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APOSTILA DE HISTÓRIA GERAL DA ARTE - UNIP

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HISTÓRIA GERAL DA ARTE
 1- AS DEFINIÇÕES DE ARTE
 1.1. As definições de arte
O conceito de arte é alterado de acordo com a época e a cultura. Pode ser separado ou não, como é entendido hoje na civilização ocidental, do artesanato, da ciência, da religião e da técnica no sentido tecnológico. Essa mutabilidade do conceito depende tanto daqueles que produzem os objetos que receberão a definição de obra de arte, quanto da sociedade na qual esses mesmos objetos são feitos.
Assim, entre os povos ditos primitivos, a arte, a religião e o conhecimento acumulado não existiam de forma separada, tampouco existia a figura do artista como figura autônoma dentro dessas sociedades. 
Nesse momento arte é um conceito aplicado a certas habilidades que algumas pessoas possuíam para realizar algo. Esse sentido de arte está muito vinculado ao significado da palavra técnica. Para os gregos antigos do século 5 a.C. a palavra usada para definir arte, ou capacidade de realizar algo a partir de certas habilidades e conhecimentos, era "tekné", a qual etimologicamente deu origem à palavra técnica que usamos hoje. Para aqueles gregos havia a arte, ou técnica, de se fazer esculturas, pinturas, sapatos ou navios.
O termo arte, com o passar dos séculos, e dependendo da sociedade em que se verificar a existência desse conceito, modificou-se bastante. Na Europa, durante vários séculos, o termo arte servia para designar uma atividade relacionada à capacidade de realizar objetos, pinturas, obras com muita qualidade, perícia e talento.
Atualmente, arte é um termo relacionado à criação de imagens, sons, objetos, espaços, virtuais ou físicos, que contenham alguma qualidade plástica que se destaque a partir do ponto de vista da sociedade. O reconhecimento dessas qualidades plásticas, em geral, é feito por um crítico ou por alguém cuja opinião seja ouvida pela sociedade. É essa opinião, quando aceita pela sociedade dentro da qual ela foi emitida, e a sua aceitação que irão determinar o que é e o que não é arte, assim como o que é e o que não é obra-prima.
1.2. As transformações da arte no tempo 
Para melhor compreender a enorme quantidade de informações, momentos, tendências e movimentos artísticos recorre-se geralmente a linhas do tempo ou linhas cronológicas, para assim permitir uma visualização sequencial dos diversos períodos que a arte percorreu na história humana. 
Porém, qualquer tentativa de estabelecer uma linha cronológica que organize temporalmente os diversos momentos pelos quais cada civilização constrói seus objetos artísticos, com seus valores socioculturais e técnicas específicas, esbarra na dificuldade de definir datas e conceitos exatos. Além disso, ao longo do tempo, certas classificações temporais que costumavam ser consideradas adequadas podem e vão sendo questionadas e alteradas. 
Um exemplo disso foi o Maneirismo que, tendo ocorrido no século 16, recebeu sua definição teórica na última década do século 19. Por isso, as linhas do tempo devem ser utilizadas dentro de um limite bastante claro: elas contribuem muito para compreender de uma maneira geral as transformações da arte ao longo da história, mas devem ser vistas com cautela quando se resolve estudar mais detalhadamente uma obra de arte, a vida de um artista ou um movimento nas artes plásticas com uma visão de estudioso mais específico.
Portanto, é muito comum que certos movimentos artísticos ocorram contemporaneamente. Também é comum encontrar opiniões de autores que divergem entre si sobre um determinado assunto, data ou conceito. É também importante destacar que existem momentos de indefinição sobre a arte, que são os momentos de transição, em que um momento na arte muito bem definido está sendo substituído por outro, mas que ainda não está claro.
Assim, nesta disciplina privilegiaram-se conceitos e definições mais cristalizadas e geralmente aceitas como corretas sobre a definição de arte e de quais objetos artísticos são realmente importantes. Mas, certamente, com o passar do tempo, essas noções poderão ser alteradas.
 2- A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA ARTE NA ARQUITETURA
A importância do estudo da arte na arquitetura
As teorias no campo da arquitetura alimentam-se direta ou indiretamente de diversos outros campos do saber humano, e entre elas está a esfera do conhecimento produzido pelas teorias artísticas. 
Estas, por sua vez, possuem uma dinâmica mais intensa do que a arquitetura, por razões de sua própria materialidade e forma de produção. 
Por isso é fundamental desenvolver um olhar atento sobre o objeto artístico, suas concepções e teorias, sua forma de produção e investigar como em qualquer período da história, a arquitetura e a cidade (o edifício e os espaços abertos) sofreram influências significativas da produção artísticas. 
Por exemplo, o tratadista renascentista Leon Battista Alberti escreveu os Tratados da pintura, da escultura e o da arquitetura que se chama De re Aedificatoria. Nesse último tratado, o conceito de belo na arquitetura está relacionado com a música.
Uma outra forma de influência e relação é a utilização das formas plásticas de um determinado movimento ou teoria artística aplicando-as diretamente em um projeto arquitetônico. É o exemplo que será apresentado a seguir.
O arquiteto franco-suiço Le Corbusier estava muito ligado ao Purismo, movimento artístico que transformou alguns princípios do Cubismo no início do século 20.
A Vila Stein – também conhecida como Villa Garches, Villa de Monzie, e Villa Stein-de Monzie – é uma residência unifamiliar que foi projetada por Le Corbusier e construída em 1927 em Garches, na França. No seu desenvolvimento o arquiteto utilizou um sistema construtivo que permite que as paredes não façam parte da estrutura (chamado de sistema independente). 
Apesar desse sistema, na época, não ser exatamente uma novidade, a forma de utilização e de criação de espaços com ele era algo ainda a ser explorado. Nesse projeto o arquiteto utiliza a sua experiência pessoal em artes plásticas para criar uma arquitetura diferenciada, combinando esse tipo de estrutura com um conceito de arte. 
Um dos objetivos era o de criar espaços arquitetônicos fluidos e livres, em contraponto ao espaço rígido da arquitetura tradicional e para explorar o sistema independente formado por pilares + lajes planas, necessário para a edificação.
A partir do diagrama explicativo abaixo é possível visualizar como o arquiteto utilizou uma obra de arte, feita por ele mesmo, dentro dos princípios do Purismo para criar ambientes arquitetônicos. 
A expressão plástica do quadro (1) foi utilizada para definir os espaços da residência através da inserção de suas formas livres sobre uma retícula construtiva. A estrutura, composta pelos pilares e pelas lajes, é definida separadamente, e forma uma grade virtual (3). Nela o arquiteto posiciona paredes, escadas, pisos e divisórias, da mesma maneira livre como ele se expressa no quadro (2), resultando em um conjunto arquitetônico que é regular e diferente ao mesmo tempo (4).
 
 
1 – Le Corbusier. Natureza morta com numerosos objetos, 1923. Óleo sobre tela, 114 x 146 cm. Fondation Le Corbusier.
2 – Linhas principais de expressão do quadro anterior
3 – Malha reticulada com distribuição da estrutura (pilares) e organização de espaços com eixos virtuais da Villa Stein.
4 – Planta do primeiro andar da Villa Stein. Aqui está representado apenas este andar, mas os demais são semelhantes, em termos de conceito arquitetônico.
3- O CLASSICISMO NA GRÉCIA E ROMA (SÉCULO 5 A.C. À 6 D.C) E A CRISE DO CLASSICISMO (SÉC 5 D.C À SÉCULO 15)
A arte na Grécia antiga
Foi a partir do século 5 a.C. que se deu o auge da arte grega. Nesse momento tem início a busca da representação do corpo humano de uma maneira mais fil à realidade visível que o compõe. 
Os gregos, amplamente influenciados pelos egípcios, basearam suas representações escultóricas nas observações diretas do corpo a ser representado, e não na reprodução de um conhecimento pronto que dizia como deveria ser essa representação. 
Essa pesquisa constante pela representaçãomais fiel do corpo humano também se estendeu à pintura. A influência da arte egípcia, apesar de ser limitadora, pois se baseava em regras de representação rígidas, deu uma contribuição importante à arte grega no seu auge: no Egito a representação tentava ser a mais detalhada e completa possível, e estimulou o artista grego a continuar explorando a anatomia dos ossos e músculos, e a formar uma imagem convincente da figura humana, inclusive debaixo das roupagens das esculturas. 
A busca da representação do movimento do corpo humano, e não apenas da sua forma, também fez parte da arte grega. Os jogos e exibições esportivas requisitavam estátuas que representassem o mais fielmente possível os chamados “atletas” da época.
Apesar dessa intensa busca pela realidade, havia ainda na arte grega, principalmente na escultura, alguma idealização do corpo humano. Isso significa que, mesmo levando em consideração os aspectos físicos do corpo, as representações deste não eram exatamente fiéis. 
Certas deformações na anatomia eram feitas para tornar a estátua mais interessante à percepção do observador, ou para tornar o corpo representado em pedra com proporções mais equilibradas, buscando atingir um ideal de beleza.
A arte na Roma antiga
A arte do antigo Império Romano do ocidente, foi muito influenciada pela cultura da Grécia antiga e pelos etruscos, estendendo-se do século 8 a.C ao século 5 d.C., difundindo-se por diversas expressões artísticas desde a construção de edifícios públicos, até a pintura afresco, a escultura, entre outras formas de manifestação artística 
Mas foi na arquitetura e na escultura que se pode visualizar com mais nitidez os avanços e influências da arte Romana clássica. 
A escultura da Roma Antiga desenvolveu se em toda a área de influência romana, com seu foco na metrópole, entre os séculos 6 a.C. e 5 d.C. 
Em sua origem derivou da escultura grega, primeiro através da herança etrusca, e logo diretamente com a própria Grécia, durante o período helenista. 
Apesar da reconhecida influência da escultura grega em toda a Roma antiga, hoje se pode afirmar que os artífices romanos não eram meros copiadores. 
Houve importantes contribuições de sua parte para a escultura, principalmente na criação de esculturas feitas especificamente para grandes monumentos públicos, nas quais a capacidade de uma estátua de expressar significados vinculados ao poder de Roma era algo fundamental e conseguido com muita dedicação e talento dos escultores da época. 
E na retratística, com a produção de bustos, rostos, e perfis em relevo de grande qualidade. 
A crise do Classicismo: a relação Oriente e Ocidente na Idade Média (476-1453)
A queda do Império Romano é assinalada pela conquista de Roma no ano de 476 pelos povos germânicos, combinada com a ascensão do cristianismo como religião oficial, a qual se impôs, paulatinamente, sobre as antigas crenças, tanto as romanas como as das tribos germânicas, que passaram a ser tratadas como pagãs. 
Esse processo teve lugar tanto no Ocidente como no Leste europeu. 
Em ambas as regiões, entretanto, permaneceu o desejo de retomar a pujança do antigo Império Romano. 
Assim, enquanto a parte Ocidental do continente assistiu, na Idade Média, à formação do Sacro Império Romano Germânico, na banda oriental conformou-se o denominado Império Romano do Oriente ou Império Bizantino, cuja capital era Bizâncio ou Constantinopla (atual Istambul, na Turquia). 
A queda do Império Bizantino, com a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos em 1453, marca o fim do período medieval. 
Essa época caracterizou-se, no campo artístico, pelo predomínio dos temas da religião cristã, pela busca da representação do sagrado na pintura, na escultura e na arquitetura. 
Porém, a arte cristã medieval pode ser dividida em arte bizantina e arte medieval do Ocidente.
A arte cristã no Império Bizantino
O Império Bizantino manteve-se distanciado das influências dos povos bárbaros germânicos. 
Em Bizâncio e nas áreas sob seu controle, desenvolveu-se uma arte cristã cujo auge ocorreu no século 6, no Império de Justiniano I, e que combinava influências da arte romana, da Grécia antiga e do Oriente Médio. 
A própria localização geográfica de Constantinopla (hoje Istambul na Turquia), na fronteira entre o Oriente e o Ocidente, era favorável a essa confluência artística.
Há que se considerar ainda a constante ingerência do clero cristão do Oriente sobre a arte bizantina, o que contribuía para torná-la profundamente religiosa. 
Ademais, o próprio Imperador do Oriente devia o seu poder ao caráter teocrático do Império Bizantino, motivo pelo qual estimulava a produção de obras de arte, como mosaicos, nos quais era representado, com sua cabeça aureolada, geralmente ladeando a própria Virgem Maria e o Menino Jesus. 
Na arte bizantina, têm destaque a pintura parietal (em paredes), a pintura mural, as iluminuras, a tapeçaria e os mosaicos.
A arte cristã na Europa ocidental medieval
No Ocidente medieval, caracterizado pelo feudalismo, a arte também foi predominantemente cristã. 
O próprio sistema feudal, marcado pela organização política fragmentada em feudos e pela divisão social em oratore (os que oram), belatore (os que guerreiam) e laboratore (os que trabalham, especialmente lavram a terra), era legitimado pela Igreja Cristã, pois essa forma de organização política e social era considerada a expressão da vontade de Deus na Terra, que somente podia ser interpretada e compreendida pelos clérigos. 
Neste sentido, a arte do Ocidente medieval voltava-se em especial para a representação dos desígnios divinos, com imagens do céu e do inferno, de modo a ensinar o caminho da salvação cristã à população, que em sua quase totalidade era analfabeta.
Costumase dividir a trajetória da História da Arte do Ocidente Medieval em três momentos significativos: a arte românica, o Renascimento carolíngio e a arte gótica. 
A arte românica corresponde ao período do auge do feudalismo, sendo, portanto, a expressão artística da sociedade rural feudal acima descrita. 
A arte do Renascimento carolíngio foi aquela produzida durante o Império de Carlos Magno, a partir do ano de 800, em que se buscou a volta a padrões clássicos, apesar do predomínio da orientação religiosa cristã. Finalmente, a arte gótica desenvolveuse na crise do feudalismo, quando floresceram novamente a cultura urbana, as universidades e as ordens monásticas (cistercienses, franciscanos, dominicanos e beneditinos), que contribuíram para a primeira reforma da Igreja cristã, no sentido de sua reaproximação com os valores originais da fé.
 
4- O RETORNO A VALORES CLÁSSICOS: RENASCIMENTO, MANEIRISMO E BARROCO
O Renascimento: a razão e a arte 
A palavra renascença significa nascer de novo ou ressurgir. Para os italianos, e principalmente os artistas florentinos do século 14, a arte que estava sendo produzida era considerada de qualidade porque recuperava aquela do período do Império Romano. 
E foi na cidade de Florença que esse sentimento se manifestou de modo mais intenso. Foi também nesse momento que um grupo de artistas se dispôs deliberadamente a criar uma nova arte e a romper com as idéias do passado recente, tendo como líder Filippo Brunelleschi, que ficou encarregado da conclusão da cúpula da catedral de Florença. Sua proposta era que as formas da arquitetura clássica (colunas, frontões, proporções, etc.) fossem livremente usadas para criar novos modos de harmonia e beleza. 
Para os grandes mestres da Renascença, os novos recursos e descobertas da arte nunca foram um fim em si. Sempre os utilizaram com o propósito de aproximar ainda mais do nosso espírito o significado de seus temas.
É desse período a invenção de uma forma de representação que dominou durante alguns séculos a criação de imagens que reproduzem o mundo real: a perspectiva. 
Atribui-se a Filippo Brunelleschi a sua invenção, e apesar do surgimento de outras formas de representação, a perspectiva é usada até hoje, inclusive no mundo virtual da informática.
A perspectiva, com seu método de representação quasecientífico, e de certa forma, matemático, também se inseria na visão dos mestres florentinos do século 15 que se voltaram para o uso da racionalidade como forma de explicar o mundo. 
A perspectiva, associada aos conhecimentos que esses artistas possuíam sobre a anatomia humana, proveniente de seus estudos em cadáveres, geravam imagens com uma exatidão que impressionava a todos os observadores da época.
Enquanto na Itália, os florentinos buscavam a exatidão da representação através da perspectiva com ponto de fuga (perspectiva cônica) e com um profundo conhecimento da anatomia humana, no norte da Europa, Jan van Eyck, um artista flamenco, da região onde hoje se encontram os Países Baixos, buscava essa mesma exatidão, porém de outra maneira. 
A solução por ele adotada foi materializar a ilusão do mundo real através da cuidadosa e paciente composição de uma imagem pela somatória de detalhes precisos, reproduzindo, da maneira mais completa possível, o que os olhos viam no universo real. Apesar de van Eyck também se utilizar de uma característica da perspectiva, a de criar a ilusão de profundidade através da redução do tamanho dos objetos em um quadro à medida que se afastam do plano do observador, os detalhes é que convencem o espectador de que aquelas imagens são um espelho do mundo real. 
Para conseguir a exatidão da representação de imagens ele aperfeiçoou significativamente sua capacidade de pintar, inventando a pintura a óleo, que permite uma riqueza de detalhes muito rica.
Uma das principais contribuições dos artistas, tanto na Itália (sul da Europa) quanto em Flandres (norte da Europa), foi a demonstração de que a arte pudesse ser usada não só para contar a história sagrada de uma forma comovente, e que era uma das principais preocupações da Igreja Católica, mas para refletir também um fragmento do mundo real. 
Nesse ambiente, os artistas passaram a organizar-se em corporações, bastante fechadas, e que correspondiam aos sindicatos de hoje. A transmissão do conhecimento também era restrita: não havia escolas, e os interessados em aprender algo tinham que começar bem cedo, como jovem aprendiz de algum mestre habilitado. 
É nesse ambiente, no século 16, que se formaram algumas gerações de artistas e arquitetos mais importantes da Itália e que se tornariam referência para o mundo ocidental nos séculos seguintes, criando algumas das obras mais significativas da arte na Europa. Mas, ao contrário de outros períodos na história da arte, os artistas que hoje reconhecemos como grandes mestres já eram reconhecidos como tal naquela época. 
Nesse período o artista era tratado como indivíduo criativo, autor único de talento incomparável, quando reconhecido como tal por seus pares. A ideia do artista, e também do arquiteto, como seu criador, único ou principal, responsável pelas qualidades de sua obra, se consolida nessa época. 
É daí que provêm nomes da península itálica como Leonardo da Vinci, Rafael, Miguelângelo, Fra Angelico e Ticiano, e do norte da Europa, Albrecht Dürer e Hans Holbein e também de vários outros mestres famosos. Não é por acaso que durante a Renascença o artista consolida-se como mestre dotado de autonomia, não podendo alcançar fama e glória sem explorar os mistérios da natureza e sondar as leis secretas do universo. 
Para isso os artistas, principalmente depois de Alberti, deveriam ser completos: intelectuais, músicos, estudiosos da natureza em seus vários aspectos, letrados, filósofos. Essa situação é muito diferente do que acontecia antes, como já foi dito na apresentação deste texto. Até então o artista se confundia com o artesão, profissional que produzia desde objetos do cotidiano, como sapatos e roupas até pinturas e grandes esculturas, mediante encomendas específicas. A ascensão dos grandes mestres, em face de um preconceito que existia contra pintores e escultores, se deve em parte à necessidade que os nobres e ricos mercadores, desejosos de ascender socialmente, tinham de construir belos edifícios, fazer túmulos suntuosos, ou oferecer uma pintura para o altar-mor de alguma igreja famosa.
Foi na arquitetura que essa mudança ocorreu de forma mais acentuada. Os mestres eruditos do século 15, conhecedores do passado clássico através dos escritos de Vitrúvio (construtor e escritos que viveu no império romano), buscavam realizar obras usando como referência a arquitetura de Roma e da Grécia antigas. 
O arquiteto renascentista buscava projetar e construir um edifício em que pudesse aplicar todo o seu conhecimento de proporção, simetria e regularidade, características daquela arquitetura. Donato Bramante tem essa oportunidade e realiza o Tempietto (pequeno templo) no início do século 16. Essa escolha também estava carregada do desejo de utilizar a razão, incrustada na matemática e na geometria, para criar formas perfeitas, segundo aqueles construtores.
Leonardo da Vinci (1452-1519) foi aprendiz em uma importante oficina de Florença, e destacou-se como uma das mais capazes e ricas personalidades de todos os tempos. Estudou, ampliou os conhecimentos, criou e imaginou artefatos que somente viriam a se tornar realidade séculos depois. 
Atuou nas áreas de medicina, anatomia, engenharia militar, ótica, arquitetura, pintura, geometria, entre outros campos. Em uma das suas mais conhecidas obras, a “Monalisa”, Leonardo consegue superar os mestres anteriores, usando uma técnica de pintura denominada de “sfumato”, a qual possibilitou criar uma ilusão de vivacidade nunca antes conseguida na pintura de uma figura humana.
 
O Maneirismo: clássico e anticlássico
Outro grande florentino cuja obra tornou tão famosa a arte italiana do século 16, foi Miguelangelo Buonarrotti (1475-1564). Em sua longa vida, foi testemunha de uma completa mudança na posição do artista dentro da sociedade. A sua capacidade de representar o corpo humano em qualquer posição ficou logo conhecida, e nisso superou todos os antigos mestres. 
Essa habilidade foi desenvolvida a partir do estudo da anatomia humana feita diretamente em cadáveres, como Leonardo da Vinci e outros artistas já haviam feito.
Em uma de suas obras, a pintura do teto da Capela Sistina, é que se pode admirar toda a habilidade e imaginação de Michelangelo, em manipular a anatomia do corpo humano. Até hoje aquelas imagens nos seduzem e são reproduzidas pelo mundo inteiro, resultado de um árduo trabalho de 4 anos de extrema dedicação.
Porém, Michelangelo não pode ser considerado um artista exclusivamente renascentista. Apesar de seu trabalho estar carregado de premissas semelhantes às de outros artistas da época, que acreditavam na razão como meio de intervir, conhecer o mundo e criar obras perfeitas, Michelangelo não se limitou a esse ideal.
 A partir de suas obras arquitetônicas (o vestíbulo com a escada da Biblioteca Laurenciana), urbanas (Piazza del Campidoglio, ou Praça do Capitólio, Roma, Itália, feita entre 1536 e 1546) e até mesmo da pintura (o teto da Capela Sistina), ele começa a criar uma posição anticlássica, que começa a se contrapor a uma certa rigidez clássica característica de obras de outros artistas mais antigas. 
Essa situação anticlássica pode ser percebida nas suas obras através de um elo em comum entre elas: a utilização de formas clássicas de uma maneira diferente, sem uma organização exclusivamente lógica e geométrica, buscando criar composições plásticas inovadoras através de novas maneiras de criar espaços, esculturas, pinturas, representações humanas, e até mesmo espaços urbanos.
Essa posição de Michelangelo deu origem ao período chamado de Maneirismo, o que significa “à maneira de”, ou seja, de acordo com a vontade do artista. 
Tem início um momento na história da arte européia – que se contraporia ao Renascimento, de caráter clássico – que privilegiou os desejos pessoais e o talento individual dos artistas e arquitetos em criar arte segundo seus princípios pessoais, ao contrário de perseguir regras matemáticas, geométricas, ou, como já foi dito clássicas. 
O momento anticlássico começa e se manifestará de forma mais intensa no momentoseguinte, o Barroco, e ficará a serviço dos interesses de uma das mais fortes instituições que havia na Europa naquele momento, a Igreja católica.
 
O Barroco: a invenção do movimento
O momento, na história da arte, que sucede ao Renascimento e Maneirismo, é chamado de Barroco, e originalmente esse nome fora dado àquelas obras como um meio de caracterizá-las como obras grosseiras, absurdas, ou seja, com um sentido pejorativo. 
Esse nome fora atribuído à arquitetura e às obras de arte produzidas durante o século 17, por homens que insistiam em que as formas das construções clássicas jamais deveriam ser usadas ou combinadas senão da maneira adotada na Antiguidade por gregos e romanos. 
Esse rigor na utilização e na reprodução de formas provenientes da Grécia e da Roma antigas foi o critério utilizado por esses críticos para denominar as obras de arte de sua época, que não seguiam esses cânones clássicos, de “barroco” (era um termo comumente usados para denominar uma pérola imperfeita, com deformações). 
O que os arquitetos e artistas barrocos faziam era, aos olhos de seus críticos, modificar as regras clássicas e organizar suas obras segundo uma lógica e um raciocínio próprios, reinventando a maneira de usar as formas clássicas e até mesmo criando novas formas.
Já no maneirismo, na igreja Il Gesù, de Giacomo della Porta (1538? – 1602) acontece isso: o uso das formas clássicas (frontões, colunas, capitéis) foi feito de uma maneira que não existia no passado. Além disso, della Porta empregou formas, como a voluta, posicionada na parte superior da fachada, que sequer existiam no passado clássico. 
No entanto é preciso ressaltar que essas formas aparentemente anti-clássicas não são meros caprichos, e estão, na verdade, a serviço da “composição formal” do edifício, e de uma organização melhor da estrutura da edificação. Isso significa que esses artistas e arquitetos não faziam essas invenções e modificações de uma referência clássica por mero capricho. 
Eles reconheceram e exploraram a capacidade de invenção que se transformaria mais tarde, com as devidas diferenças conceituais, em uma das buscas mais intensas nas artes plásticas e na arquitetura a partir do início do século 20: a obsessão da novidade. 
Na pintura, assim como na arquitetura, também os artistas tiveram que recorrer a novos métodos de trabalho e que se aprofundaram no século 17: a ênfase sobre a luz e a cor; o desprezo pelo equilíbrio simples, e a preferência por composições mais complicadas. 
Começa também no século 16 uma prática, dentro da sociedade, que não havia anteriormente. Inicia-se a prática do debate sobre a arte e os seus “movimentos”, inclusive sobre questões de hierarquia (qual obra era a melhor dentre outras).
 
5- A ARTE NA ERA DAS REVOLUÇÕES E O PAPEL DO ARTISTA E A MODERNIDADE 
A arte na era das Revoluções
O período compreendido entre os anos de 1776 e 1848 foi marcado, tanto na Europa como na América, por importantes movimentos que conduziram à transformação da sociedade ocidental. 
Esses movimentos foram: a Primeira Revolução Industrial, ocorrida inicialmente na Inglaterra a partir de 1750, e que modificou o modo de produção econômico e as próprias relações sociais na Europa; a Revolução Americana (1776), de que resultaram a independência dos Estados Unidos e o início da derrocada do Antigo Sistema Colonial no continente americano; a Revolução Francesa (1789), que pôs fim ao sistema feudal na França e as diversas revoluções que eclodiram em diferentes regiões da Europa no ano 1848, com base em ideais como o liberalismo, o socialismo e o nacionalismo, princípios novos que conduziram à derrubada, em toda a Europa, das relações políticas, econômicas e sociais que predominavam no continente desde a Idade Média. 
A produção artística desse período de intensas transformações também sofreu modificações importantes, como será observado a seguir.
A laicização da arte e a Revolução Francesa 
A revolução francesa constituiu um dos mais importantes momentos da História da civilização ocidental, e foi responsável pelo estabelecimento dos princípios humanistas da igualdade, da liberdade e da fraternidade, que se contrapunham ao sistema de privilégios do Antigo Regime. 
Fundada nos ideais da racionalidade iluminista, a Revolução Francesa abriu as portas para uma nova forma de arte, que não mais expressaria a vontade divina, mas os anseios, dramas e práticas cotidianas dos próprios seres humanos. 
Foi neste sentido que a arte ocidental caminhou, a partir de então, na direção de sua constante laicização: os temas bíblicos foram substituídos, na pintura e na escultura, por temas mitológicos e do cotidiano burguês. 
Ademais, os artistas passaram a servir não mais à Igreja, doravante decadente como centro de irradiação do poder político, mas aos novos líderes políticos, em especial Napoleão Bonaparte, tornado Imperador francês em 1799, e que pretendeu estender a toda a Europa os ideais da Revolução Francesa e suplantar a sua principal rival, a Inglaterra, no campo econômico, como principal fornecedora de produtos industrializados para o velho continente e para o Novo Mundo.
Em diferentes obras, a representação de temas da mitologia Greco-romana servia ao propósito de simbolização do caráter eterno do poder, encarnado na figura de Napoleão. Particularmente, no que se refere à pintura, predominava o denominado academicismo, pois os artistas seguiam modelos e regras que eram aprendidas nas Escolas de Belas Artes. 
Entre os pintores do período, cabe destacar a atuação de Jacques-Louis David, artista oficial do Império napoleônico, cujas obras representam momentos históricos, cenas mitológicas, paisagens, além de retratos e nus, em geral carregados de realismo e emoção.
A arte e a Revolução Industrial
 
Realismo
A pintura Realista desenvolveu-se principalmente na França, na segunda metade do século 19, paralelamente ao contínuo processo de transformação promovido, sobretudo nas cidades, pela Revolução Industrial. 
O Realismo consistiu numa nova estética, a qual se fundava no propósito de aplicar, no campo artístico, o mesmo rigor de interpretação e domínio da natureza conquistado no campo científico. 
Neste sentido, preconizava o abandono, na arte, da subjetividade e da emoção, caracterizando-se pela busca da objetividade, de modo racional.
Principais características da arte realista:
·A pintura apresenta cunho cientificista, pois visa representar o real com o mesmo grau de objetividade com que os cientistas analisam fenômenos naturais. A pintura realista apresentava, portanto, caráter documental.
·Os artistas realistas não idealizam a natureza, nem buscam melhorá-la ao representá-la em suas obras. O belo está na própria realidade do modo como ela é, cumprindo apenas ao artista reproduzi-la em sua verdade.
·As pinturas são marcadas pela sua sobriedade e pela minuciosidade da representação, revelando os aspectos próprios da realidade.
Em decorrência da ênfase na objetividade e na minúcia, as obras de arte realistas caracterizam-se por expressar o mais fielmente possível a realidade em detalhes, adquirindo um caráter descritivo.
No Realismo, a obra de arte constitui veículo de denúncia das injustiças sociais, protestando, de forma politizada, em favor dos oprimidos e desfavorecidos, revelando a desigualdade existente entre a pobreza do proletariado e a riqueza dos burgueses. 
Alçados a heróis da sociedade industrial, os operários e miseráveis constituem temas privilegiados das pinturas realistas, em substituição aos heróis idealizados da pintura da época do Romantismo.
Além da obra pictórica de Courbet e Millet, cabe fazer referência, no Realismo, à produção do escultor Auguste Rodin, que se afastou dos princípios idealistas e procurou criar estátuas que representavam a realidade do modo como ela é, dando preferência a temáticas contemporâneas e à busca de registrar, em bronze, o momento específico de uma atitude, como na sua obra O Beijo.
Naturalismo
A partir de 1830 surge uma nova forma de representação da realidade a partir das inovaçõesque a máquina permitia: a fotografia. 
Os artistas perceberam o limite das possibilidades da arte na mimese do real. Abandonando um pouco as questões ideológicas (crítica social) do Realismo, os artistas naturalistas empreenderam uma caminhada na busca da reprodução fiel das paisagens urbanas ou não, sem o caráter idealizado do Realismo. 
Sua prática ocorria ao ar livre, característica adotada posteriormente também pelos impressionistas para garantir o contato direto com o real. Entre os principais artistas estão Theodore Rousseau (1812-1867) e Camille Corot (1796-1875).
Romantismo
No Romantismo os artistas afastam-se da representação do real. O seu interesse era o de representar valores sociais simbolizados nas próprias pinturas por figuras humanas, seus trajes e seus gestos e mesmo os objetos que portavam.
A pintura adquire um caráter eminentemente retórico tornando-se um discurso sobre o real, representando as mudanças sociais e políticas decorrentes da ascensão da burguesia ao poder. Por esse motivo, as cenas do cotidiano, do povo e seus costumes são os preferidos pelos artistas.
Um dos artistas mais representativos desse período foi Eugène Delacroix (1798-1863) autor do primeiro quadro político da história da arte, A Liberdade guiando o povo (1830). A ideia de liberdade estava impregnada de valores nacionalistas e de independência da pátria.
6- A ARTE NA ERA DA MÁQUINA E AS NOVAS FORMAS DE REPRESENTAÇÃO NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO 19 
A síntese da forma na obra pictórica de Paul Cézanne
Um dos mais importantes artistas do Ocidente, e que influenciou muitas gerações de pintores, nas quais se incluem Pablo Picasso e Georges Braque, foi o francês Paul Cézanne (1839-1906). 
Ele não considerava que a arte tivesse como papel a fiel representação da realidade, nem o mero registro das impressões decorrentes dos sentidos, mas antes, a busca da interpretação do real. Noutros termos, segundo Cézanne, o artista não reproduz, mas interpreta a realidade. 
Tendo iniciado a sua carreira com obras de cunho sensual, como A Orgia, Cézanne destacou-se sobretudo, na História da Arte, pelo rigor técnico com que buscou a geometrização em suas pinturas, empregando com maior constância formas cilíndricas, esféricas e cônicas, tornando-se um precursor do Cubismo.
 
A busca da ruptura com os padrões clássicos: pintura, design e arquitetura
A introdução da máquina como elemento fundamental do ciclo produtivo propiciou em meados do século 19 um debate exaustivo sobre a relação entre artesanato versus indústria e por conseguinte entre arte versus artesanato. 
Na Primeira Exposição Universal de 1851 realizada no Palácio de Cristal em Londres ficara patente a necessidade de adequar as formas dos objetos produzidos artesanalmente pelo homem aos novos tempos, agora os da máquina. 
Formou-se então na Inglaterra um movimento denominado Arts and Crafts liderado por artistas como William Morris (1834-1896) e John Ruskin (1819-1900) que rejeitavam a forma de produção industrial. Defendiam o artesanato e buscavam nas corporações e guildas da Idade Média uma saída plausível para a organização da produção nos novos tempos. Mais no final do século 19, no entanto, surge na Europa um movimento antagônico ao Arts and Crafts nos seus objetivos. 
Com diversas denominações, a Arte Nova, ou Art Nouveau pretendia avançar a questão da produção em série a partir dos novos materiais: o ferro e o vidro. Por isso, era necessário buscar novas formas, que rompessem com o clássico, já que produzir nesses padrões implicava no artesanato. 
No entanto, as formas e as referências utilizadas pela Arte Nova para romper com o clássico tinham forte influência da pintura oriental, com utilização de formas da natureza, portanto linhas curvas e com temas florais. Nesse sentido, a tentativa viu-se frustrada para alcançar rapidamente uma solução para a produção em série dos objetos, acessórios da construção e da própria edificação. 
Rapidamente os arquitetos e artistas perceberam que as formas da Arte Nova não implementariam a produção racional e industrial. 
O trabalho manual continuava a ser necessário para obter os resultados formais pretendidos.
Já na primeira década do século 20, mais precisamente em 1907, na Alemanha é fundada a Werkbund, uma sociedade de artesãos e artistas com o objetivo de relacionar a arte e a indústria através do ensino e da propaganda. Diferentemente do movimento inglês Arts and Crafts, a Werkbund concilia a máquina na produção artística de forma e abrir terreno seguro para que Walter Gropius (1883-1969), em 1919 fundasse em Weimar, também na Alemanha, a primeira e mais importante escola de arte, design, arquitetura e urbanismo, a Bauhaus (1919-1933).
 
Pontilhismo
O Pontilhismo foi uma iniciativa tomada por alguns artistas europeus no final do século 19, e que se baseava em uma propriedade do olho e do cérebro humano de reunir certos elementos visuais – neste caso um conjunto de milhares de pontos coloridos – e a partir deles construir imagens.
 
Impressionismo
A pintura denominada Impressionista desenvolveu-se na Europa no século 19. Essa denominação tem a sua origem em uma famosa tela, de autoria de Claude Monet, intitulada Impressão, nascer do Sol, de 1872. 
Os artistas vinculados a esse movimento desprenderam-se da preferência por temas da mitologia greco-romana e puseram de lado a preocupação com a reprodução fiel (mimese) da realidade. 
Conferiam maior relevância aos próprios quadros, considerados importantes em si mesmos como obras de arte. O seu interesse central era a exploração dos efeitos de movimento e de luminosidade, obtidos a partir de pinceladas soltas, sem traço de desenho. 
Em geral, os impressionistas pintavam em meio à natureza e nos espaços abertos das cidades, visando observar melhor as variações decorrentes das mudanças da luz incidindo sobre pessoas e objetos durante o dia e à noite.
Características gerais da pintura impressionista:
·   Considerando que a luz solar é a fonte de todas as cores, os artistas buscam mostrar as variações de tonalidade decorrentes das mudanças no modo como objetos e pessoas são iluminados ao longo do dia;
·   Os artistas procuram capturar o instante em que observam a realidade, e, para tanto, empregam, inclusive, a fotografia;
·    O traço do desenho que conferia nitidez de contorno às imagens, não é empregado, mas apenas largas pinceladas, que geram manchas, as quais criam a “impressão” de representarem objetos e pessoas;
·    Os artistas também representam sombras, porém estas são também coloridas e plenas de luminosidade, visando reproduzir o efeito que as mesmas causam às vezes quando vistas a olho nu;
·    Ruptura com o academicismo, por exemplo, no abandono do claro-escuro, substituído pelo uso de cores complementares para a obtenção do efeito de luz e sombra;
·    Os artistas não misturam tintas em suas paletas. Utilizam apenas cores puras, sendo o próprio observador quem, por meio do olhar, realiza a combinação das mesmas.
 
Fauvismo
O Fauvismo (também chamado de fovismo) nasceu em 1905, em Paris, a partir da exposição no Salão de Outono. Naquela ocasião, certos artistas expuseram obras em que empregavam as cores puras de forma muito intensa, e, por esse motivo, passaram a ser denominados Fauves (feras, em português).
Principais características do fauvismo
·      A obra de arte não é um produto intelectual nem um produto da sensibilidade. No ato de criação, o pintor deve seguir os impulsos instintivos, os seus sentimentos primários.
·    Na pintura, deve-se exaltar as cores puras. Tanto as linhas do desenho como o colorido das tintas devem surgir de modo impulsivo, expressando em sua maior pureza as sensações do artista.
·   A obra de arte deve ser marcada por pinceladas abruptas, arrematadas em um colorido intenso de grandes manchas de cores puras.
Na pintura fauvista não há preocupação com o realismo da representação. Não interessam formas ou figuras, técnicas de desenho e a própria perspectiva são abandonadas em favor do tratamento exclusivo da cor.
Os mais importantesrepresentantes do Fauvismo foram os franceses Maurice de Vlaminck (1876-1958), André Derain (1880-1954), Raoul Dufy (1877-1953) e Henri Matisse (1869-1954). Este último, ao contrário dos demais, transitou gradativamente, em sua obra, para uma composição equilibrada entre colorido e desenho em pinturas nas quais a profundidade está ausente.
 7- OS MOVIMENTOS TRANSFORMADORES DA ARTE: “OS ISMOS”
A síntese da forma na obra pictórica de Paul Cézanne
Um dos mais importantes artistas do Ocidente, e que influenciou muitas gerações de pintores, nas quais se incluem Pablo Picasso e Georges Braque, foi o francês Paul Cézanne (1839-1906). 
Ele não considerava que a arte tivesse como papel a fiel representação da realidade, nem o mero registro das impressões decorrentes dos sentidos, mas antes, a busca da interpretação do real. 
Noutros termos, segundo Cézanne, o artista não reproduz, mas interpreta a realidade. Tendo iniciado a sua carreira com obras de cunho sensual, como A Orgia, Cézanne destacou-se sobretudo, na História da Arte, pelo rigor técnico com que buscou a geometrização em suas pinturas, empregando com maior constância formas cilíndricas, esféricas e cônicas, tornando-se um precursor do Cubismo.
 
A busca da ruptura com os padrões clássicos: pintura, design e arquitetura
A introdução da máquina como elemento fundamental do ciclo produtivo propiciou em meados do século 19 um debate exaustivo sobre a relação entre artesanato versus indústria e por conseguinte entre arte versus artesanato. 
Na Primeira Exposição Universal de 1851 realizada no Palácio de Cristal em Londres ficara patente a necessidade de adequar as formas dos objetos produzidos artesanalmente pelo homem aos novos tempos, agora os da máquina. 
Formou-se então na Inglaterra um movimento denominado Arts and Crafts liderado por artistas como William Morris (1834-1896) e John Ruskin (1819-1900) que rejeitavam a forma de produção industrial. Defendiam o artesanato e buscavam nas corporações e guildas da Idade Média uma saída plausível para a organização da produção nos novos tempos. 
Mais no final do século 19, no entanto, surge na Europa um movimento antagônico ao Arts and Crafts nos seus objetivos. 
Com diversas denominações, a Arte Nova, ou Art Nouveau pretendia avançar a questão da produção em série a partir dos novos materiais: o ferro e o vidro. Por isso, era necessário buscar novas formas, que rompessem com o clássico, já que produzir nesses padrões implicava no artesanato. 
No entanto, as formas e as referências utilizadas pela Arte Nova para romper com o clássico tinham forte influência da pintura oriental, com utilização de formas da natureza, portanto linhas curvas e com temas florais. 
Nesse sentido, a tentativa viu-se frustrada para alcançar rapidamente uma solução para a produção em série dos objetos, acessórios da construção e da própria edificação. Rapidamente os arquitetos e artistas perceberam que as formas da Arte Nova não implementariam a produção racional e industrial. 
O trabalho manual continuava a ser necessário para obter os resultados formais pretendidos.
Já na primeira década do século 20, mais precisamente em 1907, na Alemanha é fundada a Werkbund, uma sociedade de artesãos e artistas com o objetivo de relacionar a arte e a indústria através do ensino e da propaganda. 
Diferentemente do movimento inglês Arts and Crafts, a Werkbund concilia a máquina na produção artística de forma e abrir terreno seguro para que Walter Gropius (1883-1969), em 1919 fundasse em Weimar, também na Alemanha, a primeira e mais importante escola de arte, design, arquitetura e urbanismo, a Bauhaus (1919-1933).
 
Pontilhismo
O Pontilhismo foi uma iniciativa tomada por alguns artistas europeus no final do século 19, e que se baseava em uma propriedade do olho e do cérebro humano de reunir certos elementos visuais – neste caso um conjunto de milhares de pontos coloridos – e a partir deles construir imagens.
 
Impressionismo
A pintura denominada Impressionista desenvolveu-se na Europa no século 19. Essa denominação tem a sua origem em uma famosa tela, de autoria de Claude Monet, intitulada Impressão, nascer do Sol, de 1872. 
Os artistas vinculados a esse movimento desprenderam-se da preferência por temas da mitologia greco-romana e puseram de lado a preocupação com a reprodução fiel (mimese) da realidade. Conferiam maior relevância aos próprios quadros, considerados importantes em si mesmos como obras de arte. 
O seu interesse central era a exploração dos efeitos de movimento e de luminosidade, obtidos a partir de pinceladas soltas, sem traço de desenho.
Em geral, os impressionistas pintavam em meio à natureza e nos espaços abertos das cidades, visando observar melhor as variações decorrentes das mudanças da luz incidindo sobre pessoas e objetos durante o dia e à noite. 
Características gerais da pintura impressionista:
·    Considerando que a luz solar é a fonte de todas as cores, os artistas buscam mostrar as variações de tonalidade decorrentes das mudanças no modo como objetos e pessoas são iluminados ao longo do dia;
·   Os artistas procuram capturar o instante em que observam a realidade, e, para tanto, empregam, inclusive, a fotografia;
·    O traço do desenho que conferia nitidez de contorno às imagens, não é empregado, mas apenas largas pinceladas, que geram manchas, as quais criam a “impressão” de representarem objetos e pessoas;
·   Os artistas também representam sombras, porém estas são também coloridas e plenas de luminosidade, visando reproduzir o efeito que as mesmas causam às vezes quando vistas a olho nu;
·   Ruptura com o academicismo, por exemplo, no abandono do claro-escuro, substituído pelo uso de cores complementares para a obtenção do efeito de luz e sombra;
·   Os artistas não misturam tintas em suas paletas. Utilizam apenas cores puras, sendo o próprio observador quem, por meio do olhar, realiza a combinação das mesmas.
Fauvismo
O Fauvismo (também chamado de fovismo) nasceu em 1905, em Paris, a partir da exposição no Salão de Outono. Naquela ocasião, certos artistas expuseram obras em que empregavam as cores puras de forma muito intensa, e, por esse motivo, passaram a ser denominados Fauves (feras, em português). 
Principais características do fauvismo
·   A obra de arte não é um produto intelectual nem um produto da sensibilidade. No ato de criação, o pintor deve seguir os impulsos instintivos, os seus sentimentos primários.
· Na pintura, deve-se exaltar as cores puras. Tanto as linhas do desenho como o colorido das tintas devem surgir de modo impulsivo, expressando em sua maior pureza as sensações do artista.
·   A obra de arte deve ser marcada por pinceladas abruptas, arrematadas em um colorido intenso de grandes manchas de cores puras.
Na pintura fauvista não há preocupação com o realismo da representação. Não interessam formas ou figuras, técnicas de desenho e a própria perspectiva são abandonadas em favor do tratamento exclusivo da cor.
Os mais importantes representantes do Fauvismo foram os franceses Maurice de Vlaminck (1876-1958), André Derain (1880-1954), Raoul Dufy (1877-1953) e Henri Matisse (1869-1954). 
Este último, ao contrário dos demais, transitou gradativamente, em sua obra, para uma composição equilibrada entre colorido e desenho em pinturas nas quais a profundidade está ausente.
8- AS REALIZAÇÕES DA ARTE PÓS VANGUARDA E A PÓS MODERNIDADE E AS PERSPECTIVAS DA ARTE NO SÉCULO 21
O papel do artista e a crise da modernidade
O denominado Expressionismo Abstrato ou Action Painting constituiu um movimento artístico de grande originalidade e forte repercussão que modificou a cena artística norte-americana no final dos anos de 1940. 
Suas principais características eram o emprego de largas massas coloridas, com o predomínio de manchas e não de traços. 
Ao contrário do Expressionismo europeu, diretamente envolvido em debates ideológicos, os expressionistas norte-americanos excluíam totalmente os temas políticos e sociais de suas obras, privilegiando questões existencialistas como a miséria humana, buscandoexpressar emoções de forma intensa e espontânea. Para tanto, destruíram os meios tradicionais de pintura, pintando diretamente no chão, na parede, por vezes sem uso de pincéis. 
Efetivamente, Jackson Pollock (1912-1956), maior nome do Action Painting, aplicava jatos de tinta sobre a superfície de telas deitadas no chão, portanto, sem emprego de cavalete. 
Por vezes, apenas derramava a tinta sobre a tela. Por meio dessa ação, Pollock cobria totalmente a tela e eliminava qualquer possibilidade de percepção figurativa ou de perspectiva por parte do espectador. 
Desse modo, criava obras de arte cheias de instintividade e emoção. Nessa proposta de arte não há a relação tradicional de figura e fundo, e o quadro é apenas um suporte para a pintura. Ele não mais delimita uma visão do mundo real.
Diferentemente de Pollock, Willem De Kooning (1904-1997), igualmente representante do expressionismo abstrato norte-americano, não se distanciou totalmente do figurativismo. 
Adepto do abstracionismo empregava pinceladas fortes, violentas, frenéticas em seus quadros, produzindo composições diferenciadas e muito coloridas, mas nas quais se reconhecem objetos e seres. Privilegiou em seus trabalhos as figuras femininas, sendo que a sua obra mais famosa é a série Mulheres, produzida no início da década de 1950.
A Pop-art
A Pop Art constituiu um movimento artístico que teve lugar predominantemente nos Estados Unidos e na Inglaterra, entre a segunda metade dos anos de 1950 e 1960. Bebendo em fontes como o Dadaísmo, a Pop Art contribuiu também para revolucionar o próprio conceito de obra de arte, uma vez que incluía em seus temas objetos tipicamente comerciais e de consumo de massa, contrariando a máxima de que a arte é alheia aos interesses do mercado. 
Sobretudo, os artistas representativos desse movimento incorporaram ao seu repertório objetos emblemáticos da indústria cultural e do universo da propaganda, como a Coca-Cola e as imagens de artistas populares como Marilyn Monroe. 
Devido a essa mesma motivação, as principais fontes de inspiração dos representantes da Pop Art eram os programas de televisão, as revistas em quadrinhos, o cinema e a publicidade. 
De certo modo, por incluir imagens plenamente identificáveis de pessoas e objetos, a Pop Art marcou também um retorno ao figurativismo, contrapondo-se ao Expressionismo, dominante desde o fim da Segunda Grande Guerra (1939-1945).
Entre as principais consequências do movimento da Pop Art, cabe destacar a elevação à categoria de arte de objetos que antes eram considerados vulgares, dado o seu caráter eminentemente de produtos comerciais. 
Dos principais artistas da Pop Art, cumpre destacar os seguintes:
a) Robert Rauschenberg (1925-2008), que empregava materiais diversos, como folhas de jornal, garrafas e outros objetos industrializados, bem como fotografias, em combinação com tintas e silk-screen, representando temas da indústria cultural e da contemporaneidade nos Estrados Unidos;
b) Roy Lichtenstein (1923-1997), que tinha grande apreço pelas histórias em quadrinhos. Pintou sobretudo quadros a óleo e tinta acrílica, empregando uma técnica muito própria de pontilhismo, marcada pelo forte colorido e luminosidade, sempre delimitado por um traço negro. Os temas de seus quadros, muitos dos quais remetem a uma espécie de imagem congelada de uma sequência de quadrinhos, não estão, porém, vinculados explicitamente a nenhum enredo, que cabe ao espectador imaginar.
c) Andy Warhol (1927-1987), que foi o mais renomado representante da Pop Art. Tornou-se internacionalmente conhecido por suas séries de retratos de ícones da música e do cinema, como, por exemplo, Marilyn Monroe e Elvis Presley. Warhol empregou em suas obras sobretudo a técnica da serigrafia, representado, além dos ídolos pop, objetos de consumo de massa, como garrafas de Coca-Cola, latas de sopa, carros e cédulas de dinheiro.
 
A Op Art
A Op Art ou Optical Art, foi um movimento artístico caracterizado pelo emprego de formas geométricas que induzem o olhar do espectador a uma espécie de ilusão de ótica, gerando sensações de movimento, de tridimensionalidade, de vibração e de mudança de sentido. 
A Op Art parece querer significar a permanente mudança a que está submetido o mundo contemporâneo, seu caráter sempre passageiro, mesmo fugaz. Característicos desse movimento são, por exemplo, os móbiles do artista Alexander Calder (1898-1976). 
Trata-se de uma arte de construção bastante rigorosa, quase científica, dado o seu caráter sistemático.
Os mais importantes artistas da Op Art são Alexander Calder, criador dos móbiles, iniciados com a materialização de quadros de Mondrian, e Victor Vasarely (1908-1997), criador de composições geométricas de alta complexidade, coloridas ou não, e que provocam diferentes sensações no espectador.  
A pós-modernidade e as perspectivas da arte no século 21
Minimalismo
 O Minimalismo constituiu um movimento artístico iniciado no decênio de 1960, nos Estados Unidos, cujos representantes buscavam expressar-se através dos recursos aos elementos fundamentais – mínimos – das artes visuais. 
Nas artes plásticas, os minimalistas opuseram-se ao expressionismo abstrato norte-americano. Efetivamente, julgavam a action painting extremamente personalista e carente de substância. 
Para os minimalistas, caberia à arte expressar apenas a si própria, e não a qualquer elemento extra-artístico, não-visual. 
Por esse motivo, pode-se considerar a minimal art como o ponto culminante do reducionismo nas artes plásticas, tendência que vinha se manifestando em diferentes campos artísticos no transcorrer do século 20.
Características principais do Minimalismo:
a) Rejeição tanto da objetividade como da subjetividade e do figurativismo na produção artística;
b) Reducionismo formal das obras de arte, em busca de sua expressão mais pura possível, tanto na bidimensionalidade como na tridimensionalidade;
c) Emprego sobretudo de formas geométricas simples, como cubos, paralelepípedos, cilindros etc. de modo repetitivo, para conferir ritmo às obras de arte;
d)A pintura minimalista diferencia-se de outras correntes abstracionistas pois não adota o lirismo nem o matematismo, que considera muito personalistas;
A escultura minimalista emprega figuras geométricas simples e materiais diferenciados, como, por exemplo, fibra de vidro, metais e plásticos.
Arte conceitual
O movimento artístico denominado Arte Conceitual desenvolveu-se particularmente nos Estados Unidos, a partir da década de 1960. Diferentemente do Minimalismo, na Arte Conceitual a crítica está presente, embora não de forma explícita, mas em reflexões filosóficas e linguísticas. Nesta vertente das artes plásticas, as ideias, os conceitos são considerados mais importantes do que os meios e materiais empregados na sua representação. 
Nesse sentido, o artista torna as suas obras veículos de ideias e teorias, ou seja, busca-se demonstrar que a arte se origina das ideias, e o planejamento da produção artística é elevado a uma condição superior à própria execução das obras. Noutros termos, na Arte Conceitual, as ideias são mais relevantes que os próprios objetos artísticos. 
Por esse motivo, um de seus mais eminentes representantes, o norte-americano Lawrence Weiner (1942), em diferentes obras de sua autoria, reduzia as mesmas a um simples enunciado de instruções descritivas, que sequer concretizava. 
Deste modo, pretendiam os artistas conceitualistas tecer a crítica à própria noção de objeto artístico.

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