e ser falso, conjunto que chamamos de hipocrisia. Quando depara com a verdade, na maioria dos casos não sabe o que fazer com ela” (COMPARATO, 2018, p. 68).
 
COMPARATO, D. Da Criação ao roteiro (recurso eletrônico) : teoria e prática. 5. ed. São Paulo: Summus, 2018, p. 68.
Após avaliar a visão do autor a respeito da formação da personagem no texto apresentado, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a(s) verdadeira(s) e (F) para a(s) falsa(s):
I. (  ) A personagem é mais verdadeira que o ser humano pois faz parte de uma obra que é construída para ser exibida ao público. F
II. (  ) O autor compara o ser humano à personagem pois na vida real só é possível conhecer a personalidade de alguém se ele se mostra. V
III. (  ) O ser humano é hipócrita e por isso é menos confiável que a personagem. V
IV. (  ) A personagem é um ser sincero porque no roteiro ou filme é impossível que ela não se mostre, afinal a história só existe em função dela. V
 
A partir das associações feitas anteriormente, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
	
	
	V, V, F, V.
	
	
	F, V, V, F.
	
	
	F, V, V, V.
	
	
	F, V, F, V.
	
	
	V, V, V, F.
1 pontos   
Sua resposta está incorreta. A alternativa está incorreta, porque a relação apresentada não é adequada. Pois, (I) é verdade que a natureza da obra é ser mostrável, portanto deve expor o máximo de detalhes sobre o interior e o exterior da personagem. (II) Na realidade, diferentemente da ficção, só é possível fazer a leitura completa de um indivíduo se ele se mostra. (III) É uma afirmação falsa que corrompe o conteúdo estudado, pois, de maneira generalista, afirma que o ser humano é hipócrita e, por essa razão, menos confiável que o personagem. (IV) É uma afirmação verdadeira, pois à medida que a história existe no entorno da personagem ela deve exibir sua personalidade.
PERGUNTA 2
1. O diretor Orson Welles (1915-1985), conhecido como o maior precursor do cinema moderno, inovou a linguagem cinematográfica e mudou o modo de pensar de vários artistas da época. Oriundo do rádio e do teatro e extremamente ligado ao texto e à interpretação, já que também era ator, Welles construiu personagens complexos e fascinantes em seus filmes. 
 
Após analisar o texto sobre a formação artística do diretor Orson Welles (1915-1985), analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:
I. O diretor Orson Welles (1915-1985), conseguiu se diferenciar de outros autores ao construir personagens complexos e fascinantes.
Porque:
II. Sua formação artística em rádio, teatro e como ator o ajudaram a construir um estilo único no cinema.
 
A seguir, assinale a alternativa correta:
	
	
	A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	
	
	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	
	
	As asserções I e II são proposições falsas.
	
	
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
	
	
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
1 pontos   
PERGUNTA 3
1. Leia o trecho a seguir:
 “O Ponto de Virada ( plot point ) é um incidente, ou evento, que "engancha" na ação e a reverte noutra direção. Ele move a história adiante. Os pontos de virada ( plot points ) no fim dos Atos I e II seguram o paradigma no lugar. Eles são âncoras do seu enredo” (FIELD, 2001, p. 101)
 
FIELD, S. Manual do roteiro : os fundamentos do texto cinematográfico. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p. 101.
 
Baseado na definição do autor, você terá que identificar em quais parágrafos do storyline de “Isadora” (2019, Catarina Guedes) estão os pontos de virada da história.
 
Parágrafo 1
A história começa com a descoberta da traição do marido Théo, que, depois de muito tempo de casado descobre seu amor pelo melhor amigo Júlio, e comunica isso a ela de forma pragmática e fria numa carta. Isadora descobre o seu plano de morar com o novo parceiro ao voltar de uma happy hour com as amigas, ainda meio tonta de prosecco . Depois de uma noite de terror, tentando deglutir o fato e purgando a humilhação com lágrimas, álcool e calmantes, ela decide tocar sua vida normalmente, saindo para trabalhar. 
 
Parágrafo 2
No meio de um engarrafamento Isadora tem um surto, sai do carro e começa a chutar a porta de outro carro que teria fechado sua passagem. Então, como numa epifania, ela sai correndo em meios aos carros e decide partir sem rumo: para fugir de Théo, que vai insistir no divórcio, para fugir da cidade estressante, do vexame que sentiria por ter sido passada para trás, da sua vida vazia. A Isadora que deixa a cidade é imatura, atrapalhada, crédula demais e frívola. Mas como é prática, e talvez por ser crédula, decide partir aberta ao que ocorrer. V
 
Parágrafo 3
As primeiras impressões lhe causam estranheza, como a primeira noite, em que dorme num hotelzinho de quinta sobre um posto de gasolina. Em cada lugar, Isadora encontra pessoas que, em algum nível, farão parte da sua vida. Algumas vão aparecer em mais de um episódio, indicando caminhos, mostrando-lhe as chaves para a mudança de perspectiva e para seu amadurecimento pessoal. São personagens arquetípicos, o "irmão", o "velho sábio", o "mestre", a "grande mãe", dentre outros. Ela passará por Lençóis, onde se apaixonará por um rapaz mais novo e reencontrará um amigo especial que conhecera na estrada, enfrentando novos desafios e velhos medos. Seguindo um conselho, para Juazeiro, onde visita uma fazenda de produção de uvas e vinho e embarca no Vapor do Vinho, com um comandante excêntrico e uma mestre de cerimônias ainda mais. V
 
Parágrafo 4
Juazeiro é o cenário para o encontro temido com Théo, a quem vinha evitando sempre que intimada a comparecer a uma audiência de divórcio. Depois da "DR" que não houve no fatídico dia da "mudança" do parceiro, as coisas ficam claras. Ela pensa no que viveu até então, e deixa o ex. ir – física e emocionalmente–, assinando o divórcio. Nesse momento, Isadora tem o dilema: voltar ou prosseguir. Não havia mais motivo para fuga. Ela poderia viver sua vida normalmente, mas ela já não era a mesma e aquela vida, aquele mundo que deixará para trás, não pareciam mais suficientes. Ela decide partir.  Ainda em Juazeiro, encontra-se com um editor que vinha tentando contato por e-mail, propondo publicar a sua história, como um "Guia de sobrevivência para mulheres em emergência emocional". Ela aceita escrever o livro e sua viagem ganha agora uma explicação convincente para o "júri popular" que a persegue.
 
Fonte: GUEDES, C. (2019).
 
Assinale a alternativa que apresenta corretamente os parágrafos em que ocorrem o ponto de virada da história:
	
	
	Parágrafos 3 e 4.
	
	
	Parágrafos 1 e 3.
	
	
	Parágrafos 1 e 4.
	
	
	Parágrafos 2 e 4.
	
	
	Parágrafos 2 e 3.
1 pontos   
Sua resposta está incorreta. A resposta está incorreta, pois não corresponde à combinação correta dos parágrafos já que o primeiro ponto de virada é o surto de Isadora no trânsito no parágrafo 2, que faz com que ela saia para viajar sem destino. O segundo ponto de virada se encontra no parágrafo 4, quando se encontra com o editor que deseja publicar sua história.
PERGUNTA 4
1. Leia o trecho a seguir:
“O corpo de um roteiro é composto por cenas. Uma cena é uma ação contínua dentro de um mesmo espaço geograficamente definido. A cena é a unidade dramática do roteiro” (COMPARATO, 2018, p. 186).
 
COMPARATO, D. Da Criação ao roteiro (recurso eletrônico) : teoria e prática. 5. ed. São Paulo: Summus, 2018, p. 186.
 
  [1]  
Figura: Microestrutura da Cena  
Fonte: Comparato (2018, p. 189).
COMPARATO, D. Da Criação ao roteiro (recurso eletrônico) : teoria e prática. 5. ed. São Paulo: Summus, 2018, p. 68.
Analise a figura apresentada e assinale a alternativa correta no que se refereà Microestrutura da Cena:
	
	
	O corpo do roteiro e o espaço geográfico da cena juntos constituem a base da estrutura da Unidade Dramática.
	
	
	O gráfico de Microestrutura da Cena foi criado para determinar a Unidade Dramática que fará a composição com o roteiro.
	
	
	O espaço geográfico é formado dentro da Unidade Dramática e pode compor a cena com várias combinações diferentes. F
	
	
	A Cena é considerada Unidade Dramática do roteiro pois deve ser estruturada como unidade de tempo específica ou seja, ela também deve ser pensada com início, meio e fim.
	
	
	A combinação livre de tempo na microestrutura da cena, também conhecida como Unidade Dramática, pode formar vários modelos de espaço geográfico.
1 pontos   
PERGUNTA 5
1. Leia o trecho a seguir:
 
“A cena é o elemento isolado mais importante de seu roteiro. É onde algo acontece — onde algo específico acontece. E uma unidade específica de ação — e o lugar em que você conta sua história” (FIELD, 2001, p. 116).
 
FIELD, S. Manual do roteiro: os fundamentos do texto cinematográfico . Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p. 116.
 
Assinale a alternativa correta no que se refere à definição da cena e sua relação com o roteiro:
	
	
	O roteiro é o lugar onde você conta sua história, uma unidade específica de ação.
	
	
	O roteiro não existe sem a cena, pois é composto pelo conjunto de cenas que formam sua estrutura.
	
	
	Algo específico acontece no roteiro pois ele é unidade de ação.
	
	
	A unidade específica de ação é o roteiro.
	
	
	Roteiro e cena são unidades específicas de ação.
1 pontos   
PERGUNTA 6
1. Leia o trecho a seguir:
 “Toda cena tem duas coisas: LUGAR e TEMPO” (FIELD, 2001, p. 116).
 
FIELD, S. Manual do roteiro : os fundamentos do texto cinematográfico. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p.116.
 
Na citação exposta o autor considera que a cena é composta por dois elementos básicos. Analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
 
I. Uma cena que só possui lugar e tempo como uma simples paisagem e pode ter uma função primordial num filme.
Porque:
II. Esses dois elementos são as constantes essenciais da cena.
 
A seguir, assinale a alternativa correta:
	
	
	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	
	
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
	
	
	A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	
	
	As asserções I e II são proposições falsas.
	
	
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
1 pontos   
PERGUNTA 7
1. Em A Dama de Xangai (1947), Orson Welles extravasa todas as possibilidades em termos de construção de personagem pois, o fato de ser um filme policial é apenas um pretexto para a construção de uma das teias dramáticas mais complexas já criadas no cinema. O filme tem a estrutura da narrativa clássica, mas ao mesmo tempo é preenchido por pequenos núcleos temporais que subvertem a clareza do gênero. Os núcleos são construídos a partir da consciência do anti-herói Michael O’Hara (interpretado por Welles) que narra o seu passado imerso num mundo de perturbações, pontuado pelo excesso de subjetividade, conduzindo a narrativa a uma sequência interrompida por sucessivos fades de separação entre os núcleos, pontuando as interferências da narração.
 
Após analisar o texto sobre a construção de teias dramáticas no filme A Dama de Xangai (1947, Orson Welles), analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:
 
I. No filme A Dama de Xangai (1947), de Orson Welles, o tema policial é menos importante do que a  teia dramática. V
Porque:
II. A complexidade dos personagens e os núcleos temporais criados pelo diretor constroem uma estrutura de tempo rara e original na montagem.
 
A seguir, assinale a alternativa correta:
	
	
	As asserções I e II são proposições falsas.
	
	
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
	
	
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
	
	
	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	
	
	A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
1 pontos   
A resposta está incorreta, pois não faz a correlação correta entre I e II, já que as duas asserções são verdadeiras, e a II justifica a I. Orson Welles (1915-1985) era um mestre em construções pouco convencionais de personagem e história, o que se refletia também na montagem e tempo das cenas, portanto qualquer que fosse o gênero do filme, não alteraria sua originalidade de narrativa.
PERGUNTA 8
1. Leia o trecho a seguir:
“Devemos recordar que cada uma das etapas da confecção de um roteiro é muito diferente   das outras. Entre story line e argumento ou sinopse há um verdadeiro abismo quanto ao conceito e também quanto ao trabalho. Acontece o mesmo entre a estrutura, a sinopse e o primeiro roteiro. Em cada uma dessas etapas o roteirista exercitou diversas habilidades, manejou técnicas diferentes e variou seu modo de pensar. Agregou, criou, fragmentou, escreveu, sintetizou e reproduziu a fala humana. Essa diversidade, esse repensar e essa constante soma de conceitos no trabalho do roteirista são precisamente o que creio constituir a riqueza da nossa profissão” (COMPARATO, 2018, p. 109).
 
COMPARATO, D. Da Criação ao roteiro (recurso eletrônico) : teoria e prática. 5. ed. São Paulo: Summus, 2018, p. 109.
Após analisar o texto apresentado sobre o processo de formatação de roteiro e suas etapas, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a(s) verdadeira(s) e (F) para a(s) falsa(s):
 
I. (  ) A riqueza da profissão de roteirista consiste na diversidade e complexidade de seu trabalho criativo. V
II. (  ) Entre a (Em cada etapa:) estrutura, a sinopse e o primeiro roteiro, o roteirista passa por experiências em que utiliza múltiplas habilidades que geram a riqueza de seu trabalho. F
III. (  ) As etapas de confecção de um roteiro são muito diferentes umas das outras, os textos gerados se diferenciam completamente em estrutura. V
IV. (  ) Sintetizar a fala humana, ou seja, produzir diálogos não é uma das grandes habilidades de um roteirista. F
 
A partir das associações feitas anteriormente, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
	
	
	F, V, F, V.
	
	
	F, V, V, F.
	
	
	V, V, V, F.
	
	
	F, V, V, V.
	
	
	V, F, V, F.
1 pontos   
A alternativa está incorreta, porque não apresenta a relação adequada. Pois, (I) a complexidade do processo de criação do roteiro é a maior riqueza da profissão. (II) Os textos citados cumprem objetivos diferentes dentro do processo criativo. (III) Os textos gerados no processo se diferenciam não só em número de laudas, mas também em estrutura. (IV) Escrever diálogos é uma função importante de um roteirista, o que contraria a afirmação da proposição.
PERGUNTA 9
1. O Screenwriters Guide (2018), publicado nos Estados Unidos classifica os produtos cinematográficos conforme o gênero e em relação aos temas.  Os dados são baseados em volume histórico de produção e a partir disso foi formulada a metodologia de classificação. 
A seguir, assinale a alternativa que apresenta a correlação correta entre gênero e filme:
	
	
	Crime: Psicose (1961, Alfred Hitchcock).
	
	
	Comédia: O curioso caso de Benjamin Button (2009, David Fincher).
	
	
	Drama: Paddington 2 (2018, Paul King).
	
	
	Aventura: Batman – O cavaleiro das trevas (2008, Christopher Noland).
	
	
	Melodrama: Blade Runner 2049 (2017, Denis Villeneuve).
1 pontos   
PERGUNTA 10
1. De acordo com Field (2001, p. 206): “Antes de começar a escrever, você tem que saber quatro coisas: final, início, ponto de virada no final do Ato I e ponto de virada no final do Ato II”.
 
A ordem dos pontos fundamentais da estrutura da narrativa clássica e o número de fases de um roteiro foi alterada pelo autor nesse texto.
 
FIELD, S. Manual do roteiro : os fundamentos do texto cinematográfico. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p. 206.
 
Assinalea alternativa que contém todas as fases e a ordem correta delas:
	
	
	Início – Ponto de virada no final do Ato I - Desenvolvimento - Ponto de virada no final do Ato II- Final.
	
	
	Início - Final - Ponto de virada no final do Ato I- Desenvolvimento - Ponto de virada no final do Ato II.
	
	
	Início - Desenvolvimento - Ponto de virada no final do Ato I - Final - Ponto de virada no final do Ato II.
	
	
	Ponto de virada no final do Ato I - Início - Ponto de virada no final do Ato II – Final.
	
	
	Final - Início - Ponto de virada no final do Ato I - Ponto de virada no final do Ato II.
1 pontos