Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
P O L U I Ç Ã O D O S O L O E R E S Í D U O S S Ó L I D O S A N D R É A C A R L A L I M A R O D R I G U E S MÓDULO II DEGRADAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE SOLO 1. O que é solo? 2. Formação do solo 3. Horizontes do solo 4. Evolução da ocupação do solo O QUE É SOLO? Solo é um corpo de material inconsolidado, que recobre a superfície terrestre emersa, entre a litosfera e a atmosfera. É constituído de três fases: sólida (minerais e matéria orgânica), líquida (solução do solo) e gasosa (ar). É produto do intemperismo sobre um material de origem, cuja transformação se desenvolve em um determinado relevo, clima, bioma e ao longo de um tempo. O QUE É SOLO? Solo desempenha funções diversificadas e fundamentais como: – Elemento de fixação e nutrição da vida vegetal; – Substrato essencial para produção de alimentos e matérias-primas; – Fundação e suporte para edificações, estradas e outras obras de engenharia; – Recurso mineral, utilizado no setor da construção civil e na manufatura de diversos produtos; – Receptor de resíduos; – Fator de controle natural dos ciclos de elementos e energia dos ecossistemas. FORMAÇÃO DOS SOLOS A formação dos solos é um processo muito lento, tem uma longa duração e segue sempre as mesmas etapas. Etapa 1: A rocha mãe surge à superfície da Terra. 1 FORMAÇÃO DOS SOLOS Etapa 2: Os fatores externos (vento, a água, a temperatura e os seres vivos) desgastam a rocha e provocam a sua fragmentação e alteração química. Agentes físicos e químicos Variações de temperatura Presença da fauna e flora Hidratação, hidrólise, oxidação, lixiviação 2 FORMAÇÃO DOS SOLOS Etapa 3: Quando os seres vivos que colonizam a rocha morrem, os fragmentos da rocha que se originam, acumulam-se formando um solo pouco espesso – o solo primitivo. 3 FORMAÇÃO DOS SOLOS Etapa 4: – Surgem pequenas plantas com raiz e pequenos animais, como os insetos. – Estes seres vivos, por um lado facilitam a fragmentação da rocha e, por outro, quando morrem, pela acumulação e pela decomposição dos seus restos, tornam o solo mais complexo. 4 FORMAÇÃO DOS SOLOS Etapa 5: – Surgimento de plantas e animais de maior porte. – Os restos destes organismos e os materiais resultantes da sua decomposição vão enriquecendo o solo, que acaba por ficar constituído por diferentes camadas. – Este solo é designado por solo maduro. 5 FORMAÇÃO DO SOLO: FATORES Clima temperatura e precipitação influenciam na desagregação da rocha Geologia a rocha mãe pode contribuir para a textura e composição química do solo Tempo as mudanças podem acontecer por longos períodos ou de forma rápida, dependendo da região do mundo Vegetação a circulação de nutrientes é grandemente influenciada pelas raízes das plantas HORIZONTES DE UM SOLO Horizonte O: É constituído pela acumulação de folhas e outros restos de plantas e por cadáveres de animais. Horizonte A: É constituído por produtos resultantes da decomposição dos seres vivos, juntamente com alguma matéria mineral. Nesta camada pode-se encontrar alguns animais e raízes de plantas. Horizonte B: É formado por fragmentos minerais e por alguns materiais provenientes da decomposição dos seres vivos. Horizonte C: É constituído por fragmentos minerais, resultantes da desagregação da rocha-mãe. Rocha-mãe: Rocha a partir da qual se forma o solo. HORIZONTES DE UM SOLO CONSTITUIÇÃO DO SOLO Um solo é sempre constituído por matéria mineral (areia, calcário, argila), matéria orgânica (húmus, restos de plantas e animais), ar e água. A proporção de cada um dos componentes pode variar de um solo para outro. Em um mesmo solo, as proporções de água e ar variam em função de maior ou menor precipitação pluviométrica. SOLO Dentro de um enfoque ambiental e sanitário: “Solo é o principal suporte para a vida e bem- estar, constituindo-se em um recurso natural vital e limitado, embora facilmente destrutível.” (GUNTHER, 2004) USO DO SOLO O uso do solo pode ser entendido como sendo a forma pela qual o espaço geográfico está sendo ocupado pelo ser humano e suas atividades nele; Pode-se dizer que o uso do solo é o rebatimento da reprodução social no plano do espaço urbano; Os atuais padrões de uso do solo associam-se, geralmente, à descargas acidentais ou voluntárias de poluentes no solo e nas águas. POLUIÇÃO DO SOLO 1. Poluentes no solo 2. Fontes de poluição POLUIÇÃO DO SOLO: DEFINIÇÃO A poluição do solo e do subsolo consiste na deposição, disposição, descarga, infiltração, acumulação, injeção ou aterramento no solo ou no subsolo de substâncias ou produtos poluentes, em estado sólido, líquido e gasoso. POLUENTES NO SOLO POLUENTES ORIGEM EFEITOS Ácidos Solos originalmente ácidos ou alterados pelas chuvas ácidas ou outra forma de poluição Aumenta a solubilidade de metais e inviabiliza a vida no solo para animais e vegetais Microrganismos Contaminação por esgoto humano ou animal Pode conter bactérias patogênicas ao homem e animais Nitratos e fosfatos Uso de adubos minerais, lodo de esgoto, esterco e estábulos Tóxicos (nitritos) cancerígenos para o homem. Vegetais florescem menos. Alteram o ciclo do N2. Eutrofização da água Metais Normalmente presentes nos solos (alumínio, cádmio) ou advindos do lodo de esgoto e resíduos industriais. Pesticidas (mercúrio), em tintas (cádmio), na gasolina (chumbo) Tóxicos para o homem. O chumbo acumula- se nos ossos. O mercúrio ataca o sistema nervoso. Sais Evaporação da água de irrigação e extrusão da água do mar Depósitos salinos são tóxicos para muitas plantas Gases de aterro Locais de disposição de lixo Metano é altamente explosivo e o CO2 é asfixiante. No solo podem restringir o crescimento das plantas FONTES DE POLUIÇÃO DO SOLO Natural: Não associada à atividade humana – erosão; – desastres naturais (inundações, terremotos, maremotos, vendavais, etc.); – atividades vulcânicas; – áreas com elementos inorgânicos (principalmente metais) ou com irradiação natural. Poluição Natural FONTES DE POLUIÇÃO DO SOLO Artificial De origem antrópica, pode ocorrer por: – urbanização e ocupação do solo; – atividades agropastoris, ligadas à agricultura e pecuária; – atividades extrativas: mineração; – armazenamento de produtos e resíduos, principalmente perigosos; – lançamento de águas residuárias (esgotos sanitários e efluentes industriais); – disposição de resíduos sólidos de diversas origens, com destaque para os industriais em termos de significância de poluição. FONTES DE POLUIÇÃO DO SOLO DESMATAMENTO FONTES DE POLUIÇÃO DO SOLO FERTILIZAÇÃO FONTES DE POLUIÇÃO DO SOLO IRRIGAÇÃO FONTES DE POLUIÇÃO DO SOLO Salinização Solos rasos Grande evaporação Sais na camada superficial Drenagem Ineficaz Subida do lençol freático Cloretos oriundos das camadas mais profundas IRRIGAÇÃO FONTES DE POLUIÇÃO DO SOLO MINERAÇÃO FONTES DE POLUIÇÃO DO SOLO QUEIMADAS FONTES DE POLUIÇÃO DO SOLO AGROTÓXICOS FONTES DE POLUIÇÃO DO SOLO CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO FONTES DE POLUIÇÃO DO SOLO ESGOTOS DOMÉSTICOS FONTES DE POLUIÇÃO DO SOLO LIXÕES FONTES DE POLUIÇÃO DO SOLO CEMITÉRIOS GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS VOCÊ SABIA? No Brasil: Cada pessoa gerou cerca de 378kg de resíduos em 2017, volume que daria para cobrir 1,5 campo de futebol. Em 2017, o volume de lixo depositado em lixões seria o suficiente para encher 160 estádios de futebol do tamanho do Maracanã. (ABRELPE, 2018) PANORAMA DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL PANORAMA DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL Fonte: (ABRELPE, 2018) PANORAMA DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL Fonte: (ABRELPE, 2018) DEFINIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS De acordo com a Lei nº 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos) Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade,a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.” CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS Resíduos Sólidos NBR 10.004/2004 Perigosos (Classe I) Não Perigosos (Classe II) Não Inertes (Classe II-A) Inertes (Classe II-B) DEFINIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Perigosos (Classe I) Corrosivo Reativo Explosivo Tóxico Inflamável Patogênico DEFINIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Não Perigosos (Classe II A – Não inertes) Podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. DEFINIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Não Perigosos (Classe II B - Inertes) RESPONSABILIDADE MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ACONDICIO- NAMENTO COLETA TRANSPORTE TRATAMENTO DESTINAÇÃO FINAL DESTINAÇÃO FINAL Lixão É a descarga de resíduos sobre o solo sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública. DESTINAÇÃO FINAL Lixão Desconsidera: A área que está sendo feito o descarte; O escoamento de líquidos formados; Liberação de gases; Espalhamento de resíduos leves pela ação do vento; Controle dos tipos e quantidade de resíduos. Principais impactos: Proliferação de vetores; Contaminação do solo e águas subterrâneas pela infiltração de chorume; Disposição de resíduos de serviço de saúde e resíduos industriais; Presença de pessoas e animais sem qualquer tipo de proteção. DESTINAÇÃO FINAL Lixão DESTINAÇÃO FINAL Aterro controlado É o confinamento dos resíduos sólidos por camadas de terra. DESTINAÇÃO FINAL Aterro controlado Principais impactos: Minimização da poluição visual Desconsidera a formação de líquidos e gases. Não reduz a poluição do solo, água e atmosférica (não há impermeabilização ou sistemas de drenagem). DESTINAÇÃO FINAL Aterro controlado DESTINAÇÃO FINAL Aterro sanitário Aterro Sanitário de resíduos sólidos urbanos consiste na técnica de disposição de resíduos sólidos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais. Método que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada e em intervalos menores se necessário. DESTINAÇÃO FINAL Aterro sanitário COMO FUNCIONA UM ATERRO SANITÁRIO? COMO FUNCIONA UM ATERRO SANITÁRIO? O QUE PODEMOS FAZER? PRATICAR OS 4R’S PRATICAR A COLETA SELETIVA BENEFÍCIOS DA COLETA SELETIVA Diminui a exploração de recursos naturais e reduz o consumo de energia; Contribui para diminuir a poluição do solo, da água e do ar; Prolonga a vida útil dos aterros sanitários e melhora a qualidade do composto orgânico; Possibilita a reciclagem dos materiais; Diminui os custos de produção nas indústrias, com a redução do consumo de energia e matéria prima; Gera ocupação produtiva para a população de baixa renda; Reduz os custos com a limpeza pública; Melhora a limpeza da cidade; Contribui para a proteção do meio ambiente e para a melhoria da qualidade de vida da população. OUTRAS ALTERNATIVAS LOGÍSTICA REVERSA COMPOSTAGEM
Compartilhar