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Princípios Básicos Para A Avaliação de Feridas

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C
PRINCÍPIOS BÁSICOS 
PARA AVALIAÇÃO 
DE FERIDAS
Enfermeiro: Rui Flávio Coelho
A avaliação das feridas 
direciona o planejamento 
dos cuidados de 
enfermagem, implementa a 
terapia tópica além de 
proporcionar dados para 
monitorar a trajetória da 
cicatrização das feridas. 
Devemos observar: 
Localização anatômica
Tamanho: cm² / diâmetro
Profundidade: cm; 
Tipo / quantidade de tecido: granulação, 
epitelização, desvitalizado e necrose; 
Bordas: aderida, perfundida, macerada, 
descolada, fibrótica, hiperqueratose; 
Pele peri-ulceral: edema, coloração, 
temperatura, endurecimento, flutuação, 
creptação, descamação; 
Exsudato: quantidade, aspecto, odor. 
• TAMANHO: Pode-se usar régua para medir em cm o maior comprimento e a maior 
largura da ferida;
• PROFUNDIDADE: escolher de acordo com as descrições:
• dano tecidual sem solução de continuidade;
• Superficial, abrasão, bolha ou cratera rasa. Plana com a superfície da pele ou 
levemente elevada;
• Cratera profunda sem descolamento de tecidos adjacentes;
• Sem possibilidade de visualização de tecidos devido a presença de necrose;
• Comprometimento de estruturas profundas como tendões e cápsulas de articulações;
Tipo de tecido:
• 1. Necrosado:
• Branca/cinza – pode aparecer antes da ferida 
abrir
• Esfacelo amarelo aderido ou não aderido ao 
leito da ferida;
• Preto macio (saturado de umidade) ou duro 
• 2. Granulação:
• O que é? Crescimento de novos vasos 
sanguíneos e de tecido conectivo. É saudável 
quando é brilhante, vermelho vivo, lustroso e 
granular com aparência aveludada. 
Dependendo da quantidade de novos vasos 
pode se apresentar róseo ou esbranquiçado.
Exsudato
• Para avaliar o exsudato é necessário posterior 
limpeza com SF 0,9%;
• TIPOS:
1. Sanguinolento: fino, vermelho vivo, brilhante;
2. Serosanguinolento: fino, aguado, de vermelho pálido 
para róseo;
3. Seroso: fino, aguado e claro;
4. Purulento: fino ou espesso, de marrom opaco para 
amarelo
5. Purulento pútrido: espesso, de amarelo opaco para 
verde com forte odor.
• Mensurar, através da observação a quantidade de 
exsudato.
Bordas
• Indistinta, difusa: Não há possibilidade de 
distinguir claramente o contorno da ferida; 
• Aderida: Plana / nivelada com o leito da 
ferida, sem presença de paredes; 
• Não-aderida: Presença de paredes; o leito 
da ferida é mais profundo que as bordas; 
• Enrolada para baixo, espessada / grossa: 
De macia para firme e flexível ao toque; 
• Hiperqueratose: Formação de tecido caloso 
ao redor da ferida e até as bordas 
• Fibrótica, com cicatriz: Dura, rígida ao 
toque.
C
PRINCÍPIOS BÁSICOS 
PARA A REALIZAÇÃO 
DE CURATIVOS
Mas o técnico de enfermagem faz 
curativos?
• No que tange ao enfermeiro executar os curativos para tratamento de lesões agudas 
e crônicas de grande complexidade, a orientação está de acordo com a legislação, 
Lei 7498/86 regulamentada pelo decreto 94406/87 em seu artigo 11º , além do 
parecer técnico nº 256/2014 do Coren do Pará, sustentado por resoluções do Cofen 
de 2007, o enfermeiro pode delegar cuidados de enfermagem, exceto os de grande 
complexidade (restritos do enfermeiro) para a equipe, o que não exime o enfermeiro 
(a) da responsabilidade pela execução, ou seja:
• A execução dos curativos é competência do enfermeiro ou técnico de enfermagem, 
desde que devidamente capacitados para tal;
• No caso do técnico de enfermagem, o mesmo poderá realizar o procedimento de 
curativo , sob orientação e supervisão de Enfemeiro dependendo da complexidade 
da lesão.....
ENTÃO....
Definição
É um meio terapêutico que consiste 
na limpeza e aplicação de uma 
cobertura estéril em uma ferida, 
quando necessário, com a 
finalidade de promover a rápida 
cicatrização e prevenir a 
contaminação ou infecção. 
OBJETIVOS:
•Auxiliar o organismo a 
promover a cicatrização; 
• Eliminar os fatores 
desfavoráveis que 
retardam a cicatrização 
da lesão; 
• Diminuir infecções 
cruzadas, através de 
técnicas e procedimentos 
adequados; 
FINALIDADES:
• Limpar a ferida; 
• Promover a cicatrização, eliminando fatores 
que possam retardá-la. 
• Tratar e prevenir infecções; 
• Prevenir contaminação exógena; 
• Remover corpos estranhos; 
• Proteger a ferida contra traumas mecânicos; 
• Promover hemostasia; 
• Fazer desbridamento mecânico e remover 
tecidos necróticos; 
• Reduzir edemas; 
• Drenar e/ou absorver secreções e exsudatos 
inflamatórios; 
• Diminuir odor; 
• Manter a umidade da ferida; 
• Fornecer isolamento térmico; 
Categorias:
• Cobertura primária: colocados diretamente sobre a ferida 
• Cobertura secundária: colocados sobre a cobertura primária. 
Tipos de curativos
1. Curativo semi-oclusivo: 
Este tipo de curativo é 
absorvente ,e comumente 
utilizado em feridas cirúrgicas, 
drenos, feridas exsudativas, 
absorvendo o exsudato e 
isolando-o da pele adjacente 
saudável. 
2. Curativo oclusivo: 
Não permite a entrada de ar ou 
fluídos, atua como barreira 
mecânica, impede a perda de 
fluídos, promove isolamento 
térmico, veda a ferida, a fim de 
impedir efízema,e formação de 
crosta. 
3. Curativo compressivo:
Utilizado para reduzir o fluxo 
sangüíneo, promover a estase 
e ajudar na aproximação das 
extremidades da lesão. 
4. Curativos abertos: 
São realizados em 
ferimentos que não há 
necessidade de serem 
ocluídos. Feridas cirúrgicas 
limpas após 24 horas, cortes 
pequenos, suturas, 
escoriações, etc são 
exemplos deste tipo de 
curativo.
C
TÉCNICA DE 
CURATIVO
Normas gerais
• Lavar as mãos antes e após cada curativo, mesmo que seja 
em um mesmo paciente; 
• Verificar data de esterilização nos pacotes utilizados para o 
curativo (validade usual 7 dias); 
• Expor a ferida e o material o mínimo de tempo possível; 
• Utilizar sempre material esterilizado; 
• Se as gazes estiverem aderidas na ferida, umedecê-las antes 
de retirá-las; 
• Não falar e não tossir sobre a ferida e ao manusear material 
estéril; 
• Considerar contaminado qualquer material que toque sobre 
locais não esterilizados;
• Usar luvas de procedimentos em todos os curativos, fazendo-
os com pinças (técnica asséptica);
• Utilizar luvas estéreis em curativos de cavidades ou quando 
houver necessidade de contato direto com a ferida ou com o 
material que irá entrar em contato com a ferida; 
• Se houver mais de uma ferida, iniciar pela menos 
contaminada; Nunca abrir e trocar curativo de ferida limpa 
ao mesmo tempo em que troca de ferida contaminada; 
• Quando uma mesma pessoa for trocar vários curativos no 
mesmo paciente, deve iniciar pelos de incisão limpa e 
fechada, seguindo-se de ferida aberta não infectada, drenos 
e por último as colostomias e fístulas em geral; 
• Ao embeber a gaze com soluções manter a ponta da pinça 
voltada para baixo; 
• Ao aplicar ataduras, fazê-lo no sentido da circulação venosa, 
com o membro apoiado, tendo o cuidado de não apertar em 
demasia. 
• Os curativos devem ser realizados no leito com toda técnica 
asséptica;
• Nunca colocar o material sobre a cama do paciente e sim 
sobre a mesa auxiliar, ou carrinho de curativo. O mesmo deve 
sofrer desinfecção após cada uso; 
• Todo curativo deve ser realizado com a seguinte 
paramentação: luva, máscara e óculos. Em caso de curativos 
de grande porte e curativos infectados (escaras infectadas 
com áreas extensas, lesões em membros inferiores, e ferida 
cirúrgica infectada) usar também o capote como 
paramentação; 
• Quando o curativo for oclusivo deve-se anotar no 
esparadrapo a data, a hora e o nome de quem realizou o 
curativo. 
OU
Cuidados importantes• Não comprimir 
demasiadamente ataduras e 
esparadrapos no local da 
ferida para garantir circulação;
• O curativo deve ser feito após 
o banho do paciente fora dos 
horários de refeições;
• Não realizar no horário de 
limpeza dos ambientes;
• Em feridas em fase de 
granulação usar soro em jatos, 
não esfregar o leito da ferida;
• Em úlceras venosas manter 
membro enfaixado e aquecido 
com algodão ortopédico;
• Em úlceras arteriais manter 
membro elevado.
Antes de realizar o curativo:
• Avaliação do curativo a ser realizado, considerando-os em função do 
tipo de ferida;
• Orientação do paciente sobre o procedimento;
• Preparo do ambiente (colocar biombos quando necessário, deixar 
espaço na mesa de cabeceira para colocar o material a ser utilizado, 
fechar janelas muito próximas, disponibilizar lençol ou toalha para 
proteger o leito e as vestes do paciente quando houver possibilidade 
de que as soluções escorram para áreas adjacentes); 
• Preparar o material e lavar as mãos; 
Após...
Recomposição do paciente; 
Recomposição do ambiente; • Destinação dos materiais (colocar 
em sacos no carrinho de curativos encaminhando à C.M.E. o mais 
rápido possível, ou de acordo com as rotinas do Setor); 
Lavar as mãos; 
Evolução: Registro do procedimento incluindo avaliação da 
ferida; Após cada curativo devem ser anotadas no prontuário do 
paciente as informações sobre a lesão. 
Curativos:
• Curativos de F.O;
• Sistemas de drenos;
• Feridas abertas sem infecção;
• Feridas abertas contaminadas;
• Feridas com fistula ou 
deiscência de paredes;
Lesões por queimaduras:
• Após a limpeza das lesões, os curativos deverão 
ser realizados com tópico de escolha, seguido 
de curativo estéril, de acordo com a rotina do 
serviço; 
• Utilizar preferencialmente curativos oclusivos, 
exceto em lesões de orelha ou períneo.
• PRODUTO MAIS UTILIZADO: A Sulfadiazina de 
Prata 1% (desbridamento e prevenção de 
infecção) é um dos agentes tópicos mais 
utilizados no tratamento de queimaduras, sendo 
recomendada em queimaduras de segundo e 
terceiro graus. É facilmente aplicada e removida, 
não provoca dor (alivia) e apresenta poucos 
efeitos colaterais.
Descreva essas feridas...
Referências
• Manual de curativos. Central de Curativos. Comissão de Controle de Infecção 
Hospitalar, Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. Santa Casa de Misericórdia de 
Goiânia. PUC – GOIÁS. Revisado em agosto de 2005.
• Sociedade Brasileira de Cirurgia plástica. Projeto Diretrizes: Queimaduras: Diagnóstico 
e tratamento inicial. Abril, 2008.

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