MATERIAL DE ESTUDO PROCESSO CIVIL I

Prévia do material em texto

MATERIAL DE ESTUDO PROCESSO CIVIL I
Ilícitos Processuais
Ao violar os deveres no processo cometem ilícitos processuais e poderão por meio de Decisão judicial sofrer sanções.
a) Contempt of Counts (ART.77) Ato de desobediência ao tribunal- ato atentatório a dignidade da justiça. ( Não cumprimento de ordem judicial/ a criação de embaraços a sua efetiva ação)
b) Litigância de má fé: (Art. 80). Considera-se litigante de má-fé aquele que:
I - Deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II - Alterar a verdade dos fatos;
III - Usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - Opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - Proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI - Provocar incidente manifestamente infundado;
VII - Interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
Sanções para quem comete ilícitos processuais
Não efetuar alteração de fato ou de direito no objeto litigioso (Depende de análise de caso concreto)
-Aplicação de multa de até 20% sobre o valor da causa/ Clausula geral 
-Por não comparecimento até 2%
*Destinado o valor ao estado em que for preferido/ ou se for Federal a união. Uma vez não pago é cobrado como dívida tributária.
*Se o valor da causa for irrisório a condenação poderá ser substituída por até 10% o valor do salário mínimo.
*Existem pessoas que são isentas/Advogados PUB E PRIVADOS/ Defensoria PUB E membros do MP
*Poderá haver condenação também sobre uma indenização proporcional ao dano sofrido.
Por Litigância de Má Fé
*Ocorre em multa maior que 1% e inferior a 10%
 *Poderá haver condenação também sobre uma indenização proporcional ao dano sofrido.
*Se o valor da causa for irrisório poderá ser substituído por até 10% o valor do salário mínimo a parte contrária.
*Havendo mais de um litigante de má fé a condenação será proporcional ao dano causado.
Sujeitos processuais:
É todo aquele que participa do processo, seja de modo direto ou indireto.
Parcial: São aqueles que tem interesse na demanda ( Autor/ Réu/ e um terceiro que possa existir)
Imparcial: Aqueles que possuem interesses institucionais.
*Devem necessariamente preencher as condições da ação/ quais são legitimidade e interesse de agir.
Capacidade: É atributo subjetivo do sujeito de índole definitiva
Capacidade de ser parte: É necessária uma personalidade judiciária.
Capacidade de Direito: A capacidade de contrair obrigações (ART. 2 CPC/15)
Capacidade processual: É a capacidade de esta em juízo, se a parte possui a capacidade de Direito, significa que poderá exercer a capacidade processual em sua plenitude.
*Caso a parte não tenha a capacidade de Direito em sua plenitude será representado ou assistido, para que possa estar em juízo. Caso o incapaz não aja representante ou assistente, será sorteado um curador, que em regra será uma Defensor Público.
Capacidade Postulatória: é a capacidade AD Estrita aos advogados que quando a lei permitir, postular em juízo.
Irregularidade
Diante de uma incapacidade processual, ou de uma irregularidade de representação, após a concessão de prazo para sanar o vício sem que o tenha feito a consequência jurídica será:
(Autor) Extinção do processo sem análise de mérito. 
(Réu) aplicar-se-á os efeitos da revelia.
Integração da capacidade
A necessidade de integração de capacidade nos bens imóveis entre cônjuges, desde que não sejam aplicados o regime de separação absoluta de bens.
Legitimidade
A legitimidade é atributo extrínseco do sujeito, objetivo de índole transitório
Legimitimidade -> Demanda
*A legitimidade está intimamente relacionada a titularidade do Direito Material. 
Legitimidade ordinária: está em juízo em nome próprio e Direito Próprio.
Legitimidade Extra Ordinária -> Está em juízo em nome próprio sobre direito Alheio Substituição Processual.
Sucessão Processual
É o mesmo que substituição de partes, ou seja, por vontade das partes, ou por força de lei, há uma alteração de sujeitos do processo.
Hipótese legal: Não depende da Vontade das Partes. Na parte de quaisquer das partes essa será sucedida pelo espólio ou por seus sucessores.
Alienação do objeto litigioso: Uma vez ocorrida a alienação o adversário do alienante poderá autorizar a sucessão momento em que haverá a substituição de parte. Caso a parte adversária não consinta, alienante e 3º formarão uma assistência litisconsorcial.
*A condenação atingirá terceiros ainda que de boa-fé. Nada impede, contudo, que entre com perdas e danos do alienante. 
Litisconsórcio
É a pluralidade de partes em um ou em ambos os polos da relação jurídica processual, ou seja, necessariamente mais de uma parte no processo atuando em um dos polos.
*Em que pese seja formado o litisconsórcio, esses são independentes para produção de atos no processo, ou seja, poderão do andamento no processo livremente.
Vantagens: 
-Economia processual- (LATO SENSU)
-Segurança jurídica
Formação:
Por comunhão: Os sujeitos possuem os mesmos direitos e, ou deveres.
Por afinidade: Situações jurídicas similares, ou afins.
Por conexão: Quando há em comum entre dois sujeitos o pedido ou causa de pedir.
Classificação:
Sujeitos Ativo: Diante de uma pluralidade de autores
Sujeitos passivos: Pluralidade de Réus.
Mista: Pluralidades em ambos os polos.
Formação de litisconsórcio
Inicial: Momento da petição inicial
Ulterior: No curso do processo, por intervenção de terceiros.
Resultado:
Simples: Quando a decisão poderá ser distinta entre os litisconsortes, ou seja, o juiz poderá decidir o mérito de forma diferenciada.
Unitário: Necessidade de decisão de mérito de modo uniforme entre todos litisconsortes.
*Só se alcança com a natureza do conflito
Obrigatoriedade na formação
Necessário: Quando pela natureza jurídica da relação ou por força de lei os sujeitos necessitam participar do litisconsórcio. 
Facultativo: Será facultativo quando a formação do litisconsórcio depender unicamente da vontade das partes.
Litisconsórcio Multitudinário
Litisconsórcio por multidão, ou seja, pluralidade excessiva de sujeitos que compõe o litisconsórcio.
*Seja por requerimento das partes, ou de oficio EM QUALQUER FASE DO PROCESSO Poderá ser reconhecido por Decisão Judicial o litisconsórcio multitudinário. A decisão do juiz irá desmembrar o litisconsórcio em quantos forem necessários. Os processos desmembrados ficarão nos juízos preventos. 
*Só poderá ser desmembrado litisconsórcio Facultativo.
*Uma vez requerido o desmembramento do litisconsórcio há uma interrupção de prazos no processo, que volta a contar da decisão.
(A regra geral de um litisconsórcio facultativo é simples) e 
(Sendo litisconsórcio Necessário, em regra é uniforme)
Exceções 
Litisconsórcio facultativo, tiver decisão unitária:
*Os sujeitos que não participam do processo precisam ser comunicados (citados) sob pena de ineficácia da Decisão em relação a estes sujeitos.
Litisconsórcio Necessário Simples: Nada impede que o litisconsórcio necessário tenha decisão simples. *Se o litisconsórcio dor necessário passivo será exigida sua formação, cuja sua responsabilidade recai sobre o autor da ação. 
Ativo: Na modalidade ativa gera o confronto de dois institutos processuais, quais sejam ‘’acesso à justiça’’ e ‘’a autonomia no direito de demandar’’
*Para Alexandre Campara o ativo não existe.
*Para Fredie Didier, com fundamento na Decisão do STJ, caso não haja a formação do litisconsórcio necessário ainda que no polo ativo, o processo deverá ser extinto.
O Código Civil determina a citação daquele que deveria figurar no polo ativo, sob pena de ineficácia da decisão. 
Decisão:
Se a decisão deveria ser uniforme em um litisconsórcio necessário, ocorre em nulidade.
LNA/LFV- Caso não sejam citados- terão uma ineficácia da decisão em relação aos sujeitos que não foram informados
LNP- Se o autor não respeitar o prazo proferido pelo juiz, será extinto sem análise de mérito.
Regime de tratamento de L.C
Em regra, os atos de um litisconsórcio não se aproveitam aos demais, exceto no litisconsórcio unitário, onde os atos de um não prejudicará os outros, mas poderá beneficia-los.Intervenção de terceiros
É um sujeito que integra o processo no curso deste, passando a formar junto com as partes o roll dos sujeitos da demanda
*Marinoni traz o conceito de que o terceiro é formado por exclusão, e intervém no processo por meio de Decisão Judicial oriundo do requerimento das partes.
-A intervenção de terceiros advém de um incidente processual e não de um processo incidente (Processo incidente são duas ações autônomas que refletem efeitos umas nas outras, ao passo que um Incidente processual tem-se um único processo com uma demanda acessória vinculada a demanda principal).
 Fundamentos: 
Legitimidade extraordinária: Porque os substituídos poderão intervir no processo a qualquer tempo. 
Conexão – Sujeitos que possuem fundamentos com o mesmo pedido ou a mesma causa de pedir, poderão intervir no processo.
Efeitos:
-Objetivos: Causa ampliação do objeto da demanda 
Exemplo: um novo pedido.
Subjetivo: Ampliação dos sujeitos da demanda, ou seja, formação de um litisconsórcio, seja ativo ou passivo.
*Em regra ocorre até o saneamento, ou seja, no momento de estabilização da lide.
*Em regra cabe intervenção do terceiro em todo e qualquer processo que tramita sob o procedimento comum ou até mesmo os procedimentos especiais
Não cabimento:
Não intervenção de A.D.I, exceto o AMICUS CURIAE
-Juizados especiais 
Assistência
É a possibilidade do terceiro intervir no processo, por meio de requerimento próprio com fundamento que sofreu os efeitos da decisão de modo direto ou reflexo e que por isso tem interesse que a decisão seja favorável a uma das partes.
*O assistente poderá intervir no processo a qualquer momento recebendo o processo no estado onde se encontra
Classificação:
Art. 121.  O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido.
Parágrafo único.  Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será considerado seu substituto processual.
Art. 122.  A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a procedência do pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a ação ou transija sobre direitos controvertidos.
Art. 123.  Transitada em julgado a sentença no processo em que interveio o assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se alegar e provar que:
I - pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença;
II - desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu.
*Em que pese como regra geral o terceiro sofra os efeitos da coisa julgada, em duas situações especificas estas não irá ocorrer. 
-Impossibilidade de produção de provas (Se não tinha conhecimento de fato o qual o assistido não se manifestou seja por dolo ou por culpa)
Assistência Litisconsorcial
Em verdade é a formação de um litisconsórcio ulterior, porque a decisão afetará diretamente a esfera jurídica do terceiro. Além disso, a assistência possui vinculo jurídico com o adversário do assistido, podendo praticar quaisquer atos no processo, sofrendo efeitos da decisão e da coisa julgada.
Procedimento- Uma vez requerida pelo terceiro o seu ingresso no processo senão for o caso de rejeição liminar, o juiz deverá intimar as partes para que se manifestem.
Denunciação da LIDE
É uma modalidade de intervenção de terceiros provocada, que gera uma condenação eventual ou o autor irá requerer a entrada do terceiro ( Denunciante)
Já o terceiro (Denunciado) 
Cabimento- A perda do bem pelo adquirente em decorrência da evicção 
-Aquele que é obrigado ressarcir seja em virtude de lei ou de um contrato, a parte no processo (O denunciante)
*Eventualidade (Sob condição) Só será apreciada se o denunciante for vencido na demanda principal
Procedimento: Se for feita pelo autor: Deverá ser requerida na petição inicial, ao passo que, se feita pelo réu deverá ser alegada na contestação.
Em que pese a petição seja o momento oportuno para a denunciação, a citação do denunciado deverá ocorrer antes da citação do réu, uma vez que poderá emendar a petição inicial, formando com o autor o litisconsórcio ativo, nada impede que o denunciado conteste a denunciação da lide. Já se o denunciação da lide for feita pelo réu, o terceiro poderá contestar o processo formando um litisconsórcio passivo. Esse terceiro também poderá confessar ou ser revel.
-O terceiro poderá contestar a denunciação da lide.
Sentença
No mesmo ato decisório julgar a demanda principal, sendo um caso, julgará a denunciação da lide. E uma vez não sendo apreciada a denunciação da lide é devida a verba sucumbencial ao denunciado.
Art. 129.  Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da denunciação da lide.
Parágrafo único.  Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado.