Buscar

A História do Atendimento à Criança no Brasil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Introdução 
Você já parou para pensar em como as crianças eram vistas socialmente? 
 
Historicamente, percebemos diversos olhares sobre a infância que nos permitem identificar os 
conceitos construídos sobre a criança ao longo de nossa história. No entanto, para 
compreendê-los, não podemos perder de vista as relações sociais e a cultura nas quais a 
criança está inserida. Por isso, é importante fazer um percurso histórico sobre o atendimento à 
criança, de acordo com as concepções históricas, sociais e políticas de cada época, que 
influenciaram no modo de percebê-las, bem como na legislação voltada para elas. Para 
começar a nossa reflexão, leia o poema a seguir de Loris Malaguzzi: 
 
A criança é feita de cem. 
A criança tem cem mãos, cem pensamentos, cem modos de pensar, 
de jogar e de falar. 
Cem, sempre cem modos de escutar as maravilhas de amar. 
Cem alegrias para cantar e compreender. 
Cem mundos para descobrir. Cem mundos para inventar. 
Cem mundos para sonhar. 
A criança tem cem linguagens (e depois, cem, cem, cem), 
mas roubaram-lhe noventa e nove. 
A escola e a cultura separam-lhe a cabeça do corpo. 
Dizem-lhe: de pensar sem as mãos, de fazer sem a cabeça, de escutar e de não falar, 
De compreender sem alegrias, de amar e maravilhar-se só na Páscoa e no Natal. 
Dizem-lhe: de descobrir o mundo que já existe e, de cem, 
roubaram-lhe noventa e nove. 
Dizem-lhe: que o jogo e o trabalho, a realidade e a fantasia, a ciência e a imaginação, 
O céu e a terra, a razão e o sonho, são coisas que não estão juntas. 
Dizem-lhe: que as cem não existem. A criança diz: ao contrário, 
as cem existem. 
 
Esse poema fala da complexidade das crianças, de seu pensamento, de como elas se 
expressam por meio de múltiplas linguagens e de como ressignificam os saberes produzindo 
cultura e conhecimento. Diante disso, agora vamos compreender como a criança era 
considerada ao longo dos séculos XIX e XX. 
 
 
A infância ao longo do século XIX 
Quem cuidava das crianças no século XIX? 
 
As classes mais abastadas 
mantinham em suas estruturas 
familiares mulheres, escravas e 
alforriadas, que assumiam a 
função de tutela das crianças. 
Eram amas de leite, cantavam 
as cantigas de roda, envolviam-
se com o cotidiano dessas 
crianças. As mães ensinavam 
bons modos e habilidades às 
meninas, como tocar piano, 
falar línguas, ser uma anfitriã 
que soubesse organizar a casa 
de seu futuro marido, 
preparando-as para um bom casamento. Isso mesmo: a formação das meninas visava ao 
casamento. 
A classe média urbana reproduzia um misto das linhas da influência da modernidade europeia 
(crianças mais “funcionais”, criadas para atender à sociedade) com traços da família patriarcal, 
com empregadas – mucamas ou assalariadas. As mães poderiam até cuidar dos próprios filhos, 
mas isso acontecia em classes menos favorecidas, nas quais os maridos conseguiam reproduzir 
o ideal burguês com suas esposas se dedicando ao lar e à criação dos filhos. Os meninos 
entravam nesse modelo social. Deveriam se exercitar, aprender números e letras para 
assumirem a condição que sua família permitisse. Deveriam aprender o ofício de seus pais ou 
profissões que lhes permitissem um papel superior. Os filhos dos menos favorecidos eram 
integrados ao mercado de trabalho muito cedo e as filhas assumiam a condição de cuidar dos 
irmãos menores para que a mãe pudesse trabalhar. 
 
Curiosidade 
Nesse período, surgiu a roda dos expostos (ou roda dos enjeitados), criada pela Santa Casa de 
Misericórdia como um instrumento que recolhia as crianças rejeitadas. Ao atingirem uma 
idade em que já tinham força para se preparar e trabalhar, os 
meninos eram enviados para casas de custódia. As meninas se 
mantinham por mais tempo, pois a Santa Casa buscava 
benfeitores que pudessem ceder-lhes um dote, permitindo que 
essas moças conseguissem um casamento. A roda dos expostos 
era uma representação social importante, icônica; ela não é 
uma política pública, mas uma ação dos grupos sociais que 
inserem as crianças de alguma forma. 
 
Outra peça importante da relação com as crianças eram as 
figuras das criadeiras, mulheres que passaram a tomar conta 
das crianças enquanto suas mães trabalhavam. Essas mulheres, 
que eram remuneradas por isso, reuniam em suas casas e 
terrenos algumas dezenas de crianças, onde eram alimentadas 
e aprendiam as primeiras letras (VELLOSO, 2009). 
 
Em se tratando do Estado, quais foram as ações com foco no cuidado das crianças ao longo do 
século XIX? 
 
Período Colonial 
1530 a 1822 
Existia a tutela do Estado e influência do modelo europeu no atendimento à criança, com uma 
evidente diferença no trato entre brancas e negras, uma vez que estas eram incorporadas ao 
trabalho desde os 5 anos e aos 12 eram consideradas adultas. As crianças sofriam castigos 
corporais e havia elevado índice de mortalidade infantil. 
 
1824 
De acordo com Aragão e Kreutz (2010, p. 27), o Brasil escravocrata e monocultor – que cedia 
espaço para a urbanização, com a abertura de portos e a reorganização administrativa – sofria 
fortes pressões dos ideais liberais europeus, que defendiam a instrução populacional em 
massa. Assim, em 1824, a Constituição estabeleceu, no artigo 179, a gratuidade da instrução 
primária para todos os cidadãos. 
 
1827 
Uma lei determinou a criação de uma escola de primeiras letras em cada cidade, que não 
chegou a ser cumprida. 
 
1861 
Houve a criação do Instituto de Menores, para onde passaram a ser encaminhadas as crianças 
infratoras ou abandonadas e, em seguida, as não infratoras também. Isso causou um 
problema, uma vez que o objetivo da educação ficou perdido. A criança das classes menos 
favorecidas era tratada como criminosa. 
 
1875 
Nesse ano, foi criado o Jardim de Crianças do Colégio Menezes Vieira, localizado no Rio de 
Janeiro. Essa foi uma das primeiras instituições brasileiras a atender crianças de 0 a 6 anos. 
Dois anos mais tarde, a cidade de São Paulo passou a ter os seus primeiros jardins de infância, 
pertencentes à esfera privada (REIS e CUNHA, 2010). 
Segundo Oliveira (2011, p. 101): 
“No final do século XIX, é trazido ao Brasil, através das influências americana e europeia, o 
jardim de infância, que também foi alvo de muitas discussões entre os políticos da época. 
Alguns o criticavam porque consideravam-no mais um local de mera guarda das crianças. Os 
Jardins de Infância eram considerados prejudiciais porque tiravam a criança do convívio 
familiar precocemente. Outros os defendiam por acreditarem que trariam benefícios ao 
desenvolvimento da criança, já se vislumbrando um aspecto pedagógico influenciado pelo 
Movimento das Escolas Novas”. 
 
Brasil República 
1889 a 1930 
Como o índice de mortalidade infantil era alto nesse período e não diminuía, foi criado o 
Movimento Higienista, visando um melhor atendimento à criança para que ela sobrevivesse às 
epidemias e aos maus tratos. Desse modo, surgiram as primeiras leis para os menores. 
 
1932 
Surge o Manifesto dos pioneiros, defendendo uma revolução educacional, com a criação da 
escola não religiosa, gratuita e obrigatória, função do Estado. Uma escola única, para meninos 
e meninas, com um ensino ativo. 
Primeiras décadas do século XX 
Uma parcela do movimento operário, em virtude da maior participação das mulheres no 
trabalho, reivindicava um local onde as mães pudessem deixar as crianças enquanto 
trabalhavam. Logo, os empresários construíam creches próximo às fábricas, embora tal ação 
não constituísse bondade ou descaso. 
 
Apesar do tímido processo de expansão das escolas e creches, tanto por parte dos sistemas de 
educação como pelos órgãos de assistência ou saúde, a legislação trabalhista que determinava 
a criação desses estabelecimentos tornou-se sem efeito, pois não atendia a todas as 
necessidades. 
 
A partir desse breve descritivo histórico sobre o tratamento dispensado às criançasao longo 
do século XIX, podemos perceber que, em geral, a infância foi considerada sem importância e 
a criança era objetificada, ou seja, era considerada um ser que deveria ser protegido ou 
punido, seguindo a lógica do tratamento diferenciado, de acordo com classe social ou raça. 
 
Mesmo para renascentistas (século XVI), iluministas (séculos XVII e XVIII) e cientificistas 
(séculos XVIII e XIX), as crianças tinham classificações e, ao longo do tempo, as percepções de 
cuidado foram alteradas sem nunca se discutir efetivamente o que era chamado de infância. 
Parecia algo tão óbvio, tão presente, que qualquer debate conceitual perdia para a observação 
direta: infância é esse momento de amadurecimento do ser. 
 
 
A infância ao longo do século XX 
O século XX é tratado como o século da infância e esse fenômeno ocorreu por muitos 
elementos. Nunca tinham ficado tão claras as diferenças sociais sobre como as sociedades 
pensam e se relacionam com as crianças. Etnógrafos perceberam que as crianças e os relatos 
de como lidar com elas eram diferentes. Vejamos como exemplo o relato de Heloisa 
Schurmann: 
Em certa ocasião, ao visitar algumas ilhas da Polinésia, percebi 
que as crianças de lá pareciam estar sempre felizes, elas corriam 
e brincavam sem a supervisão de um adulto. Então, perguntei a 
algumas pessoas se eles não tinham receio de que as crianças se 
machucassem, uma vez que na maioria das vezes estavam 
sozinhas. Foi então que aprendi uma lição inesquecível: para 
eles, uma criança deveria ser criança, crescer, brincar, aprender 
como a comunidade funcionava e como poderia ser um local de 
felicidade. Dessa forma, a criança pouco a pouco se sentiria 
responsável por si e pelos que as acompanhavam. 
 
Perceba que esse relato se distancia da forma como as crianças eram tratadas ao longo do 
século XIX, onde eram constantemente supervisionadas. Ao contrário disso, nas ilhas da 
Polinésia, as crianças cresciam livres e se desenvolviam à medida em que interagiam com a sua 
comunidade. Não há aqui a intenção de taxar como certa ou errada essas diferentes formas de 
se perceber e lidar com a infância, no entanto, essa diferenciação nos faz refletir sobre o papel 
social da criança nas comunidades. Pensando nesse contexto, no século XX surgiram diversos 
movimentos científicos, cada um com o seu enfoque particular, mas que tinham como objetivo 
conceituar e classificar a infância: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ciência moderna tentava constituir uma versão singular sobre as formas de pensar e lidar 
com a criança, com o objetivo de garantir o melhor desenvolvimento infantil. Nesse cenário, o 
mundo passou a perceber e discutir a importância de cuidar de nossas crianças ainda que 
ninguém soubesse muito bem o que era isso. Como exemplo de ações desenvolvidas com esse 
objetivo, destacamos os órgãos internacionais que foram criados com a finalidade de discutir 
sobre os cuidados necessários às crianças: 
 
Convenção de 1919 da Organização Internacional do Trabalho 
Fala sobre limitar o trabalho infantil em dois dos seus itens. 
 
Declaração de Genebra de 1924 
Com o fim da Primeira Guerra Mundial e a questão dos órfãos, foi o primeiro documento 
internacional a abordar sobre a proteção das crianças. 
 
Declaração do Direito das crianças e dos adolescentes de 1954 (ONU) 
Após a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a ONU foi pressionada a constituir um 
caminho de proteção e defesa internacional das crianças. O Brasil só adotou essas medidas a 
partir da Constituição de 1988. 
 
 
A partir de 1980, a criança passou a ser percebida, também, em seu âmbito social. Nesse 
sentido, os enfoques psicológicos, biológicos e médicos sobre a criança começaram a dialogar 
com os fenômenos sociais que englobam a infância. Essa nova percepção trouxe à tona o 
problema da marginalização da infância e, na década de 1990, temas como abuso sexual 
passaram a ser abordados. A partir desse direcionamento, novas ideias sobre a infância 
puderam ser concluídas: 
 
A criança: 
Está imersa em contextos sociais. 
Está sujeita à sexualização. 
Pode ser considerada objeto de consumo. 
Estrutura relações e se constitui a partir da complexidade delas. 
Faz conexões com a cultura na qual está imersa. 
 
Perceba que as mudanças sociais e econômicas ocorridas no século XX provocaram 
significativas mudanças nos modos de ver e de lidar com as crianças. Apesar disso, manteve-se 
uma clara separação entre crianças pobres e ricas, brancas e negras: 
 
 
 
 
Ainda no século XX, surgiu a preocupação com um investimento maciço no ensino 
fundamental, mas não para todos. Houve, também, uma movimentação dos operários que 
passaram a reivindicar melhorias no atendimento educacional prestado às crianças pequenas, 
uma vez que as condições trabalhistas precárias às quais eram submetidos os havia 
impulsionado na luta por seus direitos. 
 
Esse cenário nos mostra como a visão que os adultos têm sobre as crianças mudou e continua 
em transformação, segundo as culturas nas quais estão imersas. Seja considerando-as seres 
mais ou menos frágeis, capazes ou incapazes, dignos ou não de proteção, costuma haver 
diferentes compreensões a respeito do que podem ou não fazer, dos lugares adequados para 
elas, das vivências permitidas ou não, das expectativas para seu futuro e dos seus direitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
Atualmente, tanto as pesquisas quanto os teóricos apresentam uma imagem de criança e 
infância bem diferente da que existia, ou seja, ela é considerada um ser competente, ativo, 
crítico e comunicativo, capaz de posicionar-se sobre as situações que mais lhe afetam, de 
representar o mundo e a si mesma, como coconstrutora de sua cultura lúdica, a partir das 
interpretações que faz sobre os conteúdos encontrados durante as interações sociais ocorridas 
em seus jogos e brincadeiras. 
Seguindo essa mesma linha de 
pensamento, os Parâmetros 
Nacionais de Qualidade para a 
Educação Infantil (PNQEI) 
definiram a criança como ser 
integrante da sociedade, que tem 
direito à dignidade e ao respeito, 
bem como à autonomia e 
participação. Desse modo, as 
crianças devem ser: 
 
 
 
 
Com base nesses novos preceitos, houve, então, a necessidade de se criar espaços onde a 
criança pudesse se expressar livremente. Para isso, novas leis foram criadas com o objetivo de 
garantir que os direitos das crianças fossem cumpridos. É o que veremos a seguir. 
 
Aspectos legislativos sobre a infância 
Nunes (2011) afirma que o lugar da criança também na política pública corrobora com a visão 
que permeia a legislação nacional da atualidade, ou seja, que entende a criança como um 
sujeito histórico, protagonista e cidadão. Sendo assim, a criança precisa ter os seus direitos 
garantidos e um deles é a educação, desde o seu nascimento, em instituições que assegurem o 
cuidar e o educar indissociáveis e que possibilitem seu desenvolvimento integral, em seus 
múltiplos aspectos. 
 
Segundo Cury (2002), vivemos novos desafios no mundo contemporâneo e a cidadania 
também os enfrenta à medida que deve ser reafirmada a todo instante, sem que se esqueça 
da luta histórica que garantiu seus direitos. Para ele, a educação, como um desses direitos é 
uma “dimensão fundante da cidadania”, nunca perderá sua atualidade no debate. Diz ainda 
que, em todo o mundo, as legislações garantem o acesso à educação de seus cidadãos. Assim, 
“tal princípio é indispensável para políticas que visam à participação de todos nos espaços 
sociais e políticos e, mesmo, para inserção no mundo profissional”. Por isso, a seguir, você 
encontrará um quadro legislativo que mostra as principais leis criadas com o objetivo de 
garantir os direitos da criança, dos mais básicos aos mais específicos. 
 
• Constituição Federal – 1988 
A Constituição Federal (CF) de 1988, conhecida como Constituição cidadã, apresenta 
mudançascom relação ao tratamento dado à educação infantil, pois a partir dela esta etapa 
passa a ser vista como direito da criança, e não da mãe que trabalha. Dos artigos 205 ao 214 
apresenta um rol dedicado apenas à Educação e alça a criança a sujeito de direito, garantindo 
a educação básica e gratuita dos 4 aos 17 anos, por força da emenda Constitucional n° 59 de 
2009. 
 
• O ECA – Lei 8.069/90 
O ECA – Lei 8.069/90, por sua vez, regulamentando o art. 227 da CF, ratifica a visão da criança 
e do adolescente como sujeitos de direitos fundamentais (individuais, difusos e coletivos). 
Ademais, os reafirma como titulares de prioridade absoluta e de proteção integral. 
Segundo Amin (2014, p. 50), “o Estatuto da Criança e do Adolescente resultou da articulação 
de três vertentes: o movimento social, os agentes do campo jurídico e as políticas públicas.” 
Em seu artigo 3º ficam expostos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, os quais 
a criança e o adolescente devem ter assegurados para que seja possível seu “desenvolvimento 
físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade” (BRASIL, 
1990). Para Nunes, (2011, p. 26), “o ECA, de 1990, é que vai fazer a revolução conceitual e criar 
os mecanismos operacionais para a implementação dos direitos da criança no Brasil”. 
 
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n° 9.394 de 1996 
A atual LDBEN insere a educação infantil como primeira etapa da educação básica. De acordo 
com seu art. 21, “a educação escolar compõe-se de: I - educação básica, formada pela 
Educação Infantil, ensino fundamental e ensino médio”. Em seu art. 29 afirma que a EI “tem 
como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 anos, em seus aspectos físico, 
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.” 
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013). 
Para Nunes (2011), a EI “vem se tornando não só uma demanda cada vez mais expressiva, um 
objeto explícito da política educacional e um dever dos organismos governamentais, mas 
também um claro empenho de organizações da sociedade civil.” (NUNES, 2011, p.15). Desse 
modo, não se modifica apenas a visão da criança, mas também, do papel do Estado para que a 
EI seja garantida a todos, a partir dos 4 anos de idade. 
 
• A Lei n° 12.796, de 2013 
A Lei n° 12.796, de 2013, regulamenta a EC 59/2009, pois estende a obrigatoriedade do Estado 
em oferecer educação para todos, dos 4 aos 17 anos. De acordo com a alteração proposta pela 
Lei nº 11.700, de 2008, no inciso X do art. 4° da LDB, no caso da EI e do ensino fundamental, a 
oferta de vaga deve ocorrer em escola pública mais próxima da residência de toda criança a 
partir do dia em que completar 4 anos de idade. 
 
• Marco Legal da Primeira Infância 
O Marco Legal da Primeira Infância é a Lei n° 13.257, de 8 de março de 2016, dispõe sobre as 
políticas públicas para a primeira infância e altera algumas leis, entre elas o ECA, o Código de 
Processo Penal (CPP), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Lei n° 12.662, de 5 de 
junho de 2012 (que regula a expedição e a validade nacional da Declaração de Nascido Vivo – 
DNV). 
Em seu artigo 1°, essa lei estabelece os princípios e as diretrizes a serem utilizados na 
formulação e a implementação de políticas públicas para a primeira infância em atenção à 
especificidade e à relevância dos primeiros anos de vida no desenvolvimento infantil e no 
desenvolvimento do ser humano. A Lei n° 13.257/2016 está em consonância com os princípios 
e as diretrizes expressos na legislação que esta lei altera. 
 
 
Você consegue visualizar a trajetória legislativa que 
conferiu às crianças a imagem contemporânea de 
infância no Brasil? 
 
É possível afirmar que historicamente ocorreu uma luta intensa para que a infância fosse 
prioritária e houvesse um olhar atento às suas especificidades e às necessidades das crianças, 
como sua constituição em sujeito de direitos, merecedoras de proteção. Apesar dessa 
evolução de conceitos, as práticas aqui no Brasil permaneceram apontando a família como 
responsável máxima pela infância, seguida pelo Estado, garantidor daqueles cujas famílias não 
tivessem condição, e pelas ações religiosas como caridade. 
 
Fato é que a Educação, como direito social, requer a atuação do Estado para a garantia de sua 
efetividade e acesso a todos. Nesse sentido, Bobbio (2004) diz sobre os direitos sociais que 
“para sua realização prática, ou seja, para a passagem da declaração puramente verbal à sua 
proteção efetiva, (...) é necessária a ampliação dos poderes do Estado.” Uma proposta para a 
solução desses percalços é a criação de mecanismos de fiscalização que permitam monitorar 
se todos os esforços para se garantir os direitos das crianças estão sendo realizados e 
alcançando aos objetivos propostos. O Brasil é um dos líderes mundiais em termos de políticas 
de atendimento à infância, no entanto, é importante reconhecer que há a necessidade de que 
essas políticas se tornem em ações efetivas que atendam de forma satisfatória às crianças, 
foco desses direitos. 
 
 
Uma nova concepção sobre a criança 
Os estudos da área, realizados tanto por universidades como por centros de pesquisa 
brasileiros, têm contribuído para o surgimento de uma nova concepção das crianças e sua 
capacidade criadora: 
A criança passou a ser vista como produtora de cultura e 
sujeito de direitos, bem como um ser sócio-histórico que 
atua na sociedade na qual está inserido. 
 
Seguindo essa concepção, a Política Nacional da Educação Infantil (2006) passou a preconizar a 
indissociabilidade entre o cuidar e o educar, possibilitando outra função para as ações que são 
desenvolvidas com as crianças, segundo suas especificidades. Posteriormente, tal filosofia é 
incorporada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010). 
 
De acordo com Bobbio (2004), essa caracterização da criança como um ser que merece 
proteção especial não surge naturalmente na sociedade, antes, é fruto de estudos e debates 
que comprovam essa necessidade de especificação. A ampliação dos direitos do ser humano 
ocorre de acordo com categorias específicas. Nesse sentido, a humanidade deixa de ser vista 
de maneira genérica para ser encarada de acordo com suas especificidades. Ou seja, são 
levadas em consideração características de sua diversidade, quais sejam, a idade, o sexo ou as 
condições físicas, por exemplo, que não permitem que todos sejam tratados igualmente. O 
autor conclui que a mulher é diferente do homem; a criança, do adulto; o adulto, do velho; o 
sadio, do doente etc. 
 
O Marco Legal pela Primeira Infância se tornou crucial para garantir ao Brasil o alinhamento 
com os países que estão na vanguarda do cuidado com suas crianças. Tal preocupação 
evidencia a importância que os primeiros anos de vida têm sobre todo o desenvolvimento do 
ser humano, desde o crescimento físico, a aquisição de habilidades motoras e a aprendizagem 
da fala até a criação das bases para o desenvolvimento cognitivo, social, psicológico e cultural. 
Dessa forma, o trabalho com as crianças deve ser um conjunto de: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa convergência entre o trabalho da educação infantil e a participação da família poderá 
gerar repercussões em toda a vida da criança, além de garantir que as suas necessidades sejam 
de fato atendidas. Vejamos o que Corsaro (2011) nos diz sobre isso: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao se posicionarem diante dos acontecimentos do mundo, as crianças expressam sua visão da 
realidade que as cerca. Ou seja, de acordo com o pensamento de Corsaro, elas agem na 
sociedade e contribuem para que os adultos entendam um pouco como encaram 
determinados fatos sociais. Por isso, é necessário um trabalho conjunto entre escola, família e 
comunidade, pois esses três âmbitos permitirão que se conheça um pouco maisas 
necessidades e realidades nas quais a criança está inserida. 
 
A Sociologia da Infância aparece aqui como contribuição teórica, trazendo pesquisas que, 
atualmente, têm sido importantes para os delineamentos da política nacional para a infância. 
Os autores dessa Sociologia afirmam que esse é um campo recente do estudo da infância e 
evidenciam a importância de que os investigadores busquem observar as relações entre as 
crianças, desvelando os jeitos de ser criança. Para a Sociologia da Infância, as crianças são 
atores sociais, imersas em seus mundos; a infância, por sua vez, é entendida como uma 
categoria social do tipo geracional, socialmente construída. Para eles, a infância ainda é 
colocada numa relação de dependência nas sociedades em relação aos adultos. Por isso, a 
necessidade de olhar para as crianças com o objetivo de conhecer as suas construções e 
particularidades e permitir que elas se tornem participantes de suas culturas, manifestando as 
suas interpretações e percepções sobre os diferentes contextos nos quais estão inseridas. 
 
Essa teoria está de acordo com as ideias do modelo construtivista, proposto por Lev Vygotsky, 
que enxerga a criança como um ser competente, que deve ser colocada numa posição mais 
ativa que passiva e que é capaz de construir uma interpretação própria do mundo. Assim, 
Vygotsky relaciona o desenvolvimento social da criança às ações grupais que ocorrem na 
sociedade, possibilitando o desenvolvimento de estratégias coletivas por meio da interação 
com outras pessoas para superar os problemas que surgem. Alguns autores, fundamentados 
na teoria de Vygotsky, criticam o que foi feito por muito tempo no campo educacional, ou seja, 
a fixação em concepções de criança e infância advindas da psicologia do desenvolvimento, 
pautada na herança biológica, conformando-a num modelo universal, a-histórico, abstrato e 
predeterminado, que as remetem à condição de dependência. As maiores críticas que surgem 
residem no fato de muitas práticas revelarem a vontade de apagar esse “ser criança” ativo e 
crítico, exigindo a renúncia de seu desejo para prevalecer a vontade dos adultos que lidam 
com elas. 
 
Você consegue notar como fica clara a necessidade de 
reconhecer a competência dos discursos infantis e da 
urgência em se ouvir as crianças? 
 
 
 
 
Nesse sentido, cabe às instituições a disponibilização de espaços de participação nos quais as 
crianças, mais que ouvidas, sejam auscultadas de modo que sua opinião seja considerada e 
gere efetivas mudanças a começar pela proposta pedagógica, que constitui um espaço 
privilegiado no qual a criança deve poder se expressar acerca de seus desejos e expectativas 
com relação à sua institucionalização. Indubitavelmente, não é uma tarefa fácil e requer 
metodologias capazes de captar essas vozes e transformar esses desejos em ações. Segundo 
Rocha (2008, p. 47), os projetos pedagógicos deixam de ser apenas para as crianças e passam a 
ser definidos a partir delas e com elas. 
 
 
Considerações finais 
Você percebeu que compreender o conceito de infância é fundamental a todo profissional 
que, direta ou indiretamente, colocará seus esforços com o objetivo de formar as crianças. 
Quanto mais entendermos tal conceito como constituído ao longo dos últimos séculos, melhor 
teremos condições de buscar possibilidades de uma atuação mais eficaz no processo educativo 
das crianças. 
Ao sairmos de um conceito forjado ao longo dos séculos XIX e XX que, por um lado, tutelava a 
infância sob o Estado e a Religião e, por outro, definia a mesma exclusão social e étnica 
presente no ambiente adulto, chegamos à visão contemporânea que tem como foco a garantia 
de uma educação integral das crianças. Busca, assim, alcançar um equilíbrio que não volte a 
transformar a criança em mini adulto, agora como que sem necessidade de cuidados 
específicos, por já possuir autonomia necessária a sua formação. 
 
Explore + 
1. Visite o site Vila Malaguzzi – Tempos de infância e descubra esse lugar destinado a 
brincadeiras, aprendizado, suporte e auxílio para as crianças e que também funciona como um 
espaço de acolhimento, formação e informação para pais e familiares. 
2. Para se aprofundar no conhecimento dos pensamentos que contribuíram para o avanço da 
Educação, leia a obra: AZEVEDO, F. et al. Manifestos dos Pioneiros da Educação Nova (1932) e 
dos educadores (1959). 122 p. Coleção Educadores. Fundação Joaquim Nabuco. Recife: 
Massangana, 2010. 
3. Visite o site da Organização Internacional do Trabalho – OIT. 
4. Conheça, no site da UNICEF, a versão para crianças e adolescentes da Convenção sobre os 
Direitos da Criança, que traz uma linguagem mais simples para o documento promulgado pelo 
Decreto nº 99.710, em 1990. 
5. Conheça os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil (PNQEI) – volume 
1, publicados em 2010, que tratam do ensino infantil das crianças na faixa etária de 0 a 6 anos. 
6. Leia a pelo direito das crianças de zero a seis anos à Educação, 2006, e aprenda mais um 
pouco. 
7. Busque na internet e conheça as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil 
(2010). 
 
 
Referências bibliográficas 
AMIN, A. R. Doutrina da proteção integral. In: MACIEL, Kátia Regina Ferreira Lobo Andrade. 
(coordenação) Curso de direito da criança e do adolescente: aspectos teóricos e práticos. – 7. 
ed. rev. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2014. 
 
ARAGÃO, M.; KREUTZ, L. Considerações acerca da Educação Infantil: história, representações e 
formação docente. In: Conjectura. v. 15. nr. 1. jan./abr. Caxias do Sul, 2010. Disponível em: 
http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/download/174/165. Acesso em 
novembro de 2019. 
 
BARROS, R. P.; COUTINHO, D.; MENDONÇA, R., 2016. Monitoramento e avaliação: desenhando 
e implementando programas de promoção do desenvolvimento infantil com base em 
evidências. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/institucional/programas/primeira-
infancia/pdf-arquivos/avancos-do-marco-legal-da-primeira-infancia. Acesso em novembro de 
2019. 
 
BRASIL. Casa Civil. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. 
 
BRASIL. Casa Civil. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8.069, de 13 de junho de 1990. 
 
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 
nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília, 1996. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros nacionais de qualidade para a educação infantil. v. 
1. Brasília, 2006. 
 
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Política nacional de educação infantil. Brasília, 
2006. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Política de educação infantil no Brasil: Relatório de avaliação. 
Brasília, 2009. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Plano Nacional Pela Primeira Infância. (Versão Resumida), 
2010, p. 18. Disponível em: http://primeirainfancia.org.br/wp-content/uploads/2015/01/PNPI-
Resumido.pdf. Último acesso em novembro de 2019. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. A educação infantil nos países do MERCOSUL: análise 
comparativa da legislação. Brasília, 2013. 
 
BRASIL. Casa Civil. Lei n° 12.796 de 2013. Disponível 
em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12796.htm. Último acesso 
em julho de 2015. 
 
BRASIL. Casa Civil. Lei n° 13.005/2014. Plano Nacional de Educação. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm. Acesso em julho 
de 2015. 
 
BRASIL. Casa Civil. Lei n° 13.257 de 2016. Marco Legal da Primeira Infância. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm. Acesso em 
novembro de 2019. 
 
BOBBIO, N. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 
 
CORSARO, W. Sociologia da Infância. Porto Alegre: Artmed, 2011. 
 
CRUZ, S. H. V. Ouvindo crianças: considerações sobre o desejo de captar a perspectiva da 
criança acerca da suaexperiência educativa. Trabalho apresentado na 27ª Reunião Anual da 
ANPEd, Caxambu, 2004. 
 
CRUZ, S. H. V. A criança fala: a escuta de crianças em pesquisas. São Paulo: Cortez, 2008. 
 
CURY, C. R. J. Direito à educação: direito à igualdade, direito à diferença. In: Cadernos de 
Pesquisa, n. 116, p. 245-262, julho/2002. 
 
DALBOSCO, C. A. Educação natural em Rousseau: das necessidades da criança e dos cuidados 
do adulto. São Paulo: Cortez, 2011. 
 
FRAZÃO, Dilva. Lev Vygotsky. Disponível em: https://www.ebiografia.com/lev_vygotsky/ 
Acesso em 29 jan. 2020. 
 
FRAZÃO, Dilva. Santo Agostinho. Disponível em: 
https://www.ebiografia.com/santo_agostinho/ Acesso em: 29 jan. 2020. 
 
GÓIS JUNIOR, E. “Movimento higienista” na história da vida privada no Brasil: do homogêneo 
ao heterogêneo. In: ConSCIENTIAE SAÚDE Rev. Cient. UNINOVE, São Paulo, v. 1, p. 47-52, 2002. 
 
JOÃO, J. S. Crianças, professores e famílias: (co)protagonistas da Educação Infantil. 2009. 
Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 
Santa Catarina, 2009. 
 
KUHLMANN JUNIOR, M. Infância e educação infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: 
Mediação, 2010. 
 
MALAGUZZI, Vila. Loris Malaguzzi. Disponível em: https://www.vilamalaguzzi.com.br/loris-
malaguzzi. Acesso em: 29 jan. 2020. 
 
MARTINS FILHO, A. J. Jeitos de ser criança: balanço de uma década de pesquisas com crianças 
apresentadas na ANPEd. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), 2010. In: 
REUNIÃO ANUAL DA ANPEd. 35., 2010, Caxambu/MG. Anais Eletrônicos... Caxambu/MG: 
ANPEd, 2010. 
 
NAZARIO, R. Narrativas das experiências de crianças pequenas no contexto de uma “casa lar” 
do município de Florianópolis – SC. 2011. Tese (Doutorado em Educação) - Centro de Ciências 
da Educação. Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, 2011. 
 
NUNES, M. F. R. Educação Infantil no Brasil: primeira etapa da educação básica. Brasília: 
Fundação Orsa, 2011. 
 
OLIVEIRA, Z. M. R. Educação Infantil: fundamentos e métodos. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2011. 
 
OLIVEIRA, Z. M. R. O trabalho do professor na Educação Infantil. São Paulo: Biruta, 2012. Várias 
autoras. 
 
QUEIROZ, E. C. Marco Legal Pela Primeira Infância: uma grande oportunidade. Disponível em: 
https://www12.senado.leg.br/institucional/programas/primeira-infancia/pdf-
arquivos/avancos-do-marco-legal-da-primeira-infancia. Acesso em novembro de 2019. 
 
REIS, F. P. G.; CUNHA, D. O. Políticas públicas e a educação infantil brasileira: problemas, 
embates e armadilhas. Disponível em: http://books.scielo.org/id/j8gtx/pdf/pimenta-
9788578791216-06.pdf. Acesso em novembro de 2019. 
 
ROCHA, E. A. C. Por que ouvir as crianças? Algumas questões para um debate científico 
multidisciplinar. In: CRUZ, Silvia Helena Vieira (org.). In: A escuta de crianças em pesquisas. São 
Paulo: Cortez, 2008. 
 
SALGADO, R. G.; FERRARINI, A. R. K.; LUIZ, G. M. Crianças mirando-se no espelho da cultura: 
corpo e beleza na infância contemporânea. In: Reunião anual da ANPEd 35, 2012. 
 
SALLES, C. G. N. L. Infância e filosofia: um encontro possível? O que dizem as crianças. In: 
Reunião anual da ANPEd 32, 2009. 
 
SARMENTO, M. J. Sociologia da infância: correntes e confluências. In: SARMENTO, M.; 
GOUVEA, M. C. S. (orgs.) Estudos da Infância: educação e práticas sociais. Petrópolis, RJ: Vozes, 
2008. 
 
SCHRAMM, S. M. O. A constituição do sujeito criança e suas experiências na pré-escola. In: 
Reunião anual da ANPEd 32, 2009. 
 
SCHURMANN, H. Família Schurmann. Disponível em: http://schurmann.com.br/heloisa-
schurmann/ Acesso em: 29 jan. 2020. 
 
SIQUEIRA, R. B.; CARVALHO, M. C. Literatura e cultura como convite aos professores. In: 
KRAMER, S.; NUNES, M.F.R.; CARVALHO, M.C. (orgs.). Educação Infantil: Formação e 
responsabilidade. 1. ed. – Campinas, SP: Papirus, 2013. 
 
VELLOSO, A. C. F. A Roda dos Expostos. Disponível em: 
https://www.santacasasp.org.br/upSrv01/up_publicacoes/4639/10750_Texto%20do%20Dr.%2
0Augusto%20C.%20F.%20Velloso%20-%20Sobre%20a%20Roda%20dos%20Expostos.pdf. 
Acesso em: 17 jan. 2020.

Outros materiais